Capítulo 1.
No orfanato Céu azul haviam duas meninas: Ana e Júlia. Eu vou contar a história delas.
Ana é uma moça linda, tem os olhos castanhos, pele clara, tem os cabelos ondulados e compridos. Tem o corpo esguio e curvas sutis, bem delicada. Julia, sua amiga, é uma linda moça também, tem os olhos verdes, cabelos cacheados e longos, a pele é morena. Tem o corpo com curvas acentuadas que atraem muitos olhares.
As duas cresceram no orfanato, Julia chegou com 4 anos, após a morte dos pais, e sem parentes próximos que quisessem a sua guarda. Ana foi parar no orfanato também pela morte dos pais e irmãos numa viagem de ônibus. Foi um acidente terrível, foi a única sobrevivente da família, e alguns poucos passageiros. Nenhum parente a procurou querendo a guarda dela. Elas foram felizes no orfanato e ambas não foram adotadas, eram meninas educadas, tímidas e tinham bom coração. Eram amigas, e sonhavam em sair do orfanato e se tornarem mulheres bem sucedidas.
Ana fez 18 anos , e saiu do orfanato com algum dinheiro no bolso que a administradora da instituição lhe deu junto com uma recomendação de emprego, para que pudesse seguir sua vida. Esse era o esperado aos jovens que completavam 18.
Ana pegou o ônibus e foi até o supermercado da cidade fazer a entrevista de emprego e começou a trabalhar. Já havia combinado de morar com a amiga do orfanato que havia saído antes. Julia trabalhava num shopping e já estava fazendo faculdade de administração. Ana saiu do orfanato cheia de esperanças e sonhos, queria trabalhar muito e poder fazer faculdade também.
Julia e Ana se dão muito bem e já se passaram 2 meses desde que estavam juntas e resolveram sair para conhecer uma casa noturna.
Julia, apesar de ter saído antes do orfanato, assim como Ana, era muito tímida e caseira e agora que tinha companhia gostaria de aproveitar e sair mais.
Na mesma cidade, havia uma empresa de advocacia fundada por 2 primos. Bruno e Diogo, homens bonitos, fortes, bem sucedidos, que chamam a atenção onde quer que estejam. Se formaram juntos em Direito e começaram a empresa com trabalho duro, e hoje têm muitos clientes conquistados pelo ótimo trabalho que fazem.
Moram sozinhos, cada um no seu apartamento, mas mantém contato com a família que moram afastados, no campo. São primos e muito amigos, nenhum dos dois têm irmãos.
Sempre que podem, saem para algum lugar após o expediente para relaxarem.
Hoje optaram por uma casa noturna ao invés de ir no costumeiro bar luxuoso.
Chegam na Nightclub e já vão para o balcão pedir bebidas, vão para a área vip e ficam a conversar, bebendo e olhando as mulheres.
Bruno é decidido, sério, crítico, exigente e frio na maioria do tempo. Diogo é extrovertido fora do trabalho, intenso, explosivo e autoritário. Ambos são inteligentes e esforçados na empresa. São orgulho para a família mas as visitas são raras por morarem no interior. Os pais de ambos moram em propriedades com casarões e têm uma vida confortável, estão sempre juntos, as mães deles são irmãs.
Bruno saiu de um relacionamento conturbado que durou 4 anos e só ficava com algumas mulheres quando saíam, sem querer compromisso. Diogo, é solteiro, costuma ficar com diferentes mulheres com mais frequência e teve alguns namoros curtos que não chegaram a um ano.
Bruno: Tô afim de ficar com alguém hoje, tem muita mulher bonita. Mas primeiro quero relaxar aqui e observar em quem eu vou mirar.
Diogo gargalha.
Diogo: Bruno, eu já estou até na dúvida de quem eu quero, estou atraído por várias aqui.
Ana e Júlia estavam se arrumando para irem para a Nightclub, as duas entradas foram dadas pela patroa de Julia que sempre a incentivava a sair, e agora com Ana, finalmente queria fazer isso. Estavam animadas e bonitas. Compraram novas roupas na loja do shopping em que Júlia trabalhava. Estavam simples, discretas, porém lindas. Ana estava com os cabelos castanhos soltos e uma maquiagem leve que Júlia insistiu em fazer nela, pois Ana não gostava. Estava com um vestido azul marinho na altura dos joelhos, colado no corpo esbelto, de manguinhas e um decote discreto. O vestido demonstrava suas poucas curvas e sua delicadeza. Nos pés uma sandália preta de salto e uma bolsa da mesma cor.
Júlia usava um vestido rosa de alça fina, um pouco acima do joelho, soltinho no corpo, mas mesmo assim suas curvas não passavam despercebidas. Usava sandálias de salto e bolsa na cor branca. A maquiagem também era leve e usava um rabo de cavalo alto na cabeça.
Pegaram um táxi e foram.
Chegaram rápido, enfrentaram uma fila empolgadas e enfim entraram. Tudo era lindo! Reflexos de luzes por todos os lados, paredes espelhadas, música alta e vibrante, um lugar luxuoso e empolgante. Foram até o bar e ambas que nunca beberam e nem tinham vontade de experimentar, compraram drinks sem álcool. Acharam delicioso. Estavam se divertindo e foram para a pista dançar. Júlia dançava muito bem e Ana tentava acompanhar um pouco sem jeito.
Ana: Como esse lugar é lindo e agitado!
Júlia: Concordo, por mim eu viria sempre, mas não dá, né.
Júlia sorria sem parar.
Júlia: E não podemos ir embora tão tarde, nós trabalhamos amanhã e mesmo sendo na parte da tarde, não podemos exagerar.
Bruno da área vip, observava a pista de dança. Avistou Ana dançando, e ficou curioso com o seu jeito tímido que era evidente e sua beleza natural e delicada, tão diferente das mulheres que costumava sair. Olhou para a Júlia ao lado que dançava muito sorridente de frente para a Ana, e de vez enquando dava pulinhos de alegria.
Bruno: Diogo, olha só aquelas duas garotas.
Diogo estava paquerando uma loira dançando sensualmente e olhando fixamente para ele.
Bruno: Diogo! Diogo!
Diogo: Oi Bruno, não está vendo que estou ocupado? Olha essa mulher!
Bruno: Eu também estou vidrado por uma mulher linda dançando sem jeito na pista, que parece tão frágil, delicada e tímida. Me atraiu demais, de um jeito que nem sei explicar. Quero ela. Vou chegar lá. Ela está dançando com uma mulher que parece ser amiga dela, acho que você vai gostar. Acredito que vamos terminar a noite bem.
Diogo: Deixa eu ver ... Nossa! Já que você quer a magrinha eu quero aquela princesa de rosa, ela dança lindamente, e é tão diferente seu jeito de dançar, demonstra tanta alegria, ela seduz sem intenção. Está apenas se divertindo. Vamos até elas!
Você me convenceu! Hahahaha ...
Diogo gargalhou e saiu da área vip apressado com Bruno andando atrás dele. Estava muito cheia a pista. Já estavam cada um atrás, da mulher que os atraiu tanto. E começaram a dançar, mesmo sem nem saberem e gostarem de dançar.
Bruno: Olá. Posso pagar uma bebida para você? E tentar acompanhar sua dança ?
Bruno falou com um sorriso raro nos lábios.
Ana: Ai que vergonha ! Eu não danço nada bem, eu sei. hahaha... Mas você não me parece um dançarino tão bom também. E eu só bebo drinks sem álcool e aceito sim, obrigada.
Bruno: Vou buscar e volto já.
Ana nem acreditava que estava conversando com um homem tão lindo, estava se sentindo uma sortuda e decidiu aproveitar a noite e conhecer aquele homem que ela tinha certeza que não veria nunca mais.
Bruno: Aqui está um drink de morango sem álcool.
Como se chama? Você veio só com essa moça? Você tem compromisso com alguém? Ela é sua amiga? Percebi que estavam dançando juntas.
Ana: Ana estranhou tantas perguntas e ele era tão sério que ficou um pouco desconfortável. Sou Ana e estou com minha amiga Júlia, moramos juntas, é a primeira vez que viemos aqui. E ... eu não tenho compromisso com ninguém.
Me fala um pouco de você agora.
Falavam-se e continuavam a mexer o corpo sem jeito.
Bruno: Sou Bruno, costumo sair pra relaxar com meu primo Diogo, que está conversando com sua amiga, após o expediente na empresa. Prefiro lugares mais calmos, mas hoje viemos para cá. E acho que foi uma ótima ideia.
Bruno foi se aproximando de Ana aos poucos.
Bruno: Posso te dar um beijo? Te achei linda, estava te observando lá de cima.
Ana: Beijar? Assim tão rápido? Ai meu Deus. Espera ... Pode!
Ana não disse que nunca havia beijado, mas ela pensava que estava na hora e estava disposta a dar esse passo essa noite. Mesmo ele sendo tão sério, e se sentindo um pouco intimidada, ela se sentia estranhamente protegida ao lado dele.
Ana fechou os olhos e se deixou levar pelo domínio da boca de Bruno. O beijo começou calmo e foi ficando mais intenso. As línguas se entrelaçaram com uma química e desejo mútuo entre eles. Bruno apertou a cintura de Ana com uma mão e com a outra segurava seus cabelos já colocando um pouco mais de força. Um desejo absurdo despertou em Bruno desde que a viu, e agora que a beijou, ela parecendo tão nervosa e inexperiente, seus lábios macios e suaves, ela tão frágil perto dele, agora ele queria ficar a sós com ela urgente. Queria-a como nunca quis uma mulher antes. O beijo pareceu uma eternidade para Ana e ela ficou sem ar, eufórica e deslumbrada.
Bruno: Vamos sair daqui? Posso te levar em casa e conversamos mais, Ana.
Ana: Eu ... Bom ... Eu vim com a Júlia.
Bruno: Mas ela parece estar bem empolgada com o meu primo Diogo.
Ana: A Júlia está sempre empolgada. Hahaha ... Vou falar com ela.
Desculpa interromper Júlia, mas o Bruno vai me levar em casa. E você quer continuar ou quer vir conosco?
Bruno revirou os olhos e bufou desacreditado da carona que ela estava oferecendo para a amiga. Ele queria estar sozinho com Ana para satisfazer esse desejo insano de a possuir em seus braços.
Diogo: Ela vai comigo. Eu levo ela em casa.
Júlia: Você não me pediu isso! Mas eu aceito.
Ana, qualquer coisa me liga. Quem chegar primeiro em casa avisa a outra mandando uma mensagem no celular. Não vamos demorar, amanhã trabalhamos.
Ana e Júlia se abraçaram apertado, até Diogo puxar Júlia para continuar dançando colados, eles não se beijaram ainda, mas estavam se olhando e dançando juntos, ela muito animada e dançando muito bem e ele sem jeito remexendo o corpo tentando acompanhar seu ritmo, louco para ficar com ela.
Bruno: Vamos, meu carro está atrás dessa rua. Não encontrei vaga por aqui.
Bruno pegou na mão de Ana e foi andando a passos largos enquanto ela se esforçava para acompanha-lo.
Ana: Espera, por favor, um pouco mais devagar, eu estou de salto e não estou conseguindo te acompanhar.
Bruno: Desculpa, é que tenho pressa.
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