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Why Are You Sad? | KTH • JJK

INFORMAÇÕES

Olá a todos, Gostaria de passar alguns avisos sobre a adaptação da fanfic da @Bangtan_ginex para que tenham um melhor entendimento da história, para que não haja desconforto com os temas citados e como pretendo postar o(s) capítulo(s) aqui.
Primeiro, vamos falar sobre como planejo dividir as postagens do(s) capítulo(s). Eles serão divididos em algumas partes para nãoficar logo e vocêslerem ao longodos dias.
⚠️ AVISOS ⚠️
1- Este conteúdo é completamente fictício. Nada descrito aqui tem relação com a realidade dos artistas envolvidos na fanfic. Em nenhum momento, qualquer conteúdo disponibilizado aqui foi escrito com a intenção de ofender alguém.
2- Esta história tem um conteúdo sensível, então se você tem menos de 16 anos, fica SOB SUA RESPONSABILIDADE ler os capítulos a seguir, ciente de que ele contém:
- Relatos de mortes;
- Violência Descrição de assassinatos e naturalidade diante casos criminais;
- MUITOS pensamentos homicidas;
- Romantização de casos trágicos Descrição de cenas que podem causar nojo e repúdio ao leitor;
- Sexo;
- Personagens de índole duvidosa em um conteúdo feito para ser fracionado entre "meio psicopata" e perturbador.
3- Dicas para quem quer ter um bom entendimento da história.
A narração de "Why Are You Sad?" é em primeira pessoa, ou seja, totalmente moldada por seu dono — Jeon Jungkook — e já aviso de antemão que ele é um narrador não confiável.
Toda a perspectiva de verdade está baseada nos pensamentos dele, sob a perspectiva dele, onde ele pode estar sendo verdadeiro ou não em relação ao que realmente está acontecendo.
Dica importante: Atente-se aos mínimos detalhes.
Narradores não confiáveis podem tanto induzi-lo a acreditar que ele é uma boa pessoa diante de pessoas más, ou o contrário.
Dito isso desejo a todos uma boa leitora e um feliz halloween.

Why are you sad?

Antes do incidente no hospital, eu ouvia as pessoas falarem sobre Deus e o elogiavam com admiração, até que comecei a sentir uma ponta de rejeição.
Isso porque, quando chegava em casa e assistia ao noticiário — disponível muito cedo para uma criança de 4 anos — em vez de desenhos animados, eu sempre me perguntava:
"Se Deus é tão bom quanto dizem... Por que ele permite que tantas coisas ruins aconteçam?"
Aos 10 anos de idade, eu não queria explicações sobre isso, nem acreditava na redenção. Eu tinha uma convicção, uma certeza, e ela girava em torno de:
Se eu fosse o seu Deus, não deixaria crianças serem maltratadas e estrupadas com tanta naturalidade como são.
E que se fodam os adultos. Eu iria fuder todos os adultos. — Ass: Gguk
CADERNO DE ANOTAÇÕES DE JEON JUNGKOOK
JANEIRO DE 2010
Meus DEZ mandamentos: - Ame-se antes de todas as coisas; - Não diga seu nome em vão; - Curta os domingos, divirtam-se; - Não é porque alguém tem seu sangue que se torna pai e mãe; - Mate quando preciso; - Não é errado ter uma opinião diferente; - Não existe roubo, apenas empréstimo sem aviso prévio; - Não consegui pensar em nenhum para esse, todo mundo mente mesmo; - Não deseje mulheres, o foco pode ser apenas nos garotos bonitos; - Cobice e faça os outros compartilharem com você.
JANEIRO DE 2011
JOSH É UM HOMEM RUIM JOSH É UM HOMEM RUIM JOSH É UM HOMEM RUIM JOSH É UM HOMEM RUIM MAS TODOS DIZEM QUE ELE VAI PRO CÉU. POIS ELE FAZ CARIDADE E É GENTIL COM A SENHORA DA IGREJA MESMO A ANA TENDO MEDO DELE. ANA TEM MEDO DELE PORQUE ELE DISSE QUE ANA TEM UM QUADRIL BONITO. ANA TEM DOZE ANOS. JOSH SE CANDIDATOU PARA SER PASTOR.
JANEIRO DE 2012
JOSH NUNCA SE SENTE SATISFEITO COM NADA. A culpa é minha.
JANEIRO DE 2020
A culpa é minha.
OUTUBRO DE 2023
O homem com a máscara do pânico.

01 - Vai começar de novo.

Olá, caso não tenha lido o capítulo de avisos, por gentileza, leia-o antes de iniciar a leitura. Se já está ciente do que possivelmente lhe espera, uma boa leitura.
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“Com apenas duas semanas restantes para o Halloween, a onda de assassinatos em Vila Nova continua seguindo o mesmo padrão de fatalidade e vítimas, o que está levando as autoridades a suspeitarem que se trata de um caso envolvendo um assassino em séri-” —
“Estamos aqui, próximo à praça principal da cidade onde se localiza a icônica estátua de um cupido fazendo xixi, para entrevistar pessoas que supostamente escutaram os gritos da última vítima antes dela ter sido encontrada dilacerad-” —
“'Doce ou travessuras?' tornou-se uma pergunta assustadora para homens ruivos de olhos claros, desde que o nosso suposto 'serial killer' começou a rabiscar essa frase na parede do quarto de todas as suas vítimas, até o presente momento, que foram encontrad-” —
Taehyung
Taehyung
— Tá legal... Estou começando a me sentir ameaçado. — Kim Taehyung, comenta, apertando o botão vermelho do controle.
Meus olhos vagam ao seu rosto pois a tela da TV está escura ao ponto que consigo ver-me perfeitamente. Isso me incomoda. Sinto um pequeno curvar nos lábios assim que tenho a face pálida atenta a mim, os cabelos rosas cobrindo a orelha e parte da nuca enquanto os lábios da mesma cor estalam e se fecham firmemente.
O assassino de homens ruivos, é a notícia do momento desde o começo de outubro.
Eu tenho muito a pensar sobre, assim como não tenho nada. Suspiro cansado, deito as costas na cama com tudo. Enrugo a testa pela dor fina no meio das escapulas, porém, tento disfarçar quando solto uma cascalhada fraca e miserável.
Jungkook
Jungkook
— Porque? Você não é nem ruivo. — digo o óbvio, sentindo a perna de Taehyung bater na minha.
Taehyung
Taehyung
— Jungkook... — manhã.
Fecho os olhos para depois abrir apenas um e admirá-lo com um bico convicto. Suspiro novamente, fecho as mãos sobre minha barriga quando um frio conhecido entra sem permissão em meu estômago como se o umbigo fosse uma porta de entrada.
É digno para mim... Ter uma vida de merda e ainda por cima estar apaixonado pelo meu melhor amigo. Logo, Kim Taehyung, o mocinho, um dos rapazes mais gentis que já conheci durante toda a minha vida e que simplesmente me persegue para todo canto desde os meus 7 anos.
Por alguma razão, que certamente não consigo compreender, seu olhar azul como algodão doce viu algo em mim que o fez desejar estar sempre comigo.
Mesmo falando pouco, mesmo tentando outros caminhos para me livrar de si, nem sempre fazendo o trabalho comigo, evitando contato visual excessivo ou falando da minha vida — o que seria um grande erro — Kim Taehyung, continua um passo atrás do meu. E dez do meu lado serial killer.
Taehyung
Taehyung
— ... Está me escutando?
Arqueio as sobrancelhas, percebendo que me distraí a ponto de perder grande parte da conversa.
Jungkook
Jungkook
— Hum? Não estava, desculpe.
Taehyung
Taehyung
— Céus… — ele balançou a cabeça. Sentir a cama mais pesada me deixou nervoso. Antes sentado, agora deitado ao meu lado. Taehyung, virou o rosto e me encarou como se eu tivesse estruturas para retornar. — O que faço se os ruivos acabarem e ele vier atrás dos rosas?
Jungkook
Jungkook
— Ah... Você perde pontos por ter olhos claros.
Taehyung
Taehyung
— Idiota! — um toque no meu ombro. Acabo sorrindo um pouco, tomando todo o ar que deveria ter guardado para mais um ou dois anos, considerando que o planeta já está em processo de ebulição, então viro meu rosto devagar, trombando o nariz com um menor ainda, achatado. É inevitável não me perder em suas bochechas magras, o maxilar perfeitamente desenhado, suas sobrancelhas com canhões consideráveis escuros, morenos da cor natural que deveria ser seus fios, então as írises azuis macias.
Observar Kim Taehyung tornava as coisas um pouco mais leves do que realmente eram. Sempre que o fazia, sentia que poderia passar o resto da vida engolindo coisas leves como manteiga, suspirando sem precisar abrir a boca, fazendo-o apenas pelo nariz, e poderia realizar várias outras coisas sem sentido porque acho que é assim que se define meu sentimento por esse corpo pequeno e gentil.
Taehyung
Taehyung
— Você acha que eu posso ser uma próxima vítima?
Jungkook
Jungkook
— Você não será a próxima vítima. Fique tranquilo.
Seu sorriso se estendeu com minha resposta. Eu nunca conseguiria retribuir, então só deixei uma curva pequenina que só alargou porque Taehyung deixou seus polegares quentes sob minha bochecha, afastando-as como se elas fossem pesadas ou grandes como as suas, a ponto de evitarem um riso maior.
Taehyung
Taehyung
— Jun... — chama. Ergo as sobrancelhas em resposta. — Por que você sempre parece triste?
“Por que você está triste?"
Foi a primeira pergunta que me fez quando me conheceu, e seguia repetindo-a incessantemente, brincando de acender e apagar sua esperança na minha resposta que nunca liberava palavras totalmente sinceras.
Jungkook
Jungkook
— Não estou triste. — havia uma parcela de verdade no que digo. Não me sentia capaz de sentir muita coisa, e isso incluía a tristeza. Mas ainda havia dor…
Somente lembrar dela não era o suficiente para o meu destino. Um barulho de passos me fez sentar imediatamente, afastei os ombros de Taehyung para que ele se sentasse e logo em seguida se levantasse da minha cama.
Jungkook
Jungkook
— Você precisa ir! — empurrei-o em direção à janela. Já era para ele estar acostumado, mas sempre me olhava com aquela mesma expressão antes de insistir e finalmente partir.
Eram olhos preocupados, semblante aflito e um tanto choroso.
"Tem certeza de que não quer que eu fique?"
Sempre questionava, e eu negava.
Como neguei hoje também e rezei para que seu corpo sumisse a tempo de não ver as próximas cenas, quando minha porta foi empurrada de uma vez, quase sendo aberta, o homem do outro lado resmungou: "Jeon?", batendo com brutalidade diversas vezes. Sinto meu sangue ferver nas palmas das mãos.
Nasci prematuro e doente. Não tinha nem um mês de vida quando minha mãe me deixou internado no hospital e nunca mais voltou. As enfermeiras se revezavam para cuidar de mim a cada troca de plantão até que Josh me levou para criar.
Sobre o ocorrido mais cedo, não foi a primeira vez que meu nome, ou melhor, uma menção a mim foi transmitida no noticiário.
"Menino de apenas 10 anos desliga aparelho respiratório de um senhor durante a noite e, após ser alertado sobre o ocorrido, no meio da madrugada, retornou a desligá-lo, o que ocasionou no falecimento de Kim Namjo-”
Josh
Josh
— Jeon! — uma batida na porta, e me aproximei da cama, ajoelhando-me no chão coberto somente por cimento.
Peguei a caixa de sapato onde guardava a máscara que usava durante o RPG online de assassinato e minha faca favorita.
Desde a primeira vez que me deparei com a morte, senti uma sensação estranha percorrer minhas veias. Senti prazer. Senti que estava vivo. Pois ter o poder de tirar a vida de alguém é como ser um Deus, não é?
E sempre me falaram muito sobre ele... A ponto de querer me equiparar a ele em algum momento…
Josh
Josh
— Oh seu filho da puta! — um chute certeiro.
Guardo a caixa de sapatos novamente embaixo da cama, levantando-me e caminhando até a porta para girar a maçaneta. Assim que ela se abriu, Josh me fez cambalear com um soco no estômago.
Sempre que ele está bêbado ou drogado demais — o que acontece quase todas as noites —, ele chega descontando todas as suas frustrações em mim. Sempre foi assim.
Josh
Josh
— Não lhe pedi para repor o estoque de bebidas da geladeira, rapaz!? Seu filho inútil! — seus dedos prenderam nos meus fios em um instante.
Eu não resisti, somente o olhei com desaprovação. Os cabelos ruivos e olhos claros repudiando cada respiração minha antes de me jogar na direção do meu guarda-roupa, onde minha cabeça bateu e latejou fortemente, dando-me vertigem.
Vai começar de novo.
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