Lucas Scannell

Boss da Máfia Scannell

Sou Lucas Scannell. Se há uma lição que a vida me ensinou é que fraqueza não tem espaço em meu mundo. A máfia não é uma organização qualquer; é uma máquina, e eu a comando com uma precisão calculada, cada peça em seu lugar, cada movimento meticulosamente executado. Quem serve sob meu comando conhece o peso de cada decisão e o custo da deslealdade, um preço alto que poucos ousam pagar.

Meus inimigos são muitos, mas eu os vejo apenas como obstáculos no caminho. Na minha visão, eles não são adversários – são alvos. No meu ramo, compaixão é um luxo que não posso me permitir. Hesitar? Não faço isso. Eliminá-los é um ato calculado, necessário para saberem que me desafiar é apostar a própria vida. E eu não ofereço piedade.

A máfia é um mundo feito de sombras, onde a confiança é uma moeda rara e meu comando é absoluto. Não tenho receio de sujar as mãos para proteger o que é meu. Quem ousa me desafiar entende rapidamente que a traição é um erro fatal, uma falha que custa caro. Sob minha liderança, a lealdade e a coragem não são pedidas; são exigidas.

Quando encaro um inimigo, é o medo que vejo nos olhos dele. Esse medo é o alicerce da minha liderança, uma marca do respeito que conquistei. A reputação que criei não se baseia apenas na força bruta, mas na determinação de ser implacável. Os sussurros na escuridão contam histórias de um homem que não hesita, de um líder que honra suas palavras com ação.

Sou moldado pela brutalidade, mas ela não me define por completo. A máfia é uma extensão de quem sou, mas não o meu todo. Por trás dessa fachada, existe um homem que por vezes anseia por algo indefinível, um vazio que nem todo o poder é capaz de preencher. Quando me olho no espelho, vejo um estranho. Minha beleza é uma armadilha, meus olhos profundos como a noite escondem segredos que poucos suportariam encarar. Tenho uma possessividade que domina cada relação que ouso permitir.

Há quem diga que eu deveria “me estabelecer”, encontrar uma esposa, formar herdeiros. Esse discurso ressoa nos lábios dos conselheiros, uma ladainha que não passa de tolice aos meus ouvidos. Casamento? Herança? Tenho, um filho com uma mulher que achei que poderia ser mais. Mas, não deu certo. Agora, ela é feliz ao lado do meu irmão, Thomas. Foda-se eles e essa ideia de família.

As ruas sussurram meu nome. A cidade inteira vibra ao som de meus passos, mas ela é insaciável e faminta. A máfia não se constrói apenas de armas e dinheiro; ela se alimenta da reputação, das histórias de brutalidade e do medo que corre em cada esquina. Lucas Scannell não é apenas um homem, é um símbolo. Eu, essa figura que eles tanto temem e reverenciam, sou um mito vivo – uma ameaça constante de que o caos está sempre à espreita, esperando que eu estale os dedos para surgir e consumir tudo.

E, ao mesmo tempo, existe um cansaço que não consigo ignorar. Vez ou outra, encontro-me olhando para fora das janelas do meu escritório, vendo as luzes da cidade se apagarem. Nessas horas, sou apenas eu, sem os olhares dos meus homens, sem as exigências da organização. E, por um instante breve, imagino uma vida diferente. Mas essa vida não é minha, nunca foi e nunca será. Estou enraizado nessa escuridão, e qualquer desejo por algo mais é nada além de uma fraqueza momentânea.

Existe somente uma coisa que ainda não tenho!a cabeça de um hacker, conhecida como a gata negra, mas com preço que coloquei sobre sua cabeça logo terei.

ANNABELLE BARONNE

(Codinome)ASSASSINA DAS MIL FACES E A GATA NEGRA

"Oi, eu sou Annabelle Scannell Barone, filha de um assassino frio e cruel. Meu pai, Willian Barone, conhecido como 'Morte', não é apenas um homem; ele é uma lenda entre os que conhecem o verdadeiro significado do medo.

Desde pequena, fui moldada para ser uma assassina, treinada para ser a sombra que se move sem ser vista, a mão que entrega o fim a alguém quando é paga.

Enquanto outras meninas brincavam com bonecas, eu empunhava facas, armas e venenos, aprendendo a arte do engano e do controle. Cada movimento meu é calculado; cada gesto, uma dança entre a vida e a morte. Carrego o peso do sobrenome Barone. Minhas habilidades me transformou em uma prisioneira da minha própria família, uma arma letal deles, são meus donos, pena que meus pais não enxergam, ou não querem enxergar.

Meus olhos azuis, que deveriam brilhar com inocência, são janelas para uma alma que viu muito mais do que gostaria. E em meio a essa realidade sombria, uma coisa me consome: o desejo de ser livre. Anseio por um mundo além das sombras, um lugar onde eu possa ser mais do que apenas uma assassina.

A verdade é que eu já tirei a vida de mais pessoas do que posso contar. Aquelas mortes se tornaram uma parte de mim, uma marca indelével em minha essência. Para cada vida que extingo, tenho um ritual particular: antes que a vítima morra, pergunto qual é a sua cor favorita. É um momento de conexão, um último instante de humanidade antes do fim. Depois, faço uma pequena tatuagem de uma estrelinha com essa cor em algum lugar do meu corpo em homenagem a elas. Cada estrelinha é uma lembrança, um testemunho do que foi perdido. Ao longo dos anos, esse pequeno tributo se acumulou, formando um manto de estrelinhas que brilha em meio à escuridão que me cerca.

E por falar em escuridão, deixa eu compartilhar um segredo com vocês: tive aulas de sedução. Sim, vocês acreditam? A sedução é uma arma poderosa, e eu aprendi a usá-la com maestria. Em cada olhar, em cada movimento sutil, há uma história sendo contada. Seduzir é mais do que apenas fisgar alguém; é criar uma conexão, despertar emoções. Sou uma artista dessa dança, onde o perigo e o desejo se entrelaçam em uma sinfonia perfeita.

Em meio a essa realidade sombria, existe uma luz que brilha intensamente, e essa luz se chamava Vlad Scannell. Faz tanto tempo que não nos vemos, mas sempre foi assim entre nós — uma conexão inabalável que persiste apesar da distância. Cada momento que passamos juntos neste pequeno apartamento que compramos é um tesouro escondido guardado em meu coração, uma coleção de memórias que me aquecem nas noites mais frias.

Nesses encontros furtivos, posso ser apenas Annabelle, não a assassina treinada que todos esperam que eu seja. É nesses instantes que me permito ser vulnerável, deixando de lado o peso da minha vida. A alegria e a paixão que compartilhamos são como um refúgio em meio ao caos, mesmo que por um breve momento.

Ah, não pense que nos entregamos completamente... Nunca me senti pronta. Sempre ficamos apenas nos amassos, perdidos na adrenalina desses momentos furtivos. Não me lembro exatamente quando começamos, mas foi cedo, antes mesmo de eu entender as consequências. Agora, estou decidida a ter minha primeira vez com ele, a transformar esses instantes de calor e desejo em algo mais profundo e significativo.

Cada dia que passa só intensifica meu desejo. Quero que esses momentos se tornem memórias eternas, não apenas fragmentos de uma juventude perdida em meio a trevas. Com Vlad, sinto que posso finalmente me libertar das correntes que me prendem, e estou pronta para dar esse passo.

Estou aqui na Itália, esperando por Sergei, nosso melhor amigo e mentor, que me pediu ajuda para encontrar alguém. Enquanto olho para o meu reflexo no espelho, vejo uma mulher que se esconde atrás de uma fachada de frieza. Visto um vestido floral, leve e delicado, e, por um instante, sinto como se a vida pudesse ter cor.

Desço as escadas do meu apartamento, o aroma do café fresco vindo da cafeteria no térreo me envolve, e me pergunto se um dia poderei viver sem me preocupar com as sombras que me cercam.

Ao me sentar à mesa, espero por Sergei, observando o mundo lá fora com um olhar atento e distante. Se alguém olhasse para mim, veria apenas uma jovem inofensiva, mas por trás do meu sorriso e da minha aparência doce, há uma mente afiada e um coração que anseia por liberdade. Cada assassinato, cada missão, é apenas uma parte de quem sou; a verdadeira Annabelle é alguém que busca mais, que deseja experimentar a vida além da escuridão.

E, no fundo, sempre soube que Vlad é uma parte essencial dessa busca por liberdade.

Mousse(Rato)

Braço direito e homem de confiança de Lucas Scannell

Eu tinha sete anos quando minha vida virou de cabeça para baixo. Antes disso, minha família era tudo o que eu poderia pedir. Cresci cercado de amor, carinho e proteção. Meus pais estavam sempre ali, garantindo que eu fosse feliz, sem saber o que era a dor. Mas isso tudo se desfez em um piscar de olhos. Cheguei em casa de um dia de escola e encontrei a destruição. Minha casa estava em ruínas, e minha família… não estava mais lá. Minha irmã… eu nunca soube o que aconteceu com ela, mas ela desapareceu. Não houve explicações, não houve despedidas. Apenas a sensação de que o mundo tinha me arrancado tudo de uma vez.

Homens apareceram e começaram a me perseguir. Fui forçado a fugir para as ruas, sozinho, sem ninguém para me proteger, sem saber o que estava acontecendo. O medo tomava conta de mim, mas o desespero era maior. Nas ruas, aprendi rápido que o mundo não tinha piedade de quem era fraco. Fui forçado a enfrentar o pior da humanidade – violência, abuso e a dor de ser apenas uma criança tentando sobreviver.

Aos poucos, fui me acostumando com a maldade humana. Vi crianças mais velhas do que eu se afundando em drogas, vi as ruas se tornarem um campo de batalha. Fui me tornando parte disso, um pequeno pedaço dessa máquina suja, até que um dia, uma mulher me encontrou. Ela era dona de um bordel, uma cafetina que me viu como um projeto. Ela me recrutou para pequenos roubos, trabalhos sujos e depois me forçou a fazer coisas ainda piores. Ela me ensinou tudo o que eu precisava saber para sobreviver nesse mundo, mas ela me destruiu de uma forma muito mais cruel: emocionalmente. Fui abusado, usado e  manipulado e deixado para morrer por dentro, até que eu não soubesse mais o que era sentir.

E então veio o trabalho que mudou tudo. Fui mandado para roubar um galpão. Eu achava que era apenas mais um serviço, mais uma coisa suja que eu teria que fazer para conseguir sobreviver. Mas, claro, fui pego. Fui torturado, espancado, até que não conseguia mais distinguir dor de escuridão. Foi nesse momento que eles apareceram: Maximilliano e Lucas Scannell. Homens que poderiam me dar uma chance, ou me acabar de vez.

Quando Lucas me perguntou se eu preferia morrer ou entregar quem me mandou, eu sabia que poderia ser a última escolha da minha vida. Mas eu não sou um traidor. Nunca fui. Então, olhei para ele e disse: “Não sou x9.” Aquilo fez os dois sorrirem. Eles queriam saber como alguém como eu tinha chegado nesse ponto. Contei o que sabia, cada pedaço de dor, cada escolha errada que fiz. E foi aí que a proposta veio.

Maximilliano me ofereceu uma chance: trabalhar para eles. Eu estava em um beco, e a morte parecia certa. Então, aceitei. Não tinha mais nada a perder. Eles me chamaram de “rato”, e talvez isso tenha sido o começo de tudo. Uma nova vida, com novos propósitos. E foi assim que a minha jornada no submundo começou.

Fui treinado por Morte, o homem nas sombras que nunca me olhou com simpatia, mas me preparou para o que seria a minha realidade daqui para frente. Eu estava vivo, e isso era o que importava. Me tornei o braço direito de Max. Quando Lucas assumiu a máfia, foi um movimento natural, e agora era ele quem eu servia. Ele me deu tudo o que eu precisava: poder, respeito e um lugar para chamar de meu. E eu me dediquei. Dei tudo o que tinha para ele, porque ele foi o homem que me tirou das ruas, que me deu a chance de me vingar de quem destruiu minha vida. A lealdade a ele é tudo o que eu tenho.

Mas aos vinte anos, algo aconteceu que me fez questionar ainda mais. Chloe, a filha de Max, sempre foi a patricinha que conhecia seu lugar, mas um dia ela invadiu meu quarto. Ela se entregou a mim de uma forma que eu não esperava. Quando ela me revelou que estava apaixonada por mim, eu não consegui mais esconder a verdade: também a amo, mas eu não poderia, nem se quisesse, corresponder a esse sentimento. A lealdade ao Max e Lucas sempre foi mais forte. Eles foram o único que me deu um propósito, os únicos que me tirou do abismo. Por respeito a eles, e por respeito à posição que ocupo na família, eu a rejeitei. Sei que a machuquei, mas não sou ninguém, que possa lhe oferecer um futuro. Eu sabia o que significava traição nesse mundo, e eu não estava disposto a me tornar mais um a quebrar essa confiança. Chloe pode ser linda, mas a minha lealdade aos meus chefes vem antes de qualquer outra coisa.

Agora, eu sou Mousse para aqueles que me conhecem. Meu nome verdadeiro? Ninguém sabe, exceto Lucas e Max. Não me importa o que falam de mim, mas, se você souber o meu nome, melhor é se lembrar que é um segredo guardado a sete chaves.

Tem um  o primo que comanda o Submundo do jogo bicho, os chamados bicheiros. Eu o descobrir há pouco tempo. Ele só não sabe o quanto pode ser útil para os meus dons. Ele só não sabe ainda.