Chloé;

- Termino de maquiar-me e coloco a máscara, ninguém sabia quem era no palco, a curiosidade sempre deixou clientes loucos para saber. Entro no palco e mostro o que fui paga para fazer. - Eu danço pole dance, quando estou no palco esqueço do mundo, amava está sensação.

- A casa está sempre cheia, e minha apresentação é uma das mais esperadas, danço 3 vezes na semana.

- Os homens ficam malucos com minha performance, sempre trago algo novo.

- Após a dança, saio rapidamente, e vou para escritório da casa para receber meu dinheiro.

- Olho a gerente e falo:

Só isso?

- Querida! Apesar de que a casa está cheia, temos muitos gastos, se tá achando pouco, então faça outros trabalhos, os homens que estão lá fora, pagariam uma fortuna para ter uma noite com você.

- Não obrigada, dançar é coisa, agora vender o meu corpo, não. - Falo pegando o dinheiro.

- E uma pena, você é bonita, dança bem, se quiser e só me ligar, agora saia sem chamar atenção. Nenhum dos clientes,nem mesmo os meus funcionários devem saber quem é você.

- O segurança da sua confiança sempre me levava escondido em seu carro até parada de ônibus.

- Termino a noite muito cansada, vou para o meu pequeno apartamento, tiro meu sapato, coloco minha roupa na máquina, e vou tomar banho. Pego uma fruta e como e vou para cama, olho a foto de minha mãe e falo:

Eu sempre vou cuidar de você mãe. - Beijo sua foto e apago.

- Acordo com despertador, me visto e tomo café, e ligo para casa de repouso onde minha mãe estava, para saber como ela tá. A moça diz que ela está do mesmo jeito, não lembra nem seu nome.- Desligo e fico pensativa.

- Aquilo me dói profundamente,minha mãe trabalhou duro a vida toda para me dar o melhor, lembro quando viajei para Londres, para tentar a carreira de dançarina, a única coisa que consegui foi várias portas na cara, por mais talento que tinha no balé, eles queriam alguém com nome, e não uma suburbana que saiu de uma cidade pequena de Sedona, Arizona(EUA).

- Minha mãe engravidou de homem que conheceu em uma festa, ela sempre me contava que se apaixonou à primeira vista e que não resistiu aos encantos dele, que dormiram juntos depois que ambos beberam muito, porém quando acordou, ele havia sumido. Ela sempre tentou ver isso como lado bom, para mim, ele deve ser o cretino que só queria transar e caiu fora depois, só não tenho mais raiva dele, porque se não fosse está loucura de ambos, eu não estaria aqui.

- A casa de repouso era o único lugar aque achei para colocá-la, não tinha como eu cuidar dela e trabalhar , a família da minha mãe, nunca quis saber dela e muito menos de mim, eu trabalhava em escritório, antes de descobrir que ela tinha Alzheimer, e o dela é severo, evoluiu muito rápido, sem ter o que fazer, passei a faltar muito no trabalho, um dia ela quase colocou fogo no apartamento,fui mandada embora, e com as economias que tinha, consegui até então achar uma casa repouso, infelizmente e bastante cara, e sem emprego e única profissão era de secretária não conseguiria com salário pagar a casa de repouso mais o aluguel do apartamento. Tive que recorrer ao jeito mais fácil.

- O poli dance aprendi com uma amiga que conheci em Londres, ambas atrás de um sonho, ser uma grande dançarina de balé, o mesmo sonho que levou toda a economia da minha mãe.

- Respiro fundo e queria apenas viver um dia de cada vez, pensar no futuro não é opção para mim, no momento, sonhos era algo que desacreditei no momento que vi pessoas por ter dinheiro e não talento passarem na minha frente.

- Após o fracasso em Londres, fomos morar na Califórnia.

- Subo na moto, coloco meu capacete e vou rumo ao trabalho, apesar de tudo, não desanimo, preciso ser forte, pela minha mãe que tanto amo.

Chloé:

- Chego no trabalho.

- Bom dia! Vitoria.

- Bom dia! Chloé

- A muitas entregas hoje, será que vai dar conta? - pergunta

- Eu preciso Vitória, deixe comigo.

-Ela separa para mim, pego algumas pela manhã e outras pegaria para tarde. - Seria corrido demais.

- Tento mais rápido possível fazer as entregas de manhã, paro, compro um lanche e vou comendo enquanto entrego.

- Depois de algumas horas vou buscar os últimos pacotes com a vitória, já estava exausta.

- Ela vai me passando até pegar um pacote e dizer:

Este pacote, terá que entregar apenas para o nome que está, não poderá deixar com ninguém e uma prioridade.

- Fala sério, Vitória, odeio esse tipo de pacote, sabe que às vezes leva triplo do tempo para entregar e cheio de frescura. - Reclamo.

- Eu sinto muito, Chloé, este semana é sua vez de pegar este tipo de pacote. - Respiro fundo e olho o nome: Evan Rodriguez.

- Ok! Fazer o que né, tentarei entregar primeiro, ou melhor por último, enfim acho melhor ir primeiro, assim corro para demais depois.

- Saio e vou no endereço que estava. Olho um grande prédio espelhado. - Uau! É bem bonito.

- Entro e falo na recepção;

Entrega para senhor Evan Rodriguez.

- A recepcionista me olha de baixo para cima e fala:

O senhor Rodriguez não chegou ainda, pode deixar comigo que eu entrego. - Ela ergue a mão para pegar o pacote e o afasto.

- Desculpe, mas apenas o senhor Rodriguez pode receber.

- Senhorita, como é seu nome mesmo?- pergunta

-Chloé Viana. -Ela nem havia me perguntado antes meu nome. - Tiro pirulito do bolso. - Até ela dizer:

Aqui não pode comer essas coisas. - Começo a rir.

- Se não pode, eu sinto muito, eu não sou funcionária e nem visita, sou entregadora. - Não ligo para o que ela fala. E coloco a pirulito na boca.

-E melhor me entregar o pacote, você não vai conseguir entregar ao senhor Rodriguez.- Fala

- Começo a rir mais ainda, faço com dedo para ela se aproximar de mim.

- Ta vendo isto aqui querida. - Falo apontando para pacote. - Ele diz que sou e obrigada a entregar a qualquer custo, se não perco pontos e menos pacotes para entrega, então irei entregar a qualquer custo nas mãos do senhor Evan Rodriguez.

- Volto mais tarde. -A deixo falando sozinha.

- Seguro aquele pacote, e fico pensando 🤔 o que será que tem nele?

- Pego a moto e continuou as entregas, até que um carro ao parar no semáforo bate na minha moto quebra lâmpada, não me machuco, foi leve , acho que falta de atenção apenas - Eu não acreditava nisso.

- Desço da moto e percebo que é um carrão bem luxuoso. - O motorista desce e fala.

- Mil perdões, senhorita. - Fala com tom de desespero.

- Você sabe que precisa pagar né. - Falo sem muito mimi..

- Sim! Claro, pegue meu telefone, eu preciso ir. - Fala olhando para vidro do carro.

- Quando o vidro se abre, e escuto;

O que houve James? - Odeio atrasos, tem 10 segundos para entrar no carro.

- Sim!Claro, senhor. - Fala morrendo de medo.

- Me aproximo do carro e vejo um belo homem sentado com sua postura arrogante.

- Coloco minha mão no vidro ainda com pirulito na boca e falo;

Devia ter mais paciência, não percebeu que se envolveu em um acidente, a tá, claro, pessoas como você acham que o seu tempo é mais precioso que resto do mundo.

- Pode ir, senhor, não se preocupe com o que houve, com o chefe como esse aí. -Aponto para ele.- já é carma.

- Ele desce do carro e fala;

O que disse? - Muitos buzinam

- O que ouviu, só porque é cheio da grana, acha mesmo que pode falar assim com seu funcionário, se achar melhor que ele, só por ter dinheiro.

- É melhor eu ir embora, não vou perder o meu tempo com pessoas como você. -Falo

- Ele dá sorriso sarcástico, e fala;

você é muito atrevida pelo que vejo e um mau motorista.

- Que eu saiba, quem bateu não foi eu, ou até nisso sua arrogância e deficiente.

- Ele se aproxima de mim, você e muito,muito.

- Muito o quer?

- Não vale a pena fala.

- Eu pelo menos dirijo e não sou um encostado que precisa de motorista.

- É sério que tô ouvindo isso, uma garotinha querendo me ensinar alguma coisa, saia das fraudas primeiro.-fala

- A nossa discussão estava calorosa e motorista James tenta amenizar a situação.

- Que saber, são pessoas como você que mundo está como hoje, um caos, cheio de pessoas mal amadas que acham que mundo gira em torno delas.

- Senhor James, vá ok, não me deve nada, e sobre seu chefe, -Falo como se ele não estivesse ali .-Diga a ele que quem precisa sair das fraudas e ele, e claro da cadeirinha de bebê conforto lá de trás. - Neste momento ele está furioso. - Subo na moto, coloco meu capacete, dou sorriso sarcástico e tchauzinho.

Chloé:

- Faço as entregas e volto a última a tal entrega especial.

- Você de novo. - Fala a recepcionista.

- E meu último pacote do dia, diga-me que ele está aqui.

- Sim! Ele está e já deixou claro que não recebera ninguém.

- Eu preciso entregar este pacote. - Falo desanimada.

- Volte outro momento. - Fala

- E agora, o que iria fazer. - Penso.

- Eu nem sabia quem era o tal Evan Rodriguez.

- Posso ir ao banheiro?- Faço cara de muito apertada.

- Vá logo, e nada de gracinhas ok.

-So a banheiros no 1 andar, os daqui de baixo estão reformando.

- Ok!

-Pegue este cartão, e de visitante, te dou apenas cinco minutos, se não voltar logo, irei atrás de você, não me arrange problemas.

- Tudo bem, obrigada. -Falo

- Passo o cartão de entrada e pego elevador, pergunto ao rapaz que está no elevador.

- Qual é andar que senhor Evan Rodriguez, tem uma entrega e esqueci o andar que recepcionista me falou, sabe como e né, mil coisas. - Falo

- É trigésimo andar. -Fala não me dando muito assunto.

- Obrigada!- Falo quando ele sair do elevador.

- Olho relógio, ela me deu apenas 5 minutos.

- Ao chegar, vejo muitos trabalhando, esse andar era imenso.

- Oi!- Falo agora com uma moça, que estava no computador mais próximo.

-Sim!

- A sala do senhor Rodriguez?

- E aquela ali, quem é você?- Pergunta

- So preciso entregar uma pacote, sou entregadora.

- Ata, ele está na sala, porém ele odeia ser incomodado, ele que mandou subir? -Pergunta

- Sim! Claro. - tento ser convincente.

- Vem, vou te levar até porta então.

- A acompanho, ela me deixa à frente da porta e fala:

E só entrar. - fala

- Franzo minha testa. - Sim, pode fazer seu trabalho, e só entrar não é, ele me chamou. - Falo sem jeito. - Era péssima em mentir. - Falo demais quando minto.

- Bato na porta. - Ele fala:

Patrícia, pode entrar.

- Não é Patrícia - Falo e ele estava cheio de papéis e olha diretamente para mim.

- Tá de brincadeira né. - Fala mordendo os lábios.

- Você! - Falo sem acreditar que aquele homem era o mesmo arrogante do semáforo.

- O que faz aqui, vai me processar pela quebra da lâmpada da sua moto.- fala sarcástico

- Não! Bem que pelo lugar que trabalha devia, não acha?

- Ele solta os papéis. - Você não me disse o que faz aqui, depois de dizer que eu uso cadeirinha de bebê.

- Naquele momento começo a rir. - Realmente levou para coração amargurado. - falo

- Já chega, saia da minha sala. - Ele pega o telefone, devia está ligando para me tirarem de lá.

- Espere, por favor. - Falo me aproximando. - Respiro fundo. - Sou entregadora, estou aqui para entregar esse pacote.

- Por que não deixou na recepção?

- E pacote com selo especial, somente o dono pode receber, e vim aqui mais cedo e não estava, agora preciso apenas que assine e pronto, não precisará desfrutar da minha companhia mais. - Falo pegando uma caneta e se aproximando.

- Não se aproxime. - Fala

- Fala sério, ainda está bravo, esqueça, sou apenas uma estranha, que amanhã nem lembrará quem eu sou.

- Quem mandou isso? -Pergunta

- Olho para o pacote e falo:

Tal de Jaqueline Correia. - Agora sabe é só assinar.

- Não vou não, esse pacote pode ter uma bomba. Tire o daqui. - Fala se afastando

- Sabe, você está deixando meu dia cada vez melhor. - Como alguém manda bomba via correio?

- Pare de besteira, todo os objetos são escaneados, não há como ter uma bomba aí, você e sem noção. - falo sem acreditar

- Olha que já vi coisas que até FBI duvidou, leve de volta, não quero isso aqui.

- Eu preciso que assine que recebeu.

- Não mesmo. - Aproximo e ele se afasta, está com medo de um pacote, então eu vou abrir e provar que não tem nada.

- Não faça isso. - Fala com tom preocupado.

- Minha empresa é segura, não há erros desses pacotes, começo a tirar o plástico e ele liga para recepção chamando seguranças.

- Você é uma louca garota.

- Eu? - Você que é baita medroso com todos esses músculos. - Falo olhando aquele braços enormes. - Balanço a cabeça para tirar foco.

- Quero dizer que vou abrir. - Assim que começo abrir o pacote , chegam os seguranças.

- Senhorita, largue este pacote.

- Começo rir, vocês são muito exagerados. -Falo

- Eu vou abrir. - Falo meio a tom de risos e cada momento que falo, eles se assustam, fazendo gestos para se protegerem.

- Todos me olham com olhos arregalados. - Abro o pacote.

- O que é isto?