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Vendida Para o Mafioso

Capítulo 1 - A Esperança Destroçada

A Esperança Destroçada

Helena, agora com 24 anos, sentada à beira de sua cama, olhava para o espelho com um olhar determinado, mas havia uma tristeza escondida nas profundezas de seus olhos castanhos. Ela era uma mulher forte, linda e cheia de graça, mas sua vida estava longe de ser fácil. Desde a infância, sofreu nas mãos de sua meia-irmã, Julia, e de sua madrasta, Isabela. Fruto do primeiro casamento de Raul Bernardi, Helena era constantemente lembrada de que era a filha "indesejada".

Helena fechou os olhos por um momento, relembrando sua falecida mãe, Maria. Ela mal teve tempo para dizer adeus. Sua mãe morreu tragicamente, e foi apenas questão de meses até que Raul se casasse novamente com Isabela, a mulher com quem ele a havia traído durante todo o casamento. Era doloroso para Helena, mas ela ainda mantinha uma centelha de esperança em seu coração. Esperança de que, um dia, seu pai reconheceria seu valor, de que sua madrasta e meia-irmã, Julia, poderiam tratá-la com respeito.

Mas o destino parecia gostar de brincar com suas esperanças.

Na sala de jantar da mansão Bernardi

A atmosfera da casa sempre fora fria e opressora, com Julia e Isabela frequentemente ignorando a presença de Helena, a menos que fosse para humilhá-la. Naquela manhã, ao descer para o café, Helena sentiu o peso dos olhares sobre si.

Julia (com um sorriso debochado): "Olha só quem apareceu! A princesa perdida finalmente desceu de sua torre. Será que decidiu se juntar ao resto da plebe?"

Helena respirou fundo, tentando não deixar a provocação de Julia a afetar. Ela sabia que a melhor resposta para a irmã era o silêncio.

Isabela (revirando os olhos): "Helena, pelo menos seja útil por aqui. Sabe que seu pai está passando por um momento difícil. Não seja um peso morto."

Helena, que havia se acostumado a ouvir essas palavras, simplesmente manteve sua postura ereta. Apesar das crueldades constantes, ela nunca perdeu sua dignidade. Suas habilidades em línguas, aprendidas ao longo dos anos, e sua paixão pelas artes marciais deram a ela a força que sua família nunca reconheceu.

Helena (calmamente): "Eu vou ajudar, como sempre."

Por dentro, ela sabia que, não importasse o quanto se esforçasse, nunca seria suficiente para aquelas duas. Ela estava sozinha nessa batalha.

No escritório de Raul Bernardi

Enquanto a tensão reinava na sala de jantar, Raul Bernardi se afundava em dívidas e problemas. A empresa da família, outrora próspera, agora estava à beira da falência. Sua fortuna estava se esvaindo rapidamente, e ele sabia que precisava tomar medidas drásticas.

Raul olhava para as pilhas de papéis em sua mesa. Sua cabeça doía, o estresse era esmagador. Ao invés de buscar uma solução, ele abriu uma garrafa de uísque caro e começou a beber, na esperança de afogar suas frustrações. Um copo se transformou em dois, depois em três. O álcool fluía livremente enquanto ele tentava escapar de sua realidade sombria.

Na mansão Bernardi

Mais tarde naquela noite, Raul, completamente embriagado, cambaleava pelos corredores da mansão. Seus passos eram desajeitados e pesados. Ao passar pela cozinha, ele avistou uma jovem empregada arrumando algumas coisas. Os olhos de Raul, opacos pelo álcool, brilharam com uma intenção obscura.

Raul (com a voz arrastada): "Ei... você. Venha aqui."

A empregada, com medo, hesitou, mas sabia que não poderia desobedecer ao chefe da casa. Relutante, ela o seguiu até o escritório. Lá, Raul se aproximou dela de forma predatória, suas mãos começando a tocar seu corpo de maneira imunda. A jovem tentou se afastar, mas ele a segurou com força.

Empregada (assustada): "Por favor, me solte! Socorro!"

Helena, que estava passando pelo corredor, ouviu os gritos desesperados da empregada. Seu coração acelerou, e ela correu na direção do escritório, abrindo a porta com força.

Helena (gritando): "PAI! QUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO COM ELA?!"

Ela correu até a jovem e a soltou do aperto de Raul. A menina, assustada e trêmula, não perdeu tempo e correu para a saída, fugindo daquela situação aterrorizante.

Raul (cambaleando, irritado): "Helena, quem é você pra se meter na minha vida?"

Helena encarou o pai com nojo e raiva. O homem que ela um dia respeitara agora era uma sombra do que já fora.

Helena (furiosa): "Sou sua filha! O senhor ia abusar daquela jovem! O senhor tá maluco?"

Raul (rindo, desdenhoso): "Eu só ia fazer o que ela queria. Ela me olhava daquele jeito, sabe?"

Helena sentiu sua raiva crescer ainda mais. Como ele podia dizer algo tão horrível? A dor que ela sempre guardou agora se misturava com uma fúria avassaladora.

Helena (em tom de desafio): "Você é doido! Quer ir preso, é?"

Raul (bravo, avançando sobre Helena): "Você tá doida! Isso é tudo sua culpa!"

Ele a empurrou contra a parede, suas mãos pesadas começando a acertá-la com violência. Helena tentou se proteger, mas os golpes eram fortes e cheios de ódio.

Helena (chorando, em desespero): "Para, pai! Tá doendo, para!"

Raul, cego pela raiva e pelo álcool, continuava a espancar a filha, suas palavras cruéis ecoando pela sala.

Raul (gritando): "Isso é tudo sua culpa! Sua culpa!"

Helena caiu no chão, sentindo cada parte de seu corpo doer. As lágrimas escorriam por seu rosto, mas, aos poucos, Raul foi parando, seus socos ficando mais fracos, até que ele finalmente se afastou, exausto e sem fôlego.

Raul, ainda ofegante, tropeçou e caiu em uma cadeira próxima, o olhar perdido, como se nem soubesse o que acabara de fazer. Helena, deitada no chão, sentia seu corpo inteiro latejar de dor, mas, mais do que a dor física, o que a destruía era o fato de que seu próprio pai a tinha atacado.

Naquele momento, Helena percebeu que sua esperança, sua crença de que um dia seria reconhecida, estava morta. Ela estava sozinha, e o homem que deveria amá-la incondicionalmente acabara de destruir o que restava de seu espírito.

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Capítulo 2 – A Revelação de Helena

A Revelação de Helena

Helena passou a noite deitada no chão frio de seu quarto, sem conseguir se mover. Cada músculo do seu corpo doía, cada respiração parecia uma luta. A lembrança dos socos de Raul ainda a atormentava. Seu pai, o homem que deveria protegê-la, havia cruzado a última linha. Mas, naquele momento, algo dentro de Helena quebrou — não era mais a menina que esperava por reconhecimento, mas uma mulher que sabia que o amor de seu pai nunca viria.

Quando o sol começou a nascer, ela se levantou com dificuldade, as dores ainda latejando em seu corpo. Olhou para o espelho mais uma vez, desta vez sem nenhuma esperança nos olhos. Tudo o que restava era uma determinação fria e dura.

Helena (para si mesma, em voz baixa): "Eu preciso sair daqui. Não posso mais viver dessa forma."

Enquanto descia as escadas naquela manhã, o cheiro de café fresco invadia a casa. Julia e Isabela já estavam na mesa de café, trocando sorrisos condescendentes enquanto ignoravam completamente a presença de Helena, como sempre faziam. Mas desta vez, algo estava diferente em Helena. Ela não se importava mais com o desprezo delas. Não havia mais nada para elas tirarem dela.

Julia (notando o rosto machucado de Helena e rindo): “Nossa, que cara é essa? Levou uma surra e nem me convidou para assistir?”

Isabela (com uma expressão de falsa compaixão): “Tsk, tsk, Helena. Sempre arrumando problemas. Quem sabe você deveria ser mais... cuidadosa.”

Helena sabia que elas sabiam o que Raul tinha feito, mas, como sempre, preferiam ignorar ou ridicularizar sua dor. Ela apertou os punhos, controlando a raiva que fervia dentro dela, mas decidiu manter a calma. Não adiantava confrontá-las agora.

Helena (fria, mas com firmeza): “Não se preocupem. Logo estarei fora de suas vidas.”

O silêncio que seguiu sua declaração foi quase palpável. Julia e Isabela trocaram olhares rápidos, como se tentassem decifrar se Helena estava falando sério. Mas antes que pudessem responder, um dos empregados entrou no salão, visivelmente nervoso.

Empregado: “Senhorita Helena, seu pai está lhe chamando no escritório.”

Helena sabia que aquele chamado não traria nada de bom, mas ela também sabia que precisava ir. Era o momento de encarar Raul após o que havia acontecido na noite anterior. Com um último olhar indiferente para Julia e Isabela, ela se levantou da mesa e seguiu em direção ao escritório.

No escritório de Raul Bernardi

Ao entrar no escritório, Helena encontrou Raul sentado à sua mesa, com um ar abatido, mas claramente ainda sentindo o peso da ressaca. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, e ele parecia exausto. No entanto, sua expressão estava diferente — mais severa, mais fria. Havia uma decisão sombria em seu olhar.

Raul (sem rodeios): “Sente-se.”

Helena se aproximou da cadeira à frente da mesa e se sentou, mantendo uma postura firme, apesar das dores que ainda latejavam em seu corpo.

Raul (sério, com a voz pesada): “A situação da família piorou. Estamos à beira da falência, Helena. A empresa... acabou. Estamos afundados em dívidas, e eu preciso tomar uma decisão para nos salvar.”

Helena manteve o silêncio, ouvindo atentamente. Sabia que algo terrível estava por vir, mas não tinha ideia do que seria.

Raul (desviando o olhar por um momento, depois voltando a encará-la): “Eu tentei todas as opções, conversei com todos os investidores. Mas ninguém quer nos ajudar. A única solução que me resta... envolve você.”

Helena sentiu um calafrio subir por sua espinha. Algo em seu instinto a alertava que Raul estava prestes a revelar algo devastador.

Helena (fria): “O que o senhor está querendo dizer?”

Raul (evitando o olhar dela): “Eu fiz um acordo. Matteo Dilmurat, um dos homens mais poderosos e influentes da China, concordou em nos ajudar. Ele tem os recursos para nos tirar dessa falência. Mas... em troca, ele quer algo.”

Helena podia sentir o desespero em cada palavra do pai. E então, a verdade atingiu-a como uma pancada.

Raul (num sussurro quase imperceptível): “Ele quer você.”

O coração de Helena acelerou. Sua respiração ficou pesada, e por um momento, ela achou que seu mundo estava desabando novamente.

Helena (atônita, tentando processar): “Você... me vendeu? Como se eu fosse um objeto?”

Raul (frio, sem emoção): “É o único jeito de salvar a família, Helena. Matteo Dilmurat pode nos tirar do buraco. Você só precisa fazer sua parte.”

Helena sentiu como se o ar tivesse sido arrancado de seus pulmões. A dor física das agressões da noite anterior parecia insignificante em comparação à dor emocional que agora rasgava seu coração. O próprio pai a estava entregando a um homem que ela sequer conhecia, em troca de dinheiro.

Helena (com uma voz fria e controlada): “Eu não sou um bem, pai. Eu sou sua filha.”

Raul a encarou, mas havia uma frieza assustadora em seu olhar. Ele estava tão consumido pela ganância e pelo desespero que já não via Helena como sua filha, mas apenas como uma solução para seus problemas.

Raul (impassível): “Isso não importa mais. Você vai fazer isso pela família.”

Helena se levantou, sentindo um misto de revolta e desespero. Ela sabia que não havia escapatória. Sabia que Matteo Dilmurat não era o tipo de homem que aceitava recusas. A partir daquele momento, sua vida não lhe pertencia mais.

Antes de sair do escritório, Helena se virou para Raul uma última vez. Seu coração doía, mas ela não permitiu que as lágrimas caíssem.

Helena (fria): “Eu nunca vou perdoar você por isso.”

Ela saiu do escritório sem olhar para trás, deixando Raul sozinho com seus demônios. Ao caminhar pelo corredor, Helena sentia uma mistura de raiva, tristeza e, acima de tudo, determinação. Ela sempre soube que não poderia contar com sua família, mas agora, mais do que nunca, sabia que estava verdadeiramente sozinha.

Mas Helena não seria uma vítima. Se Matteo Dilmurat queria comprá-la, ele descobriria que ela não seria uma prisioneira submissa. Ela encontraria uma maneira de sobreviver — e, eventualmente, de se libertar.

Ela nunca deixaria que ninguém a quebrasse novamente.

Capítulo 3 – A Desintegração da Família

A Desintegração da Família

O silêncio que pairava sobre a mansão Bernardi naquela manhã parecia pesar mais do que o normal. Helena caminhava pelos corredores como se estivesse presa em uma névoa, seu coração apertado pela dor, mas sua mente afiada com a determinação de resistir. Ela não seria derrotada pela traição de seu pai. Matteo Dilmurat podia até tentar comprá-la, mas nunca possuiria sua alma.

No entanto, enquanto a mansão parecia desmoronar ao seu redor, Helena sabia que não era a única que sentia o impacto das decisões destrutivas de Raul. A desintegração da família Bernardi estava apenas começando, e Helena podia sentir o colapso iminente em cada canto daquela casa.

No quarto de Helena

Helena se trancou em seu quarto, tentando processar os eventos que acabara de enfrentar. Tudo parecia tão surreal, como se estivesse presa em um pesadelo do qual não conseguia acordar. Seus pensamentos giravam em torno de um único nome: Matteo Dilmurat. Quem era esse homem, e por que ele a queria? O que ele esperava ganhar ao comprá-la como se fosse uma mercadoria?

As perguntas rodopiavam em sua mente, mas a raiva e o ressentimento por sua própria família logo tomaram conta. Não era só o fato de ter sido vendida que a atormentava, mas o quanto sua família a via como algo descartável. Raul, seu próprio pai, havia sacrificado sua dignidade sem sequer hesitar.

Helena (para si mesma, com raiva contida): "Eu não sou uma moeda de troca... Não sou a solução dos problemas deles."

Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela as enxugou rapidamente, recusando-se a ser vista como fraca. De repente, uma batida suave na porta a trouxe de volta ao presente.

Entrada de Julia

A porta do quarto de Helena se abriu lentamente, e Julia entrou sem pedir permissão, como sempre fazia. O rosto de Julia carregava aquele mesmo sorriso debochado que Helena tanto desprezava, mas havia algo diferente nela agora — uma satisfação cruel em seus olhos.

Julia (cruzando os braços, com uma risada baixa): “Então, nossa querida Helena finalmente vai deixar a casa. Quem diria? Até que enfim vai ser útil para alguma coisa.”

Helena olhou para a irmã com desprezo, mas não respondeu imediatamente. Ela sabia que Julia estava ali para provocar, para se deliciar com o sofrimento dela. Mesmo assim, Helena se recusava a dar a ela esse prazer.

Helena (calma, mas firme): “Isso não é da sua conta, Julia. Nunca foi.”

Julia se aproximou lentamente, como uma predadora que saboreia cada momento antes de atacar sua presa. Ela sabia que Helena estava ferida e aproveitaria cada oportunidade para aumentar a dor da irmã.

Julia (com um sorriso perverso): “Ah, claro que é da minha conta. Afinal, você vai sair daqui e quem sabe o que aquele homem vai fazer com você? Talvez ele te trate pior do que você foi tratada aqui.”

Helena sentiu o veneno nas palavras de Julia, mas se manteve firme. Sua vida naquela casa já era insuportável, e o que quer que Matteo Dilmurat tivesse planejado para ela, não poderia ser pior do que viver sob o controle de sua madrasta e irmã.

Helena (com frieza): “Eu aguento mais do que você imagina, Julia. E, um dia, eu vou sair dessa vida. Enquanto você... vai continuar aqui, aprisionada nessa casa.”

Julia arregalou os olhos, surpresa pela ousadia de Helena, mas logo se recompôs com um sorriso forçado.

Julia (com um sorriso sarcástico): “Veremos, Helena. Veremos.”

Sem outra palavra, Julia saiu do quarto, batendo a porta atrás de si. Helena suspirou, exausta emocionalmente, mas sabia que não poderia perder tempo. Precisava se preparar para o que estava por vir. Seu destino estava fora do controle naquele momento, mas ela não deixaria que isso a quebrasse.

No escritório de Raul Bernardi

Enquanto Helena lidava com sua própria raiva e dor, no escritório, Raul estava prestes a enfrentar a realidade cruel de suas ações. Ele se sentou à sua mesa, olhando para os papéis espalhados diante dele — documentos de dívidas, contratos inacabados, e um acordo que ele jamais pensou que teria que aceitar. Mas agora, ele estava nas mãos de Matteo Dilmurat.

Uma batida pesada ecoou pela porta.

Raul (nervoso): “Entre.”

A porta se abriu revelando um dos capangas de Matteo, um homem robusto e silencioso, vestido em um terno preto impecável. Sua presença irradiava uma autoridade fria e calculista, como um prenúncio do próprio Matteo.

Capanga (com uma voz firme e sem emoção): “O senhor Dilmurat estará aqui em uma hora. Ele espera que tudo esteja em ordem.”

Raul assentiu com a cabeça, sentindo o peso de suas próprias decisões esmagá-lo. Ele sabia que estava prestes a entregar sua filha a um homem perigoso, mas, para ele, a salvação de sua fortuna justificava qualquer sacrifício.

Raul (para si mesmo, em voz baixa): “Não tenho escolha...”

O capanga o encarou por um momento, como se julgasse o homem à sua frente, antes de sair sem mais uma palavra. Raul se afundou em sua cadeira, respirando pesadamente. Ele sabia que o confronto com Matteo estava próximo, e isso o aterrorizava.

Na sala de jantar

Enquanto Raul enfrentava seus próprios demônios, Isabela estava sentada à mesa de jantar, tomando chá, fingindo que nada de anormal estava acontecendo. Ela sempre fora uma mulher calculista, que priorizava seus próprios interesses acima de tudo, e o destino de Helena não era algo que a preocupava.

Helena desceu as escadas lentamente, observando Isabela com frieza. Sabia que sua madrasta estava por trás de muitas das decisões destrutivas de seu pai, mas não esperava mais nenhum tipo de compaixão ou decência da parte dela.

Isabela (sem olhar para Helena): “Então, está pronta para a mudança? Acho que você vai se adaptar bem à sua nova vida. É mais do que merece.”

Helena cerrou os dentes, controlando a raiva crescente dentro dela. As palavras de Isabela eram como facas afiadas, mas Helena já estava farta de ser ferida.

Helena (com firmeza): “Espero que um dia você colha o que plantou, Isabela. Essa casa... essa vida que vocês construíram, tudo vai desmoronar. E eu não estarei aqui para ver.”

Isabela, finalmente olhando para Helena, deu um sorriso frio.

Isabela: “Ah, querida, eu estarei bem. Não se preocupe comigo. Mas você... será apenas mais uma peça no jogo.”

Helena não respondeu. Não valia mais a pena discutir. Ela sabia que o fim da família Bernardi estava próximo, e quando isso acontecesse, ela já estaria longe dali. Sua mente estava focada agora em uma única coisa: sobreviver a Matteo Dilmurat.

A chegada de Matteo

Enquanto a tensão aumentava dentro da mansão, os portões da propriedade se abriram para um carro preto que entrou silenciosamente. Era o prenúncio do próximo capítulo da vida de Helena — um capítulo que ela não escolheu, mas que estava determinada a enfrentar.

O carro parou na entrada principal, e a porta se abriu. Helena observou da janela enquanto Matteo Dilmurat, um homem alto e imponente, saía do carro, com uma expressão séria e fria no rosto. Seu olhar penetrante era de alguém que estava acostumado a obter o que queria.

E, naquele momento, ele veio buscar o que lhe fora prometido: Helena.

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