Avisos
Olá, queridos e queridas, esse livro está concluído e vou deixar aqui as fotos dos personagens para ajudar na imaginação e se vocês não gostarem podem imaginar eles como quiserem.
Terry Velasquez
Um bilionário, dono de várias empresas. Um marido dedicado que só recebeu de volta traição. Agora ele quer se vingar e elaborou um plano de vingança. Após um acidente, Terry ficou paraplégico e resolveu propor um contrato de casamento com uma pequena moradora de rua que atravessou o seu caminho, um contrato que fazia parte de seu plano de vingança. Ele pensa que é incapaz de amar novamente, mas será que ele já amou realmente de verdade? Será que o destino não vai o ensinar como é verdadeiramente amar?
Bruno Velasquez
Irmão mais novo de Terry. Odiava trabalhar, era bon vivant que só se preocupava em aproveitar os prazeres da vida.
Terry era generoso com o seu irmão, e não se importava em bancar os seus luxos, mas Bruno foi capaz de o decepcionar e agora virou alvo de sua vingança.
Priscila Silveira
Ex-esposa de Terry.
Uma mulher mimada que tinha um marido que lhe dava tudo. Ela tinha jóias, roupas de marca e um cartão de crédito sem limites. Ela tinha a vida que toda esposa desejava que seu marido lhe desse, mas como dizem, algumas pessoas só valorizam o que tem quando perdem. E após trair o seu marido com o irmão dele, ela descobriu do que ele era capaz, ele lhe deu tudo, mas agora, estava disposto a tirar dela até o seu último centavo e expor para o mundo a sua traição.
Emília Amorim
Uma mulher sem lembranças, sedenta para saber a verdade que suas lembranças perdidas escondem, que sem ter outras opções de sobrevivência, aceita ser um objeto da vingança de Terry.
...
A trama irá girar em torno desses personagens, mas terão outros que eu acho desnecessário escrever uma apresentação.
Se forem acompanhar a história e não quiserem comentar, pelo menos curtam os capítulos. É de graça, vocês ajudam a obra a crescer e me dão uma ideia se o livro está tendo uma boa aceitação.
Um beijo e até os próximos capítulos.
POV Terry
Era 9h da manhã quando cheguei a cidade e imediatamente me dirigi ao apartamento de Bruno, estava adiando essa conversa, mas deveria conversar seriamente com aquele rapaz. Entendo que ele quer curtir a vida, mas já está na hora de ele tomar algumas responsabilidades.
Bato na porta dele e após esperar algum tempo, finalmente sou atendido.
— Terry, o que está fazendo aqui sem avisar? — disse Bruno ao abrir a porta, agindo de forma suspeita.
— Bem, voltei de viagem antes do previsto e resolvi vir te visitar. Está ocupado? — digo, tentando olhar para dentro, curioso sobre o que ele estava escondendo.
— Hamm, não estou ocupado… é claro que pode entrar. — ele disse e me deu espaço para passar.
Coloquei as mãos no bolso e olhei em volta, após olhei para Bruno que estava usando apenas uma toalha enrolada na cintura.
— Esse apartamento está nojento, não está recebendo visitas da faxineira? — digo, chutando uma lata de cerveja que estava no chão.
— Sabe como é, irmão?! Tive uma festinha na noite passada, logo a faxineira aparece para limpar.
— É exatamente sobre isso que eu queria conversar. Os vizinhos andam reclamando do barulho do seu apartamento.
— Ah, irmão, é sério que veio me falar disso?! Esses vizinhos estão com inveja das gostosas que entram aqui. O que eu posso fazer?
Meu irmão, Bruno, tinha uma fama em toda cidade, a cada noite era visto com mulheres diferentes, sem contar as festas que já davam o que falar. Nunca me meti nisso, porém, essas atitudes dele estavam começando a me incomodar.
— Sabe o que é? Você já tem 25 anos e já está na hora de parar de agir como um adolescente.
— Ei, cara?! Você vai começar a me dar lição de moral agora? Você não é o meu pai.
Ele veio em minha direção e me encarou, algo que não me agradou. Vim ter uma conversa de homem com ele e ele continua agindo como um moleque.
— Não sou o seu pai, mas sou eu que pago as contas das suas merdas. No dia em que você começar a pagar as próprias contas, vai conseguir fazer o que quiser sem que eu me meta.
— Humpf! Vai começar a dar uma bundão de agora, Terry? Todo mundo sabe que você é super rico, não precisa jogar na minha cara não. Está se preocupando demais com a minha vida, quando deveria estar se preocupando com sua esposa, sabe-se lá o que ela anda fazendo enquanto você está fora.
Imediatamente sinto meu sangue esquentar, pego no pescoço dele e aponto o dedo para sua cara.
— Moleque insolente! Respeita a minha esposa, escutou?
— Mande ela vir aqui que eu vou saber bem como cuidar da sua esposinha.
Minha visão ficou vermelha e as veias de minhas têmporas dilataram. Fechei meu punho tão forte que os nós dos meus dedos ficaram brancos, acertei o nariz daquele moleque desgraçado fazendo ele cair no chão e derrubar tudo em seu caminho.
— Hahahaha! — ele ficou rindo enquanto limpava o sangue de seu nariz.
Apontei para o meu irmão mais novo e disse:
— Um ano, Bruno! Você tem um ano para se formar e começar a pagar as próprias contas. Não vou mais te bancar!
Eu estava com tanta raiva, que poderia matar aquele moleque, mas como eu iria explicar isso para nossa mãe? Respirei fundo e pensei que o melhor era ir embora.
Me virei de costas e me dirigi a porta, quando de repente, olhei para o lado e atrás do sofá, vi uma lingerie jogada. Não era uma lingerie qualquer, era uma Fantasy Bra, uma lingerie exclusiva da Victoria Secret, única no mundo, a qual eu mesmo comprei para presentear minha esposa.
Aquilo foi como um baque, fiquei atordoado. Fechei a porta e fui andando, uma parte da minha mente dizia que aquela lingerie poderia ser só um copia da original e outra parte me dizia que era impossível existir uma cópia daquela peça.
Entrei no meu carro e saí do condomínio, imediatamente ouvi um som de notificação do meu celular, olhei e era uma mensagem da minha esposa, Priscila:
“Amor, fui no shopping, mas está tão chato sem você. Quando vai voltar?”
Um nó se instalou em minha garganta, sentia a raiva e a desconfiança cada vez mais me dominando.
Com as mãos trêmulas, digitei:
“Voltei de viagem e já estou indo para casa. Estou louco para te encontrar.”
Nesse momento, virei o carro bruscamente e voltei para o condomínio do meu irmão. Estacionei o carro, no meio de outros carros que estavam estacionados próximo ao prédio em que ele morava, em um local que me dava uma visão privilegiada da portaria do condomínio.
Fiquei observando, com o meu rosto retorcido, parecia que dentro de mim eu já sabia o que iria acontecer. Vi Priscila saindo da portaria correndo, ainda abotoando a sua camisa e Bruno estava atrás dela. Eles se beijaram intensamente, com ele apertando a bunda dela e fazendo ela sorrir como uma hiena desgraçada e após se despedirem, ela entrou no carro e logo partiu.
Pisei no acelerador e fui atrás. Eu nem conseguia ver nada na minha frente, só conseguia sentir raiva, rancor, eu queria matar aquela desgraçada!
Ela também acelerava, é claro, ela queria chegar logo em casa para enganar o merda do seu marido.
Eu pisava cada vez mais fundo no acelerador, estava descontrolado, ignorando tudo ao meu redor e esse foi o meu erro, pois quando me dei conta, meu carro estava girando no ar.
Tudo zumbia, o barulho de ferro se retorcendo, vidro quebrando e meu corpo sendo jogado para todos os lados, me causava um caos que não era tão grande quanto o caos que estava em meu coração.
Quando parou, eu mal sentia o meu corpo, o cheiro forte de gasolina misturado com o cheiro metálico de sangue, embrulhava meu estômago.
O carro tinha parado de capotar, mas minha cabeça girava e girava, impedindo-me de me concentrar.
Tonto e quase apagando, de repente senti uma pequena mão me tocando. De primeira, pensei que poderia ser um anjo vindo buscar minha alma, mas a escuridão do meu coração fez eu me revoltar, empurrei a mão do anjo, eu não podia ir para o céu, eu queria me vingar.
Ele voltou a pegar em meu braço e quando eu ia o empurrar, dei de cara com uma criatura monstruosa. Seu rosto estava preto de lama, ela estava tão suja que a única coisa limpa em seu rosto, eram os seus grandes olhos azuis expressivos.
Ela dizia alguma coisa, sua boca se mexia, eu não conseguia ouvir, só ouvia o zumbido em meu ouvido. Ela entrou no carro e com um caco de vidro cortou o meu cinto.
Não sei como ela conseguiu, mas ela puxou o meu corpo de dentro do veículo e enquanto me arrastava, eu via labaredas de fogo tomando conta do carro, e a partir daquele momento, percebi que aquele anjo sujo e maltrapilho, acabou de salvar minha vida.
POV Emília
Não sei quem sou, só sei que me chamo Emília e no meu documento diz que tenho um pai e uma mãe.
As últimas lembranças que tenho é de acordar em um hospital. Eu estava machucada e pessoas me faziam perguntas que eu não sabia responder.
Eu via rostos que pareciam me reconhecer, mas que eram desconhecidos para mim.
Ouvia várias suposições do que eu tinha, até que eu estava fingindo para chamar atenção ou que eu havia enlouquecido e não podia mais viver em sociedade.
Era absurdo, eu não havia enlouquecido, mas parece que com o tempo essa foi a conclusão, pois me jogaram em uma clínica psiquiátrica.
Passei cinco anos na clínica, lutando para recuperar minhas lembranças e lutando para não enlouquecer de verdade.
Até que um dia, com a ajuda de uma enfermeira que acreditava na minha sanidade, eu fugi daquele lugar.
Esperava que quando chegasse ao mundo exterior tudo se resolvesse, mas acabei encontrando mais problemas. Eu não tinha para onde ir, não tinha um lugar para dormir e nem para me alimentar.
Eu virei uma moradora de rua e o que me fez sobreviver foram os conselhos da enfermeira:
"Nunca aceite nada de estranhos que pedem algo em troca."
"Os loucos são ignorados o tempo todo, às vezes fingir é a sua melhor proteção."
"As ações falam mais do que palavras, as pessoas boas são aquelas que falam menos e fazem mais, e quando encontrar alguém assim, peça ajuda."
Faz um mês que estou nas ruas e por muitos dias não tive o que comer, mas mesmo sofrendo aqui me recuso a voltar para a clínica.
A esperança dentro de mim é que um dia irei encontrar alguém que me ajude a recuperar minhas lembranças.
Seguindo os conselhos da enfermeira, sujei todo meu corpo de lama, e vesti roupas rasgadas e sujas que encontrei nas lixeiras. Fiquei tão irreconhecível que algumas pessoas pensam que eu sou uma idosa.
Na maioria de meu tempo fico observando as pessoas, tentando encontrar alguém que tenha ações que falam mais do que palavras e em outros momentos fico no meu esconderijo, dentro de uma manilha na beira da estrada.
Em um dia, o sol estava muito quente e por isso resolvi ficar em meu esconderijo, o barulho dos carros passando já não me incomodava, até que ouvi o som de freio e uma imagem que nunca imaginei ver, apareceu.
Um carro passou bem por cima do meu esconderijo capotou algumas vezes e parou bem em frente da minha visão.
Fiquei parada vendo a cena, tinha alguém lá. O cheiro de gasolina era intenso e aos poucos pessoas se aglomeravam em volta.
Curiosa, saio do meu esconderijo e me meto no meio das pessoas.
— Se afastem! Vai explodir! — alguém grita e as pessoas correm e me empurram, sou pisoteada e ninguém se importou se eu estava machucada ou não.
Deitada no chão, olhei para aquele carro, vi que tinha alguém lá e senti que ele era igual a mim naquele momento, ninguém se importava com nós dois, ninguém se importava se iríamos nos machucar.
As ações valem mais do que palavras, mas não posso esperar isso de outras pessoas se minhas ações também não falam.
Me levantei e corri para aquele carro, não me importei com os cacos de vidro e com os gritos das pessoas me pedindo para sair dali.
Tudo foi automático e quando percebi já estava tirando aquele homem de lá.
Quando estávamos seguros, finalmente parei e ele, com a cabeça apoiada em meu colo, me olhava, seus olhos castanhos claros me olhavam com intensidade. Era como se ele reconhecesse quem eu era, mesmo que eu estivesse disfarçada.
Lentamente ele pegou o seu smartphone e com as mãos ensanguentadas desbloqueou o celular e me deu.
Assim que peguei, ele desmaiou em meus braços e as labaredas de fogo tomaram conta do carro.
Fiz a ligação, um homem atendeu e eu disse que o dono do smartphone estava muito machucado. O homem do outro lado da linha desligou e em pouco tempo chegou um grupo de pessoas apressadas, pegaram o homem e o levaram embora.
Passou uma semana, e eu estava no meu esconderijo e alguém parou bem em frente a minha manilha.
— Vamos, saia daí mulher, o meu chefe mandou te encontrar.
Fiquei receosa e confusa, mas eu não tinha para onde fugir naquela hora.
Engatinhei para fora da manilha e olhei bem o rosto do homem que estava me esperando. Era um senhor, um pouco calvo, magro, de cabelos negros e usava um bigode espesso embaixo do nariz pontudo e fino.
Ele não me olhou por muito tempo, virou de costas e disse:
— Me acompanhe, ninguém irá implorar para aceitar a melhor oportunidade que alguém como você poderia ganhar.
“Oportunidade?”
O homem caminhou e eu percebi que havia um carro parado próximo dali.
Eu confesso, eu estava muito curiosa, eu estava muito tentada a descobrir qual oportunidade me aguardava.
Meus instintos de sobrevivência me diziam que não, mas minha curiosidade estava me matando.
Me levantei e com cautela o segui, ele abriu a porta de trás do carro e me aguardou. Curiosa, me aproximei e olhei dentro do carro, de repente fui empurrada para dentro e a porta foi fechada.
— Aaaaah! Socorro! Socorro! — gritei, batendo no vidro da porta.
— Então é você, o anjo maltrapilho que me salvou da morte.
Ouvi uma voz ao meu lado e me virei lentamente, até encontrar aqueles olhos castanhos claros que tanto me impressionaram.
“Anjo? Ele me chamou de anjo?”, me perguntei, achando inusitado ele chamar de anjo alguém tão sujo e maltrapilho como eu.
Me ignorando, ele continuou a falar:
— Fui muito enganado na vida e agora, decidi que só vou ser generoso com quem faz por merecer. Aqui, está um contrato que se caso você assinar, eu vou te tirar dessas ruas e te colocar no meu castelo. Todos irão te ver como minha rainha, mas tem um porém, isso será só no papel, não tenho a intenção de me apaixonar.
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