Diana acorda cedo, o som do despertador é um lembrete constante de sua rotina corrida. A pequena casa onde vive com sua mãe e seus três irmãos está sempre movimentada. Enquanto se prepara para mais um longo dia, Diana reflete sobre seu sonho de se formar em medicina. Trabalhar em um café durante o dia para ajudar a pagar as contas não é fácil, mas é o que a mantém focada.
Logo de manhã, ela se despede da mãe e sai apressada pelas ruas movimentadas da cidade. No café, Diana lida com clientes enquanto pensa em suas aulas da tarde e nos estudos que precisa colocar em dia. Ela está cansada, mas determinada a continuar.
As ruas da cidade estão agitadas como de costume. Diana segue em um ritmo acelerado, os pensamentos já divididos entre os atendimentos no café e as aulas da tarde. Seu coração acelera com a expectativa de mais um dia desafiador, mas ao mesmo tempo, ela se sente cada vez mais próxima de seu sonho.
Depois de um turno exaustivo no café, onde ela atendeu diversos clientes apressados, Diana finalmente se vê com algum tempo para respirar. O sol começa a baixar, criando uma luz suave na calçada enquanto ela caminha em direção à faculdade. Perdida em pensamentos sobre as provas que se aproximam e os estudos que ainda precisam ser feitos, ela vira uma esquina apressadamente.
De repente, o impacto. Seus livros e cadernos caem no chão, e Diana se vê de frente para um homem. Ele é alto, bonito, vestindo um terno casual de corte impecável. Uma maleta de couro, provavelmente com um notebook, pendia de sua mão. Seu olhar profundo a encarava com uma mistura de surpresa e gentileza.
“Desculpe, eu estava distraída”, Diana diz, apressando-se para pegar seus livros.
O homem sorri, abaixando-se para ajudar. “Não se preocupe. A culpa também foi minha.”
Por um momento, os dois se olham, e Diana sente uma estranha conexão. Ele lhe entrega os livros, e ela agradece, tentando disfarçar o leve rubor que surge em suas bochechas.
“Obrigado… mesmo”, ela murmura, enquanto ele dá um último sorriso e segue seu caminho, desaparecendo na multidão.
Diana continua seu percurso até a faculdade, mas sua mente já não está mais nas provas ou no cansaço do dia. A imagem do homem de terno, alto e misterioso, insiste em permanecer em seus pensamentos. Mal sabia ela que esse encontro acidental seria o início de algo muito maior do que poderia imaginar.
Enquanto Diana continuava seu caminho até a faculdade, a imagem daquele homem alto e elegante ainda pairava em sua mente. Ela balançava a cabeça, tentando afastar o pensamento. Não tenho tempo para isso, repetia para si mesma. E era verdade. Nunca teve tempo para se dedicar a um relacionamento. Sua vida sempre foi sobre os estudos e ajudar sua mãe com as contas da casa. Namoro nunca foi uma prioridade.
Seus pensamentos foram interrompidos quando seu celular vibrou no bolso. Era uma mensagem de Gustavo, seu melhor amigo. Ele sempre estava por perto, fosse para ajudá-la com os estudos ou simplesmente para ouvir suas preocupações.
“Oi, Dianinha, já chegou na faculdade? Lembre-se de não exagerar nos estudos hoje. A gente ainda precisa sair pra tomar um café depois!”
Ela sorriu. Gustavo era uma constante em sua vida. Eles se conheciam desde o colégio, e ele sempre foi seu maior apoio. Mas para Diana, a relação entre eles era apenas de amizade — como irmãos. Ela nunca imaginou que Gustavo sentia algo mais. No entanto, por trás de cada gesto de carinho e preocupação, havia um amor que ele nunca teve coragem de confessar.
Diana respondeu a mensagem rapidamente, agradecendo pelo apoio e prometendo que tiraria uma pausa para o café, embora estivesse perdida em pensamentos sobre o homem misterioso com quem havia esbarrado mais cedo. Gustavo jamais cruzava sua mente como algo além de um grande amigo, mas o sentimento não correspondido permanecia, invisível para ela.
Diana, 23 anos
Thiago, 27 anos , Dia corrido no escritório.
Thiago estava atrasado. Sua manhã havia começado com uma série de reuniões intermináveis, e seu humor refletia o ritmo acelerado de sua vida. CEO de uma empresa de tecnologia em rápido crescimento, ele sempre estava com a agenda cheia e a mente em constante movimento. Ainda assim, naquela tarde, ao sair do escritório para uma pausa rápida, ele sentiu a necessidade de caminhar pelas ruas movimentadas da cidade.
Vestindo um terno casual e carregando sua maleta, onde seu inseparável notebook descansava, Thiago estava imerso em pensamentos sobre os novos projetos da empresa. Sempre correndo contra o tempo, ele pensava. As ruas estavam cheias, mas ele se sentia distante, alheio à agitação ao redor.
Então, do nada, o impacto.
Livros e cadernos caíram ao chão, e ele mal teve tempo de reagir. Quando olhou para frente, viu uma jovem de cabelos presos e expressão levemente aflita, apanhando rapidamente os itens que haviam caído. Ela se desculpou de imediato, e, por um instante, ele se perdeu no olhar.
Thiago se agachou para ajudar. O tempo pareceu desacelerar enquanto ele a observava, não apenas sua aparência, mas também a serenidade e a determinação que pareciam emanar dela. Diferente das mulheres que conhecia no ambiente corporativo, que sempre se apresentavam com confiança quase ensaiada, havia algo de genuíno naquela garota.
“Não se preocupe. A culpa também foi minha”, ele disse, com um leve sorriso.
Enquanto entregava os livros de volta para ela, algo curioso aconteceu: uma faísca que ele não conseguia explicar. O sorriso que ela lhe deu de volta, tímido e agradecido, deixou uma impressão inesperada em seu coração, algo que ele não sentia há muito tempo. A vida de Thiago sempre foi sobre controle, decisões racionais, mas esse breve momento de caos tocou algo mais profundo.
Ele seguiu seu caminho após o encontro, mas a sensação permaneceu. Quem era ela? pensava. A imagem da jovem continuou voltando à sua mente, mesmo enquanto tentava focar em outros assuntos. Ele sabia que, por mais breve que fosse aquele encontro, algo havia mudado — mesmo que ainda não pudesse entender o que.
Naquela mesma noite, após um dia longo e exaustivo, Diana se encontrou com Gustavo em um café próximo à faculdade. O lugar tinha se tornado um refúgio para ambos — um espaço onde podiam relaxar e conversar, fugindo da correria da vida. O cheiro de café fresco preenchia o ar, e o ambiente acolhedor parecia o único lugar onde Diana podia respirar fundo.
“Você está com uma cara péssima”, Gustavo comentou com um sorriso leve, enquanto ela se sentava em frente a ele com uma xícara de chá.
Diana riu sem humor, esfregando os olhos. “Estou esgotada, Gus. Entre o trabalho no café e as aulas na faculdade… às vezes, parece que estou à beira de desmoronar.” Ela olhou pela janela, vendo as luzes da cidade piscando à distância. “Eu sei que estou fazendo isso por uma razão — minha mãe, meus irmãos — mas tem dias que é tão difícil. Às vezes, sinto que não consigo.”
Gustavo inclinou-se na cadeira, o olhar sempre preocupado. “Eu sei, Dianinha, você carrega um peso muito grande nas costas. Mas, sinceramente, você é a pessoa mais forte que eu conheço. Só… não se esqueça de cuidar de você também.”
Diana suspirou, mexendo distraidamente no chá. “Cuidar de mim… nem sei mais o que isso significa. Sempre estou pensando em como pagar as contas, em como ajudar minha mãe. Às vezes, me pergunto se algum dia vou conseguir me dedicar só a mim.”
Gustavo ficou em silêncio por um momento, observando-a. Ele queria dizer mais, queria confessar que seu amor por ela sempre esteve ali, em cada palavra de apoio, em cada sorriso que lhe dava, mas sabia que Diana não via dessa forma. E ele não queria complicar as coisas. Ela já tinha problemas o suficiente.
“Olha, sei que a vida está corrida e pesada agora, mas você é brilhante. Vai se formar e conseguir ser a médica que sempre sonhou. E quem sabe, um dia, você vai poder respirar sem tanto peso nas costas.”
Diana sorriu, um sorriso pequeno e cansado, mas genuíno. “Obrigada, Gus. Eu realmente não sei o que faria sem você por perto.”
E, por mais que as palavras de agradecimento fossem sinceras, Gustavo sabia que elas vinham sem o sentimento que ele tanto desejava ouvir. Mesmo assim, estava decidido a ficar ao lado dela, como sempre fez. Talvez um dia, ela o visse com outros olhos. Mas, por enquanto, ele se contentava com o papel de amigo.
A semana começou com dificuldades. Diana acordou na segunda-feira com a sensação de que o mundo estava pesando sobre seus ombros. O trabalho no café estava mais agitado do que nunca, e a pressão para dar conta das tarefas na faculdade parecia cada vez mais insuportável. No café, os clientes se acumulavam, e as mesas estavam sempre lotadas, como se a cidade inteira tivesse decidido tomar café naquele dia.
Enquanto trabalhava, ela tentava manter o foco, mas sua mente divagava. O que aconteceria se não conseguisse passar nas provas? E se não conseguisse ajudar minha mãe com as contas? Esses pensamentos a atormentavam, e cada vez que olhava para o relógio, a sensação de ansiedade só aumentava.
Após um turno exaustivo, Diana finalmente pôde se sentar e respirar. Mas as preocupações não a abandonavam. Sentou-se em uma mesa no fundo do café, tirou os livros da mochila e começou a revisar para as provas, embora sua mente estivesse inquieta. Assim que abriu o caderno, viu que sua caneta tinha acabado a tinta. Frustrada, suspirou e se levantou para pegar outra caneta no balcão.
Enquanto caminhava até lá, seu olhar se deparou com uma figura familiar em uma mesa próxima. Era Thiago. Ele estava concentrado em seu laptop, digitando rapidamente. O coração de Diana disparou ao lembrá-lo do encontro casual que tiveram algumas semanas atrás. Ela hesitou por um momento, lembrando-se da sensação estranha e intrigante que teve ao vê-lo pela primeira vez.
Com coragem, decidiu se aproximar. “Oi! Lembra de mim?” A voz de Diana estava um pouco tremula, mas ela sorriu.
Thiago levantou os olhos, um sorriso surpresa iluminando seu rosto. “Claro! Como você está?”
Diana não conseguia acreditar que estava tendo uma conversa real com ele. “Ah, você sabe… trabalhando e estudando. A vida de estudante é cheia de desafios.”
“Eu entendo bem isso”, Thiago disse, fechando o laptop. “Eu também tenho uma rotina puxada. Trabalho e estudo não são fáceis.”
A conversa fluiu naturalmente, e Diana se sentiu mais à vontade. Enquanto conversavam, ela descobriu que Thiago também tinha seus próprios problemas, embora fossem de uma natureza diferente. A pressão para administrar sua empresa o deixava estressado, e ele também lutava para encontrar tempo para relaxar.
“Acho que todos estamos apenas tentando encontrar um equilíbrio, não é?” Thiago disse, olhando nos olhos dela. “Você parece uma pessoa incrível, Diana. Como consegue dar conta de tudo isso?”
Ela sorriu, tocada pelo elogio. “Na verdade, às vezes, sinto que estou perdendo o controle. Mas tenho que tentar. Minha família depende de mim.”
Thiago a observou atentamente, percebendo a força que ela tinha, mesmo nas dificuldades. O que começou como uma conversa casual transformou-se em algo mais profundo, e Diana começou a se abrir sobre suas lutas diárias, enquanto Thiago compartilhava suas próprias frustrações.
O tempo passou rápido, e logo eles estavam rindo e conversando como se fossem velhos amigos. Quando o sol começou a se pôr, Thiago disse: “Você gostaria de sair para tomar um café um dia desses? Podemos compartilhar mais histórias sobre como enfrentar nossos desafios.”
Diana hesitou por um momento, a insegurança e a dúvida assaltando sua mente. Mas a oferta era tentadora. “Sim, seria ótimo”, ela respondeu, sorrindo.
E assim, enquanto os problemas da vida continuavam a existir, um novo encontro se desenhava no horizonte — um encontro que poderia mudar a dinâmica entre eles de maneiras que Diana ainda não conseguia prever.
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