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A Nova Vida de Pedro

Primeiro dia de aula

Pov Pedro

Era 01 de Fevereiro de 2016 e já deviam ser 7 horas da manhã mas eu continuava deitado na cama enquanto cobria meu rosto do lençol para proteger meu rosto da claridade que entrava pelas brechas da cortina.

- Pedro está na hora - disse minha mãe batendo na porta do quarto.

- So mais um minuto mãe deixa eu dormir mais um pouco - disse para ela enquanto mudava de posição por baixo do lençol.

- Pedro está na hora meu filho ! - Vamos nos mudar hoje - disse minha mãe tentando fazer eu sair da cama mas a preguiça tava me dominando.

Eu estava com muito sono pois não havia conseguido dormir muito na noite anterior.

Alguns minutos se passaram e minha mãe apareceu novamente no quarto mas desta vez ela desligou o ventilador e disse que era bom eu descer logo.

Eu ignorei a advertência de minha mãe e continuei deitado na cama sem perceber que alguém se aproximava sorrateiramente.

Eu estava embrulhado com um lençol de algodão e logo comecei a sentir calor e quando pensei em levantar e ir até o ventilador e o ligar novamente tomei um susto vendo que alguém estava em cima de cima.

- AAAAaa gritei me espantando vendo que a Bia estava em cima de mim

Bia era uma cachorrinha que usava óculos e pinces no nariz ,ela era metida a emo mas isso não combinava muito com ela.

Bia ficou rindo vendo que eu havia levado um baita susto enquanto eu tentava recuperar o fôlego e sentia o meu coração quase sacar para fora de minha boca

- Tu quer me matar ? - Perguntei para ela enquanto me acalmava.

- Eu quero mas de beijinhos - disse ela enquanto lambia o meu rosto todo , eu adorava aquilo.

- Feliz aniversário amigão - disse ela enquanto me apertava e me beijava.

Eu escutei mais algumas pessoas chegando ao meu quarto e eram os meus amigos

Meus amigos eram Marx o leão , um lobo guará chamado Tiago e uma tigresa chamada Nicole , eu tinha mais outros dois amigos mas eles não estavam no quarto.

- Tarannn feliz aniversário - disse Marx o leão trazendo um bolo de framboesa meu sabor preferido.

- Marx - obrigado - disse enquanto me sentava na cama e o leão trazia o bolo cheio de velas ascessas.

Os meus amigos começaram a cantar parabéns ali no quarto e na hora de dizer com quem eu ia ficar Bia disse que seria com ela e começou a me beijar na frente de todo mundo o que me deixou envergonhado.

- Bia por favor pare ! - dizia para ela envergonhado mas ela continuava enquanto todo mundo sorria , Bia parou de me beijar quando a mãe dela gritou - Bia o que você tá fazendo aí em cima ?

- Meninos desçam - gritou minha mãe e nós todos descemos.

- Não e bom um monte de menino ficar sozinho , eles fazem besteira - escutei minha mãe dizer isso enquanto a gente passava pela cozinha e ia para o enorme quintal de nossa casa.

O bolo que o Marx havia levado para mim era apenas o café da manhã, havia mais coisas sendo preparadas.

O enorme quintal de minha casa estava todo arrumado com várias pessoas ali presentes incluindo amigos e parentes.

Haviam poucos parentes e mais amigos e a maioria dos parentes já eram adultos.

Eu meti a mão em uns salgados que estavam sobre a mesa e os levei a boca e minha mãe apareceu e disse para mim ir tomar banho e foi o que fiz.

Enquanto ia tomar banho e passava pela casa vi meu tio irmão de minha mãe orientando alguns homens que tiravam nossos móveis da nossa antiga casa e levavam para um caminhão.

Com um pouco de tristesa via a hora de me mudar ficar cada vês mais e mais próxima

Entrei no banheiro e liguei o chuveiro, quase tudo já havia sido levado , os tapetes o espelho e os ascessorios da parede ,só testando apenas um sabonete na saboneteira e nada mais.

Eu liguei o chuveiro e a água começou a cair sobre os meus pêlos, eu costumava tomar banho com pressa mas naquela vez era diferente, eu queria aproveitar meu último banho naquela casa e queria sentir cada minuto da água caindo sobre os meus pêlos

Eu fiquei a sentir a água cair sobre os meus pêlos enquanto cheirava ao máximo o ambiente pois não queria esquecer aquele agradável cheiro de lavanda que aquele banheiro tinha.

Fiquei tão entretido no banheiro que sem perceber já haviam se passado 20 minutos e minha mãe bateu na porta dizendo para mim me apressar.

Desliguei o chuveiro e me sequei com a toalha em seguida vesti um calção e uma camisa novos e quando sai do banheiro minha mãe perguntou porque estava demorando tanto e Yuri um leopardo e meu tio ficaram com uma cara maliciosa como se eu estivesse fazendo algo errado no banheiro.

Yuri

Eu não respondi pois fiquei envergonhado com a insinuação visível no rosto dos dois.

Voltei ao quintal e me sentei com meus amigos em uma mesa embaixo de um enorme ipê cor de rosa , o ipê não estava florido pois o mês de estiagem já havia passado.

Eu queria me despedir dos meus amigos pela última vez por isso estava aproveitando cada minuto ao lado deles , eles gostavam de mim mas eu senti a falta de uma pessoa muito especial para mim mas essa pessoa não estava ali.

- A thomace não vem ? Perguntei para os meus amigos enquanto tentava ver ela no meio da multidão que chegava.

Meus amigos ficaram em silêncio pois sabiam que ela não ia querer vir.

Bia quebrou o silêncio e disse que ela não quiz vir porque não ia aguentar se despedir de mim.

- Mas a gente ia continuar se falando pelo celular e eu ia continuar vindo aqui as vezes - disse para Bia.

- Pedro , Você sabe como a Thomace e ,ela e muito emotiva ,ela acredita que você e a alma gêmea dela e  ela acha que você indo para longe dela , você vai encontrar outra garota e vai se esquecer dela - disse Marx o leão.

- Não, não vou - disse protestando , mas em parte a Thomace tinha razão em ficar com medo de me perder ,nos dois éramos hienas europeias e nossa raça a cada geração ia diminuindo.

- Eu tentei convencer ela a vir mas ela não quiz - disse Nicole a Tigresa.

- Eu vou até a casa dela e trazer ela para a festa - disse para os meus amigos enquanto me levantava da cadeira e atravessava o quintal.

- Ela não está em casa ,ela saiu para a casa de uma tia - disse Bia , mas eu não dei ouvidos e comecei a caminhar até a casa da Thomace enquanto todos me acompanhavam.

A casa da Thomace ficava a duas ruas de distância da minha e a rua da casa dela era de terra , não havia asfalto mas a rua era bem arborizada e as casas bonitas ,era uma rua cheia de chácaras . No período da estiagem era ruim ficar ali pois o vento levava muita poeira pelos ares, mas o período da estiagem já havia passado.

A casa da Thomace era uma chácara e ficava quase no final da rua , a casa era cercada por um enorme muro branco , eu apertei a campainha e ninguém atendeu e depois de mais alguns segundos apertei a campainha novamente.

- A thomace não está ! - disse a Tigresa enquanto eu ficava esperando que a Thomace aparecesse.

Havia um buraco no muro e eu olhei por este buraco mas não vi nada a não ser galinhas e patos ciscando no terreiro.

Eu vi a vizinha da casa ao lado sair e fui até ela perguntar se ela havia visto a Thomace.

- Thomace saiu hoje pela manhã com a tia - disse ela.

Eu voltei para casa um tanto triste , eu queria me despedir da Thomace pela última vez , eu gostava muito dela.

- Não fica assim Pedro , quando você voltar poderá encontrar ela - disse Bia me consolando.

-  Minha mãe veio morar aqui antes de eu nascer e meu pai ficou em Goiânia e eles ficaram dois anos se falando pelo celular,no final das contas o amor deles foi mais forte e eles estão hoje juntos - disse Marx o leão.

Voltei para casa um tanto desolado por uma pessoa tão importante para mim não está ali mas eu escutei o que Marx e Bia tinham me dito , eu ia continuar falando com a Thomace pelo celular e ia voltar as vezes até o dia que pudéssemos ficar juntos.

Quando voltei para casa vi minha cama sendo levada e colocada em um caminhão e a casa já estava praticamente vazia sem nenhum móvel e minha mãe veio até mim dizendo que estava na hora de cantar parabéns.

Fui para trás da mesa e novamente começaram a cantar parabéns para mim , naquele momento me sentia grato por está cercado de pessoas que me amavam tanto ,os meus amigos,minha família e aquela linda festa mas ao mesmo tempo eu sentia meu coração apertado eu ia embora daqui há algumas horas e eu gostava muito daquele lugar e não queria sair dali.

Logo em seguida tirei algumas fotos

Inclusive uma minha sorrindo

Depois das fotos nos conversamos ainda um pouco enquanto almoçamos e sentia a hora de partir ficando cada vez mais e mais próxima enquanto eu sentia que não podia fazer nada

Então o momento de partir chegou mas eu entrei em minha casa por uma última vez , estava sendo difícil se despedir do lugar em que eu havia crescido , eu caminhava pela casa vazia sozinho , ela estava tão estranha vazia - pensei , enquanto no mesmo momento várias memórias dos bons momentos que havia passado ali me vinham a mente a ponto de eu conseguir observar pela casa minhas melhores memórias acontecendo perante os meus olhos.

Subi as escadas e fui para o meu quarto vazio me imaginei deitado na cama enquanto Thomace fazia cossegas nas minhas patas mas a memória se desfez com minha mãe me chamando dizendo que estava na hora de irmos.

Eu desci as escadas e fui em direção a rua sem antes olhar pela última vez para dentro do lugar que foi o meu lar e sem fareijar bem o ambiente para que seu cheiro não ficasse esquecido.

Antes de entrar no carro abracei meus amigos pela última vez , Marx o leão me abraçou tão forte que quase senti minhas costelas quebrarem , Nicole não era muito afetiva e só me abraçou ,um abraço leve , Yuri disse se cuida cara ! , Rodrigo um lobo ibérico mordeu meu rosto como um sinal de carinho e Bia me lambeu todo e ficou me abraçando até eu entrar no carro.

Eu entrei logo no carro porque se despedir tava sendo difícil ,eu segurei minhas lágrimas na hora e enquanto o carro partia coloquei minha cabeça para fora e fiquei dando tchau para os meus amigos que ficavam para trás e ainda vi Rodrigo uivar enquanto eu partia , aquele uivo significava que alguém muito importante estava se indo.

Eu me ageitei no banco do carro enquanto minha mãe apertou minha mão , seria um novo recomendo mas longe dali.

Eu fiquei em silêncio a viagem toda enquanto o motorista dirigia e nos levava para cada mais e mais longe do lugar que um dia havia sido o meu lar.

Era 5 horas da tarde daquele mesmo dia e nós paramos em um ponto enquanto minha mãe e eu ficamos vendo os homens colocarem tudo dentro de um dos vagões de um trem e colocando cada móvel nosso com a letra do nome e sobrenome de minha mãe para os indentificar dos demais.

Colocamos os móveis no trem e depois entramos no mesmo ,ia ser uma viagem longa até o sul do Brasil , eu entrei no trem e fiquei olhando pela janela as paisagens enquanto o sol ia se pondo.

Minha mãe e eu adormecemos no trem ,acordando por volta das 1 hora da manhã do dia seguinte com um funcionário pedindo as passagens e nós as demos e o funcionário as checou e depois as devolveu para minha mãe e desejou boa viagem.

Nós voltamos a dormir sentados na poltrona e enrolados no lençol com minha mãe apoiando a cabeça sobre meu colo.

No dia seguinte ficamos o tempo todo sentados só nos levantamos para comer algo ou ir ao banheiro enquanto ficávamos vendo as paisagens pela janela do ônibus,as paisagens iam mudando gradualmente de um cerrado para uma vegetação mais verde de campos mais planos para Mares de morros

- Como as paisagens mudam quando se muda de região ! - Pensei enquanto observa as paisagens mudarem gradualmente.

A medida que chegsvamos em nosso destino as paisagens iam ficando cada vez mais cheias de cerras e morros , quando olhava para as cerras tinha a impressão que elas ficavam os céus.

E assim eu ficava ora vendo as paisagens,ora dormindo , comendo algo ,mexendo no celular ou conversando com minha mãe ,e o tempo foi passando mas a viagem continuava exaustiva e devia ser por volta do meio dia quando eu acabei dormindo.

Despertei do sono com o barulho de outra locomotiva passando perto da nossa e a nossa estava parada , eu sonolento me levantei e olhei pela janela e vi uma placa que apontava que São Paulo estava há alguns quilômetros e escutei um auto falante dizendo que a outra locomotiva ia partir.

O trem que eu estava começou a partir e foi se acelerando cada vez mais e mais e minha mãe dormia tranquilamente no ascento dela ,eu cobri ela para ela não sentir frio.

Olhei no relógio e eram 7:35 do dia 03 de Fevereiro, nos íamos chegar a nossa casa nova no dia seguinte e eu já desejava que esse dia chegasse logo pois eu já me sentia exausto da viagem.

Enquanto o trem avançava eu fiquei pensando nos meus amigos se despedindo de mim todos estavam lá ,menos Thomace o que fez meu coração ficar apertado mas o que o Marx me disse me consolava a gente ia ficar juntos um dia.

O dia passou devagar , foi tortuoso ,penante e chato ,tentava fazer de tudo para me destrair mas tudo estava sendo inútil.

Eu estava cansado mas não conseguia dormir , eu fiz um esforço para tentar cair no sono e nada , minha mãe foi até uma  farmácia dentro do trem e comprou um comprimido para mim dormir ,eu o tomei e depois dormi como um anjo só acordando no dia seguinte com minha mãe me balançando.

Eu sonolento vi minha mãe dizendo que a gente havia chegado no nosso destino ,eu Feliz disse sonolento finalmente e ela achou uma graça.

Não sei se estava sobre o efeito dos remédios ou estava muito cansado da viagem mas eu me sentia leve e meio desorientado enquanto acompanhava minha mãe orientar os caras que tiravam nossos móveis de dentro do vagão e os colocavam em outro caminhão,eu tentava me manter desperto mas não conseguia.

Eu nem me lembro os detalhes do que aconteceu a seguir só lembro de ter acordado naquele dia no meu quarto novo deitado na minha cama e enrolado no lençol.

Vi o celular e eram 5 horas da tarde , fui ao quarto de minha mãe e ela estava dormindo,olhei em volta a casa nova e está era bem menor mas era um pouco melhor do que a antiga mas eu senti falta da antiga casa.

Voltei a dormir acordando no dia seguinte, ia ser meu primeiro dia na escola nova e ia ser o primeiro dia de minha mãe no trabalho novo dela , nos tomamos café juntos e depois ela me acompanhou até minha escola nova.

A escola tinha uma fachada de tijolos vermelhos igual aquelas casas britânicas , era uma escola modesta por fora mas bem moderna por dentro , minha mãe me acompanhou até a secretária e eu como aluno novo fui buscar informação de onde seria minha sala nova e eu peguei a informação de que seria no segundo andar na sala B4.

Minha mãe me deixou ali e depois foi para o trabalho dela e eu fui procurar minha sala e eu logo tomei um choque de realidade, a maioria naquela escola ,era lobo , raposa e gato com algumas hienas diferentes de mim e eu como sou sensível percebi que o povo ali era mais sério e menos extrovertido.

Enquanto caminhava e subia as escadas em direção a minha sala tive a impressão de que algumas hienas me olhavam com um olhar torto e tive a impressão de ser encarado por um gato que me olhava torto.

Eu subi as escadas e notei que minha sala ficava no final do corredor e notei que havia um cachorro e uma hiena bem mau encarados que ficaram me encarando dos pés a cabeça.

Eu continuei caminhando em direção aos dois não permitindo que eles me entimidassem eu passei pelos dois e não sei qual dos dois colocou o pé e eu tropecei e eu caí em cima de um lobo cinzento.

O lobo parecia bem mau encarado e eu fui lobo pedindo desculpas com medo de apanhar.

- Da próxima vez olhe por onde anda ! - disse o lobo me pegando pelos ombros e me balançando e me levantando e me colocando de lado

O lobo foi caminhando enquanto olhou para trás me encarando.

Vi o lobo caminhar e vi que ninguém estava ficando no caminho dele ,ele passava e os outros saiam da frente.

Eu escutei algumas risadas debochadas mas não me importei peguei minhas coisas e fui para a sala.

As cadeiras de quase toda a sala estavam ocupadas e eu me sentei em uma cadeira colada na parede na última fileira.

Eu já me sentia meu ali logo no primeiro dia , estava sozinho em um lugar onde não tinha amigos.

Eu fiquei sozinho esperando a aula começar ,não quis me aproximar de ninguém pois eles pareciam bem arrogantes.

Escutei o sinal bater e os alunos voltarem para a sala de aula inclusive o lobo cinzento em quem havia tropeçado.

O lobo pegou suas coisas e se sentou na cadeira ao meu lado.

Primeiro dia de aula parte 2

Pov Pedro

Sentado na minha cadeira e sem ter coragem de levantar dela para falar com alguém escutei a sirene da aula tocar e a aula começar.

A professora entregou alguns segundos depois de a sirene tocar junto com outros alunos que faziam a maior algazarra se acomodando em suas cadeiras.

Enquanto alguns alunos entravam na sala de aula vi uma raposa vermelha entrar na sala de aula e procurar um lugar para se sentar mas a maioria das cadeiras já estavam ocupadas e só haviam algumas poucas cadeiras perto de onde eu e o rapaz que foi tirado da cadeira por aquele lobo cinzento em que havia esbarrado a pouco estávamos.

Tive a impressão que o lobo e a raposa se entreolharam entre si com a raposa desviando o olhar e ficando cabisbaixa por algum motivo.

A raposa se sentou do meu lado e como eu era novato não me senti a vontade em dirigir alguma palavra a ela mas ela por algum motivo fez um asceno para mim e eu retribui ,ouvindo logo em seguida alguns fuxixos maldosos das pessoas que estavam perto da gente.

- Qual o seu nome ? - Perguntou a raposa

- Pedro - respondi a ela

- Prazer eu sou Kate - disse a raposa se apresentando para mim.

- Prazer Kate - respondi sentindo minhas orelhas abaixarem sentindo vergonha

- Você e novo aqui ? - Perguntou a raposa

- Sim - respondi a ela.

Eu respondia tudo o que ela me perguntava mas eu estava me sentindo mau estando naquela sala , era como se algo dentro de mim estivesse me dizendo que vinha confusão para o meu lado e também me sentia mau pela forma como as pessoas me viam.

O cara que havia sido tirado da cadeira por walison o lobo ficava me olhando com aquela cara como se quisesse dizer você está entrando em uma fria enquanto isso ouvia algumas pessoas sorrirem e olharem na minha direção.

Eu abri a bolsa e tirei meu caderno enquanto começava a copiar o que a professora estava falando , a primeira aula era de geografia e ela estava falando sobre os tipos de clima e de paisagens

Kate retirou suas coisas e começou a copiar também enquanto o lobo cinzento que eu havia esbarrado ficava olhando de relance para trás e suas orelhas ficavam se mexendo para trás , ele estava de olho no que eu estava fazendo.

Eu estava começando a me sentir intimidado mas eu preferi pensar que nada tava acontecendo e continuei copiando.

- Você tem letras bonitas - disse Kate enquanto observa eu copiar.

- Obrigado - disse a ela e no mesmo momento escutei o lobo cinzento respirar fundo , era uma respiração de puro ódio.

O lobo estava copiando no caderno dele mas era possível ouvir a respiração de ódio dele enquanto ele escrevia com força no caderno , o lobo escrevia com tanta força que acabou quebrando a caneta com a pata.

- Wallison está tudo bem ? - Perguntou a professora vendo que o lobo estava prestes a explodir.

- Esta tudo bem - disse o lobo com um rosnado bem sinistro.

- Tem certeza ? Está prescisando de ajuda ? Perguntou a professora dando alguns passos em direção a onde Wallison estava.

- Eu já disse que tá tudo bem ! - disse o lobo gritando alto fazendo até mesmo a professora se assustar.

Todos na sala ficaram olhando na direção da professora e do lobo enquanto cuxixavam com caras debochadas e olhavam na minha direção e na de Kate.

Eu olhei uma expressão de arrependimento no olhar de Kate como se ela se sentisse culpada pelo que havia acabado de acontecer.

- Eu só presciso ficar sozinho ! - Disse Wallison se levantando e saindo da sala de aula.

Kate a raposa fez movimentos para se levantar e depois se sentou de volta na carteira onde estava.

A professora voltou a dar aula e depois colocou um vídeo sobre os tipos de vegetação e climas do Brasil e Wallison o lobo não apareceu mais na aula dela.

No final da aula a professora passou um trabalho para a próxima aula e pediu que nós reunisemos em grupos de cinco , Kate me convidou para entrar no grupo dela e como eu era novato e sozinho eu não recusei e entrei.

Wallison foi aparecer na sala de aula quando os dois horários de geografia acabaram ,ele estava com os olhos um pouco vermelhos como se tivesse chorado bastante e se sentou na sua carteira e tirou o celular do bolso e ficou vendo algo.

- Esta sendo difícil ele superar a Kate - disse uma loba para uma gata enquanto as duas sorriam com deboche.

Kate olhou para as duas com um olhar ameaçador enquanto as duas continuavam jogando indiretas para o lado dela.

Eu entendi tudo naquele momento o Wallison achava que a Kate estava a fim de mim ou que eu ia tomar ela ,mas eu só queria a amizade da Kate e eu era sozinho e ela que havia se aproximado de mim.

Wallison com os fones de ouvido e digitando algo no celular tentava ignorar tudo o que acontecia ao redor dele.

Minha terceira aula naquele dia foi aula de matemática e como eu era bom na matéria para mim foi moleza ,mas alguns alunos pareciam perdidos enquanto o professor dava uma aula sobre polinômios.

O professor explicava a aula enquanto Wallison com os fones de ouvido nas orelhas estava balançando a cabeça e quase cantando.

- Wallison guarde esses fones de ouvido - disse o professor que era um cachorro.

Wallison sorriu e continuou com os fones de ouvido.

- Wallison eu mandei guardar - disse o professor e Wallison contrariado retirou os fones de ouvido.

O professor virou as costas e voltou a explicar as aulas enquanto Wallison continuou com o celular sobre a pata mas sem os fones de ouvido e com uma música com uma letra bem baixo nível enquanto o professor dava aula.

- Wallison eu mandei você guardar - disse o professor enquanto Wallison aumentava ainda mais o volume.

- O que deu em você ? Perguntou o professor um pouco impaciente e Wallison aumentou ainda mais o volume do celular.

- Me der esse celular Wallison - disse o professor impaciente se aproximando da carteira do lobo.

Wallison fez um movimento com a cabeça como se não quisesse devolver o aparelho.

- Ou você me dar ou você sai dessa sala - disse o professor enquanto alguns alunos ficavam com caras maliciosas.

Wallison deu o celular para o professor ficando emburrado sentado na cadeira.

Eu estava sentindo um pouco de receio de aquilo sobrar para mim só por eu está no lugar errado e na hora errada.

O professor continuou a dar a aula dele e depois o sinal bateu indicando o horário do recreio.

Quando o recreio chegou todos saíram da sala mas como eu era novato eu fiquei lá e Wallison não saiu da sala de aula ficando eu e ele juntos ,só nos dois

Eu fiquei com medo de que ele pudesse fazer alguma coisa comigo ,eu fiquei praticamente imóvel sentado na carteira enquanto escutava Wallison respirar fundo bem irritado.

O horário bateu 20 minutos depois indica do o fim do recreio e o professor formou grupos de cinco e lá vinha outro trabalho de outra matéria.

O professor que escolheu formar os grupos me colocando no mesmo grupo de Wallison e com Kate no meio mas por algum motivo ele tirou a Kate do grupo que estava com o wallison e colocou a raposa no grupo da gata e da loba debochadas.

Eu fiquei cara a cara com Wallison pois o professor pediu que só mudassemos nossas carteiras de posição para formar círculos e como estava atrás de Wallison eu fiquei de cara para ele.

Wallison me encarou com seus olhos cor ambar de lobo e senti que aquele olhar feria minha alma , eu senti minhas orelhas ficarem baixas enquanto me sentia encolher na cadeira.

O professor passou várias baterias de atividades e ele pensou que se os alunos apresentassem trabalhos em grupos com a resolução dos problemas o aprendizado seria mais rápido , cada grupo pegou 8 diferentes  questões e teríamos que trabalhar em cima destas.

Wallison parecia não saber nada e não demonstrar o mínimo de interesse em nada enquanto os outros três integrantes não davam a mínima para o que estava acontecendo,eles só queriam que a aula acabasse logo.

Como eu era sozinho e queria me informar logo eu disse que ia criar um grupo de ZAP e pedi que eles me mandassem os números deles ,com baixo interesse e contra a vontade eles fizeram isso.

Os caras mau olhavam na minha cara ou na cara um do outro.

Naquele dia ainda tive mais dois horários de aula e no final da aula a Kate pediu o meu número para colocar no grupo do trabalho de geografia e o Wallison ao escutar aquilo se levantou de uma vez de sua carteira fazendo com que a mesa fosse ao chão fazendo um barulho ensurdecedor e caminhando levando tudo pela frente.

- Eu sinto muito - disse Kate para mim percebendo que sem querer havia me colocado em maus lençóis.

- A culpa não e sua - disse a ela

Kate saiu com uma amiga dela uma guaxinim e eu fui caminhando mais atrás das duas.

Enquanto caminhava pelo corredor sentia uma atmosfera pesada ao meu redor com alguns me encarando sem eu saber porque

Vi uma hiena comum que me encarava com tanto ódio no olhar e eu me perguntava o que tinha feito a ela.

Eu me senti pesado enquanto descia as escadas e a pessoa me encarava , já sentia muitas saudades da minha antiga casa e da minha antiga escola logo no primeiro dia.

Eu voltei para casa caminhando naquele dia enquanto caminhava vi um lobo guará caminhando e entrando numa fila para o ônibus.

O lobo guará era alto , magro , caneludo e meio desengonçado

O lobo guará estava bem destacado no meio de lobos e cachorros que estavam na fila e este ia bem desengonçado para dentro do ônibus tanto que pisou em falso em um dos degraus da escada indo ao chão

Eu achei aquilo engraçado e umas lobas que estavam na frente da escola se engavam de sorrir enquanto o desastrado lobo guará se levantava do chão.

Eu segui o meu rumo caminhando em direção a minha nova casa ia sozinho enquanto via algumas pessoas irem em grupo com seus amigos.

Senti alguém se aproximando de mim e era o Wallison o lobo , eu abaixei as orelhas quando ele se aproximou como se ele fosse me dar um cascudo mas Wallison continuou a caminhar indiferente a  minha presença.

Wallison foi caminhando na frente enquanto eu ia um pouco atrás dele.

Continuei caminhando com cautela enquanto ele ia na minha frente até o ponto em que vi Wallison seguir por uma estrada cheia de árvores e depois desaparecer , curioso olhei um pouco na direção em que ele caminhava e vi ao fundo uma casa bem simples um pouco ao longe de vista.

Continuei caminhando e cheguei em minha casa nova ,tirei as chaves dos bolsos e abri a porta , depois coloquei a bolsa sobre o sofá e peguei o celular

O celular estava cheio de notificação de mensagem no ZAP entrei no ZAP e vi que eram mensagens de meus amigos.

Bia e Nicole havia mandado várias mensagens para mim mas muitas se comparada as que Rodrigo e Marx me haviam mandado.

Meus amigos queriam saber como era minha casa nova , se eu gostava da minha casa nova , se eu havia feitos amigos etc.

Eu notei que de todas aquelas mensagens estava faltando as mensagens de uma pessoa a Thomace, não havia mensagens dela e o perfil do ZAP dela estava sem foto.

Mandei mensagem para a Thomace e ela visualizou as mensagens e eu fiquei esperando que ela respondesse mas depois de 4 horas ela não as respondeu.

Preocupado mandei uma mensagem para a Bia e para a Nicole perguntando o porquê a Thomace não respondia minhas mensagens e a Bia me mandou uma mensagem dizendo que a Thomace não havia ido para a escola naquele dia e que por algum motivo disse que ia me responder depois, eu fiquei o resto daquele dia esperando que ela me respondesse mas aquilo não aconteceu.

Pov. Narrador

Era 6:50 da tarde e o pai de Wallison chegava em casa depois de mais um dia de trabalho

Wallison ficou a tarde toda jogando gta pois tudo o que ele queria era encontrar uma maneira de esquecer Kate de uma vez por todas.

- Esta tudo bem Wallison ? - Perguntou o pai enquanto via o filho jogar vidrado na tela da tv.

- Esta sim - disse Wallison que continuou jogando enquanto ignorava a presença do pai.

O pai de Wallison cansado se sentou no sofá e tirou os sapatos depois foi para o quarto ,tirou as roupas e depois foi tomar banho.

Wallison estava com raiva do pai e continuou jogando para ver se a raiva passava.

Wallison continuou jogando por horas a fio mesmo quando o jantar já estava pronto e era servido na mesa.

- Wallison vem jantar - disse a mãe do lobo

- Não estou com fome - disse o lobo emburrado não largando o console.

- larga esse jogo - disse o pai.

- Eu não vou - disse Wallison que continuou jogando.

O pai de Wallison se levantou e foi até a sala puxando a tomada e desligando o jogo.

- vá jantar agora - disse o pai de Wallison e Wallison foi para a mesa.

A comida era carré cozida com arroz mas Wallison estava com pouca fome e se recusava a comer ou falar com os pais quando estes lhe dirigiam a palavra.

O pai estava odiando a atitude do filho que havia mudado muito com os dois.

- Eu e sua mãe vamos viajar semana que vem ,vamos viajar a trabalho e espero que você não traga aquela raposa para cá - disse o pai de Wallison enquanto o encarava nos olhos.

Wallison ignorou o que o pai lhe disse e encheu a boca de comida.

O pai de Wallison se sentia incomodado só pelo fato de Wallison não olhar na sua cara

- Quando você amadurecer mais você verá que o que seu pai fez foi para o seu bem - disse a mãe de Wallison.

- Wallison sentiu umas frases entaladas na garganta e sentia vontade de dizer mas por um minuto se conteve.

Wallison engoliu tudo de uma vez e tomou um copo de água e depois se levantou da mesa e ia voltar a jogar.

- Voce já jogou demais por hoje - disse o pai de Wallison dizendo que ia ver a tv.

Wallison virou as costas e foi para o quarto no andar de cima deixando o pai sozinho.

O pai de Wallison olhou para uma foto sobre o estante da tv sentindo saudades do tempo em que ele e o filho eram melhores amigos.

Wallison subiu as escadas e se trancou no seu quarto se deitou na cama e ficou vendo as fotos que ele e Kate tiraram juntos enquanto algumas lágrimas escorriam de seus olhos , Wallison derramou tantas lágrimas que acabou caindo no sono.

As 10 horas na casa de Pedro

Pedro estava vendo tv enquanto o celular ficava próximo a ele , Pedro as vezes ficava olhando o celular para ver se Thomace ia responder sua mensagem e assim ficou por várias horas até o horário de ir dormir , Pedro se deitou na cama e ainda deu uma última olhada no celular para ver se Thomace ia responder sua mensagem mas nada aconteceu.

Tomai guará

05 de Fevereiro de 2016

Pov. Tomai

Acordei naquele dia 05 de Fevereiro animado pois estaria de volta a escola e poderia rever meus amigos novamente , eu me sentia bem perto de meus amigos ,me sentia empolgado ainda mais perto da Daniele uma loba guará que se parecia comigo.

Daniele havia viajado durante as férias com a família dela e as vezes a gente se falava pelo celular mas isso não matava a saudade que sentia por ela e por isso estava tão animado para que as aulas voltassem logo para ver ela.

Na noite anterior eu quase não havia conseguido dormir direito só de tão ansioso que estava mas eu senti o sono me dominando pouco a pouco e dormi com uma imagem de Daniele surgindo na minha cabeça.

- Daniele ! - Naquele momento eu só pensava nela

Me sentindo animado me levantei da cama e depois peguei a toalha que estava empindurada na parede e depois escolhi uma roupa bem bonita para mim vestir naquele primeiro dia de aula.

Eu ainda de pijama pus a toalha sobre o ombro e levava a roupa para vestir dobradas sobre as patas enquanto ia caminhando na direção do banheiro.

Só havia um detalhe que eu havia esquecido a chave do banheiro havia se perdido e a porta só estava encostada e meu irmão estava lá tomando banho.

Eu me aproximei da porta do banheiro e sem bater na porta a empurrei revelando lá dentro meu irmão todo ensaboado.

Meu irmão ao ver a porta se abrir tomou um susto e deu um grito e eu também tomei um susto pois estava tão destraido que aquilo me pegou de surpresa.

- Bate na porta da próxima vez - disse meu irmão irritado e puxando uma toalha para se cobrir.

- Ok - disse para ele virando as costas enquanto ele ia até a porta e irritado a encostava novamente.

Eu um tanto envergonhado voltei para o quarto e fiquei esperando o Vitor meu irmão sair do banheiro.

Quando o Vitor saiu eu entrei no banheiro

Eu liguei o chuveiro e fiquei sentindo a água cair sobre mim ,fui pegar o sabonete para me ensaboar e o sabonete estava cheio de pêlos do Vitor

- Que nojo - disse eu retirando os pêlos de meu irmão que estavam grudados sobre o sabonete.

O Vitor tinha mais pelos que eu e os deles eram mais densos ,os meus eram mais ralinnhos e vermelhos e os dele eram cinzentos.

E eu percebi que havia pelos no banheiro todo inclusive nas paredes do banheiro, eu achava aquilo um pouco nojento mas eu não falava afinal ele era o meu irmão , mas eu preferia sempre usar o banheiro primeiro que ele.

Depois de me ensaboar todo liguei o chuveiro e a água levou todo aquele excesso de sabão e depois me enxuguei todo e voltei para o quarto.

Enquanto me arrumava dentro do quarto escuto minha mãe reclamar lá embaixo que o Vitor tava deixando toalhas espalhadas pela casa e ouço meu pai reclamar de que o Vitor não estava se enxugando direito e havia molhado a casa toda.

Era sempre assim as mesmas reclamações de sempre o Vitor era um pouco desleixado e as vezes preguiçoso.

- Vitor enxuga essas escadas tão tudo molhada isso é um perigo - disse meu pai.

Eu escutei o Vitor resmungando lá embaixo mas ele foi enxugar as escadas.

Enquanto isso eu terminava de me arrumar e como era um tanto vaidoso tirei uma foto

Eu olhei no relógio e vi que ainda tinha 40 minutos antes de a escola abrir , então sai do quarto e já ia descer as escadas quando vi o Vitor enxugando tudo.

Desci as escadas ia para a mesa tomar o café da manhã.

Chegando na cozinha minha mãe estava preparando o Nescau de minha irmã e meu pai estava vendo algo pelo celular

- Bom dia mãe ! - disse para ela e indo até onde ela estava e a abraçando.

- Bom dia pai - disse para o meu pai e depois me sentei sobre a mesa.

Meu pai e minha mãe não eram muito grandes como os outros membros da família deles e como eu tava crescendo eu estava cada vez mais ficando maior que eles.

Meu pai

Minha mãe

Eu me sentei a mesa e coloquei um pouco de café na xícara e peguei umas torradas para comer.

Minha mãe terminou de preparar o café de minha irmã e depois voltou a mesa com toda a família reunida no café da manhã e estava faltando só uma pessoa e essa pessoa era o Vitor o meu irmão.

Minha mãe havia preparado o Nescau de minha irmã e tinha deixado o papeiro sobre a mesa , havia ainda Nescau no papeiro mas o Nescau era de minha irmã e ela não gostava que ninguém pegasse ,o Nescau era só dela.

Vitor voltou para a mesa depois de ter enxugado as partes do piso que havia molhado e se sentou perto de meu pai , pegou uma xícara e colocou metade do Nescau de minha irmã dentro da xícara dele e depois pegou torradas do pratinho do meu pai e do meu.

Vitor fazia aquilo só para atentar

- O Nescau e meu - disse minha irmã protestando.

- Não e mais - disse meu irmão engolindo todo o conteúdo com sua enorme boca de lobo.

Minha irmã irritada jogou torradas na cara do Vitor e o Vitor como e rápido pegou a xícara da minha irmã e tomou todo o Nescau de uma vez.

- Pare Vitor - disse o meu pai irritado enquanto minha irmã começava a chorar.

- Você e tão infantil, Você não amadurece - disse minha mãe um tanto irritada com meu irmão.

Vitor era irritante as vezes e tirava qualquer um do sério.

Vitor ainda ficou rindo enquanto minha irmã chorava e como minha mãe já estava irritada disse para meu irmão se levantar logo e ir para a escola.

Meu irmão se levantou e depois ainda pegou mais duas torradas do prato do nosso pai que ficou irritado e tentou dar um beliscão no Vitor mas o Vitor sendo mais rápido se desviou.

- Um beijão na mãe - disse Vitor beijando nossa mãe na cabeça.

- Um abração no papai raposo - disse Vitor abraçando nosso pai pelas costas

- Um alô para a irmã bruxinha - disse Vitor bagunçando os pêlos de nossa irmã.

- Por fim um alô pro tomai guará - disse meu irmão pegando no meu focinho e eu odiava aquilo depois disso meu irmão saiu de casa e foi para a escola dele.

Meus dois pais eram de famílias bem misturadas de lobo , lobo guará e raposa vermelha e do cerrado.

Eles tiveram três filhos , eu o Jonathan e a Kássia.

Cada um de nós nascemos diferentes o meu irmão se parecia muito com um lobo cinzento.

Se parecia tanto que a gente até julgaria que ele não seria de nossa família, a minha irmã a Kássia se parecia com uma raposa vermelha e eu nasci parecido com um lobo guará.

Minha irmã ficou fazendo birra depois de o Vitor ter tomado todo o Nescau dela e minha mãe foi fazer mais Nescau para ela.

Eu voltei a terminar de tomar o meu café quando escutei alguém bater na porta.

- Vai lá tomai - disse o meu pai dizendo para mim levantar e ir abrir a porta.

- Vitor se for mais uma de suas brincadeiras - disse enquanto ia abrir a porta.

- Sou eu ! - disse Gustavo o meu amigo guaxinim.

- Oi Gustavo - disse para o Guaxinim meu melhor amigo.

- Bom dia ! - disse o guaxinim para os meus pais enquanto entrava na minha casa.

- Tomai como você cresceu nessas férias - disse o Guaxinim enquanto me analisava dos pés a cabeça.

- Voce já tomou café ? - Perguntou meu pai para Gustavo.

- Sim - disse o Guaxinim.

obrigado - disse o Guaxinim para os meus pais que haviam sido gentis com ele

- Voce não quer um pedaço de bolo de framboesa? - Perguntou minha mãe para o Gustavo.

- So na volta eu já estou atrasado - disse o guaxinim.

Eu olhei o relógio e vi que só faltava 10 minutos para a aula começar.

- Pai vou me atrasar - disse para o meu pai.

Meu pai começou a se apressar e deu um beijo na minha mãe e um na cabeça de minha irmã se despedindo das duas.

Gustavo e eu acompanhamos meu pai para fora de casa e entramos no carro.

- Droga! - esqueci a pasta em cima do sofá - disse meu pai.

- Vá lá buscar Tomai - disse meu pai e foi o que fiz.

Quando voltei para o carro estava faltando 7 minutos para a aula começar e pelo geito eu ia chegar atrasado.

O meu pai ia dirigindo pela avenida principal e ao longe meu pai viu um engarrafamento se formando e para tentar se livrar daquele engarrafamento ele virou por uma rua a direita.

- Pai vai mais devagar - disse para o meu pai que tava dirigindo um pouco rápido.

- Eu vou me atrasar - disse meu pai enquanto estava com as patas sobre o volante.

- Mas o Sr tá indo rápido demais! - disse a ele.

- Esta mesmo - disse Gustavo colocando logo os cintos de segurança.

Meu pai estava com pressa para sair de um engarrafamento e acabou entrando em outro.

- Ah não agora que vou chegar atrasado mesmo , olhei no relógio e estavam faltando só 2 minutos para a aula começar.

Meu pai ,eu e Gustavo ficamos por 7 minutos naquele engarrafamento e quando chegamos na escola estávamos atrasados em 10 minutos e chegamos no meio da primeira aula do dia.

A sala já estava cheia e metade dos alunos que estudavam comigo no ano anterior não estavam ali e logo percebi que a sala estava cheia de caras novas.

Gustavo e eu não pudemos ficar sentados um ao lado do outro e eu me sentei em uma carteira vazia da frente e Gustavo se sentou numa cadeira no fundo da sala.

Gustavo se sentou perto de uma puma que parecia ser uma garota novata.

Eu olhei em volta da sala de aula para ver se via a Daniele.

- Você perdeu alguma coisa aí atrás Tomai? Perguntou a professora.

- Não! - Respondi a ela

- Então vira e presta atenção na aula - disse ela

Eu me virei e comecei a prestar atenção na aula , a aula era de artes e a professora estava falando sobre o modernismo brasileiro.

Eu não prestei atenção nem na aula dela nem nas duas aulas que vieram a seguir eu queria que o recreio chegasse logo para mim poder me encontrar com a Daniele.

Quando a Sirene do intervalo começou a soar a primeira coisa que fiz foi procurar a Daniele ,eu vi uma bolsa parecida com a que Daniele usava no ano anterior e pensei que a bolsa era dela.

Gustavo o meu amigo saiu para comprar algo para a gente comer.

- Sera que a Daniele saiu sem eu perceber ? - Perguntei para mim mesmo enquanto esperava ela chegar.

Eu estava um pouco ansioso para poder encontrar a Daniele logo então sai da sala de aula.

Eu tentei procurar a Daniele na biblioteca onde ela costumava ficar mas ela não estava lá.

Então eu voltei para a sala de aula e vi que alguém estava mexendo na bolsa que parecia ser a da Daniele e está pessoa era uma puma com uma cara de poucos amigos.

- O que você tá fazendo ? - Perguntei enquanto me aproximava da puma que estava mexendo na bolsa.

- Oi ? Perguntou a puma se virando para me encarar.

- Porque você tá mexendo nas coisas da Daniele ? Perguntei para a puma que deixou a bolsa cair no chão.

- O que você tá falando , essa bolsa e minha - disse a puma irritada e me olhando nos olhos.

- Nao e - disse para a puma

- Qual e o teu poblema ? - Perguntou a puma chegando perto de mim.

Eu olhei novamente para a bolsa e notei alguns detalhes que a bolsa da Daniele não tinha aí percebi que a bolsa era da puma irritada.

- Desculpe - disse irritado para a puma que com raiva vinha caminhando na minha direção.

- Eu já estava com medo de apanhar e a puma vinha para cima de mim enquanto falava e apontava o dedo para mim em tom de ameaça.

- O que tá acontecendo aqui ? - Perguntou Gustavo o guaxinim quando entrou na sala de aula

- Eu pensei que aquela bolsa era da Daniele - disse enquanto apontava para a bolsa sobre o chão.

- Eu esqueci de te avisar mas a Daniele está estudando a tarde agora - disse Gustavo.

- O que ? Perguntei a ele

- Sim, foi mau cara - disse o guaxinim.

- Tu vai levar uns cascudos só por ter mechido comigo- disse a puma enquanto me pegava pela camisa e me levantava e como eu sou levinho ela conseguiu me levantar.

- Solta ele  - disse o Guaxinim enquanto a puma me segurava pela camisa e me sacudia.

Eu tava já pedindo desculpas para ela e para ela me por no chão mas ela não me largava.

- Solta ele - disse Gustavo puxando o braço dela.

- Cai fora lixoso - disse a puma dando um tapa atrás da cabeça do Guaxinim.

Eu ia apanhar ali mesmo mas no mesmo momento o horário bateu e a puma me largou.

Eu fiquei com a camisa toda esticada e voltei para a minha carteira.

Na saída eu comentei com Gustavo sobre aquela puma enquanto estávamos na fila do refeitório.

- Eu disse para ele que fiquei meio surpreso com ela porque ela era muito brava e forte.

Eu comprei umas batatas e eu e Gustavo fomos comendo as batatas até a saída da escola quando encontramos a puma zangada vindo caminhando na nossa direção.

- Ah não lá vem ela ! - disse baixinho para o Gustavo.

Eu me desviei da direção que ela estava vindo para deixar ela passar mas ela ainda desviou o curso e peitou em mim e meteu a mão no meu saquinho cheio de batatas levando uma enorme quantidade.

- Ei que isso ! - disse para ela enquanto ela caminhava para longe mas ela simplesmente não se importou.

- Parece uma monstra - disse para o Gustavo.

- E tão bonita - disse Gustavo enquanto olhava a puma  ir embora.

- So para você - disse um pouco irritado.

Enquanto eu caminhava para sair da escola tinha a impressão de estar um pouco desengonçado , talvez por eu ter crescido um pouco nas férias ,tinha a impressão que minhas pernas estavam me atrapalhando enquanto caminhava.

Gustavo foi comigo até o ônibus e quando eu fui entrar eu escorreguei e caí do último degrau do ônibus caindo de bruços no chão e uma multidão de gente viu fazendo eu ouvir um coro de gargalhadas principalmente de duas lobas que ficaram se engasgando de sorrir.

Sem olhar para trás me levantei do chão e tentei fingir que nada tava acontecendo e eu passei a catraca e me sentei perto do Gustavo que estava sorrindo também.

Depois de me sentar na cadeira do ônibus vi alguém vindo dentro do ônibus e era a puma.

A puma se sentou na cadeira a frente de mim e Gustavo e Gustavo animado saiu de perto de mim e foi se sentar perto da puma.

- Oi - disse Gustavo para a puma

A puma virou o rosto e o encarou como se quisesse dizer com  aquele olhar o que você quer seu insignificante?

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