Beatriz
Cloe
Helen
Yuri
Thais
Michelle
Hugo
Priscila
Thiago
~Oito anos atrás~
Oii, me chamou Beatriz, tenho 14 anos, sou apaixonada em tirar fotos e pretendo me formar em fotografia. Moro com minha mãe e minha irmã Cloe em Arraial do Cabo, meu pai foi embora quando descobriu que minha mãe estava grávida de mim, ele voltou, engravidou minha mãe de novo, ficou por um tempo, abandonou a gente de novo e depois sofreu acidente, que coisa né
Hoje em dia minha mãe tem 37 anos e a Cloe tem 7 anos, ela teve a Cloe com 30 e me teve com 23 anos. Bom, eu sou baixinha, tenho 1,55, morena, cabelo acima do ombro, ondulado e castanho claro nas pontas, meus olhos são cor de mel e tenho bastante sardas no rosto
A Cloe é parecida comigo, os cabelos dela são longos até a bunda, da mesma cor que os meus, os olhos são castanhos, a única diferença é que as sardas dela não são tão visíveis quanto as minhas. Minha mãe tem um cabelo um pouco acima dos ombros, castanho escuros e olhos escuros também, ela diz que meu olho eu puxei do meu pai
Enfim, eu sou zoada por um grupo de pessoas da escola por causa das minhas sardas, às vezes eu discuto com eles pra tentar me defender, afinal, o que tem de mais ter sardas no rosto? Eu odiava ver eles falando mal de mim, o pior de tudo é que eu já cheguei a gostar de um menino chamado Yuri que também me zoa
Agora eu tô na escola, está no intervalo, eu sempre fico isolada das pessoas, geralmente eu fico na sala de natação, lá não tem ninguém, mas por algum motivo eles sempre me acham, dessa vez só veio a "namorada" do Yuri e as amigas dela, elas vieram até mim, começaram a me xingar do nada, e logo em seguida começaram a me bater, pra finalizar elas me jogaram na piscina
💭Que merda💭
Saí da piscina e decidi não participar mais das aulas e fiquei na sala de natação até chegar o horário de ir embora. Peguei meu celular pra avisar minha mãe que já estava indo embora e pelo reflexo vi que meu rosto estava inchado e estava muito vermelho, provavelmente ficaria roxo depois, saí da sala de natação e sem querer eu esbarrei com o Yuri no corredor
Yuri : olha por onde anda sardenta
- controla sua namorada Yuri
Yuri : o que ela fez?
- achei que desse pra perceber
Apontei pra minha bochecha, ele virou meu rosto, fez uma cara e depois cruzou os braços
Yuri : você deve ter feito alguma coisa pra ela, mereceu
- vai a merda Yuri
Yuri : olha como você fala comigo sardenta, quer que a July te bata de novo?
Não respondi ele, sai da frente dele e fui embora. Já estava escurecendo e eu não estava nem perto de chegar em casa, eu não gosto de cortar caminho por que nunca dá certo, por que? Vozes da minha cabeça, então eu vou pelo caminho normal que aí tem mais pessoas
Mas hoje era quarta, não tinha muita pessoa na rua e como sempre ela estava muito escura, eu sempre fico com medo de ficar andando pela rua sozinha por medo de acontecer comigo. Atravessei a rua e continuei meu caminho, mas senti uma mão gelada encostando no meu braço e logo em seguida me puxando
Eu tentei gritar mais ele colocou a mão na minha boca, não dava pra ver ele, eu só sabia que ele era alto e forte, muito forte, eu sabia o que ia acontecer, tentei me debater mais não estava adiantando. Ele rasgou a minha blusa e desabotoou minha calça, eu estava entrando em desespero e comecei a chorar
Depois de um tempo agoniada por ter aquelas mãos sobre mim, ele saiu de cima de mim e eu fui correndo pra casa chorando, cheguei na porta de casa, engoli o choro e entrei, não vi minha mãe na sala e nem a Cloe, então só gritei falando que já tinha chegado e subi correndo para meu quarto
Entrei no banheiro, tirei minha roupa e fui tomar banho, eu estava me sentindo muito suja, ainda sentia a mão dele sobre mim, me esfreguei até ficar arranhada e mesmo assim ainda me sentia suja. Depois de muito tempo debaixo do chuveiro, sai do banheiro, coloquei uma roupa e desci
Eu estava pensando se iria falar isso com minha mãe ou não, mas decidi falar, como eu já estava no sofá, ela chamou a Cloe e ela sentou do meu lado, minha mãe se sentou na nossa frente, respirou fundo e começou a falar
Helen : eu consegui arrumar um emprego
- que bom mãe
Falei sem ânimo
Helen : mas é em Rio das Ostras
- nossa, é bem longe
Helen : pois é
- e como vai ficar a nossa escola e a nossa casa?
Helen : bom, vamos morar lá e vocês iram estudar lá também
Ao mesmo tempo que eu estava feliz de sair daquela escola, eu estava meio chateada também, afinal eu cresci em Arraial do Cabo
Helen : vamos nos mudar na sexta de tarde
- mas eu vou estar na escola
Helen : não, você não irá para escola na sexta
- ok, eu queria falar com a senhora depois
Helen : tá bom, antes de ir dormir você fala
- tá bom
Ela levantou do sofá, foi fazer a janta, depois eu comi, subi para o meu quarto e esperei ela terminar de fazer as coisas, mas acabei pegando no sono
...
Minha mãe me acordou cedo e pediu para eu começar a arrumar algumas coisas da mudança, ela disse que o montador iria vir aqui em casa desmontar todos os móveis e eu só concordei. Tirei todas as coisas da penteadeira, da escrivaninha e do guarda roupa, coloquei as coisas dentro de uma caixa mas não fechei
Deu a hora de ir pra escola, coloquei uma calça, uma blusa preta, ajeitei meu cabelo, peguei minhas coisas e saí. Acabou que eu não falei com ela nem ontem e nem hoje de manhã, se der tudo certo vou falar com ela hoje quando chegar da escola
Bom, na escola foi tudo normal, quer dizer, o mesmo de sempre, a July e sua amigas vindo me provocar, o Yuri vindo me zoar, eu ficando sozinha, tudo normal, mas hoje eu segui o dia no modo automático, não conseguia parar de pensar no que aconteceu ontem, estou até com medo de ir embora sozinha de novo
Acho que o Yuri até estranhou que eu não discuti com ele por ele estar me zoando, ou aumentei a voz pra July quando ela mais uma vez me deu um tapa, eu realmente estava no modo automático, só queria ir pra casa. Sai da escola, fui pra casa, tomei banho e chamei minha mãe pra conversar, mas ela estava arrumando as coisas no quarto dela então eu fui até lá
- mãe..
Helen : fala filha
- eu queria te contar uma coisa que aconteceu comigo ontem a noite
Helen : pode falar
- eu queria te falar ontem, mas aí eu acabei dormindo e hoje não deu tempo
Helen : fala minha filha, por que da enrolação?
- eu estava voltando da escola e..
Helen : o que?
- eu fui estrupada
Ela estava guardando roupas na caixa e quando ela ouviu eu falando isso, ela largou a roupa rapidinho e veio até mim, parou na minha frente e me abraçou bem forte, aí eu me permitir chorar nos braços dela, depois de um tempinho eu sentei com ela na cama
Helen : oh minha filha, eu sinto muito em saber que você teve que passar por isso
- foi horrível sentir aquelas mãos grandes, ásperas e grossas deslizando pelo meu corpo
Helen : eu imagino filha, quando chegarmos em Rio das Ostras vou te levar ao médico
- ok
Ela ficou mais um tempinho abraçada comigo, depois eu fui para o meu quarto e dormi. No dia seguinte eu terminei de arrumar tudo, e antes do caminhão de mudanças chegar eu fui em um lugar que eu sempre ia, fiquei lá por um tempo e depois voltei pra casa, o caminhão da mudança chegou, colocaram as coisas dentro e fomos para Rio das Ostras
~Atualmente~
Bom, voltei a morar em Arraial do Cabo, agora eu tenho 21 anos, sou formada em fotografia, estou com 1,68, meus cabelos estão bem abaixo do ombro, minhas sardas não são tão visíveis mais, fiz umas tatuagens pelo corpo e coloquei um piercing no nariz
A Cloe agora tem 14 anos, ela cortou o cabelo, agora está em um tamanho considerável, as sardas dela estão bem mais visíveis e ela gosta bastante delas, minha mãe continua com o cabelo acima dos ombros e está com 44 anos. Desde que isso aconteceu comigo, eu passei a estudar de manhã, fiquei traumatizada e desencadeou problemas psicológicos em mim
Terminei o ano em Rio das Ostras e fiz minha faculdade lá, voltamos pra cá por que ela foi despedida e não tinha mais motivos para continuarmos lá, agora eu estou tentando achar um emprego pra mim, mas está meio difícil
Hoje eu acordei às 07:32, me levantei, arrumei minha cama, tomei banho, me vesti, deixei meu cabelo solto, passei desodorante, perfume, coloquei meu tênis, fiz uma maquiagem de leve e fui pegar minha bolsinha e minha pasta com meus currículos dentro
Encontrei minha mãe na cozinha tomando café, dei bom dia pra ela, perguntei sobre a Cloe, ela me disse que ela ainda estava dormindo, tomei café junto com ela e depois sai. Coloquei o currículo em vários lugares, decidi colocar até os currículos acabarem e pra falar a verdade até faltou
Voltei pra casa às 15:54, não vi ninguém em casa então imaginei que a Cloe estivesse na escola por que ela estuda das 13:00 às 18:00, já minha mãe deve ter ido arrumar um emprego, ela é experiente em várias coisas, e se ela não for, ela arruma um jeito de ser. Não demorou muito e ela chegou em casa com a Cloe, ela veio até mim e me deu um abraço
- chegou cedo hoje, como foi na escola?
Cloe : foi bom, normal
- e a senhora mãe?
Helen : foi ótimo, saí pra procurar emprego e pensei em buscar ela logo
- e conseguiu achar um?
Helen : sim, em um salão de beleza, entro às 08:00 e volto às 18:00
- perfeito
Helen : e o seu?
- foi cansativo, coloquei vários currículos, espero que um deles possa me chamar
Helen : vai sim, Cloe, vai tomar banho
Cloe : já estou indo mãe
Ela subiu as escadas e logo em seguida eu subi também, tomei banho, me vesti e voltei lá pra baixo, sentei no sofá, liguei a televisão enquanto a Cloe descia e sentava no sofá mexendo no celular também. Comecei a mexer no celular e esqueci completamente da televisão, meu celular começou a tocar, atendi e uma cafeteria estava me contratando pra ser atendente
Desliguei e pulei de felicidade, falei pra minha mãe e logo em seguida recebi uma mensagem com as instruções dizendo que eu entro às 08:00 e saia às 19:00, fiquei muito feliz, mas ao mesmo tempo nervosa
...
Acordei bem cedinho, queria estar apresentável no meu primeiro dia, mas também era por que eu estava ansiosa. Levantei da cama, arrumei ela, coloquei um cropped branco, uma calça jeans clara com um cinto preto e o Air force branco. Prendi meu cabelo em um coque frouxo, fiz uma maquiagem leve, passei perfume, desodorante, peguei uma bolsa preta com algumas coisas dentro e desci
- mãe, tô indo tá
Helen : tá bom, se cuida e boa sorte
- obrigada
Helen : te amo
- eu também
Sai de casa com meu carro e fui direto para a cafeteria, chegando lá, comecei a pensar em várias possibilidades, uma delas é de ninguém gostar de mim, por fim entrei na cafeteria, fui até a balconista e falei pra ela que eu era a nova atendente, ela me tratou super bem e me levou até a sala do chefe
- licença
...: você deve ser a Beatriz certo?
- isso
...: me chamou Jeferson, pode se sentar por favor
Me sentei, mas evitei olhar muito nos olhos dele, por puro nervosismo mesmo. Ele não falou muita coisa, só algumas coisas daqui da lanchonete, o que vou fazer e foi me apresentar para os outros
Jeferson : atenção, essa daqui é a Beatriz, ela vai ser a nova garçonete aqui, seja bem vinda Beatriz
- obrigada
Jeferson : você começa amanhã
- ok
Ele me deixou ali e todo mundo veio falar comigo. Primeiro vieram as atendentes, tem três delas, a Laura, a Maria e a Bianca, depois vieram o povo da cozinha, tinha o Anthony, a Paola e a Erica, aí depois vieram os garçons, o Pablo, o Heitor e a Jéssica, as meninas do caixa, Ana Júlia e Gabriela e por último os baristas, jonathan e o Pedro que inclusive são bem bonitos, mas um deles falaram que tinha mais um, mas ele estava atrasado
Todos eles foram bem educados comigo, menos mal. Depois de ter falado com todo mundo, fui pra casa, minha mãe não estava lá então deduzi que ela já estivesse no trabalho, tomei banho, me vesti e deitei na cama mexendo no celular
Deu 17:50 e eu fui buscar a Cloe, levei ela pra casa, ela tomou banho e levei ela pra tomar sorvete, depois disso voltamos pra casa, vimos um filme e esperamos nossa mãe chegar. Ela chegou com algumas sacolas de compras, foi pra cozinha e depois sentou no sofá com a gente
- como foi o primeiro dia?
Helen : bem movimentado, mas foi bom e o seu?
- foi bom, conheci o pessoal e eles são muito legais
Helen : ah que bom e o seu Cloe?
Cloe : foi muito bom mãe, a Bia me levou pra tomar sorvete
Helen : Beatriz!
- o que? Estava calor e resolvi levar ela pra tomar um sorvete
Minha mãe não gosta que a Cloe coma besteira meio de semana, no final de semana ela até libera, mas tem vezes que não
Helen : hoje a vizinha veio falar comigo
- qual?
Helen : a da casa toda branca, do outro lado da rua, a terceira
- ah sim, o que ela queria?
Helen : nada demais, só me conhecer, ela achou que eu era nova aqui
- entendi, bom eu vou subir, quando a comida estiver pronta me chama
Helen : tá bom
- tchau Cloe
Cloe : tchau
Subi, deitei na cama e fiquei mexendo no celular, vi as mensagens que tinha e uma delas era da Priscila, uma amiga que eu fiz em Rio das ostras, ela é bem dramática então quando eu abri a mensagem dela eu ri muito e decidi ligar pra ela
~Ligação on~
Priscila : Beatriz mulher, eu tô morrendo de saudades de você
- aí eu também mulher, vem pra cá também
Priscila : vou nada, nem posso, tudo que eu faço tá aqui
- que pena mulher, mas como está tudo aí? E o boy?
Priscila : aí mulher, nem fala dele
- por que menina?
Priscila : vixi mulher, não dá nem pra falar pelo celular
- e tu quer que eu vá aí como? Voando?
Priscila : a gente tem que marcar um dia pra nos ver
- sim, agora eu tô trabalhando menina
Priscila : sério? Em que?
- cafeteria, mas ainda quero entrar pra uma agência de modelos
Priscila : aí que bom mulher, isso aí, não desista não, eu já desisti a muito tempo
- que isso Priscila, desisti não
Priscila : já desisti Bia, muita gente mimada, não gosto disso não
- te entendo amiga, entao você saiu de onde você estava né?
Priscila : sai amiga, tô tentando arrumar outro emprego
Minha mãe começou a me gritar lá de baixo falando que a comida já estava pronta
- mulher, eu preciso ir, depois a gente se fala melhor
Priscila : tá bom, eu te amo viu
- eu também, se cuida
Priscila : você também, tchau
- tchau
~Ligação off~
Desliguei, deixei meu celular na cama e desci. Coloquei minha comida e sentei no sofá, logo depois minha mãe e a Cloe vieram, terminei de comer, subi, escovei os dentes e fui dormir
Acordei, tomei banho, me vesti, peguei uma mochila com algumas coisas, desci, tomei café, dei tchau pra minha mãe, pra Cloe e fui pra cafeteria. As meninas me explicaram tudo e não foi muito difícil quando eu comecei a atender as pessoas
Os meninos disseram que o outro barista tinha faltado, mas não me importei. O dia foi tranquilo, quando todos os clientes já tinham saído, limpamos as mesas e fomos embora, cheguei em casa minha mãe tinha dito que a Cloe estava tossindo muito e reclamando de dor de garganta, ela disse que a Cloe estava com febre também
Minha mãe pediu pra ela tomar outro banho, enquanto isso eu fui tomar banho também e fui adiantar a janta pra ela. Meu celular estava chegando muita mensagem, imaginei que fosse da Priscila então deixei pra responder depois
Acho que por volta das 21:30, minha mãe desceu avoada procurando remédio e quando não achou pediu pra eu ir na farmácia comprar remédio de febre, de dor e de alergia, por que não tinha
Parei de fazer o que estava fazendo, peguei meu celular, o dinheiro e fui. A essa hora as coisas já estavam fechadas, não tinha mais ninguém na rua, só a farmácia que estava aberta já que era 24 horas, comprei o remédio e fui pra casa, mas vi fumaça saindo de um beco, quando eu olhei vi vários homens ali
Assim que eu percebi que um deles olhou pra mim eu virei o rosto e comecei a andar rápido, mas senti uma mão gelada me puxando pelo braço, olhei pra trás e vi um homem ainda segurando meu braço, logo depois os outros foram se aproximando
- me solta!
...: vai pra onde boneca?
- me solta por favor
...: por que? Vamos nos divertir? Estamos no tédio
- não, eu não quero!
...: ah por que não? Vamos, vai ser legal
- não, me solta!
Tentei debater com ele, mas ele era mais alto que eu, ele me puxou pela cintura e me fez ficar grudada nele, enquanto isso vi de relance que os amigos dele vieram pra trás de mim
💭não, de novo não💭
...: você é bem gostosinha, tem um corpo muito bonito, que tal tirar essa roupa pra podermos admirar melhor?
Eu comecei a chorar e não sabia mais o que fazer, até uma menina e um menino chegarem e me tirarem dali, eu estava em choque, sem acreditar que isso iria acontecer comigo de novo. Eles me levaram pra um banco perto da praça e a menina seguia tentando me acalmar
...: eles fizeram alguma coisa com você?
Balancei a cabeça mas não consegui parar de chorar, eles não fizeram nada comigo, mas só de eles terem tocado em mim, eu já estava me sentindo muito suja
...: qual seu nome?
- Beatriz
...: eu me chamo Thais, esse é o Yuri, meu irmão
Não ousei olhar para os rostos deles, ainda estava em choque, mas ouvir o nome Yuri, me fez lembrar do garoto que eu odiava antes de eu me mudar
Thais : você está segura agora, fica calma
Aos poucos eu fui me acalmando, mas parecia que o tal Yuri estava ficando estressado por estar esperando tanto
Yuri : vai demorar?
Thais : porra Yuri, espera
Ele ficou andando pra lá e pra cá, levantei a cabeça e quando vi de canto de olho, percebi que era o Yuri do nono ano, falei pra Thais e disse que iria embora, agradeci ela, mas ela insistiu em ir comigo, então deixei
O Yuri olhou pra mim algumas vezes, mas não sei se ele me reconheceu. Chegando na minha rua, a Thais me perguntou se eu morava nessa rua, eu disse que sim e ela disse que morava em uma casa toda branca do outro lado da rua. Quando ela disse isso eu lembrei de ontem, quando minha mãe me disse que a vizinha foi falar com ela
Thais : você é nova aqui?
- não, eu morei aqui até os meus 14, mas tive que me mudar, agora eu voltei
Eu falei isso e o Yuri ficou me olhando por um bom tempo, parei em frente minha casa, ela se despediu de mim e eu entrei. Entreguei o remédio pra minha mãe e subi pra tomar banho, depois de ter tomado banho deitei na cama e fiquei pensando no Yuri, em como ele não mudou nada e me perguntando se ele me reconheceu
Minha mãe subiu pra perguntar se eu ia jantar e eu disse que não estava com fome, claro que ela estranhou mas deixou passar, mexi um pouco no celular e fui dormir
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