Olá, leitoras (o), revisei está obra antes de seguir para o capítulo 21. O meu computador estragou e toda a história perdeu-se. Então recriei a história pelos rascunhos que havia escrito
Mas está sendo escrita com muito carinho para vocês.
Obrigada 🙏
😘😘😘
Alice Martins nunca imaginou que sua vida tomaria um rumo tão sombrio e imprevisível. Filha de pais honestos e batalhadores, ela cresceu acreditando no valor do amor e da verdade. No entanto, a morte repentina de seus pais a deixou devastada e sobrecarregada por uma montanha de dívidas. Aos 28 anos, sem emprego fixo e prestes a perder o pequeno apartamento onde morava, ela se viu encurralada. Não havia família para recorrer, e as portas pareciam se fechar a cada tentativa de recomeço. Foi então que uma proposta incomum chegou até ela — um casamento por contrato.
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Do outro lado da cidade, Victor Ferraz, um homem poderoso e acostumado a obter tudo o que queria, lidava com um problema diferente. Comandando o império milionário da família, Victor era constantemente pressionado pelo conselho da empresa e sua madrasta, Lúcia, para estabilizar sua vida pessoal. Ele precisava de uma esposa — não por amor, mas por conveniência. Os boatos sobre sua ex-namorada Renata, que alegava estar grávida dele, ameaçavam manchar sua reputação. Para proteger sua imagem pública e evitar que Lúcia tomasse ainda mais controle de sua vida, ele decidiu fazer algo impensável: casar-se com uma estranha.
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Quando Victor e Alice se encontraram pela primeira vez, a tensão no ar era palpável. Ele era frio e calculista, enquanto ela estava perdida entre a raiva e o desespero. O acordo era claro: casamento por um ano, com uma generosa quantia em dinheiro que liquidaria todas as dívidas de Alice. Em troca, ela teria que desempenhar o papel de esposa exemplar em público e manter as aparências na luxuosa cobertura de Victor. Não havia espaço para amor, apenas um contrato e benefícios mútuos.
"Você é louco, se acha que vou me casar por dinheiro," Alice sussurrou, encarando-o com os olhos arregalados, lutando contra o nó que se formava em sua garganta.
"Então fique com suas dívidas e perca tudo," ele respondeu com a mesma frieza, sem um traço de empatia. "Estou oferecendo uma saída."
Alice odiava a arrogância de Victor, mas odiava ainda mais a realidade cruel que a cercava. Ela não tinha escolha. No dia seguinte, assinou o contrato com mãos trêmulas, selando o destino que jamais imaginou viver.
A cerimônia foi rápida, sem festas ou convidados. Apenas documentos assinados e um jantar formal entre eles, marcado por olhares silenciosos e poucas palavras. Alice se sentia como uma prisioneira em um castelo dourado. Victor, por outro lado, estava acostumado a encarar pessoas como transações e não esperava que algo mudasse entre eles.
Nos primeiros dias após o casamento, Alice tentou se manter distante, mas havia algo em Victor que a atraía, apesar de toda a frieza. Ele era enigmático e perigoso, um homem que usava o poder para manter todos à sua volta sob controle, inclusive ela. Aos poucos, encontros ocasionais à noite, toques sutis e olhares prolongados começaram a provocar faíscas entre os dois. Um desejo crescente, impossível de ignorar.
Mas a sombra de Renata e Lúcia pairava sobre o casal, ameaçando destruir a frágil convivência que começava a se formar. Renata, obcecada por Victor, não desistiria tão facilmente. Lúcia, por sua vez, via no contrato de casamento uma oportunidade para manipular o enteado e afastar de qualquer sentimento verdadeiro.
A tensão entre Alice e Victor crescia, tanto pelo desejo que insistia em se manifestar quanto pelos segredos que ele escondia. Alice sabia que estava entrando em um jogo perigoso, onde tudo parecia um blefe. A frieza inicial de Victor era uma máscara, e ela sentia que por trás daquela fachada havia um homem ferido e cheio de cicatrizes. Ao mesmo tempo, não podia ignorar o medo crescente de se perder em algo que jamais foi real — um amor que, ao nascer de um acordo sombrio, poderia ser apenas mais uma ilusão.
E quando Alice descobre que está grávida, tudo muda. Agora, com duas vidas crescendo dentrnuma, ela se vê em uma encruzilhada: lutar para conquistar o coração de Victor e encontrar o verdadeiro amor ou abandonar o casamento sombrio antes que ele a destrua por completo.
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Alice Martins: Uma jovem inteligente, de 28 anos, formada em Direito. Está afundada em dívidas após a morte dos pais e é forçada a aceitar o casamento por contrato. Ela tem uma personalidade forte, mas guarda medos internos.
Victor Ferraz: Um CEO milionário, frio e manipulador. Herdou o império dos Ferraz e é conhecido por nunca se apegar a ninguém. Esconde segredos do passado e vê no casamento com Alice uma solução conveniente.
Lúcia Ferraz: Madrasta de Victor, invejosa e cruel. Não quer que o enteado seja feliz e faz de tudo para destruir o casamento.
Renata: Ex-namorada de Victor, obcecada por ele. Finge estar grávida para mantê-lo por perto.
Cauã Almeida: Melhor amigo de Alice e seu apoio emocional. Nutre sentimentos por ela, mas guarda em silêncio por respeito.
Beatriz: Amiga fiel de Alice. Ajuda a protagonista nos momentos mais difíceis.
Alice estava sentada na pequena mesa da cozinha, encarando uma pilha de contas atrasadas. Luz, água, aluguel... As dívidas se acumulavam, e a pressão esmagava sua mente. Com os pais mortos e nenhum emprego fixo, ela estava à beira de perder o único lugar que ainda a conectava com a memória deles: o minúsculo apartamento onde cresceu. Seus dedos tremiam ao abrir uma nova carta de cobrança. Sentiu os olhos arderem, mas segurou o choro. Não havia mais lágrimas para desperdiçar.
— Não posso perder isso também… — sussurrou para si mesma, como se tentar acreditar fosse suficiente para manter tudo de pé.
Foi nesse momento que seu telefone tocou. Uma mensagem breve de um número desconhecido:
"Victor Ferraz deseja falar com você. Compareça amanhã às Dez no endereço indicado."
Alice franziu a testa. Quem era Victor Ferraz? O nome não lhe dizia nada, mas o tom da mensagem não deixava espaço para recusa. Com o desespero batendo à porta, ela decidiu comparecer. Não tinha mais nada a perder.
No escritório de Victor Ferraz
O lugar era impecável, moderno e intimidante. Alice entrou nervosa, apertando a alça da bolsa enquanto uma recepcionista a guiava até a sala de reuniões. As paredes de vidro refletiam o sol da manhã, mas o ambiente parecia frio, inóspito. Assim que a porta se abriu, ela deu de cara com ele. Victor Ferraz era alto, com feições esculpidas e uma aura perigosa que fazia qualquer pessoa à sua volta se sentir pequena. Vestia um terno escuro impecável, e seus olhos claros, avaliaram Alice como se estivesse calculando cada fraqueza dela.
— Srta. Martins, — ele cumprimentou, com um leve sorriso que não alcançava os olhos. — Obrigado por vir.
Alice sentou-se à frente dele, tensa.
— Por que estou aqui? — perguntou, tentando esconder o nervosismo na voz.
Victor se inclinou levemente para a frente, cruzando os dedos sobre a mesa de madeira polida.
— Preciso de uma esposa. E você precisa de dinheiro.
Alice piscou, confusa.
— Como é?
— Um casamento por contrato — Victor continuou, direto. — Você será minha esposa durante um ano. Em troca, suas dívidas serão pagas, e eu lhe darei uma quantia suficiente para recomeçar sua vida quando o acordo terminar.
Alice o encarou, incrédula. Aquilo era um pesadelo surreal.
— Por que eu? — murmurou. — Não entendo.
— Porque você não tem nada a perder — Victor respondeu, implacável. — E porque preciso de alguém que não tenha laços complicados. Alguém que desapareça sem deixar rastros ao final do acordo.
Alice sentiu o peso das palavras dele como um soco no estômago. Ela queria se levantar e sair dali. Mas, ao mesmo tempo, a proposta ressoava com uma perversidade tentadora. Todas as suas dívidas, sua angústia, o peso esmagador de sua realidade... tudo poderia desaparecer com uma simples assinatura.
— E o que eu preciso fazer? — perguntou, com um fio de voz.
Victor deu de ombros, como se fosse a coisa mais simples do mundo.
— Você só precisa desempenhar o papel de esposa. Ser vista comigo em eventos, sorrir para as câmeras, e nada mais. O casamento é uma formalidade para proteger meus interesses.
Alice sabia que ele escondia algo por trás daquela fachada calma. A proposta era mais perigosa do que parecia, mas a perspectiva de alívio imediato era irresistível.
— E se eu recusar? — arriscou.
Victor a encarou por um instante, seus olhos implacáveis.
— Não haverá outra oferta. E suas dívidas continuarão crescendo.
O silêncio entre eles se alongou, tenso e pesado. Alice sentiu a garganta seca.
— Quanto tempo eu tenho para decidir? —
Victor sorriu, com um sorriso frio e afiado.
— Não muito. Você decide agora.
Alice olhou para a janela atrás dele, observando a cidade lá fora. Cada caminho parecia uma estrada fechada, exceto este. Inspirou fundo e fez a escolha mais arriscada de sua vida.
— Eu aceito.
Victor não mostrou surpresa nem alívio. Apenas pegou uma pasta preta e a empurrou na direção dela.
— Assine aqui, — ele disse, indicando a última página do contrato.
Alice pegou a caneta com mãos trêmulas. A tinta parecia pesar uma tonelada enquanto deslizava pelo papel. Ao assinar seu nome, ela selava o pacto sombrio que mudaria sua vida para sempre.
Victor pegou o contrato de volta, examinando-o com cuidado, e então se levantou.
— Ótimo. O casamento será discreto e rápido. Não haverá cerimônia pública.
Alice sentiu um calafrio percorrer sua espinha.
— E depois? O que acontece?
Victor a encarou por um momento, com os olhos claros frio como abismos.
— Depois, Srta. Martins, você entra no jogo.
Alguns dias depois – A cerimônia discreta
Alice encarava o vestido longo de seda que Victor havia mandado entregar no fim da manhã. Era um azul profundo, sofisticado, exatamente o tipo de peça que se usaria em eventos sociais da alta sociedade. Mas, para ela, vestir aquilo era como colocar uma máscara.
Aos poucos, o dia foi passando sem que Alice conseguisse espantar o desconforto que crescia dentro de si. A tensão não era apenas por estar casada com um homem que mal conhecia, mas pela incerteza do que estava por vir. O relógio marcava 18h30 quando ela começou a se arrumar. Passou maquiagem com cuidado, ajeitou o cabelo e vestiu o traje imaculado. O reflexo no espelho lhe devolveu uma mulher que parecia segura e elegante — uma mentira cuidadosamente construída.
Quando o relógio marcou 19h, Victor apareceu na porta do quarto. Usava um terno perfeitamente alinhado, o olhar neutro de sempre.
— Pronta? — perguntou ele, com um breve olhar avaliador.
Alice fez que sim e pegou a bolsa. Por um momento, seus olhares se cruzaram, mas Victor desviou antes que ela pudesse interpretar qualquer emoção. Aquele homem era um enigma, envolto em uma camada espessa de frieza e controle.
Eles desceram juntos até o carro, onde o motorista os aguardava. O silêncio entre eles era quase palpável. Alice tentou controlar a ansiedade, mas, ao se acomodar no banco de couro macio, não resistiu a quebrar o silêncio.
— O que exatamente vai acontecer nesse evento? — perguntou, tentando soar indiferente.
Victor a olhou de soslaio, como se já esperasse a pergunta.
— É um coquetel beneficente. Muitos empresários estarão lá, então é uma oportunidade para reforçarmos a imagem que queremos passar.
Alice soltou uma risada seca.
— Então, vamos vender uma mentira. Mais uma.
— Exatamente — respondeu ele sem emoção, como se não houvesse espaço para discussões.
O carro parou em frente ao hotel luxuoso onde aconteceria o evento. Victor estendeu a mão para Alice enquanto ela descia do veículo, e a sensação da mão dele na sua pele a fez estremecer. Não havia calor naquele toque, apenas formalidade.
— Sorria — murmurou ele ao pé do ouvido, a expressão séria. — Não precisa ser verdadeiro, apenas convincente.
Alice engoliu em seco, sentindo-se mais vulnerável do que gostaria. Entraram juntos no salão iluminado, onde uma orquestra tocava suavemente e os convidados já se aglomeravam em pequenos grupos. Assim que eles cruzaram a entrada, vários olhares se voltaram para eles.
Victor se movia com facilidade pelo ambiente, como se fizesse parte daquele mundo desde sempre. Segurou a mão de Alice, e ela sentiu o peso do papel que deveria desempenhar ali.
— Sr. Ferraz, que surpresa vê-lo aqui! — exclamou um homem mais velho, com um sorriso largo. — E esta deve ser sua esposa.
Victor apertou a mão do homem e lançou um olhar rápido para Alice, sinalizando para que ela entrasse no jogo.
— Sim, esta é Alice — disse Victor, com a voz controlada. — Acabamos de nos casar.
O homem abriu um sorriso ainda maior.
— Parabéns! Que casal maravilhoso. Desejo-lhes toda a felicidade do mundo.
Alice sorriu educadamente, como se aquelas palavras não lhe causassem um nó na garganta.
Enquanto as horas se arrastavam, Alice percebeu que Victor cumpria seu papel com precisão cirúrgica: apresentava-a a todos, trocava poucas palavras e deixava claro que, apesar do casamento recente, ele continuava sendo o mesmo homem de negócios implacável.
— Você está indo bem — murmurou Victor em um momento, enquanto pegava duas taças de champanhe. — Só mais um pouco e sairemos daqui.
Alice aceitou a taça e tomou um gole grande, na esperança de acalmar os nervos. O champanhe era delicioso, mas não aliviava a sensação de estar presa em uma peça teatral interminável.
— E depois disso? — perguntou ela, tentando manter a voz estável. — Quanto tempo vamos continuar com essa farsa?
Victor a olhou de maneira calculada, como se estivesse escolhendo as palavras cuidadosamente.
— Até que não seja mais necessário — respondeu ele, enigmático.
Alice sentiu um frio na espinha. A ideia de não saber quando aquilo terminaria a deixava ainda mais inquieta.
De repente, uma mulher alta e elegante se aproximou, os olhos fixos em Victor. Seus lábios se curvaram em um sorriso familiar e cheio de intenção.
— Victor... não sabia que você tinha se casado — disse a mulher, com uma voz doce, mas carregada de malícia.
Alice não perdeu a tensão súbita no corpo de Victor. Ele apertou levemente a mão dela, como se fosse um aviso para que não demonstrasse nada.
— É verdade, Diana — respondeu ele, com frieza. — Alice, esta é Diana Martins, uma... conhecida antiga.
Alice percebeu a hesitação nas palavras de Victor. Diana estendeu a mão para ela com um sorriso que não chegava aos olhos.
— Prazer em conhecê-la, Alice. Espero que cuide bem do Victor.
Alice apertou a mão da mulher, mantendo o sorriso falso que já começava a se tornar natural.
— Não se preocupe, estou fazendo o meu melhor.
Diana soltou uma risada leve, mas o olhar carregado de provocação deixou claro que aquele encontro não havia terminado ali. Alice sentiu um desconforto crescente. Diana parecia ser mais do que uma simples conhecida de Victor.
Assim que a mulher se afastou, Alice virou-se para Victor, sem conseguir esconder a curiosidade.
— Quem é ela, exatamente?
Victor desviou o olhar, os traços rígidos como uma máscara.
— Ninguém importante.
Alice estreitou os olhos, desconfiada, mas decidiu não insistir. Sabia que, por mais que perguntasse, não conseguiria arrancar nada de Victor. A muralha ao seu redor era intransponível.
— Vamos sair daqui — disse ele, oferecendo o braço para ela.
Alice o acompanhou, sentindo-se exausta, como se tivesse corrido uma maratona emocional. No caminho de volta para a cobertura, o silêncio no carro era ainda mais opressivo do que antes. Ela se perguntava quantos segredos mais aquele homem carregava.
Quando finalmente chegaram, Victor a deixou na porta do quarto.
— Descanse. Amanhã teremos mais um evento.
Alice o observou se afastar, e a sensação de solidão voltou a envolver seu peito. A cada passo que Victor dava, ela tinha mais certeza de que aquele casamento era apenas o começo de uma jornada sombria e cheia de mistérios.
Alice respirou fundo e fechou a porta, ciente de que precisaria ser mais forte do que jamais imaginou para sobreviver ao que estava por vir.
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