NovelToon NovelToon

Na Linha Do Perdão

capítulo 1

#APRESENTAÇÃO#

CARLA ALVAREZ, 28 ANOS, formada em administração de empresas, ela nasceu e cresceu em uma cidade no interior de Barretos, sempre foi uma jovem forte e trabalhadora, que teve que aprender a se virar muito cedo.

Com vinte e três anos, ela deixou o seu lar e tudo o que conhecia em prol da saúde de sua irmã, em meio ao tormento e a dor que ronda a sua vida, nos braços da mulher que mais odeia, ela encontrará um sentimento, novo e avassalador.

HELENA ALVAREZ, 10 ANOS, um menina inteligente e amorosa, que foi atingida por uma doença muito grave, mais nunca deixou de ter esperança.

ALEXIA CARDOSO, 28 ANOS, formada em marketing, conheceu Carla no trabalho, onde se tornaram amigas inseparáveis.

ADRIANA BITENCOURT, 28 ANOS, herdeira milionária, tem tudo o que o dinheiro pode comprar e todas as mulheres que quiser aos seus pés, ela já aproveitou muito da vida, saiu, conheceu pessoas e lugares incríveis.

Agora que está no comando da empresa de seu pai, ela só gostaria de encontrar uma jeito da mulher que ela ama, olhe para ela de uma maneira diferente, mais a única atenção que tem da parte dela, é quando a irrita.

#PONTO DE VISTA CARLA#

A minha vida não tem muitas emoções, de segunda a sexta, eu acordo, tomo café, levo a Helena para a escola, vou trabalhar, e quando volto, fico com minha irmã vendo filmes ou jogando alguma coisa, ela tem a quimioterapia, nas quartas.

Sábado tento proporcionar um pouco de diversão para a minha pequena, para que ela não se sinta diferente das outras criança.

E uma vez por mês, porque não, deixo a Helena com a Alexia, a amiga que dividimos o apartamento, e saio sozinha, vou a um bar, bebo para tentar esquecer os meus problemas, e com sorte, encontro alguma mulher que me agrade, amar não estava nós meus planos.

É isso, a minha vida é simples, mais como dizem, nada nunca esta ruim o suficiente que não possa piorar, e o meio declínio veio bem rápido, mais estou me adiantando muito, antes de contar a minha vida de agora, preciso voltar na vida que eu tive antes.

Só posso dizer que a vida não é facil, pelo menos para mim, não foi.

Eu mas do que ninguém sei o quanto a vida pode causar dor, já bem nova, eu com apenas treze anos, já tive que começar a trabalhar, enquanto o resto das crianças, simplesmente brincavam, eu ia para o campo trabalhar, para poder ajudar minha mãe a sustentar a casa.

Crescer não é facil, mais as vezes, temos que levantar a cabeça, e seguir em frente para que não deixamos a vida nos abater.

E p#rra, como eu tive altos e baixos na minha vida, mais tudo valeu apena no final.

❤️❤️❤️❤️❤️❤️

VOLTEI, ESPERO QUE CURTAM A HISTÓRIA E POR FAVOR LEIAM MINHAS OUTRAS OBRAS.

⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️

capítulo 2

#PONTO DE VISTA CARLA#

A minha mãe, Janaina era uma mulher fantástica, foi uma mãe incrível, era um dos meus maiores exemplos, o meu pai, se é que posso chama-lo assim, era um maldito bêbado, trabalhava em uma grande fazem de gado da região e o dinheiro que ganhava, gastava com bebidas e p#tas.

Eu odiava ele, o meu pai não ajudava em casa, maltratava minha mãe, ele não prestava, que Deus me perdoe, mas muitas vezes desejei sua morte.

Apesar de nova eu entendia muito bem o que acontecia, o Valter, fazia mal para a minha mãe e para mim, não prestava para nada, então, para tentar aliviar o peso das costas da minha mãe, sai a procura de um trabalho qualquer na região.

Pedi ajuda para Leandra, minha melhor amiga na época, para que ela pedisse a sua mãe que me contratasse.

A mãe da Leandra, trabalhava como capataz em uma fazenda, ela não pode me empregar por ser apenas uma criança, é obvio, as únicas crianças que tinha lá era as filhas das trabalhadoras, que aprenderam desde cedo um ofício.

A proprietária se chamava a dona Márcia, uma mulher como poucas, tinha uma postura firme e uma valentia admirável, ninguém da fazenda ou da cidade se atrevia a bater de frente com ela.

Eu tinha muito medo dela no começo, mas como diziam naquela região, pobre não pode ter medo, fui a fazenda logo cedo, para falar diretamente com a dona Márcia, pedi uma emprego a ela, a mesma ficou surpresa, mas admirada com a minha coragem, me deu uma chance, um período de experiência na fazenda.

Trabalhei por três meses, sem parar, ganhando menos que os outros, mais não reclamei nem por um segundo, ateé que um dia meu esforço foi recompensado, dona Márcia, me empregou de verdade na fazenda "As Amazonas", a única condição que ela impôs, foi que eu não abandonasse a escola.

Dai por diante, dona Márcia, se encarregou de me treinar, me fez sua cópia fiel, todos tinham medo dela, pelo simples motivo de não a conhecerem.

Porque se dessem ao trabalho de conhecer, aquela postura dura e brava, não passaria de uma impressão, a dona Márcia era um amor de pessoa, uma das mulheres mas incríveis do mundo.

Foi ela que me descobriu, me deu um trabalho em suas terras, me estendeu a mão de graça, quer dizer, a única coisa que ela exigiu foi que eu terminasse meus estudos e fizesse uma faculdade.

Em meses, ela me transformou em sua aprendiz, ela me ensinou a andar a cavalo e a cuidar da fazenda, dos animais e a plantação, em um ano, ela me tomou como filha de coração e eu a via como uma segunda mãe, e um grande exemplo.

Eu amava tudo aquilo, o campo, a lida com o gado, a dona Márcia dizia que eu era a melhor mini boiadeira da fazenda.

Logo fiz dezoito anos, e apesar de ser nova eu era respeitada, no trabalho e por todos na cidade, mas em casa ainda, ele acha que ainda mandava em alguma merda.

Naquela época eu ja pagava todas as contas de casa, pois ele estava desempregado, e não fazia muito para deixar de ser.

Era um imprestavel, parasita, que nunca gostou de nós, não foi surpresa quando ele foi embora quando minha mãe disse que estava gravida novamente, não me importei com sua partida, só fiquei com raiva que ele roubou o dinheiro que eu guardava em casa, uma econômia de cinco anos, que eu pretendia usar para comprar uma casa para sairmos do aluguel.

Depois disso não tive opção, pedi para a dona Márcia me abrigar na fazenda com os demais empregados, a minha mãe se ofereceu para trabalhar na cozinha, a minha patroa aceitou de bom grado.

Aqueles meses foram incríveis eu e minha mãe estavamos felizes, pena que não tivemos muito tempo juntas.

Na cidade começou a surgir um boato sobre mim, todos diziam que eu seria a herdeira da fazenda " as Amazonas", eu não ligava e também sabia que não era verdade, pois a dona Márcia tinha uma filha e tudo seria passando para ela, eu só me impotava com meu trabalho e minha mãe, e o fato de tudo estar bem, mas a vida me deu outro baque.

Janaina Alvarez, entrou em trabalho de parto, no dia 15 de julho de 2014, e infelizmente faleceu na mesma tarde.

Me lembro de estar no campo, com as demais boiadeiras quando foram me chamar, corri até a casa grande o mas rápido que pude, mas, quando cheguei e vi aquela cena.

A minha mãe sem vida em cima da cama, me joguei e a abraçar seu corpo sem vida, aos prantos, depois que me acalmei, peguei minha irmã no colo pela primeira vez, e ali mesmo prometi que nunca iria deixar nada acontecer com ela.

Depois daquele dia, me dividia entre o trabalho, a faculdade, que dona Márcia pagava, e o fato de ter que ser mãe e irmã de uma bela menina, que dei o nome de Helena.

Eu amava minha irmãzinha, cuidar dela era um prazer, graças a dona Márcia, ninguém tentou tirar ela de mim.

Cinco anos se passaram, me vi formada em administração, ja tinha emprego garantido na fazenda, tudo parecia perfeito, até que a vida tratou de me derrubar novamente.

Em um exame de rotina, descobrir que a Helena tinha leucemia, aquela noticia acabou comigo, mudou todos os meus planos.

Eu tinha vinte e três anos, estava com medo e sozinha, mas tinha certeza que eu não iria perder a minha irmã.

Me mudei de Barretos para o Rio de Janeiro, e com algumas economias que consegui juntar, aluguei um pequeno apartamento, e comecei a pagar o tratamento da minha irmãzinha.

A dona Márcia ficou chateada por me ver partir, mas entendeu meus motivos, e me ajudou a coseguir um bom emprego em um escritório, eu odiava, preferia mil vezes a fazenda mas era necessário ficar ali.

O tratamento da Helena se intensificação mas a cada dia, cinco anos de tratamento, que eram tão difíceis para mim quando era para ela.

Odiava meu emprego, a minha vida estava um inferno, tentava me manter forte por ela, mas uma vez por ano, nas minhas férias Helena e eu voltamos a fazenda para relembrar como a vida era melhor, quem sabe eu não voltaria dessa vez para ficar, depois do que aconteceu naquela noite, não duvidaria!

capítulo 3

#PONTO DE VISTA CARLA#

Sexta-feira, finalmente o último dia da semana, fiz tudo como sempre, levei a Lena para a escola, e fui até a empresa onde eu trabalhava.

Estacionei o meu carro na garagem da empresa, assim que sai do carro, estava pensando no que a Helena e eu faríamos no dia seguinte.

Depois que travei o carro, vi a uma pessoa que preferia sempre evitar encontrar, torci para que ela não me visse, e não se aproximasse, em vão.

Adriana Bitencourt, a única filha do dono da empresa, e a nova Presidente de tudo aqui, ela era tudo o que eu nunca suportei, egocêntrica, metida, além de ser uma idiota.

A conheci no meu primeiro dia de trabalho, a cinco anos, ela começou no mesmo dia que eu, mas diferente de mim, cheio de privilégios.

Adriana tinha tudo o que queria, um carro, que obviamente o preço era equivalente a dez do meu, um apartamento enorme e muito dinheiro.

Quando olhava para ela penseva o quanto a vida era injusta, eu desde de criança tive que trabalhar, para pagar por tudo, sujei minhas mãos de terra para poder ter comida, para ajudar minha mãe a pagar as contas, ja ela estalava os dedo e tinha o que queria.

Todos na empresa sabiam a fama dela, ela era acostumada, a transar com as mulheres e depois simplesmente fingia que nem as conhecia na manhã seguida.

Pelo que me contaram, ela ja havia saido com vinte mulheres da empresa e eu não estava afim de ser a número vinte e um, deve ser por isso que eu não gostava dela, ao meu ver, ela não passa de uma menina fútil, que pensava que o mundo girava em torno dela, e outra ela não é o meu tipo.

Ela deu em cima de mim mais de uma vez, desde o primeiro dia, e mais de uma vez eu disse não, mais, confesso sentir uma atração fisica por ela...

E como não sentir, ela é linda, alta, magra, de olhos verdes profundos, mas apesar disso, é só atração, acho que não coseguiria amar ela mesmo se tentasse, somos tão diferentes.

Adriana notou a minha presença e me dando um sorriso malicioso, ela se aproximou, me fitou de cima a baixo.

Eu não estava atrevida, pelo contrário, vestia uma saia preta meio justa, e uma blusa branca não muito apertada, mas aos me deparar com seus olhos malicioso, começei a me sentir nua e meio sufocada.

ADRIANA- Bom dia Carlinha.

CARLA- Bom dia senhora Bitencourt.

Comecei a suar, senti uma gota de suor descendo pelo meu pescoço, até o decote, que aliás ela estava olhava fixamente, me fazendo corar, ela sorriu e disse.

ADRIANA- Ja pedi para me chamar de só de Adriana. - Corei mais ainda ao sentir sua mão em meu rosto, ela arrumou uma mecha do meu cabelo, que escorreu até meu rosto.- Está linda como sempre.- Sussurrou próxima a meu ouvido.-Então quer sair para jantar comigo hoje.

Me afastei um pouco, e tentando não parecer grossa, respondi.

CARLA - Eu vou estar ocupada hoje.

Tentei sair andando, mas Adriana esticou o braço e me prendeu entre ela e o meu carro, conseguia sentir sua respiração quente na minha pele, e seu olhar fez meu corpo esquentar.

ADRIANA- Você sempre esta ocupado, alguma hora tem que se divertir.- Senti sua mão esquerda subir até minha cintura.- Você poderia me dar uma chance, garanto que sou ótima companhia.- Ela se aproximou outra vez da minha orelha e sussurrou. - Aposto que não iria se arrepender.

Cansei daquela conversa, a empurrei de vagar, sai andando e disse.

CARLA - Desista, eu sei que é difícil para você, mas não vai rolar.

Ouvi um riso meio debochado e ela completo.

ADRIANA- Escreve o que eu te digo, um dia você vai ser minha.- Ignorando ela, entrei e fui trabalhar.

Passaram alguma horas desde o incidente com a Adriana, mais eu já nem lembrava, não é nada pessoal, mas ela e eu nunca iria rolar, nem com ela, e nem nada sério com ninguém.

Fazia anos que eu não tinha um envolvimento amoroso profundo, no máximo era uma noite que passava com uma mulher, preferia me dedicar a Lena, ela precisava mais de mim, principalmente, depois da ligação que recebi na hora do almoço.

Na hora do almoço, fui até a cafeteira da empresa, lá disponibilizava pratos feitos para os funcionários, peguei minha comida, paguei e a caixa, Bianca, ela piscou para mim.

Alexia e eu achávamos que ela era um pouco afim de mim, mas tentava ignorar e esconder minha atração, para me manter focada, mesmo assim fui educada e retribui com um sorriso.

Me sentei em um das mesa, fiz uma breve oração, apesar de tudo, eu cresci eu uma cidade muito religiosa e eu era muito devota.

Depois comecei a comer, em silêncio, não falava com muitas pessoas, preferia ficar distante, a única amiga que tinha ali, era a Alexia, ela sempre foi muito gentil, nós morávamos juntas, por causa do aluguel, ela também era a única que sabia da minha irmã, e me ajudava tanto com a casa, quanto com a Helena.

Quando estava acabando de comer, recebi uma ligação do médico da Lena, sai da cafeteira para que ninguém pudesse me escutar, e aquela notícia me desconcertou totalmente, desse ponto em diante meu inferno começou.

#PONTO DE VISTA ADRIANA#

"Ela é perfeita", é sempre a primeira coisa que pensei ao ver a Carla, desde o primeiro dia que a vi, não paro de pensar nela, ela estava na minha mente e no meu coração.

Sou apaixonada por essa morena, a cinco anos, mais apesar da minha experiência com as mulheres, não tenho coragem de falar com ela francamente, sempre me faço de idiota perto dela, talvez seja por medo dela me regeitar por causa da minha condição, eu nasci com uma má formação, que levou a minha perna, esse sempre foi motivo de vergonha para mim.

Todos na empresa pensam o pior de mim nesse sentido, sei que saiu com muitas mulheres, mais se soubesse do motivo..., se ela soubesse do motivo.

Eu sou uma pessoa horrível, por que toda mulher que eu pego, eu imagino ser a Carla, cada beijo, cada gemido,cada toque e carícias, eu imagino ser ela comigo.

A única coisa que eu queria era uma chance para mostrar o que eu sinto por ela, queria que ela me deixasse mostrar o quanto eu amo, mais eu sei que isso não vai acontecer.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!