Tudo Que Eu Poderia Ter Feito
Cap.1
O silêncio era brutal e torturante, em plena primavera nem mesmo as abelhas ousaram farfalhar suas asas.
O grã-duque trêmulo, soando frio aguarda a chegada das boas novas.
Era primavera no reino de Sominia , quando ao clarear da aurora, a sacerdotisa Elise Anton sentiu suas primeiras dores de parto, O grã-duque Arjem Anton logo convocou uma grande equipe médica para ajudar sua esposa, e mandou uma Carta para o Palácio...
Arjen Anton(Pai)
Vossa Majestade, minha querida irmã Imperatriz. É chegada a hora, seus sobrinhos estão por vir ao mundo. Peço que me conceda o prazer de sua companhia.
Para minha querida
irmã e majestade.
Arjen tenta acalma-se mas o silêncio era desesperador. Até que depois de um dia inteiro, um doutor invade a sala rompendo o pesado silêncio.
Ele olha atentamente Arjen e diz: Fizemos tudo que estava ao nosso alcance, infelizmente a duquesa não pôde resistir. Não imaginávamos que nasceriam duas crianças.
Arjen Anton(Pai)
Isso não pode ser verdade, é impossível, minha esposa era saudável... Um momento, você disse 2 crianças?
O médico fitou a tez amargurada do grã-duque e assentiu com a cabeça.
Arjen Anton(Pai)
Mas a barriga de minha esposa era surpreendentemente pequena até mesmo para um único Bebê.
O médico coçou a cabeça e respondeu: As crianças estavam de mãos dadas, como eu nunca havia visto. eles seguravam-se um ao outro com uma força incomum. E antes que pudéssemos retirar o 2° bebê completamente, sua esposa suspirou e não houve mais contrações.
Arjen Anton(Pai)
O que farei eu nesse mundo? Sem Elise 😭😭😭😭
Em uma primavera minha querida flor morreu, o que farei eu com 2 filhos ?
A Imperatriz invade o quarto e abraça seu irmão apertadamente na esperança de acalma-lo.
Ela sorri e diz:
Lembra de quando meus pais A Marquesa e o Marques de Eldon se foram?
Eu não tinha ninguém nesse mundo, seus pais e você me acolheram e me fizeram parte da família. Varreram toda dor que eu tinha... Agora é minha vez de ajudá-lo irmão.
A Imperatriz segurou a mão de seu irmão e o conduziu ao quarto do berçário.
Arjen Anton(Pai)
Tão pequenos...Angel e Abel, meus queridos filhos.
O médico pigarreia...
-São um menino e uma menina.
Arjen Anton(Pai)
Menina? Irmã eu tive uma menina... Como eu poderia criar uma menina sozinho?
A imperatriz por sua vez , boquiaberta e com um brilho em seu olhar , aproxima-se da garotinha.
-Irmão, eu posso dizer o futuro dessa linda garotinha. Meu filho atualmente tem 10 anos, não fará muita diferença, quando esse lindo anjo estiver ao seu lado como imperatriz. Minha linda Angela.
Arjen Anton(Pai)
Um casamento arranjado? ela nasceu hoje.
A Imperatriz ainda sob o charme dos réscem-nascidos : Deixe-me ajudá-lo, o que você sabe sobre meninas irmão?
Arjen Anton(Pai)
Contanto que você me ajude a fazê-la uma garotinha feliz. Quero que Elise fique feliz, quando enfim nos encontrarmos , quero ouvi-la dizer que fiz muito bem😭😭 Não consigo imaginar um mundo sem Elise, mas preciso ser forte.
A Imperatriz começa a chorar e abraça seu irmão o confortado: Eu sempre estarei aqui.
Cap.2
Os dias passaram-se e a Imperatriz viúva dirigia-se constantemente para a propriedade do grã-duque. Estava dedicada a tornar Ângela Imperatriz de Somnia.
Arjen Anton(Pai)
Irmã obrigado por todo apoio que você tem nos dado.
A jovem Imperatriz viúva apaixou-se por seus sobrinhos,ela observava cada comportamento das crianças.
Com o passar de 3 anos, as crianças cresceram inseparáveis, haviam rumores que elas até mesmo podiam conversar pelo pensamento.
Angel crescia um menino inteligente e corajoso, até mesmo manejando suas espadas de brinquedo era possível ver o talento da criança. Angela,por outro lado, era impedida pela Imperatriz viúva de brincar as brincadeiras de seu irmão.
A tia sempre repetia que ela deveria ser graciosa, Angela tinha apenas 3 anos, não enxergava o peso que seria colocado em seus ombros.
A Imperatriz Viúva, então decidiu levar seu filho para conhcer a futura noiva. Eduard tinha agora 9 anos, desempenhava a função de princípe herdeiro eximiamente, era uma criança de poucos sorrisos.Mas ao ver angela, ele corou, a garotinha era mais linda do que ele imaginava, contrariando tudo que ele já havia ouvido à respeito de garotas.
Os ponteiros do relógio dançavam ligeiramente , e a sinfonia do tempo tocava seu tic tac infindável. As crianças agora já tinham 6 anos, Angela vivia uma vida de treinamento para ser inperatriz e Angel dedicava-se a treinos de espada... 3 anos se passaram novamente, Angel tornou-se uma criança especial, um caso raro. Nascido sob a lua, Angel possuía a bênção divina que lhe conferiam poderes sobrenaturais em confronto e uma aparência peculiar Com cabelos brancos; Angela permaneceu da forma que era, isso a frutrou.
Angela
*Talvez eu não tenha o poder.*
Cap.3
Angela deita-se no batente de sua janela frustrada, uma lágrima solitária percorre seu olho direito, "a garotinha de 9 anos imprestável" , era assim que ela se enxergava na boca dos outros. Angela sempre gostou de espadas e do tilintar que elas faziam ao chocarem-se.
Angela
*Mamãe...você não me deu um dom divino?*
Angel entra na sala após escutar o pensamento de sua irmã e a abraça.
Angel
*Seu dom divino é existir minha irmã, nossas vidas só tem cores por sua causa*
Angela enterra a cabeça no peito de seu irmão e se debulha em lágrimas. Ainda com a cabeça em Angel ela diz sem olhar nos olhos dele:
Angel sente seu rosto molhar,uma lágrima percorria sua bochecha.
Infelizmente, as crianças cresciam cada vez mais distantes, angela seguia suas lições de Imperatriz e Angel dedicava-se a descobrir o limite do poder que o foi conferido,ele se perguntava se angela também possuía tal poder.
Angela permanecia presa entre livros de economia e aulas de etiqueta, vez ou outra pensava em Eduard e em como não conseguia lembrar direito do seu rosto.
Angela dedicava-se tanto aos estudos de Imperatriz, que cabelos brancos começaram a aparecer e sem dar muita atenção, ela apenas os tingiu achando que era estresse.
Angela
*Já se passaram tantos anos... Ele nunca mais virá me visitar?*
A Imperatriz viúva abre a porta da alcova em que Ângela se encontrava e com um largo sorriso a cumprimenta.
-Hoje vou levá-la para ver seu futuro marido, vocês se viram 6 anos atrás e eu não sei se você se lembra.
Angela
Um pouco vossa majestade
A Imperatriz viúva coloca Angela em sua carruagem e desembarcam no Castelo, Angela nunca havia contemplado tanta beleza , ela mal podia acreditar que era isso que a aguardava no futuro. Após saírem da carruagem , a Imperatriz foi convocada à uma reunião com o Imperador do Oriente e deixou Angela passear pelo castelo...
A gorota caminhava pelos corredores até que chegou a um grande jardim de lírios , seus olhos brilharam ela nunca havia visto tanta beleza, a garota se aproxima para sentir o aroma das flores e sua vista poética e bucólica é interrompida por um farfalhar nos arbustos. Angela se aproximou para ver o que estava acontecendo, e um pequeno lobo saiu do arbusto.
O lobinho negro, bem maior que angela sentou-se e ela começou acariciar seu pêlo
Angela
Que cachorrinho mais lindo você é, que garotinho mais bonzinho... Será que a titia deixa eu te levar pra casa?
O lobo negro dilatou suas pupilas enquanto seu rabo balançava incontrolávelmente.
Um barulho que vinha da estufa havia captado sua atenção até ali, agora o mesmo barulho captou a atenção da garota...
Ela e o lobo seguiram até a grande construção cristalizada, olharam por uma brechinha na porta e ficaram atordoados com o que seus olhos contemplaram...
Eduard, o Príncipe herdeiro de Somnia Em uma cena íntima com a Baronesa Castilo, Uma criança de 15 anos com uma mulher madura e casada...O lobinho encara o rosto triste de Angela e sente uma facada em seu coração.
Angela
É com ele que eu vou me casar, cachorrinho...
O Príncipe escuta uma movimentação e antes que Angela pudesse sair , Eduard a agarra pela mão:
Imperador Eduard
Quem diabos é você? E o que você está fazendo aqui?
O lobinho se enfurece e morde a mão de Eduard, enquanto Angela corre apressadamente deixando seu lencinho com o Bordado do Brasão de sua família.
O lobinho solta a mão de Eduard e corre atrás de Angela.
O Príncipe herdeiro, desconsidera a situação enquanto fechava as portas para recomeçar o que estava fazendo, o rapaz ligeiramente observa um pequeno lenço ao chão, ele curva-se e analisa cuidadosamente o objeto, até que ele reconhece o brasão.
Imperador Eduard
Então era aquela garota...
Imperador Eduard
Sempre intrometendo-se, garota odiosa... Primeiro intromete-se entre minha mãe e eu, agora até em meus assuntos privados.
O lobinho perde a garota de vista, então ele corre até uma dispensa e finalmente retorna a sua verdadeira forma, o garotinho de 12 anos corre para dentro do Palácio com a esperança de encontrar Angela, mas a reunião entre a Imperatriz viúva e seu pai havia terminado e eles precisariam retornar ao Império Oriental.
Enquanto isso, nos jardins do Palácio de Rubi da Imperatriz:
Angela
Acho que aqui ele não irá me encontrar...
Rubi
Quem não irá te encontrar?
Angela
Quem é você? E como você entrou aqui?
Angela
Mas esse Palácio é da minha tia.
Angela
O Palácio de Rubi da Imperatriz viúva.
Rubi
hahaha É que... eu não sei como explicar facilmente, mas... eu sou o Rubi.
Angela
Mas rubi é uma pedra, e a senhorita é uma mulher de carne e osso...
Rubi
Deixa eu te mostrar uma coisinha...
A mulher estala os dedos e um cajado vermelho aparece.
Rubi
Eu sou a clériga protetora da sua tia... Me chame de rubi.
Rubi
Eu sirvo sua tia desde que ela era uma criança.
Angela
Mas a senhorita parece ter a mesma idade da titia.
Rubi
Eu sou uma antiga, tenho alguns milhões de anos. Assim como a alma de sua mãe também tinha.
Rubi
Desculpe , eu nem sei o que estou falando... Como você veio parar aqui ? De quem você estava fugindo?
Angela
Eu vi algo que não deveria... O segredo de alguém.
A clériga leu a mente de Angela e viu as imagens que frenéticamente a pertubavam, ela jamais imaginaria que Eduard estaria envolvido em tais comportamentos lascivos.
Ela devia contar para A Imperatriz Nelise.
Rubi
Não se preocupe muito, apenas certifique-se de não contar a ninguém.
Angela embarca atordoada na carruagem e vai para casa.
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