...Prólogo:...
Era o começo de mais um ano letivo no Internato São Gabriel, um colégio tradicional que ostentava regras tão antigas quanto as próprias paredes de pedra. Seus corredores ecoavam o som ritmado dos sapatos dos alunos, todos impecavelmente alinhados, como soldados em marcha. Cada olhar de uma professora parecia conter uma ameaça velada de castigo, e a diretora, Dona Margareth, era conhecida por sua expressão severa e o amor por protocolos.
Mas, para Laura, aquilo tudo era um grande teatro — um cenário perfeito para suas próximas aventuras. Desde o primeiro dia, ela soube que não poderia sobreviver ao internato apenas seguindo as regras. Estava ali para se divertir, e, com suas melhores amigas, Camila, Julia e Paula, formaria o quarteto mais barulhento e rebelde que o colégio já tinha visto.
O toque do sino soou, indicando o início das aulas. Laura olhou para as amigas com um sorriso malicioso, o tipo de sorriso que dizia: "Vamos fazer história este ano."
Ela sabia que o Internato São Gabriel jamais seria o mesmo depois delas. E, embora ainda não tivessem traçado os seus planos de caos, uma coisa era certa: confusões estavam a caminho.
...★★★...
...Personagens principais de Confusões no Internato:...
Laura: A líder do grupo e protagonista. Ela é ousada, cheia de ideias e adora quebrar as regras. Laura tem um charme natural que a faz escapar de muitos problemas, mas sua personalidade rebelde a coloca constantemente em situações complicadas. Com um sorriso malicioso no rosto, ela sempre está pronta para sua próxima travessura.
Camila: A sonhadora do grupo. Sempre perdida em seus pensamentos, Camila é romântica e está constantemente pensando em histórias de amor ou em alguma realidade alternativa. Muitas vezes se distrai no meio das confusões, mas suas amigas sabem que ela está com elas, mesmo que meio "fora do ar".
Julia: A nerd responsável. Julia é a mais séria do grupo, sempre com um livro na mão e preocupada em tirar boas notas. No entanto, apesar de seu foco nos estudos, ela acaba sendo arrastada pelas aventuras das amigas. Ela é aquela que tenta impedir as confusões, mas quase nunca consegue.
Paula: A dramática. Paula é a líder de torcida e adora ser o centro das atenções. Ela sempre reage exageradamente a tudo e tem um talento especial para transformar qualquer situação em uma cena teatral. Sua personalidade intensa garante momentos hilários, mas ela também é uma amiga fiel que está sempre pronta para apoiar as meninas.
Essas quatro amigas formam um grupo improvável, mas inseparável, e juntas enfrentam o dia a dia no internato com muita comédia e caos.
...★★★...
...O Internato São Gabriel...
É uma instituição tradicional e rigorosa, conhecida por seu foco em disciplina e excelência acadêmica. Fundado há mais de um século, o internato ocupa um imponente prédio de pedra, cercado por jardins bem cuidados e coberto de trepadeiras, o que dá ao local uma atmosfera antiga e solene.
Porém, por trás de suas imponentes paredes, há uma história de rebeldia juvenil que se repete a cada nova geração de estudantes. O internato foi originalmente concebido para educar as filhas de famílias ricas e influentes, garantindo que saíssem de lá como jovens exemplares e preparadas para a vida adulta. As regras sempre foram estritas, desde horários rigorosos até vestimentas padronizadas, e a diretora atual, Dona Margareth, é uma guardiã incansável dessa tradição.
Contudo, com o passar dos anos, o internato também se tornou palco de muitas travessuras. As alunas que, como Laura e suas amigas, não se contentam em seguir as normas, enxergam no colégio o cenário perfeito para suas aventuras. Desde trotes criativos até planos mirabolantes de fuga, as estudantes encontram maneiras inusitadas de burlar o sistema sem serem pegas. Por isso, o Internato São Gabriel é conhecido não só por seu prestígio acadêmico, mas também pelas lendas de suas antigas alunas e suas inesquecíveis travessuras.
Em meio à rigidez da diretoria e dos professores, o internato também guarda, segredos e histórias de amizade, amores proibidos e muitas risadas, sendo um local onde as meninas, entre uma confusão e outra, acabam a aprender mais sobre a vida do que poderiam imaginar.
...★★★...
A diretora Margareth é uma mulher austera e inflexível, que dirige o Internato São Gabriel com mão de ferro. Já está no comando há mais de 20 anos, e sua reputação de severidade é bem conhecida por todas as alunas e até pelos professores. Com seus óculos sempre no topo do nariz e uma postura impecável, Margareth é o tipo de pessoa que segue as regras à risca e espera o mesmo de todos ao seu redor.
Ela acredita firmemente na importância da disciplina e da ordem, considerando que essas são as únicas formas de transformar as alunas em jovens exemplares. Seu lema é "Excelência vem da obediência", e ela se esforça para garantir que nada saia de sua rígida rotina. Margareth é quase sempre vista caminhando pelos corredores com passos firmes, pronta para repreender qualquer comportamento inadequado.
No entanto, apesar de sua imagem implacável, alguns dizem que Dona Margareth tem um passado misterioso. Há boatos entre as alunas de que, na juventude, ela não era tão diferente das meninas que agora tenta controlar — uma rebelde secreta que conhecia muito bem os cantos escondidos do internato. Esses rumores nunca foram confirmados, mas alimentam a imaginação das estudantes, que acreditam que por trás de toda aquela rigidez, há uma mulher que já viveu as mesmas travessuras que agora tenta impedir.
Ainda assim, Dona Margareth raramente demonstra qualquer sinal de fraqueza ou nostalgia. Ela acredita que manter o controle absoluto do internato é a chave para manter sua reputação, e por isso, está sempre em alerta, pronta para colocar Laura e suas amigas de volta na linha — mesmo que isso signifique punições severas ou uma rígida vigilância. Ela vê Laura como um grande desafio, e as travessuras das meninas só fazem aumentar seu desejo de restaurar a ordem no São Gabriel.
Era o primeiro dia do ano letivo no Internato São Gabriel, e o cenário não poderia ser mais tranquilo. As alunas caminhavam em fila pelos corredores, todas uniformizadas, comportadas, com um ar de seriedade quase ensaiado. A diretora Margareth, com sua postura de general, observava tudo do alto da escadaria central. Era como se o colégio fosse um relógio bem ajustado, onde cada engrenagem sabia seu lugar.
Mas, nos fundos da ala oeste, dentro de um armário de vassouras, quatro engrenagens não estavam funcionando muito bem.
— Eu te disse, Laura, isso não vai funcionar! — sussurrou Julia, abraçada aos seus livros como se fossem seu escudo contra o caos que estava prestes a acontecer.
— Relaxa, Julia! Confia em mim, tá tudo sob controle — respondeu Laura, com aquele sorriso malicioso que só ela conseguia dar, o tipo de sorriso que geralmente significava "caos iminente."
— Camila, para de sonhar! — Paula estalou os dedos na frente do rosto de Camila, que estava olhando para o teto, imaginando sabe-se lá o quê.
— O quê? Ah, desculpa, eu tava pensando em como seria se os armários tivessem asas... — murmurou Camila, voltando ao planeta Terra, ainda um pouco distraída.
— Foco, gente! — Laura se posicionou como uma líder de missão. — Nosso plano é simples. Subimos no telhado, colocamos o balde de água com corante verde bem em cima da porta da sala dos professores, e quando a diretora entrar... splash! Ela vira a Sra. Hulk!
— O problema é que a diretora nunca entra sozinha — lembrou Julia, nervosa. — E se pegar um professor inocente no processo? Ou pior... nós?
— Detalhes, detalhes. — Laura fez um gesto desdenhoso com a mão.
As meninas abriram a porta do armário com cautela e correram pelos corredores, evitando as câmeras e os olhares curiosos. O caminho até o telhado foi mais complicado do que esperavam, já que Paula insistia em fazer uma pose dramática toda vez que uma fresta de luz iluminava seu rosto.
— Paula, menos teatro, mais ação! — Laura sibilou, enquanto arrastava a amiga para o próximo lance de escadas.
Finalmente, chegaram ao telhado. O balde de água colorida estava pronto, estrategicamente posicionado acima da porta da sala dos professores, prestes a cumprir seu papel na trama maluca.
— Agora, só falta esperar... — Laura esfregou as mãos, animada.
De repente, o barulho de passos ecoou pelos corredores. Julia mordeu o lábio e começou a suar frio. Camila já tinha voltado a olhar para o céu, imaginando nuvens em formato de pôneis, enquanto Paula ajustava sua pose, preparando-se para uma entrada triunfal, caso necessário.
— Ela tá vindo! — sussurrou Paula, com os olhos arregalados.
Mas o som dos passos foi ficando mais alto... e mais pesado... e... bem mais numerosos.
— Laura... — Julia começou, o pânico evidente em sua voz. — Acho que tem algo errado...
E foi nesse exato momento que a porta da sala dos professores se abriu — mas não era só a diretora que estava entrando. Não, não, não. Era toda a equipe de professores, incluindo a diretora, e o reitor da escola, que estava fazendo uma visita especial.
SPLASH!
O balde de água verde desceu com uma precisão impressionante, cobrindo absolutamente todos eles. A diretora Margareth ficou congelada por um segundo, agora parecendo um pepino gigante, enquanto o reitor, que jamais esperaria uma recepção tão molhada, olhava com incredulidade para o caos à sua volta.
— Meu Deus... — Julia quase desmaiou.
— Isso é ainda melhor do que o esperado! — Laura sussurrou, tentando conter o riso, enquanto Paula limpava uma lágrima de emoção diante do espetáculo.
Mas o que veio a seguir foi um coro de gritos e reclamações, seguido de uma rápida busca por quem era o responsável. Em menos de cinco minutos, o som das vozes furiosas dos professores ecoava pelos corredores.
— Foge! — gritou Laura, puxando as amigas enquanto corriam pelo telhado em uma fuga desesperada.
Elas desceram as escadas tão rápido quanto subiram, mas o destino parecia não estar do lado delas naquele dia. Quando chegaram ao térreo e tentaram escapar pela porta dos fundos, adivinhem quem já estava esperando ali, coberta de água verde e com uma expressão que poderia derreter aço?
— Dona Margareth.
— Senhoritas... — começou a diretora, com a voz mais gelada que um inverno siberiano. — Gostariam de me explicar o que... exatamente... vocês acham que estão fazendo?
Silêncio.
Laura, sempre rápida no gatilho, olhou para as amigas e, depois, para a diretora.
— A gente estava... testando um novo experimento de química. Água com clorofila. Bom para a pele. Queríamos que a senhora fosse a primeira a testar...
A diretora arqueou a sobrancelha.
— Escritório. Agora.
E foi assim que começou o primeiro dia do ano letivo no Internato São Gabriel. As meninas não sabiam o que era pior: o castigo que estava por vir ou o fato de que o balde tinha funcionado perfeitamente — só não no alvo certo.
Laura, no entanto, não conseguia deixar de sorrir. Afinal, esse era só o começo das confusões.
O escritório da diretora Margareth era uma mistura de severidade e um toque de antiquado. As paredes eram adornadas com quadros de antigas alunas que, segundo as histórias, eram exemplos de boas maneiras e grandes conquistas. O clima era tenso, e o cheiro de livro velho e desinfetante dominava o ambiente.
Laura e suas amigas entraram, as cabeças baixas e os corações acelerados. A diretora estava sentada atrás de uma mesa de madeira escura, com uma expressão que poderia facilmente congelar o inferno. O cabelo dela, sempre impecável, estava agora levemente desgrenhado por causa da água verde que ainda escorria por seu vestido.
— Senhoritas! — disse Margareth, a voz cortante como uma faca. — O que me diz sobre essa cena que acabei de presenciar?
Laura trocou olhares nervosos com Camila, que estava mordendo os lábios para não rir. Julia estava pálida, e Paula, em um ato de heroísmo, decidiu que o melhor era assumir a culpa.
— Diretora, fui eu quem teve a ideia do balde! — Paula disse, erguendo a mão como se estivesse na escola primária. — Nós só queríamos fazer uma pequena brincadeira...
— Uma "pequena brincadeira"? — interrompeu a diretora, inclinando-se para frente, os olhos ardendo. — Essa é a maneira como vocês descrevem vandalismo e desrespeito?
— Vandalismo? — Laura não conseguiu se conter. — A água com corante não é permanente! É só... um pouco de diversão!
A diretora ergueu uma sobrancelha. A atmosfera era eletricamente tensa, e as meninas estavam à beira da catástrofe.
— Isso não é questão de ser permanente ou não! É sobre o respeito às regras e à instituição! — disse Margareth, gesticulando dramaticamente. — Vocês não têm ideia do quanto isso é inaceitável.
— Mas, diretora, — interveio Julia, com a voz trêmula — nós estávamos apenas...
— Silêncio! — a diretora gritou, fazendo as meninas pularem em seus lugares. — Vocês sabem que isso vai ter consequências, certo?
Laura sentiu o estômago embrulhar. Ela não estava pronta para ouvir sobre “consequências”.
— Eu vou pensar em uma punição adequada para vocês, — continuou Margareth, pegando um bloco de notas. — Algo que ensine uma lição.
E assim começou a lista das possíveis punições. A diretora começou a ditar:
— Primeira: cinco horas de serviço comunitário na lavanderia... — a diretora parou, os olhos brilhando com a ideia. — E também um trabalho escrito sobre as regras do internato. Para que vocês aprendam o valor do respeito.
As meninas se entreolharam, assustadas. Julia estava prestes a ter um colapso nervoso.
— Diretora, isso é... — Paula começou, mas Margareth não estava interessada em suas explicações.
— Segunda punição: terão que limpar os corredores e as salas de aula todos os dias durante uma semana.
— Isso não é justo! — Laura exclamou. — A gente só queria se divertir!
Margareth, impassível, continuou sua lista:
— E, por último, eu vou exigir que cada uma de vocês participe da próxima reunião do conselho escolar e explique o que aprenderam sobre responsabilidade.
Laura ficou em silêncio. As outras meninas também. Era o tipo de castigo que fazia qualquer uma perder a vontade de fazer travessuras novamente. Mas, claro, o que Laura estava pensando era: “Esse não era o fim do nosso reinado de caos.”
Antes que a diretora pudesse terminar, Laura decidiu que era hora de tentar uma abordagem diferente.
— Diretora Margareth, — começou ela, colocando um tom de sinceridade na voz — entendemos que o que fizemos foi errado, mas queríamos apenas trazer um pouco de vida a este lugar. Todos ficam tão sérios aqui... Um pouco de cor não faz mal a ninguém, certo?
Margareth a olhou com uma expressão que misturava ceticismo e surpresa.
— Um pouco de cor, você diz? — disse a diretora, agora interessada. — E se eu dissesse que a vida em um internato é feita de disciplina, e não de cor?
— Mas, diretora! — exclamou Camila, agora animada, como se tivesse encontrado uma solução genial. — Poderíamos organizar um evento! Um dia de atividades divertidas! Podemos criar um mural com cor e convidar todos os alunos!
Dona Margareth ergueu uma sobrancelha, claramente intrigada. O silêncio se estabeleceu enquanto ela ponderava a proposta.
— Um evento... — repetiu a diretora, quase para si mesma. — E isso, de alguma forma, compensaria suas travessuras?
— Sim! — todas responderam ao mesmo tempo, animadas. A ideia estava no ar, e a excitação começava a tomar conta delas.
— Muito bem, então. Um evento. Se vocês conseguirem organizar algo que realmente traga alegria e... disciplina... eu reconsiderarei as suas punições.
As meninas se entreolharam, incrédulas.
— Mas isso vai ter que ser em uma semana — disse Margareth, voltando a sua postura severa. — E qualquer sinal de desorganização e suas punições serão aplicadas imediatamente.
— Pode deixar! — Laura afirmou, a adrenalina correndo em suas veias. A oportunidade estava nas mãos delas.
E assim, saíram do escritório da diretora com uma nova missão: transformar o Internato São Gabriel em um lugar de cores e risadas, mesmo que isso significasse trazer um pouco mais de caos à vida de todos.
Era hora de planejar o “Dia da Diversão”. E, com certeza, não havia limites para as travessuras que poderiam surgir durante esse processo!
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