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Dois Corações

capítulo 01

July:

- Vamos beber todas hoje, July.- Fala Larissa , minha melhor amiga.

-Começamos a dançar no meio da boate, estamos comemorando a nosso formatura.

- Dançamos bastante até ouvir o meu telefone. - preciso atender lá fora. - Falo quase gritando em seu ouvido, a música era muito alta.

- Tá bom!

- Vou para fora,era meu noivo, Ryan.

-Oi!-Falo

- Como está a minha bela futura administradora.

- Saudade de você, como está aí ? - Falo

Aqui está como sempre, muito frio.

- Respiro fundo. - Quando volta?- Pergunto

- Eu não sei, meus pais querem que eu fique mais alguns tempo, e estou resolvendo algumas coisas, acredito que ficarei mais uns dois meses.

- Tudo isso?

- Meu amor, tenho ajudar meus pais a venderem a casa dos meus avós, e alguns terrenos, isso será bom para nós, para iniciarmos nossa vida juntos, meus avós deixaram bom imóvel para mim.

-Tudo bem. - Falo

- Se diverte e cuidado mocinha.

- Preciso ir. - Fala

- Antes deu falar algo, ele desliga.

- Ryan!Alô?

- Volto para boate, porém logo perdi a vontade, decido ir embora.

- Larissa fica. - Vou para ponto de táxi.

- Quando vejo um grave acidente, o carro bate no outro, e dois homens saem e fogem. - Corro para ver, e chamo a ambulância, bato no vidro e vejo um homem dentro do carro.

- Havia fogo, devia ter sido a gasolina ter vazado com batida e com a pancada gerando alguma faísca.

- Moço! - Falo gritando

- Ele não escuta,estava desacordado, droga, preciso fazer algo, ajuda chegara tarde demais.

- Olho buscando pedaço de algo para quebrar o vidro e não acho nada, já fiz aulas de luta e defesa e sabia que com a pressão devida no cotovelo, poderia conseguir quebrar o vidro.

- A primeira não consigo, puxo a respiração e solto pela boca. - Na segunda tentativa, quebro o vidro.

- Destravo a porta colocando a mão por dentro, e o tiro do carro o arrastando para longe do fogo.

- Olho para ele que estava com rosto com sangue e passo a mão tirando o sangue que escorria, dava para ver que era um homem muito bonito. Ele abre os olhos.

- Julia! - Fala com dificuldade.

- O que!

- E você. - Fala

- Ele apaga.

- Acorda!- Falo passando a mão em seu rosto. Ambulância e bombeiro chegam.

- O carro estava pegando fogo por completo.

- Por alguns momentos ele abre os olhos e aperta a minha mão forte.

- O que a senhorita é dele? - Pergunta o socorrista.

-Nada, apenas vi o acidente.- Falo soltando sua mão da minha, ele geme.

- Você vai ficar bem.- Falo próximo ao seu ouvido e me afasto, eles o levam, não nego que fiquei muito preocupada com aquele estranho.

- Vou para casa, chegando minha mãe ainda estava acordada.

- O que faz está hora ainda acordada, não diga que e me esperando. - Falo dando um beijo.

- Estava sem sono, e você chegou cedo. - Fala tomando chá.

- Você quer?- Pergunta

- Quero sim, acabei de ver um grave acidente, tive que ajudar um homem a sair do carro.

-Minha mãe pega uma xícara.

- Que bom que ajudou.

- Eu só achei estranho, que ele me chamou de Júlia, como se me conhecesse.

- Neste momento ela derruba a xícara no chão.

- Do que ele te chamou?

- Julia, mãe.

- Ela Fica com expressão estranha.

- Tá tudo bem? -Pergunto enquanto tiro sobre os cacos e a sento.

- O que foi?

- Ele a chamou de Júlia, quem era este homen, já ouviu alguma vez, era novo, velho, como ele era?- Pergunta angustiada.

- Mãe, por que está assim?

- Diga-me July. - Fala com tom desespero.

- Ele não é velho, deve ter mais 30 eu acho, ele estava com sangue não dava para ver muito bem.

- Para onde ele foi, qual o hospital, você sabe?

- Não sei, apenas a ambulância o levou, o que tem este estranho, você está me deixando confusa. - Falo

- Não há nada, querida, vá dormir, eu limpo os cacos.

- O que está escondendo mãe, fale para mim.

- Amanhã conversaremos ok, está tarde.

-Ela me dá um beijo.

-Eu fico sem entender nada.

- No dia seguinte levanto e minha mãe não está em casa. - Que estranho penso.

- Tomo café, e vou para lanchonete que trabalho algumas quadras.

- Eu trabalhava meio período nesta lanchonete, e logo estaria atrás de emprego na área que escolhi.

- Estou limpando a mesa quando me deparo com um homem me olhando, vou até a mesa que ele está e pergunto ser que algo.

- Ele apenas diz:

Apenas um café.

- Ok!

- Pego o café e levo para mesa dele.

- Muito obrigada, senhorita.

- Qual é seu nome?- pergunta

- July Baroni.

- Prazer, meu nome é Otávio.

- Prazer senhor Otávio- O nome dele era igual o nome do meu pai. - Quando me viro para ir atender outras mesas, quando penso que aquele homem poderia ser o meu pai. - Olho para ele e falo:

Qual é seu sobrenome?

Otávio Collins.

- Pai!

- July!

capítulo 02

July:

- Peço o gerente alguns minutos, e o levo para fora.

- O que faz aqui, você nunca me procurou, Desdo dia que se divórcio da minha mãe.

- July, eu e sua mãe combinamos algo, precisamos te explicar.

- Ok! Assim que terminar o trabalho, me encontre na minha casa. - Pego o meu celular, para dar a localização, no entanto, ele disse que já sabia onde era.

- Volto ao trabalho, mal conseguia fazer as coisas, pensando o que aquele homem poderia querer de mim, depois de tantos anos.

- Assim que termino o trabalho,corro para casa, ao chegar, ele está sentado na sala com minha mãe.

- Minha mãe me abraça e fala;

Querida, sentisse por favor.

- Minha mãe estava chorando, e ele de cabeça baixa.

- Diga-me o que está acontecendo, depois de anos sem me procurar.

- Filha, eu e sua mãe nos envolvemos muito jovens, e quando você nasceu, não demorou, nós nos separamos.

- Tá, isso já sei, você foi para longe e nós perdemos contato. - Falo

- Minha mãe me olha de um jeito.- Não querida, eu e seu pai fizemos um acordo.

- Acordo?

- Eu não tive apenas você.

- O que!

- Isso mesmo, eu engravidei de gêmeos.

- Você está me dizendo que tenho uma irmã?

- Sim!

- Fico furiosa. - Como pode fazer isso, que tipo de pessoas vocês são. - Falo revoltada.

- Eu e sua mãe éramos imaturos, sua mãe não poderia ficar com as duas, e eu não queria abrir mão de vocês.

-Foi ai que surgiu a ideia de cada um criar uma. Minha mãe chora, eu falo:

Como pode abrir mão de bebê, que espécie de mãe e você. - Falo em lágrimas.

- Filha! Eu não tinha como criar você duas, eu mal consegui mantê-la, e seu pai foi embora com outro bebê, quando pensei no que fiz ,já era tarde demais.Não sabia onde procurar, nem dinheiro eu tinha, e com sua doença, eu acreditei que era melhor.

- Mesmo assim.

- Que doença você está falando?- Ele pergunta

- Quando ela vai falar, a corto.

- Algo que tive quando criança, isso não vem ao caso agora..- Falo

- Todos esses anos, viveram como se um de nós não existisse. - falo chorando

- July, quando fui embora eu pensei que seria melhor.

- Vocês tiraram o direito deu ter uma irmã, e ainda falam como se isso não fosse um grande problema.

- Querida, me escuta.- fala minha mãe se aproximando, e me afasto.

- Eu não conheço você, mãe.- Falo

- Não faz assim, filha.

- Se você achou que fez o melhor, o que faz aqui?

- July! Eu sei que errei com você, como sua mãe errou com sua irmã, sabemos que nada que falamos mudará a convivência que não tiveram.

- Ela sabe que eu existo? -Pergunto

- Não!

- Vocês foram cruéis.

- Filha!So vê você me emociono.

- Eu não vou perdoa vocês pelo que fizeram.- Falo em lágrimas.

- Quero ve-la, ela tem o direito de saber que tem uma irmã. - Falo

-Eu a levo para ve-la, mas antes você precisa saber, que ela não poderá conhecê-la.

- Fico sem entender.

- A sua irmã e uma mulher muito importante, estava sendo ameaçada de morte, e tentaram tirar a sua vida, ela está em coma.

- O que!

- Eu estou aqui porque preciso da sua ajuda para desvendar quem teria atirado em sua irmã.

-Era muita informação na minha cabeça. Descubro que tenho uma irmã que está em coma.

-Então foi por isso que veio, como fui ingênua em pensar que tenha vindo por mim.

- July! - Eu não quebraria acordo com sua mãe, se não fosse questão de vida ou morte, eu fico feliz em ve-la, e que e tão parecida com sua irmã, eu sinto muito. - Falo em lágrimas.

- Eu morei muito tempo em Chicago com sua irmã, agora nunca imaginei que morariamos tão perto sem saber um do outro.

- Eu e sua mãe nos conhecemos em nossa cidade natal no Texas, e ambos escolheram depois de tantos anos no mesmo estado para viver.Eu tive que procurar vocês, a sua irmã está assim já faz 3 meses, e coloquei detetive para acha-la.

- Sua irmã está no hospital aqui na capital.

- Quero ve-la agora.

capítulo 03

July;

- Otávio me leva ao hospital que ela se encontra, a cada passo que dou, mais receios.

- Vocês podem entrar.- Fala ele para mim e minha mãe.

- Ao entrar, me deparo com a mulher parecida comigo, com aparelhos.

- Minha mãe chora. - Pego em sua mão, e as lagrimas caem.

- Oi!- falo.

- Eu não tinha ideia da sua existência, mas sei que não temos culpa, você e minha irmã, como gostaria de ve-la bem para conversamos, saber o que cada uma fez da vida, como foi sua infância.- Falo limpando minhas lágrimas, enquanto minha mãe toca em seu rosto e diz:

Querida, me perdoe, mesmo que nao saiba quem eu sou, e estou aqui com você.

- Olho para ela, e falo;

Você não devia ter abrindo mão dela, ficando apenas comigo mãe, eu só quero que ela acordasse. - Falo

- Otavio entra.

-Por que minha irmã estava sendo ameaçada? - Pergunto

- Sua irmã é CEO da empresa de tecnologia, e uma pessoa muito inteligente, ela herdou a empresa da minha esposa, Katarina.

- Você é casado.- Falo

- Sim, Katarina está agora na frente da empresa enquanto nossa filha está aqui.

- Minha mãe olha para ele.

- Ela sabe de nós?-Pergunta

- Não! Ninguém sabe, conheci Katarina em uma viagem que fiz a trabalho, e nos apaixonamos, ela não se importou pelo meu nível social e muito menos em ter uma filha, Júlia tinha apenas 3 anos.

- Eu trabalhava com entrega de mercadorias, e Júlia ficava com minha mãe, enquanto eu trabalhava e viajava com as entregas. Enfim, Katarina a criou com mãe, e nunca disse que tive outra filha.

- Estamos casados desde então, ela deixou a empresa na mão Julia.

- Conseguiu alguém com dinheiro. - Diz minha mãe de forma irônica.

- Eu nunca fiquei Katarina por dinheiro, ela nao tinha tanto dinheiro assim, apenas aconteceu. - Fala

- O que você quer que eu faça, não entendi a onde entro nisso.-falo

- Quero que assuma o lugar de sua irmã.

- O que!

- Sua irmã apesar de ser ótima CEO, ela conseguiu muito inimigos na área da tecnologia, e muitos funcionários também não gostavam dela.

- E por que não gostavam dela?

- Sua irmã, sempre foi muito exigente, audaciosa, elegante, e muita vezes foi vista de maneira negativa.

- Eu não posso me passar por ela, isso está fora de cogitação.

- Julia e casada, eles estavam passando por um momento delicado, ou melhor, por uma separação.

- O marido dela tem uma filha, Julia e segunda esposa.

-Ele não sabe que ela está assim?

- Sabe, porém também tenho minha desconfiança sobre ele.

- Ele e dono de uma das maiores transportadoras do país, que está envolvido em desvios e contrabando de cargas de tecnologia da empresa de sua esposa.

- Espere, você está querendo me colocar na jaula com leão. - Falo

- Ele não sabe que julia tem uma irmã. - Eu decidi ir atrás de você, porque tentaram invadir o hospital e por pouco sua irmã não estaria entre nós.

- Preciso que assuma o lugar dela, para que possamos cuidar dela sem ameaças, irei transferir para outro local, e enquanto isso, você assumirá .

- Você pensa em salva-la e arriscar a minha vida. - Falo e minha mãe diz:

Não permitirei isso, ela também e sua filha.

- Eu sei, acha que estou bem com isso, porém, iremos reforça a segurança, precisamos saber quem está tentando matar sua irmã, a empresa perdeu muita credibilidade apos o escândalo, e se continuar assim, poderá perder muitos investimentos, Julia formou um imperio, precisamos protege-lo, Katarina quando passou a empresa para Júlia, a empresa era pequena, não era nada parecido com que e hoje, eu não confio em ninguém, todos são suspeitos.

- Eu não sei, é muito confuso para mim.

- Filha! Sua irmã precisa de você.

- Você não pode colocar July nisso, você está arriscando a vida de ambas.- Fala minha mãe.

- Eu prometo que vamos protege-la, a questão não é só ameaça, Julia trabalhou muito pela empresa, era sua vida, não posso permitir que tudo o que ela construiu vá por água abaixo.

- Eu preciso pensar.-Falo

- Não temos muito tempo, o marido dela se acidentou, e não está vindo, quando ele chegar, precisa está no lugar dela.

-E sua esposa?- Pergunto

- Ninguém deve saber, nem ela.- Filha, e pela sua irmã que peço, não será por muito tempo, até descobrir quem está por trás do escândalo da empresa e assim achar os culpados pelo estado que sua irmã se encontra.

- Olho para Júlia, e fico pensando o que faria.

- Aproximo dela novamente e falo:

Será que farei o certo em assumir o seu lugar?

- Neste momento, o parelho faz barulho, e Otávio corre para chama médico.

- A equipe entrou rapidamente. - Julia estava tendo uma parada cardíaca.

- Somos retirados do quarto rapidamente.

- O desespero bate, não demora, o médico vem, e fala que ela estabilizou, porém o quadro dela e delicado.

- Olho para Otávio. - Está bem, eu assumirei a lugar dela.

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