Olá meninas e meninos, o livro está concluído.
Estamos iniciando mais uma aventura e esse será um pouco diferente, a perspectiva do personagem masculino irá prevalecer.
Alguns pontos importantes da história:
- Pode conter conteúdo +18
- Pode conter descrição de cenas violentas
Vamos à apresentação dos personagens principais:
Sara Weyland
Ela tem 23 anos, conhecida como a mais nova Senadora eleita. É muito linda, inteligente, vaidosa e por onde passa, arranca suspiros de admiradores.
As pessoas esperavam que ela fosse uma patricinha superficial, por ser filha de bilionários, mas Sara não era assim, se formou em ciências humanas e se engajou na luta contra a corrupção e contra o desvio de verbas públicas.
Ela se tornou amada pela população, mas em contrapartida se tornou odiada entre políticos e empresários corruptos, e assim, todos os dias, a vida da linda senadora estava em risco.
Rick Marino
Ele tem 26 anos, e tem uma origem muito humilde. Filho de uma mãe solteira, Rick não teve muitas oportunidades na vida e para ajudar a mãe, ele se alistou no exército. Rick até pretendia seguir a carreira militar, mas a descoberta que sua mãe estava com um câncer agressivo, o fez desistir da carreira militar e voltar para casa, para cuidar dela.
Porém, alguém tinha que pagar as contas de casa e do hospital e assim, sem ter muitas oportunidades, e tendo um treinamento militar, Rick acabou se tornando assassino de aluguel. Ele mentia para sua mãe sobre de onde vinha o dinheiro que ele pagava as contas e pretendia largar essa vida assim que conseguisse pagar todo o tratamento dela.
...
Gostaram dos personagens? Espero que sim.
Se decidirem ler o livro só peço que apoiem a obra, dando votos, presentes, curtindo os capítulos e comentando.
Se quiserem ajudar na renda da autora, podem assistir algumas propagandas na aba presentes, algo que ajuda muito.
Dados os avisos, vamos para a história.
POV Rick
Eu nunca acreditei em sorte. Para um homem como eu, a sorte é só um erro de cálculo de quem depende dela. Tudo no meu mundo é precisão, planejamento, execução. Eu sei o que faço e, até ontem, não havia duvidado de terminar um trabalho, uma única vez. Cada alvo caía, cada contrato era cumprido com a frieza e a eficácia de quem não tem nada além de um preço na alma.
Até que a conheci.
A missão parecia simples no papel. Senadora Sara Weyland . Nome respeitado, carreira em ascensão, muitos inimigos. Política de discurso afiado e presença de espírito.
Indo direto ao ponto, fui contratado para matá-la.
Até então, ela era só mais um nome, uma descrição fria em um dossiê, como tantos outros que já passaram pelas minhas mãos. Mas algo no tom de quem me contratou me alertou de que essa missão seria diferente. Não senti que essa missão seria diferente pela dificuldade, conheço meu valor e, se me chamaram, é porque sabiam que eu daria conta, mas senti que era diferente pelo que estava por trás do pedido.
Existia poder demais nas mãos de uma mulher como ela, bonita, vaidosa, rica, desafiadora e inteligente. Tinha o perfil de mulher que causava muita inveja por onde fosse e suas ações incomodavam as pessoas erradas.
Eu precisava me infiltrar. Criar uma proximidade com ela e a oportunidade surgiu fácil. A senadora estava à procura de um secretário particular. Um assistente que a acompanhasse em eventos, cuidasse de sua agenda, alguém discreto e de confiança.
Teria que ser alguém que se misturava fácil entre os políticos e eu tinha o perfil certo. Um homem jovem, que conseguia me passar pelo perfil profissional do bom rapaz, daquele tipo que tem ambições na carreira. Aquele perfil que ainda não descobriu que implantam essas ideias de meritocracia na nossa cabeça, apenas para nos convencer a trabalhar além das nossas funções e de graça.
O plano foi se desenhado com perfeição. Não precisei mudar meu nome, um bom assassino não deixa rastros e consequentemente não tem antecedentes criminais. Precisei apenas de um novo histórico escolar e referências falsas. Meu histórico profissional e acadêmico verdadeiro, nunca se encaixaria para esse cargo
Quando meu currículo chegou às mãos dela, foi questão de dias até eu ser chamado para a entrevista.
E foi aí que tudo começou a sair do meu controle.
Sara me recebeu em seu gabinete, sem a formalidade que eu esperava. Era cedo, antes das oito, e pontualmente eu estava lá, esperando ser chamado. O sol aos poucos se mostrava, através dos janelões, deixando o ambiente iluminado de uma forma quase suave.
Eu estava pronto para ver uma figura rígida, fria como o poder exige que fosse. Mas quando a senadora apareceu, algo se quebrou dentro de mim.
A senadora não era como eu imaginava. Não só pela beleza, que era evidente, com o cabelo escuro caindo em ondas até os ombros e os olhos verdes que brilhavam como se estivessem sempre à espreita, prontos para descobrir um segredo. Mas pela forma como me olhou. Havia uma curiosidade nela que não era comum. Uma intensidade que me atravessou no segundo em que nossos olhares se encontraram.
– Senhor Marino, certo? – ela disse, estendendo a mão e nos lábios um leve sorriso que não alcançou seus olhos.
Me levantei rapidamente, com uma empolgação que eu não esperava demonstrar. Imediatamente arrumei minha postura e a cumprimentei, mantendo o profissionalismo.
— Sim, sou eu senhora senadora. Rick Marino. É um prazer conhecê-la pessoalmente.
Entramos em seu gabinete, sentamo-nos, e ela começou a fazer perguntas sobre minha experiência.
Eu tinha decorado cada resposta, cada detalhe das minhas habilidades inventadas. Era fácil manter a fachada, esconder as minhas verdadeiras intenções, eu treinei incansavelmente para esta entrevista todos os dias.
Mas nem tudo que eu dizia era mentira. Como alguém que escolheria o seu funcionário com ideias políticas compatíveis com seu jeito de governar, ela me perguntou sobre o que eu sabia sobre distribuição de verbas públicas, sobre o que eu achava disso.
É claro que eu sabia responder, fui um garoto criado com dificuldade por uma mãe solteira, me arrisco a dizer que eu sabia mais do que a senadora, sobre os impactos da corrupção na sociedade.
Essas perguntas chegaram a mexer comigo, relembrar tudo o que passei e o que estou passando por falta das oportunidades certas, quase me fez sair de meu personagem.
Nessa hora percebi que, a forma como eu me sentia naquele momento, não era aleatório, havia algo na forma como ela me observava que fazia eu me sentir vulnerável. Ela me dizendo sobre os seus ideais na política e sobre como ficava revoltada pelas verbas públicas nunca chegarem a quem precisa, era como se, de alguma forma, ela pudesse ver através de mim, enxergar o homem que eu realmente sou, alguém que foi encurralado e não teve outra alternativa, a não ser, entrar nessa vida. No fim, nossas revoltas eram parecidas, mas …
Eu estava ali para matá-la. Esse era o objetivo. Era a razão de cada movimento que eu fazia, de cada palavra que eu dizia. Mas conforme a entrevista prosseguia, eu me sentia incomodado com a ideia de cessar a vida daquela mulher. A paixão que ela tinha em querer mudar o mundo era contagiante e eu me perguntava, qual foi o momento exato que eu perdi isso.
Quando a entrevista terminou, eu sabia que ela tinha gostado de mim. Sara, com sua perspicácia política, havia me testado de várias formas, mas eu passei em todas. E então, quando estávamos nos despedindo, ela me pegou de surpresa.
– Há algo em você, senhor Marino – ela disse, com seu olhar cravado no meu. – Algo que me intriga, eu não deveria dizer isso, mas você tem algo diferente dos outros candidatos… Bem… boa sorte e espero que possamos trabalhar juntos no futuro.
Eu dei um leve aceno, tentando manter o controle do que parecia estar escapando por entre meus dedos.
Saí do gabinete dela com um aperto no peito que eu não reconheci de imediato. Não era medo, nem ansiedade. Era algo que eu evitava há anos. Algo que eu não podia permitir que crescesse.
Era como se tivéssemos criado uma conexão imediata e eu estava me culpando muito por isso.
Acredito que em outra vida poderíamos nos dar bem, mas eu não posso desistir da minha missão. As mudanças que ela busca levam tempo e a mudança que eu preciso é para agora.
Espero que essa sensação no peito passe, pois eu não posso estar me apaixonando pela minha vítima.
POV RICK
Assim que sai do elevador, estava me sentindo eufórico, tudo deu certo como eu imaginava, até que alguém passando por mim, bateu em meu ombro e olhando para trás vi o sorriso debochado de Dave Carson.
Dave, era como um concorrente. Um homem com habilidades parecidas com as minhas e que provavelmente estava aqui, pois também queria o trabalho.
Sorrindo, Dave acenou para mim e entrou no elevador, deixado a entender que não seria tão fácil assim pegar o trabalho, se ele também se candidatou para a entrevista, provavelmente se preparou tanto quanto eu, porém, nada está perdido, o considero um concorrente, mas eu sou melhor que ele.
Sai daquele local, que estava cheio de pessoas bem vestidas e parecendo muito ocupadas e ao invés de pedir meu carro, como o serviço de valet me sugeriu assim que sai, recusei e fui caminhando até o ponto de ônibus. E ao entrar no ônibus e me sentar, aos poucos o meu personagem se desfazia.
Minhas feições se tornavam pesadas e cansadas, a medida que a minha realidade dominava meus pensamentos.
Um milhão de dólares, é o que estão oferecendo pela cabeça da senadora e com esse valor, eu finalmente poderia largar essa vida, pagar todo o tratamento de minha mãe e dar a vida que ela sempre mereceu.
O ônibus chegou ao meu destino, um conjunto de apartamentos do governo, apesar de ter feito muitos trabalhos e ser muito requisitado, nenhum me deu o valor suficiente para pagar as contas do hospital e os remédios de minha mãe… muito menos para sair desse buraco.
Entrei, sem acender a luz e fui direto para o sofá. Me deitei e olhei para o teto. O silêncio profundo tocava no meu interior vazio e não era reconfortante, era pesado. Queria estar ouvindo a voz de minha mãe, me perguntando como fui na entrevista, me pedindo para comer, pois ela fez um um pouco de leite com chocolate para mim e alguns biscoitos. Sinto saudades do seu olhar doce e carinhoso.
Infelizmente, a doença tirou dela isso, seu sorriso carinhoso, sua voz amorosa… eu mataria para tê-la de volta aqui, saudável novamente e é exatamente isso que ando fazendo, apesar de que se ela soubesse, se decepcionaria comigo. Tenho certeza que não queria que eu seguisse o caminho do pai.
Quando eu era criança, vivíamos em uma vida melhor, uma casa boa e confortável e meu pai não deixava minha mãe trabalhar, ele era aparentemente o provedor perfeito de uma família.
Mas tudo desmoronou no dia em que ele foi assassinado e verdades sombrias vieram a tona. O Sr Simpson, meu padrinho, alguém que eu achava que era um grande amigo da minha família, na verdade era um agenciador de assassinos. Nessa época, ele nos deu identidades novas e nos ajudou a fugir para Toronto.
Sim, o nome que uso e meu sobrenome não são os que eu usava no passado e eu não me lembro mais como me chamava. Eu me forcei a esquecer o passado e esquecer que meu pai, o homem que eu admirava, ganhava a vida tirando a vida de pessoas.
Minha mãe me criou sozinha e com muito esforço, sempre tive pouco, mas nunca me faltou nada. Meu sonho sempre foi dar uma vida melhor para ela e quando eu consegui me formar militar e ser escolhido para as forças especiais da marinha como sniper, pensei que conseguiria aos poucos crescer e dar uma vida melhor para ela.
Mas de repente, tudo mudou, quando recebi uma ligação do hospital dizendo sobre a doença dela, um câncer em estado avançado no cérebro. Meu mundo caiu naquele momento e eu percebi o quão fodido eu era.
Não tinha conseguido guardar dinheiro para pagar as contas, o meu plano de saúde como iniciante nas forças especiais não cobriam todo o tratamento. Tentei colocar ela em alguns programas do governo, para receber tratamento de graça e tudo era muito burocrático e aprovação levaria mais tempo do que o tempo que ela tinha para receber o tratamento e sobreviver.
Me vi obrigado a largar as forças especiais e procurar o Sr Simpson e hoje, tiro vidas, para salvar a vida da pessoa que mais amo
Dormi um pouco, mas logo acordei de supetão. Mesmo que eu estivesse empenhado na missão da Senadora, eu não podia deixar meus outros trabalhos de lado.
Hoje eu tinha um alvo e deveria me preparar.
Tomei um banho e me vesti, peguei minha bolsa e verifiquei todos os meus equipamentos e li mais um pouco sobre o dossiê do alvo:
“Edward Vieira, um cirurgião que perdeu sua licença pelo mal uso da medicina. Ele já esteve na prisão e desde que saiu, faz trabalhos para a máfia.”
Resumidamente essas eram as informações do alvo, não me parecia ser uma pessoa boa e geralmente quem contrata o serviço de um assassino, tende a ser pior ainda. Então não confunda meu trabalho com alguma espécie de justiça ilegal, assim que um desgraçado desses é eliminado, um pior entra no lugar.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!