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Amor entre Acordes

Epílogo e descrições

Epílogo

Alice Cross

Eu nunca imaginei que minha vida mudaria tão radicalmente. Quando olhava para trás, para aquele tempo em Los Angeles, parecia que tudo acontecia tão naturalmente, sem grandes planos ou expectativas. Tudo começou com uma amizade, uma amizade que não se via como uma simples amizade, mas algo mais forte, como se o destino tivesse colocado as pessoas certas no momento certo.

Eu tinha quatro anos quando minha família se mudou para a cidade, e logo conheci o Vicent, que morava na casa ao lado. Ele tinha algo que me fazia sentir como se já o conhecesse de outras vidas. Bastaram alguns dias para que virássemos inseparáveis, algo que se tornaria uma constante em minha vida. E depois, o Dylan apareceu, ele era novo na cidade, mais um daqueles garotos com a cara de quem já tinha passado por muitas coisas.

Mas foi naquele dia, no nosso último ano de escola primária, que a verdadeira história começou a se desenrolar. Quando vimos os valentões ameaçando aquele garotinho frágil, Max, não hesitamos. Ele estava ali, no canto do pátio, sozinho, sendo hostilizado por algo que não tinha culpa: sua origem. Não deixamos isso passar. Nós, três, enfrentamos aqueles idiotas como se fossemos uma força imparável. E a partir daquele momento, o Max se tornou parte de nossa história, nossa irmandade.

A amizade deles foi a base do que viria, mas a música foi o que realmente nos uniu. Foi quando a adolescência chegou, e descobrimos que, além de nossa amizade, compartilhávamos uma paixão imensa pela música. Quando formamos a banda, nada parecia mais certo. Os vídeos que começamos a fazer, as nossas apresentações, tudo foi se encaixando. Um agente nos viu, e em pouco tempo estávamos assinando contrato com uma produtora. A vida, de repente, parecia muito maior do que poderíamos imaginar.

Nós quatro, unidos pelo rock, e pela amizade, saímos para conquistar o mundo. Mas nem tudo é tão simples quanto parece. A aventura estava só começando.

Nomes e descrições dos personagens principais

Nome: Vicent Jade Blackwood

Nome artístico: Vince (vocalista)

Altura: 1,92

Cidade de origem: Los Angeles - Estados Unidos

Corpo atlético, mas sem exagero, um físico forte, porém natural, possui tatuagens espalhadas pelo corpo tudo, principalmente pelos braços e peitoral. Seus olhos azuis se destacam intensamente contra sua pele branca. O cabelo preto, ligeiramente abaixo das orelhas, tem um estilo despreocupado. Seu nariz é levemente reto e de tamanho médio, em harmonia com o rosto. Os lábios são grossos, e de sorriso largo e confiante.

Nome: Alice Rogue Cross

Nome artístico: Axel (guitarrista)

Altura: 1,68

Cidade de origem: Dallas - Estados Unidos

Corpo magro, mas com coxas mais grossas, possui tatuagens nas pernas, braços e abdômen. Seus olhos verdes têm um brilho sereno, que se destaca no rosto delicado. Sua pele é branca, mas com um tom bronzeado. Os cabelos são loiros dourados, que vão até o meio das costas. O nariz é pequeno e fino, seus lábios são mais finos e com um sorriso pequeno e tímido.

Nome: Max López Rivers

Nome artístico: Mags

Altura: 1,85

Cidade de origem: Monterrey - México

Tem um porte imponente. Sua pele é morena clara, seu cabelo preto e denso é levemente ondulado, e seus olhos castanhos escuros carregam uma expressão intensa e apaixonada. Seu rosto tem traços fortes e definidos, com um nariz levemente arredondado e lábios cheios que são evidentes quando ele sorri. Seu estilo é descontraído, possui tatuagens nos braços, costas e pernas.

Nome: Dylan Cole Vega

Nome artístico: Dizzy

Altura: 1,88

Cidade de origem: Nova York - Estados Unidos

Tem um corpo atlético, robusto em comparação ao Vicent, com músculos bem definidos, é o mais tatuado entre eles, suas tatuagens cobrem seu corpo do pescoço para baixo. Seus olhos castanhos são profundos e expressivos, e seu cabelo castanho é curto, com um corte prático, mas sempre com um toque de rebeldia. O nariz de Dylan tem uma leve curvatura, sendo delicado, mas com uma presença marcante. Seus lábios têm o arco do cupido bem definido, e seu sorriso largo transmite confiança e carisma em qualquer situação.

Nome da banda: Ravage

Nome da gravadora: FireTone

Capítulo 01

Alice Cross

Eu ainda não consigo acreditar que estamos aqui. Sentada nesta sala de reuniões enorme, cheia de pôsteres de ícones do rock nas paredes, vejo o logo da nossa gravadora brilhando em uma placa de metal logo à frente. É quase surreal: nossa primeira turnê. E começa daqui a um mês.

Eu observo os meninos ao meu redor, cada um reagindo ao nervosismo à sua maneira. Vicent, sentado ao meu lado, está com aquele olhar sério de sempre, os braços cruzados, a mandíbula tensa. Ele parece ser o único realmente confortável com toda essa formalidade. Sempre tão focado, assumindo a postura de líder mesmo sem ninguém pedir.

Do outro lado, Max balança na cadeira, um sorriso fácil estampado no rosto. Ele olha para a sala como se estivesse prestes a fazer uma piada sobre o quanto é exagerada. Eu sei que, em algum momento, ele vai dizer algo que vai quebrar o silêncio. É só uma questão de tempo.

Dylan, claro, parece estar quase caindo da cadeira de propósito, jogado para trás, com aquele ar de despreocupado que só ele consegue manter. Seus olhos passeiam pela sala, parando em cada detalhe – mas não consigo dizer se ele realmente está prestando atenção ou só pensando em qual confusão vai se meter depois daqui.

Mas eu… eu estou ansiosa, de um jeito que só aumenta a cada segundo. Não é como subir no palco, onde toda a minha timidez desaparece assim que a primeira nota soa. Aqui, sentada diante dos executivos da gravadora, sinto como se estivesse em uma prova, esperando para saber se realmente estamos prontos para isso.

Um dos produtores pigarreia, chamando nossa atenção.

- Então, vamos falar sobre a turnê. -ele começa, olhando para cada um de nós. -Vocês estão prestes a entrar em uma nova fase, e precisamos garantir que tudo esteja nos trilhos.

Vicent acena com a cabeça, e Max, claro, sussurra algo que só eu e Dylan conseguimos ouvir. Tento segurar o riso, mas não posso deixar de sorrir um pouco. Talvez seja bom ter alguém que sempre faz piada quando a pressão parece alta demais.

- Vocês vão abrir em Nova York e terminar aqui, em Los Angeles.

O produtor continua, enquanto as imagens de palcos e datas surgem na tela à nossa frente. A visão de cada cidade me faz sentir um arrepio.

A turnê. Nossa turnê. Eu olho para os meninos, e cada um parece ter a mesma sensação, embora reagindo de um jeito completamente diferente. É como se estivéssemos prestes a dar um salto – e, por mais que o nervosismo grite dentro de mim, sei que estamos juntos, prontos para qualquer coisa.

Enquanto o produtor projeta as datas na tela, a porta se abre e entra nosso agente, Oliver Grant. Alto, com um terno perfeitamente ajustado e aquele olhar atento que sempre parece estar um passo à frente de todos, ele se aproxima da mesa e nos encara com um leve sorriso. Eu nunca sei o que esperar dele; Oliver é o tipo de cara que equilibra uma frieza profissional com uma paciência que, confesso, às vezes é desafiada pelo nosso jeito. Especialmente pelo jeito do Dylan.

- Vocês parecem animados. - ele diz, com um ar de aprovação que é raro de ver.

- Estamos prontos.

Vicent responde com confiança, enquanto Max faz uma cara de convencido. Oliver revira os olhos, mas não deixa de sorrir para nós. É fácil ver o quanto ele acredita na banda.

Oliver se senta e abre uma pasta com os detalhes da turnê. Ele começa a repassar cada data, cada palco, cada intervalo curto entre um show e outro, e a responsabilidade do que está por vir fica cada vez mais clara.

- Tudo vai estar preparado para vocês, mas a pressão vai ser grande. - ele começa.

Os fãs vão estar em todos os lugares. E com cada show, a visibilidade de vocês vai crescer – então precisam se comportar.

Sinto o olhar dele pousar no Dylan. Dylan, como sempre, apenas levanta as sobrancelhas, fingindo inocência, mas eu sei que ele entende o recado.

- Dylan. - Oliver o chama, com um tom mais firme.

- Essa é sua chance de levar as coisas a sério. Você é bom no que faz, mas precisa parar de procurar confusão e ficar longe de problemas. Principalmente… com mulheres.

A expressão dele é uma mistura de preocupação e frustração, como se já previsse exatamente o que Dylan faria se fosse deixado à solta.

Dylan dá de ombros, lançando aquele sorriso despretensioso que é metade charme, metade desafio.

- Relaxa, Oliver. Sei me cuidar.

- Esse é o problema. Você sempre diz que sabe, mas parece que esquece quando a situação surge.

Oliver rebate, olhando diretamente para ele.

- Não quero ter que resolver outro escândalo no meio de uma turnê. Isso é sério, Dylan. Qualquer passo errado seu pode custar caro. E estamos falando de shows, contratos, e…

- E a minha cabeça. - Vicent completa, com um olhar severo.

Dylan ri, mas sei que ele respeita o que Vicent diz. É o único jeito de manter tudo no lugar.

Oliver suspira, mas finalmente dá um aceno de aprovação.

- Ok, então. A última coisa que quero é ver essa turnê afundar antes mesmo de começar. Mas, se cada um fizer sua parte, posso garantir que esse será o início de algo muito maior do que vocês imaginam.

O olhar de Oliver se suaviza um pouco, e, apesar do sermão, dá para ver o orgulho dele em nós.

- Vamos dar tudo de nós,. - digo, quebrando o clima tenso.

Vicent concorda com um breve sorriso, e até Max, que geralmente só pensa em piadas, parece mais sério.

- É isso que quero ouvir. - Oliver diz, batendo as mãos na mesa. - Agora vamos fazer dessa turnê um sucesso e mostrar para o mundo do que vocês são feitos.

Capítulo 02

Vicent Blackwood

Eu sempre acho que as coisas acontecem rápido, mas nunca imaginei que a nossa primeira turnê seria em tão pouco tempo. Estamos, no estúdio, com os acordes da guitarra de Alice misturados com o ritmo frenético da bateria de Dylan e o peso do baixo de Max, como se nada tivesse mudado. Mas tudo está prestes a mudar, e isso me dá um nó no estômago.

A turnê será nossa grande chance de finalmente sair do underground e ganhar o mundo. Estamos prontos, ou pelo menos é o que quero acreditar. Estamos a um mês de começar os shows, e o tempo parece passar cada vez mais rápido. Sei que preciso manter todo mundo focado. A pressão é grande, mas, de alguma forma, sempre me sinto responsável por todos.

Max está… Max. Ele bate no baixo com aquele entusiasmo de sempre, mas o cara parece estar em outro planeta. Sério, quem mais começa a tocar como se estivesse em um show, no meio de uma conversa importante sobre logística de turnê, se não o Max? Sei que ele está animado, mas não podemos ser irresponsáveis agora. A última coisa que quero é que ele bagunce tudo por causa da sua falta de foco.

— Max, calma aí, cara! — falo, tentando chamar a atenção dele enquanto ele toca com mais intensidade. — Vamos manter o ritmo, ok? Não vamos fazer o ensaio virar um show agora.

Ele para de repente e me dá um sorriso largo, como se tivesse feito algo incrível.

— Ah, qual é, Vicent, estava só testando o som, né? — Ele ri e eu reviro os olhos. Esse sempre foi o problema com ele: é difícil fazer ele entender que é hora de trabalhar e não de brincar.

Alice, do outro lado do estúdio, está imersa no que está fazendo. Ela sempre foi assim, calma, concentrada, mas sei que, se ela estiver de olho em tudo, o foco dela na turnê será inabalável. O que preciso fazer agora é garantir que nenhum de nós se perca na loucura que será a estrada. E Dylan… bom, Dylan é Dylan. Aquele cara sempre me dá mais trabalho do que todos juntos. Mulherengo, espalhafatoso, e, para piorar, sempre com algo para falar. Isso me deixa louco.

— Dylan, presta atenção — falo de forma mais suave, mas firme, para ele. — Vamos focar no que realmente importa. A turnê está chegando e precisamos estar prontos.

Ele olha para mim com aquele sorriso, mas percebo que, apesar de tudo, ele está prestando atenção. Sabe que estou falando sério, e sei que ele tem um bom senso de quando é hora de se concentrar. Dylan pode ser impulsivo, mas quando está na bateria, ele se transforma. Ele é parte fundamental do ritmo da banda, e eu confio que ele vai dar tudo de si quando for necessário.

Nesse momento, nosso agente, Oliver, entra na sala. Ele está com uma expressão séria, e sei que vem com uma missão.

— Precisamos conversar. — Ele diz, com uma voz baixa, o que já me faz ficar alerta.

Nos reunimos ao redor dele, e percebo que Oliver está tenso. Ele sabe o quão grande essa turnê será para nós, e também sabe o quanto alguns de nós precisamos melhorar o comportamento. Fico atento a tudo o que ele diz, porque sei que a chance de nosso sucesso está nas mãos de todos nós. Só que, se não tomarmos cuidado, qualquer deslize pode nos fazer cair.

— A turnê está a um mês de começar, e eu não vou perder meu tempo com piadinhas. — Oliver olha diretamente para Dylan, que parece ainda não ter entendido a gravidade da situação. — Dylan, preciso que você fique longe de problemas. Você já sabe do que estou falando.

Vejo Dylan dar de ombros, mas também percebo que ele sabe que o sermão é sério. Oliver não brinca.

— O que eu quero é que você tenha foco. Vai ser difícil evitar todas as tentações da estrada, mas eu não quero ver você se metendo em encrenca por causa de mulheres. Não vamos arruinar tudo, ok?

Dylan parece querer protestar, mas antes que ele possa falar algo, Max, do outro lado da sala, grita:

— E eu, Oliver? Posso me meter em confusão ou não?

Oliver dá um olhar afiado para Max.

— O que você vai fazer, Max, é focar em tocar o baixo e seguir o cronograma, ou vai ser a última turnê da sua vida.

A tensão no ar é palpável. Sei que eles vão seguir as regras, pelo menos por agora. Espero que eles entendam o que está em jogo. A gente vai ter que amadurecer mais do que nunca.

Olho para Alice, que está quieta, observando a situação de longe. Ela sabe como me sinto. Ela sabe que estou tentando cuidar deles, mas isso não torna as coisas mais fáceis. Como líder da banda, é minha responsabilidade manter todos no caminho certo. E não estou disposto a deixar que ninguém nos faça tropeçar.

A turnê está se aproximando e sei que os desafios que vamos enfrentar serão grandes, mas a coisa que mais me preocupa é não conseguirmos nos manter unidos. O resto a gente pode resolver. Só preciso que eles me acompanhem nesse caminho.

— Então, todos estão de acordo? — pergunto, finalmente.

Todos fazem que sim com a cabeça, e, por um breve momento, parece que realmente estamos prontos para a estrada. Mas sei que isso vai exigir mais do que apenas ensaios e reuniões com o agente. A verdadeira jornada está apenas começando.

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