...NOTA DA AUTORA...
Aviso que tudo o que se passa nesse livro é pura imaginação, os personagens, as inspiração, os atos de violência, as cenas explícitas… Tudo não passa de uma de imaginação.
Peço a você caro (a) leitor (a) que embarque nessa leitura e que se sinta dentro da história, espero que eu consiga transmitir a mensagem que eu tanto quis passar quando escrevi essa história.
...PRÓLOGO ...
"Desde o início da minha carreira eu sempre pensei em casamento, mesmo dizendo para as câmeras que não queria me casar... E aqui estou eu, no altar com a Sofia!
Me apaixonei por ela no mesmo momento em que a vi no pátio da escola. Ela estava toda fofa com duas tranças no cabelo e seus olhos negros procuravam algo no chão, eu me aproximei e perguntei se estava tudo bem e ela com um lindo sorriso me disse que estava caçando um anel que sua mãe havia te dado de presente.
Achei o anel pra ela, na hora de colocar no dedo dela eu confessei que tinha me apaixonado à primeira vista. Ela sorriu e disse que deixaria eu namorar ela quando ficássemos adultos.
A partir desse momento eu sempre fiz o máximo de esforço para ao menos estar ao lado dela…
Mas, falhei… Ou não?"
...SEUL, CORÉIA DO SUL...
O som estridente do meu celular me desperta de um sono pesado. O quarto ainda está mergulhado na penumbra, e a luz suave do amanhecer atravessa a cortina fina. Sem paciência, tateio a mesa de cabeceira até encontrar o aparelho.
5h40 da manhã. Três chamadas perdidas da Hanom.
Atendo com a voz rouca de quem acabou de acordar.
— Shin Sofia! — ela praticamente grita do outro lado da linha.
— Hanom! Pra que gritar? — murmuro, afundando a cabeça no travesseiro. — É muito cedo pra você me acordar com esse escândalo.
Meu nome é Shin Sofia. Tenho 24 anos e moro em Seul desde os 5. Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, fui adotada por um casal coreano quando ainda era pequena. Eles me deram tudo: uma casa, uma família e um lar onde eu poderia ser quem quisesse. Mas, quando terminei o ensino médio, decidi que era hora de andar com as minhas próprias pernas. Consegui um emprego como staff em uma empresa de produção de eventos. Já estou lá há dois anos. Apesar do apoio incondicional dos meus pais, eles nunca se cansam de pedir para eu voltar para casa ou aceitar a ajuda financeira deles. Mas eu não consigo. Eles precisam daquele dinheiro para si, e eu preciso da minha independência.
— Liguei pra te contar uma coisa incrível! — a voz animada de Hanom corta meus pensamentos.
— Fala logo, mulher! Ainda preciso me levantar pra me arrumar para o trabalho.
— Está bem, calma. Uma empresa fechou um contrato de dois anos com a nossa equipe.
Sento na cama, surpresa.
— Dois anos?! Tá brincando?
— Nada de brincadeira, é sério!
— O chefe nunca fecha contrato de mais de dois meses. Que empresa é essa? Tão grande assim?
— Claro que é grande! É a Ocean. — O tom de ironia dela quase me faz revirar os olhos.
— Nunca ouvi falar.
— Claro que não, né? Você só fica em casa, não acompanha as notícias, não sabe de nada!
— Gosto de viver assim...
— Pois trate de mudar, porque provavelmente a nossa equipe vai cuidar do grupo Star.
— Grupo Star?
— Isso mesmo! E é bom você pesquisar sobre eles antes de aparecer na empresa com essa sua cara de perdida.
Quando ela desliga, eu solto um suspiro longo. "Ocean?" O que tem de tão especial nisso tudo? Curiosa, pego o celular e começo a pesquisar.
Logo descubro que "Star" não é só um grupo, é uma sensação global. Músicas com bilhões de visualizações, fãs no mundo inteiro. Quanto mais eu vejo, mais me surpreendo. “Como nunca ouvi falar deles antes?”, me pergunto, observando os vídeos de sete garotos, repletos de coreografias impecáveis e produções cinematográficas.
Pouco tempo depois, já estou no ônibus a caminho da empresa. Pela janela, vejo cartazes gigantes com os rostos dos integrantes do grupo. Agora faz sentido. Eles estão em todo lugar, e eu, distraída como sempre, nunca percebi.
[...]
Ao chegar na empresa, sou recebida por Hanom, que me abraça tão forte que quase fico sem ar.
— Não acredito! — ela diz, radiante. — Você finalmente descobriu quem são eles?
— Você é Twinkle, não é? — pergunto, arqueando as sobrancelhas.
— Hahaha! Sou fã desde sempre! Não preciso nem perguntar se você ouviu alguma música.
Balanço a cabeça, rindo.
— Quando ouvi algumas músicas, lembrei de você. Sempre escutava isso perto de mim.
— Pois é, mas como você só gosta de música americana, nunca te apresentei o Star. Agora pode começar a gostar deles e…
— Hanom, nem vem! — corto logo o entusiasmo dela. — Sempre que você tenta me empurrar algo, eu acabo odiando.
Ela ergue as mãos em rendição.
— Tudo bem, tudo bem. No seu tempo.
Acabo sorrindo, mesmo sem querer. É impossível não se contagiar com a energia dela.
— Ai, Sofia, estou tão ansiosa pra conhecer eles de perto! Falaram que são super gentis com os staffs.
— Tomara. Mas, se forem antipáticos... — cerro os punhos como se estivesse me preparando para uma luta.
— Hahahaha! Deixa comigo, senhora valentona. Agora vamos para reunião antes que nos atrasemos!
— Vamos!
Seguimos juntas pelos corredores da empresa, e, mesmo que eu não demonstre, a curiosidade começa a crescer dentro de mim. Afinal, que tipo de aventura me aguarda ao trabalhar com um dos maiores grupos do mundo?
Assim que recebemos a notícia de que contratamos outra equipe — já que a outra havia sido despedida por violar as regras — fomos cada um em direção a seus quartos para nos aprontar e ir para os ensaios.
— Espero que essa produção seja tão boa como falaram…
Diz Seojun que estava subindo as escadas junto comigo e Chan.
— Não mudariam de equipe assim, se ela não fosse boa o suficiente. — o líder fala.
— Vamos ter que nos apresentar, não é? — eu pergunto de forma que não pareça que estou nervoso.
— Claro, só sejam vocês mesmos! — Chan responde com um leve sorriso.
Por fim, cheguei ao meu quarto.
Essa mansão é bem grande.
Eu estava terminando de me arrumar quando Suho entrou no meu quarto para me avisar que já estávamos indo.
— Vamos, princesinha…
— Para, Suho-shi! — o acerto com uma almofada.
— Brincadeira, podemos ir?
— Bora! — eu respondo depois de pegar meu boné e máscara preta.
Entramos no carro e fomos direto para a empresa. Chegando lá, a equipe toda já estava, então, nos apresentamos.
— Olá, somos o Star! — o grupo fala em uníssono.
— Espero que façamos um bom trabalho! — Chan fala e logo faz uma reverência.
Todos fizeram reverência e foram cada um para os seus lugares de trabalho.
[...]
— Aquela parte da música que faz assim, olha... — Hoon fala se levantando e fazendo uns passos. — Jae… Presta atenção!
— Estou prestando! — falo com a voz mais doce que consigo.
Eu realmente não estava prestando atenção... Passei o ensaio todo desconcentrado após ver uma pessoa. Assim que entramos no estúdio vimos a equipe preparada para nossa chegada, mas, meus olhos só conseguiram enxergar uma pessoa na sala! Uma moça de cabelos longos, muito ondulados e castanhos, uma pele bem diferente da nossa e olhos que pareciam buracos negros... Eu fiquei perplexo e curioso. Uma equipe cheia de coreanos, com uma moça tão diferente no meio, só que ela claramente tinha pequenos traços asiáticos e isso realmente me deixou intrigado. Não consegui tirar os olhos dela! A beleza dela fez parecer que só tínhamos eu e ela no local e o brilho que ela exalava fez eu imaginar que sobre ela havia uma luz iluminando somente ela. Por sorte ninguém percebeu que eu fiquei daquele jeito — e nem ela —.
Ela parecia distante e quase não nos olhava. Todas as moças estavam eufóricas e com sorrisos largos no rosto, mas ela não...
Mas foi estranho… Eu senti um certo ar de familiaridade nela...
Deve ser só impressão.
— Espera! — Hoon se senta novamente ao meu lado. — Você está pensando na moça bonita?
Ele percebeu? Está tão na cara assim? Não, acho que não....
— Da onde você tirou isso? — perguntei tentando dispersar meus pensamentos. — Eu estava apenas distraído...
— Se você está dizendo...
De repente somos atingidos por garrafas de água vazias.
— Ei, vocês dois! — Suho grita em nossa direção. — Bora ensaiar novamente...
— Hoje estamos horríveis mas, tem alguém que está muito distraído. — Taeyang fala enquanto arruma o cabelo no espelho.
— Você também percebeu? — Hoon volta no assunto.
— Todos perceberam, agora vamos! — Minki diz autoritário.
Assim que começamos a ensaiar a coreografia, eu fiquei muito na frente, então na hora em que eu pulei escorreguei em um pano úmido e derrubei alguns LEDs que faziam parte da decoração da sala de ensaio.
— Merda! — xingo ao ver o que eu fiz.
Eu gemo de dor e seguro o pé, os meninos correm em minha direção com cara de preocupação.
— Está doendo aqui? — diz Chan com a mão no meu tornozelo.
— Não, está tudo bem! Foi só na hora, acho que já vai passar...
— Tem certeza? — Minki pergunta.
— Eu tenho...
Antes que eu terminasse de falar, a nossa diretora chega e me interrompe.
— Nada disso, vamos para a enfermaria! — diz a nossa querida amarga Park Seri.
— Sra. Park, não precisa disso... Já estou bem, olha! — me levanto e começo a caminhar normalmente pela sala.
Ela dava medo em qualquer um!
— Então está bem! Vou chamar alguém para arrumar a bagunça aqui.
Antes que eu pudesse falar algo, ela grita um nome e eu fico surpreso ao ver a quem ele pertencia.
— Shin Sofia? Senhorita Shin? — ela chama até alguém responder.
— Estou aqui, Senhora! — a moça fala se aproximando.
Quando eu me inclino para olhar atrás dos meninos, era ela! Ela se chamava Shin Sofia.
Fiquei pensando como ela poderia ter um sobrenome coreano... Fiquei ainda mais curioso.
— Que bom... Arrume essa bagunça e depois converse com o responsável pela equipe de limpeza e descubra quem deixou esse pano aqui! — Seri fala autoritária.
— Entendido, senhora! — responde Sofia.
Assim que a Park Seri sai da sala, eu me aproximo da Sofia.
— Oi, me desculpa por te dar trabalho...
Estava morrendo de vergonha mas, precisava falar com ela.
— Não foi sua culpa, Senhor! — ela fala com a voz baixa.
— Claro que foi! Se eu não tivesse tropeçado no pano tudo estaria no mesmo lugar... E por favor, não me chame de senhor! Pode falar informalmente.
— Não posso… Querendo ou não, você é meu chefe! — ela diz ainda recolhendo as coisas.
— Então não vou reclamar, por enquanto... — Falei dando um sorriso e ela abriu um também, o que fez meu coração quase sair pela boca. — Você precisa de ajuda?
— Não, obrigado! Pode continuar o seu treino, esse é o meu trabalho.
— Treino? — perguntei não conseguindo conter o riso. — Você não nos conhecia, certo?
— Bom, minha amiga fez eu pesquisar sobre vocês ontem... Isso conta? — ela pergunta tímida.
Ela me olhou com um sorriso fofo.
— Hahahaha, incrível isso…
— Incrível? — Pergunta ela quase terminando a arrumação.
— Deixa pra lá... Posso te dar uma coisa?
— Pode ser... — ela diz guardando suas coisas e prestes a sair.
— Me dê seu celular. — estendo a mão para ela.
— Pra quê? — Pergunta assustada.
— Confia em mim! — ela me entrega o celular, eu abro o Instagram dela e digito meu user privado. — Quero te conhecer melhor.
— Esse instagram é seu? Não posso...Não posso fazer isso! E você não deveria passar ele assim. — ela tenta pegar o celular mas eu o levanto.
— Vamos fazer assim, você pensa se quer ou não até amanhã a noite e me dá uma resposta. Se sua resposta for sim, você não vai se arrepender! Juro, que só tenho as melhores intenções. — falo tentando convencer ela.
— E se eu falar não e simplesmente esquecer que esse instagram existe? — diz ela num sorriso meticuloso.
— Vai me deixar triste… — entrego o celular dela.
Quando chegou a hora de irmos para casa, fomos os últimos a sair do prédio e já tinha uma van esperando os sete para irmos.
Ninguém perguntou sobre eu ter conversado com a Srta. Shin, já que sempre foi muito comum conversarmos com alguém da staff.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!