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Astronomia

começo.

olá aqui é o astro,estamos aqui para aprendemos sobre a astronomia E tudo mais isto é para quem gosta de astronomia,irei lançar outros tipos como paleontologia,a história dos dinossauros,biologia marinha,flores,plantas etc Também sou a criadora,e meus capítulos novos iram demorar por que eu tenho aula,então daqui a 2/1 dia irá sair novos capítulos para quem quiser não sei muito bem usar o noveltoon ou oque,mas as vezes é meio cansativo tentar colocar as palavras até 100 Algumas das páginas irá ter fotos de algumas espaço naves ou astronautas, planetas etc
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Também,irei começar os capítulos depois de escrever isto daqui
há oi criadora,estava explicando para o/a leitor/a sobre oque vamos contar
et Bilu
et Bilu
Ei! você me esqueceu,astro e *****!
há! Desculpa Et Bilu,tinha me esquecido de você
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Também viu bilu
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Pessoal
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apenas para avisar,tenho problema de memória então vai demorar um pouco os capítulos
et Bilu
et Bilu
Isto é verdade
Tambem
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Bem é isso vejo vocês no próximo captulo
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Bjs🩷

capitulo 1: O início da astronomia

Tudo começou quando....
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A Astronomia é uma ciência natural multidisciplinar que busca observar e compreender os fenômenos que ocorrem fora da atmosfera terrestre, bem como a estrutura dos corpos celestes: planetas, estrelas e outras estruturas cosmológicas, tais como cometas, galáxias, nebulosas e o próprio espaço em si. A palavra astronomia vem do grego Astron, que significa astro, e Nomos, que significa lei.
et Bilu
et Bilu
Muitas civilizações antigas interpretavam os astros como divindades e observaram o céu e estrelas. Com a identificação de padrões para predizer as estações do ano, bem como as melhores épocas para o plantio e colheita, o estudo dos astros possibilitou grandes avanços para a humanidade. Para entender um pouco melhor como foi o avanço da Astronomia ao longo dos séculos, faremos aqui uma linha do tempo simples, ressaltando apenas os fatos mais marcantes de cada período.
Breve linha do tempo da astronomia
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4000 a.C.: os povos da Mesopotâmia utilizavam os zigurates para realizar observações astronômicas;
et Bilu
et Bilu
Em 2500 a.C.: a estrutura de pedras Stonehenge foi construída para marcar o início e o fim dos solstícios; 1300 a.C.: os chineses iniciaram suas observações de eclipses, totalizando mais de 1700 observações ao longo de 2600 anos; Aproximadamente 560 a.C.: o filósofo grego Anaxímenes propôs que as estrelas estão fixas em um envoltório sólido que gira em torno da Terra. Vinte anos antes, seu mestre, Anaximandro, foi o primeiro filósofo a tentar explicar o movimento dos astros sem utilizar os artifícios da mitologia;
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550 a.C.: Pitágoras e seus estudantes descreveram o movimento dos astros como formas circulares. Além disso, para eles, as estrelas e planetas eram perfeitamente esféricos; 350 a.C.: Aristóteles usou a sombra da Terra sobre a Lua, formada durante os eclipses, como argumento para justificar o formato esférico do planeta; 280 a.C.: Aristarco calculou as dimensões relativas do Sol, Lua e Terra e também propôs o primeiro modelo heliocêntrico (com o Sol no centro); 134 a.C.: o filósofo grego Hiparco descobriu o movimento de precessão da Terra e elaborou o primeiro catálogo com as posições e brilhos das estrelas visíveis a olho nu; 140 d.C: Cláudio Ptolomeu desenvolveu seu modelo geocêntrico do Sistema Solar. Nesse modelo, as órbitas planetárias são círculos (chamados de epiciclos), que, por sua vez, movem-se em torno de outros círculos (chamados de deferentes); 1054 d.C.: Astrônomos chineses observaram a “morte” de uma estrela. A supernova foi visível a olho nu durante o dia e deu lugar à Nebulosa do Caranguejo; 1543 d.C.: Nicolau Copérnico teve seu livro “Da revolução das esferas celestes” publicado, lançando as bases do modelo heliocêntrico do Sistema Solar;
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1580 d.C.: O astrônomo dinamarquês Tycho Brahe realizou as mais precisas observações astronômicas a olho nu já feitas e elaborou o próprio modelo geocêntrico do Sistema Solar; 1600 d.C.: Galileu Galilei realizou experimentos de queda dos corpos e chegou muito próximo do conceito moderno de inércia, contrariando as ideias vigentes sobre o movimento dos astros. Na mesma época, Giordano Bruno afirmava existir outros planetas similares à Terra fora do Sistema Solar e orbitando outras estrelas. Foi julgado como herege pelo Tribunal da Inquisição e sentenciado à fogueira; 1609 d.C.: Galileu foi o primeiro a utilizar os telescópios para observar o céu, com isso, conseguiu identificar quatro das maiores luas de Júpiter, provando que nem todos os astros orbitavam em volta da Terra. Observou também irregularidades na superfície da Lua; 1610 d.C.: Johannes Kepler desenvolveu as três leis dos movimentos planetários (Lei das órbitas, Lei das áreas e Lei dos períodos) utilizando os dados astronômicos obtidos por Tycho Brahe; 1666 d.C.: o físico inglês Robert Hooke mostrou que forças que apontam para o centro de uma curva formam trajetórias fechadas, assim como as órbitas dos planetas; 1667 d.C.: Isaac Newton desenvolveu a Gravitação Universal, fornecendo argumentos matemáticos capazes de explicar as órbitas planetárias e prever novos eventos astronômicos; 1718 d.C: Edmund Halley descobriu que as estrelas não são fixas, mas que se movem com velocidades muito grandes; 1781 d.C.: William Herschel descobriu o planeta Urano e, tempos depois, conseguiu determinar a velocidade do Sol, bem como o formato achatado da Via Láctea; 1842 d.C.: Christian Johann Doppler descreveu o efeito Doppler, que mede a variação na frequência da luz. Esse importante fenômeno mais tarde foi usado para calcular as velocidades de aproximação e afastamento de estrelas e galáxias; 1859-1875 d.C.: James Clerk Maxwell descobriu que a distribuição de velocidades das partículas de um gás depende de sua temperatura. Em 1875, Lorde Kelvin e Hermann von Helmoltz realizaram uma estimativa da idade do Sol; 1894-1900 d.C.: Wilhelm Wien e, depois, Max Planck forneceram importantes explicações sobre a absorção e emissão de luz pelo corpo negro ao relacionar o comprimento de onda da luz emitida pelas estrelas com a sua temperatura; 1905-1916 d.C.: Albert Einstein descreveu o Efeito fotoelétrico e desenvolveu a teoria da gravitação universal; 1916 d.C.: Karl Schwarzschild descreveu os buracos negros como pequenas regiões do espaço deformadas por uma grande massa; 1929 d.C.: Edwin Hubble descobriu que o Universo está em constante expansão; 1964 d.C.: Arno Penzias e Robert Wilson descobriram, por meio de radiotelescópios, a existência da radiação cósmica de fundo, uma das evidências do surgimento do Universo; 1965 d.C.: Lançamento da sonda espacial Mariner 4, a primeira a conseguir tirar fotos da superfície de outro planeta. Ela conseguiu obter imagens da superfície de Marte; 1969 d.C.: Neil Armstrong e Edwin Aldrin foram as primeiras pessoas a pisar na superfície da Lua; 1973 d.C.: As sondas Voyager 1 e 2 chegaram a Júpiter e usaram sua grande aceleração gravitacional como impulso para explorar outros planetas fora do Sistema Solar; 1990 d.C.: Lançamento do telescópio Hubble em órbita da Terra; 1998 d.C.: Astrônomos japoneses descobriram que os neutrinos podem ter massa, sendo considerados fortes candidatos à matéria escura; 2001 d.C.: Com o auxílio de um detector de neutrinos, localizado no Canadá, um grupo de cientistas conseguiu provar que essas pequenas partículas apresentam massa; 2002 d.C.: Primeiras evidências da presença de gelo na superfície de Marte. De fato, muito progresso científico foi feito ao longo dos séculos desde que o ser humano passou a observar o céu noturno. Profundas mudanças tecnológicas e sociais foram possíveis graças às grandes descobertas da Astronomia.
Grandes áreas da astronomia
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A Astronomia é multidisciplinar e envolve Física, Química, Geologia, Meteorologia e até mesmo a Biologia. Sendo assim, destacamos aqui algumas das maiores divisões da Astronomia: Astrobiologia: estudo da evolução dos sistemas biológicos no universo, busca por evidências que possibilitem a existência de vida fora da Terra; etc.; Astrofísica: estudo das propriedades físicas dos corpos celestes, como densidade, temperatura, intensidade luminosa, etc.; Astronomia planetária: estudo dos sistemas planetários, com ênfase no Sistema Solar, reunindo Física nuclear, Geologia, Meteorologia etc.;
Dia mundial da astronomia
et Bilu
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Comemora-se no Brasil, no dia 8 de abril, o Dia Mundial da Astronomia, que se difere do Dia Internacional da Astronomia, cuja data depende das fases da Lua. O Dia Mundial da Astronomia tem como principal interesse o estreitamento dos laços entre entusiastas e pesquisadores dessa grande área de pesquisa, bem como aumentar a visibilidade e a divulgação das pesquisas científicas. Em 2009, comemorou-se o Ano Internacional da Astronomia, 400 anos após as primeiras observações telescópicas de Galileu Galilei.
Por Rafael Helerbrock.

capítulo 2: conquistas.

Conquistas da astronomia/nasa
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Publicidade Home Matérias Ciência Espaço Dia da Astronomia: conheça 10 das descobertas astronômicas mais importantes Por Daniele Cavalcante • Editado por Patricia Gnipper | 08/04/2022 às 10h40 Compartilhe: Greg Rakozy/UnsplashGreg Rakozy/Unsplash Continua após a publicidade No dia 8 de abril, o Brasil celebra o Dia Mundial da Astronomia, e aproveitamos a ocasião para relembrar grandes descobertas sobre o universo e destacar a importância dessa ciência para o desenvolvimento da própria civilização humana. Sem a astronomia, não conheceríamos o céu e, consequentemente, a nós mesmos. Afinal, como já disse Carl Sagan, "o cosmos é tudo o que existiu, existe ou existirá".
et Bilu
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Desde a pré-história, a astronomia influencia o modo como a humanidade se relaciona com o mundo. Há 50 mil anos, nossos antepassados gravavam em pedras desenhos que representam agrupamentos estelares como as Plêiades. Mais tarde, o universo forneceria informações valiosas para a compreensão de coisas como a passagem dos dias, as estações do ano, e muito mais.
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Sem a astronomia, não teríamos conhecimento algum sobre as estações do ano, não saberíamos prever o clima, não teríamos dominado a agricultura. Nossos antepassados não teriam aprendido a se localizar na selva e, portanto, provavelmente não iriam muito longe de suas moradas. Não teríamos dominado a navegação, também. Seria um mundo bastante selvagem, no sentido de que a natureza continuaria a impor limitações severas à nossa espécie. Hoje, a astronomia nos mostrou como enviar satélites ao espaço e até mesmo possibilitou máquinas em outros planetas capazes de nos enviar fotos da paisagem alienígena. Já sabemos muito sobre nosso Sistema Solar, nossa galáxia, e além — sabemos um pouco sobre o início do universo e talvez um dia possamos dizer como ele terminará. Por isso, é difícil escolher as descobertas mais importantes da astronomia, mas tentaremos! A maioria das descobertas astronômicas se deram ao longo de um processo contínuo de observação e contribuição de vários astrônomos e cientistas, por isso não devem ser tratadas como um evento único e isolado. Além disso, muitas são “apenas” a confirmação de teorias, como é o caso dos buracos negros — Albert Einstein já havia previsto a existência deles na Teoria da Relatividade Geral, mas a comprovação só veio anos depois. Dito isso, vamos às 10 descobertas mais impostantes da astronomia, que de algum modo revolucionaram a ciência e (por que não?) a própria humanidade.
Ato 1 Via láctea é uma galáxia
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Embora parte da Via Láctea apareça no céu noturno a olho nu (quando há boa visibilidade, claro), pouco se sabia sobre ela quando ganhou este nome. Foi só em 1608 que a invenção de um certo Hans Lippershey veio a público: a luneta, um pequeno telescópio refrator. Galileu Galileu tomou conhecimento da invenção no ano seguinte e, então, construiu o seu próprio instrumento. O que veio depois desse momento foram algumas das descobertas mais fantásticas para a época. Pela primeira vez, a humanidade podia olhar os misteriosos objetos celestes “de pertinho”, e muita coisa se revelou. A luneta astronômica de Galileu Galilei ficou famosa por coisas como a descoberta das principais luas de Júpiter (apelidadas de luas galileanas), mas ele também viu algo maravilhoso ao olhar para a Via Láctea.
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Até aquela época, cogitava-se que a Via Láctea, ou melhor, a faixa que os gregos chamavam de “caminho leitoso” (daí o nome que conhecemos hoje) poderia ser composta por grandes nuvens. Mas Galileu Galilei apontou sua luneta para a “faixa” e verificou que ela não era tão leitosa assim, mas era constituída de milhares e milhares de estrelas!
ato 2 Luas galileanas
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Olhando através de seu telescópio caseiro para o planeta Júpiter, em 7 de janeiro de 1610, Galileu notou três pontos de luz ali por perto, e pensou que se tratassem de estrelas distantes. Contudo, observando-as nas noites seguintes, notou que se moviam na direção errada em relação às estrelas ao fundo e permaneciam sempre perto de Júpiter, embora mudassem de posição umas em relação às outras. Em seguida, observou que havia uma quarta "estrela" com o mesmo comportamento.
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Em 15 de janeiro, Galileu concluiu que não eram estrelas, mas sim luas orbitando ao redor de Júpiter — as famosas Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Elas forneceram fortes evidências para a teoria copernicana de que a maioria dos objetos celestes não giram em torno da Terra. Ele relatou o sistema de satélites como se fosse um mini Sistema Solar, levantando a hipótese de que isso poderia ser comum em outros astros. Esse episódio é tão importante que o ano de 2009 ficou estabelecido como o Ano Internacional da Astronomia, pois foi quando celebramos os 400 anos das descobertas revolucionárias de Galilei (incluindo a descoberta da Via Láctea como galáxia, as fases de Vénus, as manchas solares e os anéis de Saturno).
galáxias galáxias e mais galáxias!!!! :D
et Bilu
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Publicidade Home Matérias Ciência Espaço Dia da Astronomia: conheça 10 das descobertas astronômicas mais importantes Por Daniele Cavalcante • Editado por Patricia Gnipper | 08/04/2022 às 10h40 Compartilhe: Greg Rakozy/UnsplashGreg Rakozy/Unsplash Continua após a publicidade No dia 8 de abril, o Brasil celebra o Dia Mundial da Astronomia, e aproveitamos a ocasião para relembrar grandes descobertas sobre o universo e destacar a importância dessa ciência para o desenvolvimento da própria civilização humana. Sem a astronomia, não conheceríamos o céu e, consequentemente, a nós mesmos. Afinal, como já disse Carl Sagan, "o cosmos é tudo o que existiu, existe ou existirá". Como escolher seu primeiro telescópio doméstico? Como se tornar um astrônomo amador? Desde a pré-história, a astronomia influencia o modo como a humanidade se relaciona com o mundo. Há 50 mil anos, nossos antepassados gravavam em pedras desenhos que representam agrupamentos estelares como as Plêiades. Mais tarde, o universo forneceria informações valiosas para a compreensão de coisas como a passagem dos dias, as estações do ano, e muito mais. (Imagem: Reprodução/claudioventrella/Envato) Canaltech O Canaltech está no WhatsApp! Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia WhatsApp Sem a astronomia, não teríamos conhecimento algum sobre as estações do ano, não saberíamos prever o clima, não teríamos dominado a agricultura. Nossos antepassados não teriam aprendido a se localizar na selva e, portanto, provavelmente não iriam muito longe de suas moradas. Não teríamos dominado a navegação, também. Seria um mundo bastante selvagem, no sentido de que a natureza continuaria a impor limitações severas à nossa espécie. Hoje, a astronomia nos mostrou como enviar satélites ao espaço e até mesmo possibilitou máquinas em outros planetas capazes de nos enviar fotos da paisagem alienígena. Já sabemos muito sobre nosso Sistema Solar, nossa galáxia, e além — sabemos um pouco sobre o início do universo e talvez um dia possamos dizer como ele terminará. Por isso, é difícil escolher as descobertas mais importantes da astronomia, mas tentaremos! A maioria das descobertas astronômicas se deram ao longo de um processo contínuo de observação e contribuição de vários astrônomos e cientistas, por isso não devem ser tratadas como um evento único e isolado. Além disso, muitas são “apenas” a confirmação de teorias, como é o caso dos buracos negros — Albert Einstein já havia previsto a existência deles na Teoria da Relatividade Geral, mas a comprovação só veio anos depois. Dito isso, vamos às 10 descobertas mais impostantes da astronomia, que de algum modo revolucionaram a ciência e (por que não?) a própria humanidade. Continua após a publicidade 1. A Via Láctea é uma galáxia A natureza da Via Láctea foi descoberta apenas após o telescópio de Galileu Galilei (Imagem: Reprodução/den-belitsky/Envato) A natureza da Via Láctea foi descoberta apenas após o telescópio de Galileu Galilei (Imagem: Reprodução/den-belitsky/Envato) Embora parte da Via Láctea apareça no céu noturno a olho nu (quando há boa visibilidade, claro), pouco se sabia sobre ela quando ganhou este nome. Foi só em 1608 que a invenção de um certo Hans Lippershey veio a público: a luneta, um pequeno telescópio refrator. Galileu Galileu tomou conhecimento da invenção no ano seguinte e, então, construiu o seu próprio instrumento. O que veio depois desse momento foram algumas das descobertas mais fantásticas para a época. Pela primeira vez, a humanidade podia olhar os misteriosos objetos celestes “de pertinho”, e muita coisa se revelou. A luneta astronômica de Galileu Galilei ficou famosa por coisas como a descoberta das principais luas de Júpiter (apelidadas de luas galileanas), mas ele também viu algo maravilhoso ao olhar para a Via Láctea. Continua após a publicidade Até aquela época, cogitava-se que a Via Láctea, ou melhor, a faixa que os gregos chamavam de “caminho leitoso” (daí o nome que conhecemos hoje) poderia ser composta por grandes nuvens. Mas Galileu Galilei apontou sua luneta para a “faixa” e verificou que ela não era tão leitosa assim, mas era constituída de milhares e milhares de estrelas! 2. Luas galileanas (Imagem: Reprodução/JPL-CALTECH/NASA/DLR) Olhando através de seu telescópio caseiro para o planeta Júpiter, em 7 de janeiro de 1610, Galileu notou três pontos de luz ali por perto, e pensou que se tratassem de estrelas distantes. Contudo, observando-as nas noites seguintes, notou que se moviam na direção errada em relação às estrelas ao fundo e permaneciam sempre perto de Júpiter, embora mudassem de posição umas em relação às outras. Em seguida, observou que havia uma quarta "estrela" com o mesmo comportamento. Continua após a publicidade Em 15 de janeiro, Galileu concluiu que não eram estrelas, mas sim luas orbitando ao redor de Júpiter — as famosas Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Elas forneceram fortes evidências para a teoria copernicana de que a maioria dos objetos celestes não giram em torno da Terra. Ele relatou o sistema de satélites como se fosse um mini Sistema Solar, levantando a hipótese de que isso poderia ser comum em outros astros. Esse episódio é tão importante que o ano de 2009 ficou estabelecido como o Ano Internacional da Astronomia, pois foi quando celebramos os 400 anos das descobertas revolucionárias de Galilei (incluindo a descoberta da Via Láctea como galáxia, as fases de Vénus, as manchas solares e os anéis de Saturno). 3. Galáxias, galáxias e mais galáxias A galáxia M31, mais conhecida como Andrômeda (Imagem: Reprodução/rwittich/Envato) A galáxia M31, mais conhecida como Andrômeda (Imagem: Reprodução/rwittich/Envato) Continua após a publicidade Depois da luneta, cada vez mais os astrônomos conquistaram o poder de observar objetos mais distantes e a elaborar algumas hipóteses. O astrônomo inglês Thomas Wright (1711-1786), por exemplo, sugeriu que certas "manchas" luminosas encontradas no céu entre as estrelas da Via Láctea poderiam ser sistemas semelhantes ao sistema da nossa galáxia. Até então, elas eram chamadas de nebulosas, mas só pareciam nuvens porque estavam muitíssimo distantes de nós, pensava Wright. A ideia se propagou mesmo antes de qualquer comprovação, principalmente depois que o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) a divulgou nos meios eruditos. Essa proposta de que havia outros sistemas como a Via Láctea, até então considerada uma única “bolha”, ficou conhecida como a "hipótese dos universos-ilha". Mas mesmo naqueles tempos sabia-se que, para comprovar uma hipótese, era necessário observação com métodos rigorosos. Este foi o papel que Edwin Hubble desempenhou. Em 1923, com um telescópio de 2,5 metros, Hubble identificou estrelas individuais numa das “nebulosas”, mais precisamente em uma das maiores, a até então conhecida como "Grande Nebulosa de Andrômeda". Através de um estudo sobre as propriedades luminosas destas estrelas, ele conseguiu medir a distância até elas e, deste modo, calculou a distância até a nebulosa. O resultado foi algo magnífico: a distância até a nebulosa era muito maior que o tamanho da Via Láctea! Assim, a conclusão foi que havia outros sistemas como a Via Láctea — as galáxias. A Grande Nebulosa de Andrômeda ficou então conhecida como Galáxia de Andrômeda.
Expansão do universo
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Sem a astronomia, não teríamos conhecimento algum sobre as estações do ano, não saberíamos prever o clima, não teríamos dominado a agricultura. Nossos antepassados não teriam aprendido a se localizar na selva e, portanto, provavelmente não iriam muito longe de suas moradas. Não teríamos dominado a navegação, também. Seria um mundo bastante selvagem, no sentido de que a natureza continuaria a impor limitações severas à nossa espécie. Hoje, a astronomia nos mostrou como enviar satélites ao espaço e até mesmo possibilitou máquinas em outros planetas capazes de nos enviar fotos da paisagem alienígena. Já sabemos muito sobre nosso Sistema Solar, nossa galáxia, e além — sabemos um pouco sobre o início do universo e talvez um dia possamos dizer como ele terminará. Por isso, é difícil escolher as descobertas mais importantes da astronomia, mas tentaremos! A maioria das descobertas astronômicas se deram ao longo de um processo contínuo de observação e contribuição de vários astrônomos e cientistas, por isso não devem ser tratadas como um evento único e isolado. Além disso, muitas são “apenas” a confirmação de teorias, como é o caso dos buracos negros — Albert Einstein já havia previsto a existência deles na Teoria da Relatividade Geral, mas a comprovação só veio anos depois. Dito isso, vamos às 10 descobertas mais impostantes da astronomia, que de algum modo revolucionaram a ciência e (por que não?) a própria humanidade. Continua após a publicidade 1. A Via Láctea é uma galáxia A natureza da Via Láctea foi descoberta apenas após o telescópio de Galileu Galilei (Imagem: Reprodução/den-belitsky/Envato) A natureza da Via Láctea foi descoberta apenas após o telescópio de Galileu Galilei (Imagem: Reprodução/den-belitsky/Envato) Embora parte da Via Láctea apareça no céu noturno a olho nu (quando há boa visibilidade, claro), pouco se sabia sobre ela quando ganhou este nome. Foi só em 1608 que a invenção de um certo Hans Lippershey veio a público: a luneta, um pequeno telescópio refrator. Galileu Galileu tomou conhecimento da invenção no ano seguinte e, então, construiu o seu próprio instrumento. O que veio depois desse momento foram algumas das descobertas mais fantásticas para a época. Pela primeira vez, a humanidade podia olhar os misteriosos objetos celestes “de pertinho”, e muita coisa se revelou. A luneta astronômica de Galileu Galilei ficou famosa por coisas como a descoberta das principais luas de Júpiter (apelidadas de luas galileanas), mas ele também viu algo maravilhoso ao olhar para a Via Láctea. Continua após a publicidade Até aquela época, cogitava-se que a Via Láctea, ou melhor, a faixa que os gregos chamavam de “caminho leitoso” (daí o nome que conhecemos hoje) poderia ser composta por grandes nuvens. Mas Galileu Galilei apontou sua luneta para a “faixa” e verificou que ela não era tão leitosa assim, mas era constituída de milhares e milhares de estrelas! 2. Luas galileanas (Imagem: Reprodução/JPL-CALTECH/NASA/DLR) Olhando através de seu telescópio caseiro para o planeta Júpiter, em 7 de janeiro de 1610, Galileu notou três pontos de luz ali por perto, e pensou que se tratassem de estrelas distantes. Contudo, observando-as nas noites seguintes, notou que se moviam na direção errada em relação às estrelas ao fundo e permaneciam sempre perto de Júpiter, embora mudassem de posição umas em relação às outras. Em seguida, observou que havia uma quarta "estrela" com o mesmo comportamento. Continua após a publicidade Em 15 de janeiro, Galileu concluiu que não eram estrelas, mas sim luas orbitando ao redor de Júpiter — as famosas Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Elas forneceram fortes evidências para a teoria copernicana de que a maioria dos objetos celestes não giram em torno da Terra. Ele relatou o sistema de satélites como se fosse um mini Sistema Solar, levantando a hipótese de que isso poderia ser comum em outros astros. Esse episódio é tão importante que o ano de 2009 ficou estabelecido como o Ano Internacional da Astronomia, pois foi quando celebramos os 400 anos das descobertas revolucionárias de Galilei (incluindo a descoberta da Via Láctea como galáxia, as fases de Vénus, as manchas solares e os anéis de Saturno). 3. Galáxias, galáxias e mais galáxias A galáxia M31, mais conhecida como Andrômeda (Imagem: Reprodução/rwittich/Envato) A galáxia M31, mais conhecida como Andrômeda (Imagem: Reprodução/rwittich/Envato) Continua após a publicidade Depois da luneta, cada vez mais os astrônomos conquistaram o poder de observar objetos mais distantes e a elaborar algumas hipóteses. O astrônomo inglês Thomas Wright (1711-1786), por exemplo, sugeriu que certas "manchas" luminosas encontradas no céu entre as estrelas da Via Láctea poderiam ser sistemas semelhantes ao sistema da nossa galáxia. Até então, elas eram chamadas de nebulosas, mas só pareciam nuvens porque estavam muitíssimo distantes de nós, pensava Wright. A ideia se propagou mesmo antes de qualquer comprovação, principalmente depois que o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) a divulgou nos meios eruditos. Essa proposta de que havia outros sistemas como a Via Láctea, até então considerada uma única “bolha”, ficou conhecida como a "hipótese dos universos-ilha". Mas mesmo naqueles tempos sabia-se que, para comprovar uma hipótese, era necessário observação com métodos rigorosos. Este foi o papel que Edwin Hubble desempenhou. Em 1923, com um telescópio de 2,5 metros, Hubble identificou estrelas individuais numa das “nebulosas”, mais precisamente em uma das maiores, a até então conhecida como "Grande Nebulosa de Andrômeda". Através de um estudo sobre as propriedades luminosas destas estrelas, ele conseguiu medir a distância até elas e, deste modo, calculou a distância até a nebulosa. O resultado foi algo magnífico: a distância até a nebulosa era muito maior que o tamanho da Via Láctea! Assim, a conclusão foi que havia outros sistemas como a Via Láctea — as galáxias. A Grande Nebulosa de Andrômeda ficou então conhecida como Galáxia de Andrômeda. Continua após a publicidade 4. Expansão do universo Gráfico sobre a constante de Hubble, que ajuda a calcular o aumento da velocidade da expansão do universo (Imagem: Reprodução/NASA/Goddard Space Flight Center) Gráfico sobre a constante de Hubble, que ajuda a calcular o aumento da velocidade da expansão do universo (Imagem: Reprodução/NASA/Goddard Space Flight Center) Hubble provavelmente gostava de medir distâncias entre os objetos do espaço, pois ele fez um bocado disso, o que o levou a uma nova descoberta impressionante: as coisas pareciam se afastar umas das outras. Ou melhor, as galáxias pareciam ficar mais distantes. Não só isso, as galáxias mais distantes estavam se distanciando da Terra mais rápido do que galáxias mais próximas, mesmo que elas não estivessem em movimento. Na verdade, era como se cada vez mais espaço estava sendo criado entre as galáxias. Em outras palavras, o universo está se expandindo, e esse fato é determinado pela Lei de Hubble. O astrônomo criou uma unidade que descreve a rapidez com que o universo está se expandindo — como as velocidades das galáxias são medidas em km/s e as distâncias em parsecs e megaparsec (pc e Mpc), a unidade da constante de Hubble é (km/s)/Mpc. Na época, Hubble mediu o valor em 501 km/s por megaparsec (um megaparsec é igual a 3,26 milhões de anos-luz).
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Hubble construiu um gráfico com seus resultados incluindo 46 galáxias, mostrando uma relação entre distância e desvio para o vermelho, que é o fenômeno em comprimentos de onda que denunciam o afastamento dos objetos cósmicos. No entanto, as incertezas eram muito grandes, por isso os resultados não foram considerados conclusivos logo de imediato. Hoje, com os instrumentos modernos, os astrônomos refinaram a taxa de expansão do universo, mas o valor exato ainda é tema de debate.
Big bang
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Até os tempos de Hubble, o modelo cosmológico era estacionário, ou seja, considerava-se que o universo era estático — algo que até Albert Einstein defendia na época. Quando a expansão do universo foi descoberta, estudos levaram os astrônomos à irremediável conclusão de que o cosmos um dia foi mais compacto que nos tempos atuais.
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Hubble não foi o único astrônomo de sua época a descobrir que o universo se expandia. Alguns outros em trabalhos independentes chegaram às mesmas conclusões. Entre, estava Georges Lemaître, um padre e físico — ele sugeriu que se a expansão do universo pudesse ser projetada de volta no tempo, ele ficaria menor. Quanto mais tempo no passado, menor o universo, até que em algum momento toda a massa do universo estava concentrada em um único ponto, um "átomo primitivo". A ideia não foi aceita de imediato. Na verdade, demorou um pouco até que os astrônomos aceitassem a sugestão de que o universo teria um início, já que o consenso era o de que a matéria é eterna. O fato de Lemaître ser um padre não ajudou, pois os cientistas achavam que um “início de tudo” remetia à ideia religiosa de criação do universo. Lemaître defendeu sua hipótese enquanto outros criavam modelos cosmológicos diferentes. Em meados do Século XX, Fred Hoyle, que defendia outra hipótese, usou a expressão "essa ideia de big bang" para se referir à teoria dos “rivais” durante uma transmissão de rádio da BBC. Assim, inadvertidamente, Hoyle cunhou o termo Big Bang usado até hoje. A ideia foi convencendo a comunidade científica em um processo muito lento, mas só veio a ser confirmada por causa de uma outra descoberta: a radiação cósmica de fundo em micro-ondas.
Radiação cósmica de fundo
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Sem a astronomia, não teríamos conhecimento algum sobre as estações do ano, não saberíamos prever o clima, não teríamos dominado a agricultura. Nossos antepassados não teriam aprendido a se localizar na selva e, portanto, provavelmente não iriam muito longe de suas moradas. Não teríamos dominado a navegação, também. Seria um mundo bastante selvagem, no sentido de que a natureza continuaria a impor limitações severas à nossa espécie. Hoje, a astronomia nos mostrou como enviar satélites ao espaço e até mesmo possibilitou máquinas em outros planetas capazes de nos enviar fotos da paisagem alienígena. Já sabemos muito sobre nosso Sistema Solar, nossa galáxia, e além — sabemos um pouco sobre o início do universo e talvez um dia possamos dizer como ele terminará. Por isso, é difícil escolher as descobertas mais importantes da astronomia, mas tentaremos! A maioria das descobertas astronômicas se deram ao longo de um processo contínuo de observação e contribuição de vários astrônomos e cientistas, por isso não devem ser tratadas como um evento único e isolado. Além disso, muitas são “apenas” a confirmação de teorias, como é o caso dos buracos negros — Albert Einstein já havia previsto a existência deles na Teoria da Relatividade Geral, mas a comprovação só veio anos depois. Dito isso, vamos às 10 descobertas mais impostantes da astronomia, que de algum modo revolucionaram a ciência e (por que não?) a própria humanidade. Continua após a publicidade 1. A Via Láctea é uma galáxia A natureza da Via Láctea foi descoberta apenas após o telescópio de Galileu Galilei (Imagem: Reprodução/den-belitsky/Envato) A natureza da Via Láctea foi descoberta apenas após o telescópio de Galileu Galilei (Imagem: Reprodução/den-belitsky/Envato) Embora parte da Via Láctea apareça no céu noturno a olho nu (quando há boa visibilidade, claro), pouco se sabia sobre ela quando ganhou este nome. Foi só em 1608 que a invenção de um certo Hans Lippershey veio a público: a luneta, um pequeno telescópio refrator. Galileu Galileu tomou conhecimento da invenção no ano seguinte e, então, construiu o seu próprio instrumento. O que veio depois desse momento foram algumas das descobertas mais fantásticas para a época. Pela primeira vez, a humanidade podia olhar os misteriosos objetos celestes “de pertinho”, e muita coisa se revelou. A luneta astronômica de Galileu Galilei ficou famosa por coisas como a descoberta das principais luas de Júpiter (apelidadas de luas galileanas), mas ele também viu algo maravilhoso ao olhar para a Via Láctea. Continua após a publicidade Até aquela época, cogitava-se que a Via Láctea, ou melhor, a faixa que os gregos chamavam de “caminho leitoso” (daí o nome que conhecemos hoje) poderia ser composta por grandes nuvens. Mas Galileu Galilei apontou sua luneta para a “faixa” e verificou que ela não era tão leitosa assim, mas era constituída de milhares e milhares de estrelas! 2. Luas galileanas (Imagem: Reprodução/JPL-CALTECH/NASA/DLR) Olhando através de seu telescópio caseiro para o planeta Júpiter, em 7 de janeiro de 1610, Galileu notou três pontos de luz ali por perto, e pensou que se tratassem de estrelas distantes. Contudo, observando-as nas noites seguintes, notou que se moviam na direção errada em relação às estrelas ao fundo e permaneciam sempre perto de Júpiter, embora mudassem de posição umas em relação às outras. Em seguida, observou que havia uma quarta "estrela" com o mesmo comportamento. Continua após a publicidade Em 15 de janeiro, Galileu concluiu que não eram estrelas, mas sim luas orbitando ao redor de Júpiter — as famosas Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Elas forneceram fortes evidências para a teoria copernicana de que a maioria dos objetos celestes não giram em torno da Terra. Ele relatou o sistema de satélites como se fosse um mini Sistema Solar, levantando a hipótese de que isso poderia ser comum em outros astros. Esse episódio é tão importante que o ano de 2009 ficou estabelecido como o Ano Internacional da Astronomia, pois foi quando celebramos os 400 anos das descobertas revolucionárias de Galilei (incluindo a descoberta da Via Láctea como galáxia, as fases de Vénus, as manchas solares e os anéis de Saturno). 3. Galáxias, galáxias e mais galáxias A galáxia M31, mais conhecida como Andrômeda (Imagem: Reprodução/rwittich/Envato) A galáxia M31, mais conhecida como Andrômeda (Imagem: Reprodução/rwittich/Envato) Continua após a publicidade Depois da luneta, cada vez mais os astrônomos conquistaram o poder de observar objetos mais distantes e a elaborar algumas hipóteses. O astrônomo inglês Thomas Wright (1711-1786), por exemplo, sugeriu que certas "manchas" luminosas encontradas no céu entre as estrelas da Via Láctea poderiam ser sistemas semelhantes ao sistema da nossa galáxia. Até então, elas eram chamadas de nebulosas, mas só pareciam nuvens porque estavam muitíssimo distantes de nós, pensava Wright. A ideia se propagou mesmo antes de qualquer comprovação, principalmente depois que o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) a divulgou nos meios eruditos. Essa proposta de que havia outros sistemas como a Via Láctea, até então considerada uma única “bolha”, ficou conhecida como a "hipótese dos universos-ilha". Mas mesmo naqueles tempos sabia-se que, para comprovar uma hipótese, era necessário observação com métodos rigorosos. Este foi o papel que Edwin Hubble desempenhou. Em 1923, com um telescópio de 2,5 metros, Hubble identificou estrelas individuais numa das “nebulosas”, mais precisamente em uma das maiores, a até então conhecida como "Grande Nebulosa de Andrômeda". Através de um estudo sobre as propriedades luminosas destas estrelas, ele conseguiu medir a distância até elas e, deste modo, calculou a distância até a nebulosa. O resultado foi algo magnífico: a distância até a nebulosa era muito maior que o tamanho da Via Láctea! Assim, a conclusão foi que havia outros sistemas como a Via Láctea — as galáxias. A Grande Nebulosa de Andrômeda ficou então conhecida como Galáxia de Andrômeda. Continua após a publicidade 4. Expansão do universo Gráfico sobre a constante de Hubble, que ajuda a calcular o aumento da velocidade da expansão do universo (Imagem: Reprodução/NASA/Goddard Space Flight Center) Gráfico sobre a constante de Hubble, que ajuda a calcular o aumento da velocidade da expansão do universo (Imagem: Reprodução/NASA/Goddard Space Flight Center) Hubble provavelmente gostava de medir distâncias entre os objetos do espaço, pois ele fez um bocado disso, o que o levou a uma nova descoberta impressionante: as coisas pareciam se afastar umas das outras. Ou melhor, as galáxias pareciam ficar mais distantes. Não só isso, as galáxias mais distantes estavam se distanciando da Terra mais rápido do que galáxias mais próximas, mesmo que elas não estivessem em movimento. Na verdade, era como se cada vez mais espaço estava sendo criado entre as galáxias. Em outras palavras, o universo está se expandindo, e esse fato é determinado pela Lei de Hubble. O astrônomo criou uma unidade que descreve a rapidez com que o universo está se expandindo — como as velocidades das galáxias são medidas em km/s e as distâncias em parsecs e megaparsec (pc e Mpc), a unidade da constante de Hubble é (km/s)/Mpc. Na época, Hubble mediu o valor em 501 km/s por megaparsec (um megaparsec é igual a 3,26 milhões de anos-luz). Continua após a publicidade Hubble construiu um gráfico com seus resultados incluindo 46 galáxias, mostrando uma relação entre distância e desvio para o vermelho, que é o fenômeno em comprimentos de onda que denunciam o afastamento dos objetos cósmicos. No entanto, as incertezas eram muito grandes, por isso os resultados não foram considerados conclusivos logo de imediato. Hoje, com os instrumentos modernos, os astrônomos refinaram a taxa de expansão do universo, mas o valor exato ainda é tema de debate. 5. Big Bang Conceito artístico do evento conhecido como Big Bang (Imagem: Reprodução/ESO/M. Kornmesser) Conceito artístico do evento conhecido como Big Bang (Imagem: Reprodução/ESO/M. Kornmesser) Até os tempos de Hubble, o modelo cosmológico era estacionário, ou seja, considerava-se que o universo era estático — algo que até Albert Einstein defendia na época. Quando a expansão do universo foi descoberta, estudos levaram os astrônomos à irremediável conclusão de que o cosmos um dia foi mais compacto que nos tempos atuais. Continua após a publicidade Hubble não foi o único astrônomo de sua época a descobrir que o universo se expandia. Alguns outros em trabalhos independentes chegaram às mesmas conclusões. Entre, estava Georges Lemaître, um padre e físico — ele sugeriu que se a expansão do universo pudesse ser projetada de volta no tempo, ele ficaria menor. Quanto mais tempo no passado, menor o universo, até que em algum momento toda a massa do universo estava concentrada em um único ponto, um "átomo primitivo". A ideia não foi aceita de imediato. Na verdade, demorou um pouco até que os astrônomos aceitassem a sugestão de que o universo teria um início, já que o consenso era o de que a matéria é eterna. O fato de Lemaître ser um padre não ajudou, pois os cientistas achavam que um “início de tudo” remetia à ideia religiosa de criação do universo. Lemaître defendeu sua hipótese enquanto outros criavam modelos cosmológicos diferentes. Em meados do Século XX, Fred Hoyle, que defendia outra hipótese, usou a expressão "essa ideia de big bang" para se referir à teoria dos “rivais” durante uma transmissão de rádio da BBC. Assim, inadvertidamente, Hoyle cunhou o termo Big Bang usado até hoje. A ideia foi convencendo a comunidade científica em um processo muito lento, mas só veio a ser confirmada por causa de uma outra descoberta: a radiação cósmica de fundo em micro-ondas. 6. Radiação cósmica de fundo Continua após a publicidade Um dos mapeamentos da radiação cósmica de fundo (Imagem: Reprodução/NASA/WMAP Science Team) Um dos mapeamentos da radiação cósmica de fundo (Imagem: Reprodução/NASA/WMAP Science Team) A radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB, da sigla em inglês) é uma radiação eletromagnética prevista pelo trio George Gamow, Ralph Alpher e Robert Herman. Mas ela só foi detectada em observações reais em 1965, por Arno Penzias e Robert Woodrow Wilson. Trata-se de um “fóssil” da luz, resultante de uma época em que o universo era quente e denso, 380 mil anos após o Big Bang. Após o Big Bang, iniciou-se a evolução do universo até que os fótons pudessem começar a viajar livremente pelo espaço. Por isso os astrônomos esperavam que fosse possível detectar os resquícios desses fótons — é como se a radiação do espaço que se mede hoje fosse oriunda de uma superfície esférica, uma marca de quando os fótons começaram a viajar livremente. Esses fótons chegam agora na Terra, mas trazem informações relativamente próximas do Big Bang. Além de ser uma evidência do Big Bang, a radiação cósmica de fundo também ajuda os cientistas a saber mais sobre o cosmos sem depender mais de tanta especulação e hipóteses sobre o início do universo difíceis de se comprovar: se uma nova proposta contrariar as observações da CMB, dificilmente será levada adiante.
O primeiro exoplaneta
et Bilu
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astro/criadora
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Em uma noite de inverno, a observação do estudante de astronomia Didier Queloz no observatório de Haute-Provence, na França, foi atrapalhada pela chuva. Ele decidiu então ir à biblioteca para desenvolver um programa capaz de analisar os dados que ele já havia coletado. Era janeiro de 1995 e outros grupos de astrônomos também procuravam o mesmo que ele — um planeta na órbita ao redor de uma estrela que não o Sol, ou seja, um exoplaneta. Seus dados sugeriam que uma estrela brilhante chamada 51 Pegasi tremia ligeiramente, o que era justamente o indício que Queloz estava procurando. Esse movimento estelar poderia indicar a presença de um exoplaneta, a apenas 47,9 anos-luz da de distância da Terra. A estrela é uma anã amarela com 7,5 bilhões de anos, um pouco mais velha que o Sol, e também ligeiramente mais massiva. Em 6 de outubro de 1995, Michael Mayor e Didier Queloz publicaram na revista Nature a descoberta do exoplaneta 51 Pegasi B. É difícil dizer quem descobriu de fato o primeiro exoplaneta, porque na época alguns conceitos ainda não haviam sido muito bem definidos. Além disso, o primeiro candidato a exoplaneta, encontrado por Gordon Walker no finalzinho de 1979, só veio a ser comprovado 2003. Naquela época e nos anos 1980, a comunidade científica via com “maus olhos” qualquer um que se aventurasse a procurar planetas ao redor de estrelas. Por isso, o Prêmio Nobel da Física pela descoberta do primeiro planeta ao redor de uma estrela do tipo solar foi para Queloz e Mayor.
O ciclo estelar
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