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LISSARA- ENTRE O DUQUE E EU

Capítulo 1: O Peso da Culpa

Capítulo 1: O Peso da Culpa

Eu tinha apenas seis anos, mas as sombras do que acontecera antes do meu nascimento já se projetavam sobre mim, moldando cada sussurro, cada olhar frio que eu recebia em Havenswood. A mansão onde eu morava, imponente e grandiosa, parecia sempre envolta em um silêncio gélido, como se as paredes guardassem segredos que jamais deveriam ser revelados.

Lembro-me de como os corredores eram intermináveis e escuros, as janelas altas e estreitas deixavam entrar apenas um fio de luz, que mal tocava o chão de mármore. As tapeçarias que adornavam as paredes, com cenas de antigas batalhas e caçadas, não traziam calor ao ambiente. Pelo contrário, pareciam reforçar a sensação de que eu vivia em um lugar que me rejeitava a cada passo. Até mesmo o grande salão, com seus candelabros dourados e móveis luxuosos, era frio e austero. O aroma constante de cera e polimento misturava-se ao cheiro sutil de flores murchas, como se a vida ali estivesse sempre em transição, nunca plenamente viva.

Meu pai, o Duque de Havenswood, era um homem alto e severo. Seu olhar, sempre distante, passava por mim como se eu fosse um espectro, algo a ser ignorado. Seus olhos, de um azul profundo, eram duros, como o gelo dos invernos mais rigorosos, e sua voz, quando dirigida a mim, era sempre contida, sem calor. "Lissara," ele costumava dizer, "mantenha-se comportada." Essas palavras, tão frias quanto as pedras sob meus pés, me faziam sentir como se estivesse carregando um fardo que eu mal compreendia.

Meu irmão mais velho, Alden, seguia o exemplo de nosso pai. Com oito anos, ele já estava sendo moldado para assumir seu papel na linhagem dos Havenswood. Seus olhos, semelhantes aos de nosso pai, me fitavam com um misto de curiosidade e desdém. Para ele, eu era a causa do sofrimento que pairava sobre nossa família. Ele nunca dizia isso em voz alta, mas eu podia ver em seus olhos. Aqueles olhos que nunca transbordavam emoção, exceto quando ele falava da mãe que ele dizia ter perdido por minha culpa.

A ausência de minha mãe era um vazio palpável em nossa casa. Sempre que eu passava pelo retrato dela no salão principal, sentia uma dor aguda no peito. Ela era linda, com seus cabelos negros como os meus, mas com olhos que eu só conhecia através da pintura — olhos que brilhavam com uma suavidade que eu nunca havia experimentado. A governanta, Lady Eleanor, me contava histórias sobre como minha mãe iluminava os salões com sua presença, como sua risada era um bálsamo para todos ao redor. Mas, quando olhava para mim, eu sabia que ela também me culpava, mesmo que suas palavras fossem sempre gentis.

Naquela tarde, quando eu estava sentada no parapeito da janela da biblioteca, observando a chuva cair lá fora, senti o peso de tudo aquilo como uma âncora presa ao meu coração. A chuva martelava as janelas, criando um ritmo constante e melancólico que parecia sussurrar os segredos que eu já conhecia. Estava sozinha, como sempre. A biblioteca, embora imensa, não me oferecia conforto. Os livros, organizados em prateleiras que iam do chão ao teto, pareciam ser os únicos a me acompanhar, mas até mesmo suas páginas me contavam histórias que não conseguiam me afastar da realidade.

Ouvi passos ecoando no corredor e me preparei para o que sabia que viria a seguir. Era meu pai, que adentrou a sala com a expressão severa de sempre. Ele não se dirigiu a mim de imediato, preferindo inspecionar os livros que estavam sobre a mesa. Eu o observava em silêncio, o coração apertado pela expectativa.

"Lissara," ele finalmente disse, sem me olhar. "Espero que esteja ciente do quanto significa ser uma Havenswood."

As palavras eram um lembrete constante do que eu deveria ser, mas também uma acusação velada de que eu não era suficiente. Eu queria perguntar a ele, queria entender por que eu era sempre tratada com tal frieza, mas o medo de suas respostas me impedia. Eu apenas assenti, sem ousar levantar os olhos.

"Você deve ser forte," ele continuou, sua voz firme como pedra. "Não há espaço para fraquezas em nossa família."

E então ele se foi, deixando-me novamente sozinha, com as palavras pesando sobre mim como uma sentença. Eu não entendia completamente o que significava ser forte, mas sabia que deveria ser algo que me protegeria da dor constante que eu sentia.

Quando a porta se fechou atrás dele, desci do parapeito e me aproximei do espelho ao lado da lareira. A menina que olhava de volta para mim tinha os mesmos cabelos negros da mãe, mas os olhos — os olhos eram os de meu pai, frios e sem brilho. Eu não via nada de suave ou acolhedor neles. Naquele momento, decidi que se era força que eles queriam, seria força que eu lhes mostraria. Mas sabia, no fundo, que essa força teria um custo — um custo que eu pagaria com a perda daquilo que fazia de mim uma criança.

Naquele dia, uma nova Lissara começou a se formar, uma Lissara que aprenderia a esconder suas emoções, a construir muros ao seu redor, e a nunca permitir que o mundo visse sua dor. Havenswood continuaria a ser um lugar frio e distante, mas eu sobreviveria. E com o tempo, a dor se transformaria em algo mais — em uma força que ninguém poderia ignorar.

A chuva continuava a cair, e enquanto as gotas escorriam pela vidraça, senti que algo dentro de mim também se despedaçava, mas eu não deixaria ninguém ver. A partir daquele momento, eu começaria a construir a armadura que me protegeria do mundo — e de mim mesma.

Capítulo 2: A Beleza e o Fardo

Eu tinha 18 anos quando fui oficialmente apresentada à sociedade. Havenswood estava mais resplandecente do que nunca, decorada para o grande baile de debutantes em minha honra. A mansão, tão fria e silenciosa durante a maior parte do ano, estava agora iluminada por centenas de velas, refletidas nos espelhos dourados e nos lustres de cristal. Mas, apesar do brilho e da ostentação, eu não conseguia afastar o peso que sentia no peito.

Naquela noite, vesti o mais belo dos vestidos, feito de seda azul-escura, quase negra, que contrastava com a palidez da minha pele. Os bordados dourados que adornavam a cintura e o decote eram delicados e ricos, desenhando arabescos que lembravam as tapeçarias antigas da biblioteca. Meus cabelos, negros como a meia-noite, estavam presos em um elaborado penteado, adornados com pequenas pérolas que brilhavam à luz das velas. Eu estava linda, disso eu sabia, mas a beleza que eu via no espelho era um fardo tanto quanto um presente.

O salão estava repleto de nobres, todos vestidos em seus melhores trajes, sussurrando e comentando enquanto me observavam. Eu sabia o que pensavam. "Ela é a filha amaldiçoada de Havenswood," seus olhares pareciam dizer. "A beleza dela é apenas uma fachada para o que realmente é."

À medida que caminhava pelo salão, sentia os olhares de todos sobre mim, alguns de curiosidade, outros de desprezo, mas nenhum de afeto. Minha entrada foi anunciada com grandiosidade, mas eu sabia que, para muitos ali, eu era apenas uma figura a ser observada com cautela. O peso da culpa, aquele que carregava desde criança, parecia se manifestar em cada olhar que me lançavam.

E então, entre todos os rostos no salão, meus olhos encontraram os dele. O Príncipe Theodore, o herdeiro do trono, estava do outro lado do salão, envolvido em uma conversa com alguns nobres. Ele era exatamente como os rumores diziam: alto, de presença imponente, com cabelos castanho-escuros e olhos que pareciam refletir uma mistura de inteligência e poder. Quando nossos olhares se cruzaram, houve um momento de silêncio interno, como se o mundo ao meu redor tivesse parado. Ele me observou por um instante que pareceu se prolongar eternamente, e em seus olhos vi algo que nunca havia visto em ninguém antes: curiosidade.

Mas o momento foi breve. Antes que eu pudesse sequer interpretar o que vi em seu olhar, Lisbet, a noiva prometida do príncipe, aproximou-se dele, tocando-lhe o braço de maneira possessiva. Ela era o que se esperava de uma futura rainha: delicada, com cabelos loiros e olhos verdes que irradiavam doçura. Sua presença ao lado dele era como uma confirmação de que eu nunca poderia alcançar aquele mundo que tanto me atraía. Ela sorriu para mim, mas seus olhos não acompanhavam o gesto. Era como se me lembrasse de meu lugar, um lembrete de que, apesar de minha beleza, eu ainda era a filha amaldiçoada de Havenswood.

Minha apresentação foi seguida por uma série de danças. Cada cavalheiro com quem dancei elogiava minha aparência, minha graça, mas seus elogios soavam vazios, mecânicos, como se fossem proferidos por obrigação. Eu sorria educadamente, trocando palavras de cortesia, mas em meu coração, sentia uma barreira se erguendo. Sabia que muitos daqueles elogios eram ditos com reserva, com uma sombra de desconfiança por trás das palavras.

Durante uma breve pausa, encontrei um momento de solidão na varanda do salão. O ar noturno estava fresco, um alívio do calor sufocante dos salões abarrotados. Lá fora, o jardim de Havenswood estava iluminado por pequenas lanternas, e a lua cheia lançava sua luz prateada sobre as flores que pareciam tão vivas, tão cheias de cor, em contraste com a escuridão que eu carregava dentro de mim.

Fechei os olhos por um momento, permitindo-me sentir a solidão que me consumia. A beleza que todos pareciam admirar era apenas uma máscara, uma armadura que eu vestia para esconder a dor de ser sempre a excluída, a culpada. O fardo de ser bonita, mas nunca ser verdadeiramente aceita, era um peso que eu carregava sozinha.

Foi nesse instante que ouvi passos leves atrás de mim. Abri os olhos e me virei, apenas para encontrar o Príncipe Theodore. Ele havia deixado a festa para vir até a varanda, e seus olhos estavam fixos em mim com uma intensidade que fez meu coração acelerar.

"Lady Lissara," ele disse, sua voz suave, mas carregada de autoridade. "Estava admirando os jardins?"

"Sim, Vossa Alteza," respondi, tentando manter a compostura enquanto meu coração batia freneticamente. "Eles são belos, não são?"

"Belos, sem dúvida," ele disse, mas seus olhos não estavam nos jardins, e sim em mim. Havia algo na maneira como ele me olhava que me deixava desconcertada, uma mistura de curiosidade e algo mais profundo que eu não conseguia decifrar.

Antes que a conversa pudesse ir mais longe, Lisbet apareceu na porta, chamando-o com uma doçura que soava ensaiada. Ele lançou-me um último olhar, algo entre a admiração e a renúncia, e então se foi, voltando para o mundo que era dele e que eu jamais poderia alcançar.

Eu fiquei ali, sozinha na varanda, sentindo o frio da noite envolver-me como um manto de realidade. Por mais que eu tivesse desejado ser notada, sabia que a atenção de Theodore seria sempre passageira, uma curiosidade momentânea. O fardo de minha beleza era que ela atraía olhares, mas nenhum deles era permanente, nenhum deles era para mim, a verdadeira Lissara.

O baile continuou até altas horas da madrugada, mas para mim, o encanto já havia se quebrado. Eu sabia que, apesar de minha apresentação oficial à sociedade, continuaria sendo a filha amaldiçoada, aquela que todos viam com desconfiança, independentemente de quão bela eu fosse.

Quando a última música terminou e os convidados começaram a se retirar, eu voltei ao meu quarto, exausta e vazia. O espelho me refletiu de volta a imagem de uma jovem deslumbrante, mas tudo o que eu via era a solidão nos meus próprios olhos. A beleza que possuía era, de fato, um fardo. Um fardo que me separava dos outros, que me fazia desejada, mas nunca amada.

Naquela noite, ao apagar as luzes e me deitar na grande cama de dossel, compreendi que, para sobreviver à sociedade que me rejeitava, eu teria que continuar vestindo minha máscara, escondendo minha verdadeira essência. Havenswood podia estar envolta em luz e brilho, mas eu sabia que, no fundo, as sombras ainda dominavam — e que eu, Lissara de Havenswood, teria que aprender a viver entre elas.

Capítulo 3: O Primeiro Encontro

A grande corte do rei Teodor III estava em seu esplendor máximo naquela noite, iluminada por uma profusão de candelabros e adornada com tecidos finos que caíam graciosamente das colunas de mármore. O som das conversas animadas misturava-se ao suave murmúrio da música que preenchia o ar, criando uma atmosfera de encantamento e luxo. Mas, para mim, a beleza da noite servia apenas para intensificar a ansiedade que crescia dentro do meu peito.

O salão estava repleto dos membros mais influentes da nobreza, todos vestidos em seus trajes mais elegantes, cada detalhe cuidadosamente escolhido para impressionar. Meus próprios passos, suaves e quase silenciosos sobre o mármore polido, pareciam ecoar em minha mente, cada um deles me levando mais perto de um destino que eu não sabia como enfrentar. O vestido que eu usava, feito de um veludo vermelho profundo, envolvia-me como uma segunda pele, destacando minhas curvas e o contraste com minha pele pálida. Senti o peso dos olhares, e com eles, o peso das expectativas.

Quando entrei no salão, minha visão foi imediatamente atraída para o centro, onde ele estava. O Príncipe Theodore. Seu porte era inconfundível, a figura de um homem que carregava o futuro do reino em seus ombros. Ele vestia um casaco preto ornamentado com fios dourados, e sua postura ereta refletia a dignidade de sua posição. Mas o que realmente capturou minha atenção foi a forma como ele parecia dominar o ambiente sem esforço, como se o próprio ar ao seu redor o reconhecesse como seu soberano.

Ele estava conversando com um grupo de nobres, e seu sorriso fácil e cortês indicava que ele estava perfeitamente à vontade, mas havia algo em seu olhar que me fez hesitar. Havia uma profundidade, uma sombra de algo não dito, que me atraía de uma maneira que eu não conseguia explicar. Senti meu coração acelerar, e uma parte de mim queria virar e sair daquele lugar, mas outra parte, uma parte mais profunda e silenciosa, ansiava por aquele encontro.

Decidi ficar, movida por um impulso que não conseguia controlar. Enquanto avançava pelo salão, cumprimentando aqueles que me dirigiam a palavra, meus olhos sempre voltavam para ele, como se fossem puxados por uma força invisível. E então, finalmente, nossos olhares se encontraram. O tempo pareceu parar, e todo o som ao redor desapareceu. Havia apenas nós dois, separados por um mar de pessoas, mas conectados por algo que eu não conseguia nomear.

O príncipe manteve o olhar por um instante, e em seus olhos castanho-claros, vi uma mistura de surpresa e... interesse? Era difícil dizer. Ele quebrou o contato visual primeiro, voltando-se para responder a alguém ao seu lado, mas o impacto daquele olhar ficou comigo, como uma marca.

Eu estava ciente do risco que corria ao permitir que meus pensamentos vagassem naquela direção. Theodore era prometido a Lisbet, e eu, apesar de minha posição, não era mais do que uma sombra aos olhos da maioria. Ainda assim, algo dentro de mim se recusava a se curvar à razão. Sentia um desejo profundo de conhecê-lo, de entender o que havia por trás daquela fachada perfeita que ele mostrava ao mundo.

Foi quando a música começou a tocar novamente, uma melodia suave que sinalizava o início de outra dança. Eu estava prestes a me retirar para a segurança de uma das sacadas quando ouvi a voz dele, clara e inconfundível, às minhas costas.

"Lady Lissara, permitiria-me a honra desta dança?"

Meu corpo inteiro ficou tenso, e quando me virei para responder, senti o calor subir até meu rosto. Ali estava ele, de pé diante de mim, seu olhar fixo no meu com uma intensidade que fez meu coração bater descompassado. Por um momento, fiquei sem palavras, mas então, como se um véu de formalidade tivesse sido colocado entre nós, assenti com um leve sorriso.

"Seria uma honra, Vossa Alteza," respondi, minha voz firme apesar da tempestade de emoções dentro de mim.

Ele segurou minha mão com delicadeza, e o toque de seus dedos contra a minha pele fez com que um arrepio percorresse meu corpo. Seguimos para o centro do salão, e os murmúrios ao nosso redor se intensificaram. Sabia que todos estavam nos observando, e isso só aumentava a tensão entre nós. Quando ele colocou sua mão em minha cintura e começou a guiar a dança, senti como se o mundo tivesse se reduzido a nós dois, como se nada mais existisse além daquele momento.

A música era lenta, quase hipnótica, e nossos movimentos estavam em perfeita harmonia. Theodore dançava com uma graça natural, e apesar de sua postura rígida, havia uma suavidade em seus movimentos que revelava mais sobre ele do que qualquer palavra poderia. Enquanto dançávamos, nossos olhares se encontravam repetidas vezes, e a cada vez, sentia uma conexão crescente, uma corrente silenciosa de compreensão que passava entre nós.

Mas, mesmo com toda essa proximidade, havia uma distância intransponível. Eu podia sentir a barreira que ele mantinha, como uma muralha invisível erguida entre nós. Seus olhos revelavam desejo, mas também contenção. Ele era um homem dividido entre o dever e o que sentia, e eu estava ali, presa no meio desse conflito interno.

No meio da dança, ele inclinou-se ligeiramente para mim, o suficiente para que suas palavras fossem ouvidas apenas por mim. "Você tem sido motivo de muitas conversas, Lady Lissara," ele murmurou, sua voz grave enviando um arrepio pela minha espinha. "Mas vejo que há mais em você do que os rumores sugerem."

Eu deveria ter respondido com algo cortês, algo que mantivesse as aparências, mas em vez disso, algo dentro de mim se rebelou. "Os rumores raramente revelam a verdade, Vossa Alteza," eu disse suavemente, sem quebrar o contato visual. "Eles apenas tocam a superfície."

Ele sorriu, um sorriso que não alcançou seus olhos, mas que revelou algo sobre ele. "Talvez um dia eu descubra o que está sob essa superfície," ele disse, sua voz carregada de uma promessa que me fez estremecer.

Mas antes que eu pudesse responder, a música chegou ao fim, e o momento se quebrou como vidro. Ele soltou minha mão e fez uma leve reverência, que eu retribuí com uma mesura graciosa, apesar da tempestade interna que suas palavras haviam causado. Ele se afastou, voltando para o lado de Lisbet, que o esperava com um sorriso sereno, alheia ao que havia acontecido.

Eu fiquei ali, no meio do salão, enquanto o burburinho da corte retomava ao meu redor. Mas dentro de mim, algo havia mudado. Aquele encontro, breve e cheio de tensão, havia plantado uma semente de sentimentos que eu sabia que não deveria nutrir. Mas era tarde demais. O desejo de conhecer mais sobre o príncipe, de entender o homem por trás da fachada, crescia dentro de mim, mesmo sabendo que ele estava fora do meu alcance.

Com o coração pesado e a mente cheia de pensamentos conflitantes, voltei para as sombras da corte, sabendo que aquela noite marcaria o início de algo que eu não podia controlar — algo que poderia me destruir ou me salvar.

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