O gênero BL no mundo omegaverse aborda casais alfa x ômega, alfa x beta, alfa x alfa.

Alfa: Podem ser homens ou mulheres. Os homens possuem a constituição masculina típica e comum, com a diferença de serem mais altos e geneticamente superiores aos betas (homens comuns). Eles liberam feromônios com diferentes aromas característicos, com o intuito de seduzir, suprimir ou dominar o gênero oposto. As mulheres alfa possuem aparelho reprodutor feminino e masculino, podendo engravidar e engravidar outras pessoas.

Ômega: Podem ser homens ou mulheres. Os homens ômega têm uma constituição mais delicada, são mais frágeis que os alfa ou beta, e possuem uma beleza única. Eles podem conceber, ou seja, engravidar, independentemente do gênero. Têm um ciclo de cio a cada 2 meses e liberam feromônios geralmente com aromas adocicados para seduzir seu parceiro alfa. As mulheres ômega têm uma constituição feminina de beleza única, podem conceber, ou seja, engravidar, e seu ciclo de cio ocorre uma vez por mês.

Beta: Seres humanos comuns. Os homens não podem engravidar, apenas as mulheres desse gênero. É muito difícil que um casal beta tenha um filho ou filha com gênero secundário ômega ou alfa, pois não podem emanar nem perceber feromônios.

Em certos casos, e por questões diversas ou dominantes, podem transmutar para um gênero recessivo.

...PRÓLOGO...

"Preciso encontrá-lo, preciso encontrar o maldito ômega que me deixou impossibilitado como homem... preciso encontrá-lo e fazê-lo sofrer... por sua culpa agora... sou impotente 😩😩"

Essas eram algumas das palavras que repetia nosso alfa Daniel Lombardo, um famoso designer de moda que, após uma noite naquele evento espetacular, o conheceu, ou melhor, a conheceu?.

Mathew Lujan, um rapaz que após perder uma aposta com sua melhor amiga teve que se disfarçar de garota e ir àquele evento com ela como sua "amiga".

Um olhar, um aroma, um primeiro encontro e uma tatuagem de borboleta monarca são coisas que marcam o início de uma história de amor distorcida, frustração, diversão e um romance destinado.

"Não tolero garotos, sejam ômegas, alfas ou betas, jamais sairia com um garoto, nunca vou me apaixonar, jamais me ajoelharei diante da deusa ou do destino, meu destino eu mesmo forjei"

Era algo que Daniel repetia com orgulho, mas será mesmo?

Acompanhe-os em sua divertida e romântica história.

(Conteúdo sexual explícito e linguagem inapropriada para algumas pessoas)

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APRESENTAÇÃO DOS PERSONAGENS:

NOME: DANIEL LOMBARDO

GÊNERO SECUNDÁRIO: ALFA HIPERDOMINANTE

AROMA DO FEROMÔNIO: EUCALIPTO

IDADE: 29 ANOS

COR DOS OLHOS AO TRANSFORMAR: DOURADO

OCUPAÇÃO: DESIGNER, DIRETOR EXECUTIVO DA "BOMBARDIE", A MAIS IMPORTANTE CASA DE MODA DE SEU RAMO.

DATA DE ANIVERSÁRIO: 12 DE JANEIRO

SIGNO: CAPRICÓRNIO

PERSONALIDADE: FRIO, HERMÉTICO, SÉRIO E DURO, FOI APELIDADO DE "O OGRO DA MODA". É VICIADO EM PERFEIÇÃO E SUA IMAGEM É O MAIS IMPORTANTE. NEGÓCIOS E DINHEIRO SÃO SUA PAIXÃO. NÃO DESISTE FACILMENTE E SEMPRE CONSEGUE O QUE QUER. ODEIA COISAS DOCES, ROMANCE OU DEMONSTRAÇÕES DE CARINHO. JURA QUE JAMAIS SE APAIXONARÁ.

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NOME: MATHEW LUJAN

GÊNERO SECUNDÁRIO: ÔMEGA

AROMA DO FEROMÔNIO: DOCE DE LEITE

IDADE: 27 ANOS

COR DOS OLHOS AO TRANSFORMAR: ...

OCUPAÇÃO: DESIGNER DE MODA, ASSISTENTE PESSOAL DE DANIEL LOMBARDO.

DATA DE ANIVERSÁRIO: 16 DE MARÇO

SIGNO: PEIXES

PERSONALIDADE: MEIGO, ALEGRE, CARINHOSO E DOCE. É OBSTINADO, CONSEGUE O QUE QUER SEMPRE, DE UMA FORMA OU DE OUTRA. DECIDIDO E PERFECCIONISTA. NÃO PENSA EM AMOR E NÃO QUER SE APAIXONAR NUNCA. CONHECEU O HOMEM DE SEUS SONHOS, E TAMBÉM DE SEUS PESADELOS, EM UMA FESTA E, DESDE ENTÃO, ODEIA A IDEIA DE DESTINO OU AMOR. COME COISAS MUITO DOCES E ADORA CLIMAS QUENTES. SEUS ANIMAIS FAVORITOS SÃO OS FELINOS, MAS NUNCA PÔDE TER UM.

SEJAM BEM-VINDOS A "A BORBOLETA DO CEO"

🙋🙋🙋🙋🙋🙋🙋

-Carol, eu definitivamente me sinto extremamente ridículo!

-Você está lindo! Quer dizer, linda hehehe.

-Carol, chega, é muita maquiagem!

-Calma, é o preço de perder!

O que tinha de mau em usar peruca e maquiagem? Ou até um lindo vestido que modelasse suas curvas? Apenas uma razão, Mathew era um garoto.

Mathew Lujan era um garoto Ômega, melhor amigo de Carolina Richsten, a Ômega que justamente agora o fazia vestir aquela roupa por causa de uma aposta perdida.

-Você disse que faria, iria me acompanhar!

-Simmm, mas como seu parceiro homem! Não como uma garota, eu me sinto tão ridículo, pareço um daqueles palhaços de cruzeiro! O que é isso atrás? Parecem implantes!

-Você está caçoando de mim, Mathew? São suas nádegas! Seu convencido!

-Oh deus... eu estou mesmo com um traseiro grande, não estou? Hahaha

-Hoje você vai ser a sensação! Vai ter muitos alfas e ômegas naquela festa! Talvez você até encontre alguém.

-Você sabe que nada disso me interessa...

-Chato! Vamos, vamos, está ficando tarde!

A Ômega saiu daquela linda casa, olhou por cima do ombro para seu melhor amigo que agora caminhava até o carro todo desajeitado, os saltos definitivamente não eram para ele, de alguma forma chegou ao veículo enquanto a garota ria muito só de lembrar do jeito que ele andava.

-Você precisa andar direito se não quer ser a piada da noite hahaha.

-Essas coisas malditas, como vocês conseguem andar nisso? Meus pés estão doendo pra caramba!

-Você é muito reclamão! Mas se você achar um bom alfa, vai me agradecer depois! Vamos, se concentra, ok!

Mathew apenas fez uma cara feia e se olhou naquele espelho, com certeza ninguém diria que era um garoto, amaldiçoou sua genética por fazê-lo tão delicado, porque justamente agora parecia uma garota, ele era bonito, sabia disso, mas agora com a peruca ruiva e os olhos cor de pêssego, estava extremamente atraente, o vestido caía muito bem e até os implantes nos seios eram do tamanho perfeito para exibir uma boa figura.

-Ei, gênio, e se der para perceber o que eu tenho entre as pernas? Ou pior! Como vou fazer para urinar? Terei que entrar no banheiro feminino? Oh meu deus!

-Mathew hahaha em primeiro lugar, não vai dar para notar nada, você tem um pequenininho, amigo... em segundo, faça xixi normalmente, não é como se você fosse mostrar para todo mundo! E sim, você vai ter que entrar no banheiro feminino, você é uma garota agora! Dããã..

-O que você disse? Eu.. eu... não tenho um pequenininho, é normal, padrão! Não sei que tipo de monstros você vê, mas o meu é padrão!

-Hahaha tá bom, tá bom, o que você diz, amigo... Vamos, chegamos.

O garoto desceu do carro com toda a elegância de uma dama que conseguiu, tentando não balançar nos saltos e com o minivestido que vestia, ao descer e ajustar a delicada peruca, pôde sentir alguns homens e até algumas mulheres alfa olhando, Carol sorriu de orelha a orelha

-Isso aí, amigo, vamos arrasar na paquera hoje! Quem sabe até você perde a virgindade...

-Eu desisto...

-Não, não espera, Math, por favor... só uma hora, tá bom, por favor, só uma hora...

Mathew apenas respirou fundo enquanto olhava nos olhos escuros da Ômega

-Só uma hora, ok! E não me dê nada para beber nem comer, não quero ter vontade de ir ao banheiro, nunca entrei em um banheiro feminino!

-Feito!! Vamos.

Carol entrou de mãos dadas com Mathew enquanto notava que todos os olhares se voltavam para o garoto, sorriu, sabia que ele era bonito, mas como mulher era ainda mais.

-Eles estão nos olhando demais...

-Carol... como vou me chamar? Eu não sei... como vou me chamar?

-Umm, Mathy...

-Não brinca comigo...

-O quê?

-Poderia pelo menos ser menos óbvio?

-Vamos, Mathew, aqui ninguém te conhece, nem os verá novamente depois desta noite, só se divirta...

Mathew ainda não estava totalmente convencido, embora se o encarassem directamente, era um Ômega bonito ainda mais vestido de mulher, entrou na mansão nervoso enquanto os olhares se fixavam nele, ou nela, pois nesse momento Mathew era uma garota.

Na mesma mansão chegava Daniel Lombardo, o diretor executivo das indústrias de design mais procuradas da América Latina, dedicavam a maioria de suas indústrias ao design de roupas e calçados, onde trabalhavam alguns dos designers mais exclusivos do setor, Daniel era um alfa, um alfa Hiperdominante, todos que o conheciam sabiam que Daniel era uma pessoa difícil e diferente, ele nunca havia tido um relacionamento público, se tinha tido aventuras, as mantinha muito bem escondidas, também não era um alfa que estivesse em escândalos ou na boca do povo, se sua foto saía na seção social era somente para reiterar algum de seus designs ou seu sucesso no mundo da moda. Não se falava de sua família nem de suas amizades, seu círculo social se reduzia a ele e Isak, seu melhor amigo e coordenador de comércio em sua companhia, fora isso Daniel não tinha nenhum interesse nas pessoas, era frio, indiferente e arrogante, ele repetia para si mesmo que "nunca se apaixonaria por ninguém" jurava que o amor era uma perda de tempo e que o destino, e o laço dos parceiros destinados era uma bobagem, mesmo que sua mãe e pai fossem Ômega e alfa destinados ele jurava que isso nunca aconteceria com ele e que poderia viver perfeitamente sozinho pelo resto da sua vida, até ria do destino dizendo que nunca se ajoelharia frente a ele ou à deusa lua, Daniel era um alfa egocêntrico e volúvel.

Entre suas preferências em parceiros, ele apenas procurava aventuras de uma noite, e jamais saía com garotos, somente mulheres betas ou alfas, se alguma vez se apresentava diante dele uma Ômega ele simplesmente a rejeitava mesmo que fosse linda, porque queria evitar sentir-se atraído por uma feromona, evitar a marca e o nó, e sobretudo porque Daniel tinha a condição de "Hipersensibilidade feromônica", condição que havia trazido amargura e dor à sua vida. Daniel simplesmente queria evitar complicações e compromissos em sua vida, por isso seu lema sempre foi "não Ômegas, não garotos, somente garotas", repetia sempre para si mesmo, e jurava que sempre seria assim, ele nunca se apaixonaria, nunca, por ninguém, ninguém nunca o apaixonaria e poderia jurar isso.

Desceu do carro com arrogância, olhou ao redor a festa que ele mesmo havia organizado para encontrar "novos talentos" em sua empresa, ao longe viu a garota que chamava bastante a atenção, Carolina Richsten, filha de Marlon Richsten um famoso designer Canadense dos anos 2000, sua única filha Ômega era bastante reconhecida no meio por seus designs contemporâneos apresentados na Alemanha e Ucrânia, era um elemento que lhe convinha em sua casa de modas sem dúvida, sorriu e pegou uma taça para se aproximar de forma sedutora da garota, seu lema era não Ômegas mas a queria em sua casa de modas então um pouco de flerte não faria mal, os negócios estavam em primeiro lugar afinal de contas e fazia o que fosse necessário para consegui-los, mesmo que isso implicasse em flertar com algo que ele não tolerava, Ômegas... chegou até onde a Ômega sorria para os alfas que se apresentavam, sorriu e fez um gesto de brinde, Carolina sorriu enquanto levantava a taça

-Boa noite senhorita, está se divertindo?

-CEO Lombardo... estou me divertindo, obrigada! E o senhor? Está como esperava desta reunião?

-Agora sim, alguns convidados são mais agradáveis que outros 😉

-Se os outros o ouvissem certamente ficariam tristes, hehehe

-É por isso que só disse a você, senhorita hehehe

O alfa continuou falando da maneira mais sedutora possível, Carolina conhecia de cor e salteado a história do alfa, sabia de suas preferências e de seu caráter, em seu mundo ele era um alfa difícil e diferente, apenas sorriu enquanto dava atenção dispersa às suas palavras, ao perceber que Mathew não estava ao seu lado, ficou um pouco alarmada

-Está tudo bem, senhorita? -perguntou o alfa ao notar a garota inquieta.

-S.. sim, desculpe CEO é só que minha amiga... não a vejo.

-Amiga?

-Uma ruiva, olhos claros, é a primeira vez que a trago a uma reunião…

-Entendo, se quiser, pode ir procurá-la...

-Mil desculpas CEO Lombardo, volto num instante.

Carol saiu correndo enquanto Daniel apenas concordava, o perfume de jasmim da garota era agradável, mas como sempre não despertava absolutamente nada nele, e até era incômodo e irritante para Daniel. Em contrapartida, olhava para as mulheres alfa que tinha ali, muitas eram bonitas, claro, menos delicadas que as Ômegas, mas belas afinal. Tirou do bolso um cigarro e suspirou para sair e fumá-lo na varanda, assim também aproveitaria para respirar o ar fresco e tirar de seu nariz a mistura de aromas que o incomodavam, até o ambiente já o estava deixando tenso. Já tinha observado alguns novos talentos e pedido ao seu secretário que investigasse as condições em que esses talentos trabalhavam, depois disse a Marc, seu secretário, que aproveitasse a festa enquanto ele saía para a varanda fumar. Ao cruzar a porta da varanda, a brisa noturna acompanhada da luz da lua refletiu a figura bela e delicada daquelas longas e nuas pernas, das ancas e nádegas pronunciadas, e o vento que remexeu os cabelos ruivos levando consigo sua fragrância, o aroma de doce de leite que chegou ao seu nariz e que o parou de imediato, sentiu seu corpo mover-se involuntariamente até chegar onde estava a garota, e encontrar-se de frente com os olhos cor de pêssego, com seus lábios vermelhos como as maçãs proibidas do paraíso, com seu nariz delicado, quis falar mas estava mudo, apenas sorriu para cumprimentar e assim marcar seu primeiro encontro.

Os olhares que se encontraram foram os de um alfa encantado pela beleza daquela "moça" e uma "moça" que estava atordoada pelo álcool. Daniel olhou para Mathew e sorriu, aproximou-se um pouco e o aroma ficou mais lúcido e claro.

"É uma Ômega"

Repetiu para si mesmo e tensionou um pouco diante da ideia, até deu dois passos para trás, mas, por alguma razão, não sentiu a rejeição que já conhecia em relação aos ômegas.

-Boa noite, senhorita...

Mathew levantou os olhos e sorriu, "é muito bonito" disse para si mesmo e respondeu o cumprimento com um "boa noite, senhor", Daniel sorriu, a voz era um pouco grave, mas agradável, olhou os olhos claros da moça e o cabelo ruivo, não a tinha visto nunca antes, mas isso é normal nesse tipo de reuniões onde os novos e jovens estilistas vão em busca de oportunidades para crescer.

-Não me lembro de tê-la visto antes em algum evento como este, senhorita.

-É o primeiro a que assisto...

-Oh, entendo... que descuido o meu, desculpe por não me apresentar antes, meu nome é Daniel e sou o presidente da estilista que organizou este evento.

-É um prazer, senhor Daniel (aturdido).

-Hehehehe não ouvi seu nome...

-Não lhe disse 😐

-Hahahaha, e não pretende me dizer?..

Mathew sabia que não podia dizer seu nome real, porque agora não era um rapaz, era uma moça e sua melhor amiga não estava por perto para resgatá-lo, como era mesmo o nome? Ah sim...

-Me chamo Mathy Saenz

-Oh Mathy... é um prazer... (disse enquanto beijava sua mão) é uma nova estilista? Para qual empresa trabalha?

-É detetive? São muitas perguntas, não acha? 😑

Daniel sorriu ironicamente por dentro, jamais alguém, fosse homem ou mulher, havia se atrevido a falar-lhe dessa maneira e muito menos o presidente daquele evento.

-hahahahahaha... diferente... me agrada... (disse Daniel fascinado)

O vento soprou um pouco e Mathew com o diminuto vestido tiritou de frio, seu casaco estava no carro, mas agora mesmo, onde estava o carro? Não se lembrava, sabia que estava com Carol na festa mas que o excesso de coquetéis que bebeu já estavam fazendo seu efeito negativo no Ômega, cobriu os braços de frio e Daniel, em um gesto de cavalheirismo, tirou o próprio casaco e colocou sobre os delicados ombros da moça, Mathew sorriu e olhou para o alfa, olhos cinzas com a borda da pupila verde azeitona, eram belíssimos, sem querer Mathew, com sua cabeça atordoada, liberou sua feromona com cheiro a doce de leite e sorriu para Daniel, Daniel então pulou, havia notado que era um Ômega, mas essa atração nunca a havia sentido antes, o mais importante era uma feromona doce e agradável, não a desprezava nem dava nojo, também não provocava dor de cabeça, mas o mais importante, como pôde cheirá-la se ele mesmo tinha tomado o inibidor de feromonas? Sentiu-se um pouco tonto ao pensar em tudo e nada ao mesmo tempo e se recostou na grade da varanda, Mathew olhava para ele com inquietação, Estará bem? Perguntava-se, "talvez esteja bêbado como eu..." Mas muito longe do que Mathew pensava, Daniel pela primeira vez estava sentindo em seu corpo o calor de um Cio inesperado, sem ser muito consciente disso Daniel não suprimiu as feromonas e saíram todas a flote, Dominantes como sua estirpe, o cheiro a Eucalipto chegou todo a Mathew que se sobressaltou e sentiu em seu corpo o formigamento que provinha daquele calor repentino, ao contrário de Daniel Mathew sim sabia do que se tratava, era um ciclo de cio, então sem perder tempo recuou e caminhou alguns passos.

-Tenho que ir, adeus.

Disse Mathew ao alfa e caminhou desesperado, mas com dificuldade, as feromonas já estavam instáveis e o álcool em seu sistema não ajudava, Daniel olhou a moça ir embora e grunhiu.

"Merda, vai embora" (pensou Daniel)

-Espere!

Gritou, mas Mathew já havia se adiantado, Daniel caminhou após ele e ao chegar viu-o cambalear para se apoiar na parede, o tomou pelo braço.

-Senhorita, espere... Uhhhh me desculpe... mas não creio que esteja em condições...

Mathew olhou para Daniel, o alfa então notou os olhos claros de cor pêssego agora brilhavam, as bochechas rosadas, o tremor nos lábios, o calor que emanava e o doce aroma que saía dele, não havia dúvida, estava em seu ciclo de cio, sorriu pensando que a vida é engraçada e tirou o celular.

📲Mac, pode pedir meu carro?

📲Vai se retirar já, senhor?

📲Tenho um pequeno problema...

📲Certo, vou pedir, por favor desça.

Desligou.

Daniel tomou Mathew e o cobriu com seu casaco, não queria por alguma razão que os outros alfas o cheirassem, levou-o com dificuldade pois para ser uma "moça" era pesado, Mathew apenas ofegava ao toque do alfa e cheirava um pouco dele.

-Gosto...

Repetiu e Daniel sentiu seu lobo arrepiar, lutou para não deixá-lo cair e com cuidado desceu ao estacionamento, viu o motorista chegar com o carro e entrou imediatamente nele, no carro continuou carregando Mathew nos braços e observou seus delicados traços, jamais havia sentido esse desejo por um Ômega e isso o tinha aturdido e confuso, Mathew se remexia em seus braços enquanto dormitava e ofegava baixinho, se agarrava a seu peito e cheirava profundamente.

-É errado te dizer que gosto disso, Mathy?...

Mathew não podia responder, de fato só queria se despir, o casaco cobria seu corpo e escondia o que dentro dele havia, a ereção marcada daquele membro que Mathew tentou esconder toda a noite sob o vestido, o motorista dirigiu alguns minutos e parou ao chegar a um prédio grande, Daniel desceu do carro ainda com Mathew nos braços e subiu ao elevador, ao entrar no andar onde Daniel ficava com suas "aventuras" deixou Mathew no sofá para tirar o paletó, mas o puxão da gravata em direção à boca de seu parceiro o deixou mudo, Mathew sem aviso prévio o beijou, Daniel não rejeitou esse beijo e até o conduziu até que ambos ficassem sem ar, se separou aturdido, ele não beijava nenhuma de suas companheiras sexuais, os beijos eram uma mostra de intimidade demasiado notória para dá-los a qualquer um, mas ao provar aqueles lábios não pôde resistir e voltou a apertar a nuca da moça para beijá-la novamente, as línguas desempenharam a dança da sedução prévia, até a saliva soava de forma audaciosa e Daniel ofegou enquanto mais perdido se sentia no doce aroma do Ômega, entre suas pernas o que havia crescido já começava a doer então sentou-se no sofá para colocar a moça sobre suas pernas e seguir beijando-a, desceu as mãos pelos seios, "pouco planos" pensou... depois o ventre e o abdômen, desceu a mão até a virilha, queria sentir a umidade e o desejo, queria prová-lo, seria tão doce quanto sua feromona? Enfiou a mão sob o vestido e sentiu aquilo que ele mesmo sentia todos os dias ao entrar no banheiro, ficou parado e se levantou de um salto enquanto empurrava o Ômega para o sofá, olhou para Mathew então sem aquele casaco e percebeu.

-É... é... um homem? Você é um homem Ômega?!