Me chamo Lívia e, desde que me entendo por gente, carrego no coração uma mistura de sentimentos que nunca soube explicar direito. Moro em Florença, uma das cidades mais belas da Itália, com suas ruas estreitas e charmosas, carregadas de história e arte. Aqui, o passado e o presente se entrelaçam de forma quase mágica, mas, para mim, é onde reside também a confusão do meu próprio destino.
Minha família sempre viveu bem, sem excessos, mas com conforto. A casa onde moro é o reflexo de quem somos: bonita, discreta e acolhedora, com uma fachada de pedra e janelas floridas que dão vista para o jardim mais bonito que minha mãe insistiu em cultivar ao longo dos anos. Cada canto desse lugar guarda uma memória especial, um pedaço de mim que nunca quis compartilhar com ninguém, até Lucas.
Lucas Montenegro foi uma constante em minha vida, mas nunca de uma forma simples. Ele é filho de uma das famílias mais influentes da cidade, dono de uma elegância natural que faz qualquer um se perguntar como pode alguém ser tão perfeito sem esforço. Mas para mim, ele sempre foi mais que isso. Ele era o garoto que me fazia perder o ar com um simples sorriso, o homem que cresceu ao meu lado sem nunca perceber o quanto eu o amava, sempre me tratou como amiga.
No entanto, ele sempre esteve fora do meu alcance. Desde os tempos de escola, quando ele apenas me via como a filha dos amigos dos meus pais, até os anos de faculdade, quando Francine, minha prima, entrou em sua vida. Francine... só de pensar nela meu peito se aperta, somos primas mas nunca fomos amigas.
Francine é tudo o que eu não sou: fútil , manipuladora, possessiva, controladora e ambiciosa. Ela se mudou da França, quando meus tios abriram um restaurante aqui em Florença e ela trouxe consigo uma aura que pareceu enfeitiçar Lucas. Durante anos, ela se tornou o centro da sua atenção, ele se apaixonou por ela. Lucas é leal, talvez até demais, e foi isso que Francine usou contra ele.
Foram anos... Longos anos em que ela o manteve preso em uma teia de mentiras e chantagens emocionais e acreditava fielmente em tudo que ela dizia. Francine fingia ser frágil, delicada, sempre doente ou emocionalmente abalada. E ele, na sua bondade infinita, acreditava em cada lágrima, em cada pedido de ajuda. Ela dizia virgem, usava isso como arma, prometendo a ele o que nunca tinha a intenção de cumprir. Na verdade, ela tinha um caso há anos com outro homem, alguém que faz parte da sua adolescência, hoje ele está terminando o curso de medicina e faz residência em um hospital renomado em Paris.
Eu sabia disso. Todos sabiam. Mas Lucas, na sua ingenuidade, e extremamente apaixonado, nunca enxergou a verdadeira Francine.
A nossa história começou a mudar na festa de 70 anos de Dona Ester, avó de Lucas. Foi uma noite grandiosa, cheia de glamour, mas também de revelações. Eu fui à festa sem muitas expectativas, apenas para comemorar com a família Montenegro, que sempre foi tão próxima da minha, pois nossos pais eram parceiros de negócios. Escolhi um vestido simples, rosa-claro, porque queria me sentir bonita, mesmo que só para mim mesma.
Francine, por outro lado, estava radiante em um vestido que parecia feito para chamar atenção. Ela era o centro das atenções, como sempre, mas naquela noite havia algo diferente em seu olhar, algo calculado. Eu não sabia, mas ela tinha um plano. Um plano perverso...
Ela queria que Lucas acreditasse que era o primeiro homem dela. Para isso, pagou um dos colegas de faculdade dele para adulterar sua bebida. A intenção era simples e cruel: fazer parecer que eles haviam passado a noite juntos, e assim ela faria seu drama habitual se fazendo de vítima, alguém que perdeu a inocência e assim forçaria o casamento com Lucas. Mas o destino, como sempre, tinha outros planos.
Aquela noite mudou tudo. No quarto de hóspedes, enquanto o mundo girava ao redor de Lucas sem controle, eu vi um lado de Lucas que nunca tinha visto antes: vulnerável, humano, completamente entregue a algo que nem ele entendia. Foi nesse caos que ele finalmente olhou para mim de verdade, pelo menos eu acreditei, como se enxergasse algo que sempre esteve ali, mas que ele nunca havia notado.
Eu não sei o que o futuro nos reserva. Francine ainda está lá fora, conspirando, manipulando, tentando desesperadamente agarrar algo que nunca lhe pertenceu. Mas naquela noite, no silêncio daquele quarto, eu senti que, pela primeira vez, Lucas e eu estávamos no mesmo lugar, no mesmo momento.
E foi ali que tudo começou.
Essa história não será apenas sobre amor ou sobre o quanto duas pessoas podem se conectar apesar das circunstâncias. É sobre lutar contra tudo que nos impede de sermos quem realmente somos. É sobre encarar as sombras do passado e, finalmente, encontrar a luz.
Eu sou Lívia, e esta é a história de como um amor que parecia impossível encontrou seu caminho.
Lívia Vancouver
Voltar à minha rotina de estudos e agora na faculdade era algo que eu esperava ansiosamente. Começar o curso de Medicina, finalmente, era um sonho que se tornava realidade, como um raio de luz em meio à escuridão. Mas, ao mesmo tempo em que a empolgação pulsava dentro de mim, uma sombra de apreensão pairava no ar. Eu não fazia ideia de que o destino reservava uma surpresa para o meu primeiro dia no campus, uma surpresa que poderia mudar tudo.
Enquanto caminhava pelos corredores, me sentia um pouco deslocada, como se estivesse flutuando fora do meu corpo. O ambiente era enorme, repleto de pessoas que pareciam tão determinadas quanto eu. Riam, conversavam e compartilhavam suas expectativas sobre o futuro. No entanto, em meio a toda aquela agitação e barulho ensurdecedor, um rosto conhecido surgiu entre a multidão e meu coração quase parou. Era Lucas.
Lucas Montenegro.
Ele estava mais lindo do que eu me lembrava. Alto, atlético, o tipo de homem que fazia qualquer mulher virar o pescoço para olhar. Seus olhos claros brilhavam com aquele charme inconfundível que sempre me deixou sem palavras. E o sorriso... Ah, o sorriso! Eu tinha sonhado tantas vezes com aquele sorriso que agora parecia mais deslumbrante do que nunca, capaz de iluminar até os dias mais sombrios.
— Lívia? É você? — ele perguntou, surpreso, enquanto se aproximava.
— Lucas! — minha voz saiu quase como um sussurro, carregada de emoção e lembranças.
Ele me olhou de cima a baixo, como se tentasse encaixar a garota que ele conheceu anos atrás à mulher que estava diante dele agora. Meu cabelo castanho caía em ondas sobre os ombros e, embora eu nunca me considerasse espetacular, sabia que tinha mudado. Meus traços estavam mais definidos e minha postura demonstrava a confiança que adquiri com o tempo. A vida havia me moldado em algo diferente e melhor.
— Você está... incrível — ele disse com sinceridade, e meu coração pareceu derreter sob aquele olhar intenso.
Tentei disfarçar o rubor que tomou conta do meu rosto, mas era impossível. A verdade é que eu nunca deixei de sentir algo por Lucas. Na escola, eu sempre o admirava de longe, meu coração dispava toda vez que o via, ele sempre foi gentil comigo; mas a diferença entre nós era imensa. Ele era popular e desejado por todos, enquanto eu era apenas, a garota tímida, a prima tímida da Francine.
Francine Nolasco
Francine também estava na faculdade. Ela cursava Administração e parecia ainda mais fútil e esnobe do que antes. Sua presença sempre me incomodou, ela era como uma espinha irritante na pele; mas eu tentava relevar—afinal, éramos família,sua mãe era irmã do meu pai. Tão irritante e fútil quanto a filha.
E então veio a bomba: Lucas e Francine estavam namorando. A notícia foi como um soco no estômago, deixando-me sem ar por um instante. Ela era bonita, com seus cabelos cacheados perfeitamente arrumados e sua postura confiante; mas o que sempre me afastou dela era seu caráter egocêntrico e manipulador. Francine via Lucas mais como uma oportunidade do que como um parceiro verdadeiro.
— Você soube que eles estão juntos, não é? — Amanda, minha melhor amiga e confidente, perguntou enquanto caminhávamos pelo campus.
— Sim... — tentei soar indiferente; mas Amanda me conhecia bem demais para acreditar nisso.
Naquela mesma tarde nos encontramos novamente na biblioteca. Eu estava folheando um livro de anatomia quando ele se sentou ao meu lado com aquele jeito despreocupado que sempre amei.
— Então, como está sendo o início do curso? Medicina parece difícil — disse Lucas casualmente, mas havia um brilho curioso em seus olhos claros.
— É desafiador... mas eu amo — respondi tentando manter a compostura enquanto meu coração disparava ao sentir seu perfume familiar misturado ao aroma dos livros antigos ao nosso redor.
Conversamos por alguns minutos e eu não pude deixar de notar o quanto ele havia mudado. Lucas estava mais maduro agora; havia um ar responsável nele que antes não era tão evidente. Mesmo assim, sua essência continuava a mesma: ele ainda tinha aquele jeito cativante de fazer qualquer um se sentir especial.
Mas sempre que olhava para ele, não podia ignorar a sombra de Francine pairando sobre nós; ela observava nossa interação com aqueles olhos fulminantes cheios de desdém disfarçados. Ela era um lembrete constante de que Lucas estava fora do meu alcance—um desejo inalcançável numa vida repleta de obrigações acadêmicas e sonhos não realizados.
Minha família era simples: meu pai advogado trabalhava na empresa dos Montenegro; minha mãe era arquiteta na outra empresa da família do Lucas administrada por sua mãe. Meus pais eram unidos e sempre me apoiaram nos meus sonhos; eles mostraram-me o valor do esforço e da dedicação. Já a família Montenegro era diferente: ricos e influentes demais para serem compreendidos por alguém como eu. A mãe de Lucas parecia desdenhar da superficialidade da Francine; talvez ela visse o que todos viam: a falta de sinceridade nos olhos dela.
Enquanto isso, eu lutava contra os sentimentos confusos dentro de mim: parte da minha alma queria gritar para Lucas tudo aquilo que sentia; outra parte queria protegê-lo da confusão emocional em que eu poderia envolvê-lo se fosse sincera sobre meus sentimentos.
— Foi bom te encontrar de novo, Lívia — disse Lucas antes de sair da biblioteca.
Fiquei parada ali por alguns instantes observando-o se afastar lentamente enquanto meu coração se despedaçava em mil pedaços diferentes entre felicidade por tê-lo perto novamente e dor por saber que ele pertencia a outra pessoa—alguém tão superficial quanto uma bolha prestes a estourar.
Naquele momento silencioso entre os livros empoeirados prometi a mim mesma guardar meus sentimentos em segredo; Lucas parecia feliz ao lado dela e eu não queria ser a causa de qualquer confusão em sua vida já tão complicada. Mesmo assim, uma parte pequena dentro de mim não podia deixar de se perguntar: E se o destino estivesse nos dando outra chance?
Eu esperava do fundo do meu coração que sim! Não sabia como ou onde; mas lá no fundo da minha alma inquieta havia uma chama acesa—a esperança silenciosa de um dia ter minha chance ao lado dele novamente…
Desde que voltei a conviver com Lucas, um turbilhão de emoções tomou conta de mim. Cada encontro, cada olhar trocado, era como um choque elétrico que percorria meu corpo. Eu sempre o observava de longe, em silêncio, enquanto ele andava ao lado de Francine, com aquele olhar apaixonado que eu já conhecia bem. Ela sempre tão confiante, tão calculista e dominadora. Eu conhecia minha prima melhor do que ninguém, e quanto mais via o jeito como ela manipulava Lucas, mais meu coração se apertava.
Estava sentada dentro do meu carro próxima à entrada da faculdade, folheando distraidamente um livro de anatomia. As páginas estavam cravadas de anotações e sublinhados, mas meus olhos não conseguiam se concentrar nas palavras. Meu olhar estava fixo neles. Francine tinha um sorriso largo nos lábios, mas eu sabia que aquilo era apenas uma fachada; um disfarce bem ensaiado para ocultar suas verdadeiras intenções. Lucas carregava uma expressão que eu reconhecia: o olhar apaixonado, mesmo cansado, ele disfarçava com um sorriso.
— Lucas, querido, eu te disse que esse relógio não combina com você — ela disse, puxando o pulso dele com uma delicadeza que parecia mais possessiva do que carinhosa. — Vamos trocar amanhã. Posso escolher algo mais sofisticado.
Lucas riu sem dar muita importância, mas parecia realmente achar graça.
— Francine, é só um relógio. Não precisa de tanto alarde. Eu gosto dele; foi um presente da minha avó.
— Claro que precisa! Você é um Montenegro; precisa estar sempre impecável e esse relógio parece um de banca de camelô! — Ela cruzou os braços e lançou aquele olhar que eu conhecia bem, o mesmo que usava quando queria tudo ao seu modo.
Lucas suspirou e passou a mão pelos cabelos sem se importar com suas palavras. Enquanto eu os observava, um misto de tristeza e admiração me dominava. Desde o ensino médio, eu guardava sentimentos por Lucas. Ele sempre foi o tipo de pessoa que iluminava qualquer ambiente. Popular, gentil e com aquele sorriso que parecia arrancar suspiros de todas as garotas da escola. Mas para mim, ele era mais do que apenas bonito; ele era doce, atencioso e genuíno. Nunca percebeu o impacto que causava nas pessoas.
Quando estávamos no colégio, eu costumava me esconder nos cantos, tentando não chamar atenção. Minha timidez me fazia evitar qualquer situação em que pudesse cruzar seu caminho. Ainda assim, bastava vê-lo passando pelos corredores para que meu coração acelerasse como se estivesse prestes a saltar do peito.
Agora, anos depois, ele estava novamente tão próximo e ao mesmo tempo tão distante. A cada dia que o via e a cada conversa casual na faculdade, meu amor por ele crescia silenciosamente como uma chama teimosa que se recusa a apagar.
Francine, no entanto, era uma peça do quebra-cabeça da qual eu não sabia como lidar. Ela era bonita; não podia negar isso. Com seu cabelo impecavelmente cacheado e seus olhos vivos como estrelas em uma noite sem nuvens, ela exala confiança em cada passo que dava. Mas por trás daquela fachada brilhante havia um olhar sombrio e manipulador.
Nos dias seguintes, comecei a perceber os padrões nas interações deles. Francine era mestre em manipular Lucas; transformava situações simples em grandes dramas apenas para obter o que queria e mantê-lo preso a ela.
— Lucas! Por que você não atendeu minhas ligações ontem? — ouvi sua voz mais uma vez perto do estacionamento.
— Eu estava com minha avó, Francine. Você sabe como ela gosta de sair comigo e conversar — Lucas respondeu pacientemente.
— Mas custava atender e dizer isso? Fiquei preocupada! — Ela segurou o braço dele de forma teatral como se quisesse garantir a atenção dos outros ao redor.
— Eu já disse que estava com a minha avó — respondeu ele em um tom visivelmente incomodado pela altura da voz dela.
Era assim que ela agia: jogava pequenas sementes de culpa e observava enquanto elas cresciam até fazer efeito desejado sobre ele.
Eu não podia fazer nada além de assistir a tudo isso acontecer diante dos meus olhos. Quem era eu para interferir? Francine era parte da minha família; Lucas... bem, elevera apaixonado por ela mesmo quando a insatisfação transparecia em seu rosto cansado; ainda assim ele a abraçava carinhosamente pedindo calma ou fazendo-a rir com alguma piada sem graça.
Às vezes me pegava imaginando como seria se eu tivesse coragem suficiente para dizer tudo o que sentia por ele. Mas rapidamente afastei esses pensamentos da minha mente atormentada; ele estava com Francine e eu não tinha o direito de me colocar entre eles.
Certa vez, enquanto revisava algumas anotações na biblioteca silenciosa da faculdade, ouvi passos se aproximando. Quando levantei os olhos do livro amarelado pela passagem do tempo e pela pressão dos meus estudos intensos (quem diria que medicina poderia ser tão densa?), lá estava ele: Lucas! Com aquele sorriso radiante capaz de iluminar até os dias mais tristes da minha vida.
— Está estudando muito, hein? — Ele brincou ao colocar um livro ao meu lado na mesa empoeirada por folhas soltas.
— Medicina não dá trégua — respondi tentando parecer calma mesmo com meu coração batendo acelerado como tambores festivos nas festividades juninas.
— Sempre soube que você se daria muito bem no que escolhesse fazer — disse isso com uma sinceridade tão pura que quase me desarmou completamente.
Senti minhas bochechas queimarem como se tivessem sido expostas ao sol escaldante; desviei rapidamente o olhar para as páginas do livro à frente como se ali estivesse toda a resposta para as perguntas silenciosas na minha mente agitada: “Por quê? Por quê você não nota?”.
Ele se sentou ao meu lado; por um breve momento foi o suficiente para sentir novamente seu perfume amadeirado misturado à leve brisa daquele dia ensolarado; sua presença emanando calor como uma fogueira acolhedora nos meses frios do inverno.
Mesmo com esses pequenos momentos compartilhados entre nós dois – risadas contidas sobre as dificuldades acadêmicas ou as piadas bobas sobre professores – eu sabia muito bem qual era a realidade: havia uma barreira intransponível entre nós dois. Lucas parecia confortável ao meu lado como sempre fora desde aqueles tempos inocentes na escola primária onde tudo era mais simples; mas havia algo dentro dele ainda preso ao relacionamento complicado com Francine mesmo quando essa relação demonstrava sinais claros de desgaste emocional nas expressões cansadas dele.
E eu? Eu continuaria ali observando em silêncio enquanto tentaria encontrar força suficiente para sufocar meus próprios sentimentos em nome da amizade familiar e do respeito à sua escolha amorosa. Mas a cada olhar perdido entre nós dois ou cada sorriso compartilhado durante aquelas horas preciosas juntos era como se o destino estivesse brincando comigo cruelmente; me dizendo em voz baixa mas insistente: Haverá algo maior reservado para vocês dois – mesmo quando eu ainda não conseguia entender essa mensagem confusa.
Amar alguém em segredo é um fardo pesado, pensei certa noite enquanto olhava pela janela do meu quarto iluminada pela luz suave da lua cheia refletindo na superfície tranquila do lago próximo à nossa casa – É uma mistura turbulenta de dor e esperança: querer se aproximar mas temer que isso possa destruir tudo.
Mas mesmo assim decidi manter esse amor guardado no fundo do meu coração angustiado sem nunca deixar transparecer aos olhos curiosos daqueles ao nosso redor – talvez o destino estivesse apenas esperando pacientemente por seu momento certo para revelar todos os segredos ocultos sob camadas densas de incertezas emocionais… E até lá continuaria admirando Lucas silenciosamente; carregando comigo todo amor intenso desde aqueles tempos passados no colégio onde tudo começou…
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