Princesa Do Caos
Capítulo 1
Estava terminado de limpar a lanchonete, quanto vejo a senhora Walker vindo em minha. Não sei o que seria de mim sem ela, essa senhora é tão gentil comigo, me trata melhor que minha própria mãe, se é que eu posso chamar aquela maluca de mãe. Há dois anos que trabalho nessa pequena lanchonete, recebo uma boa quantidade de dinheiro, se não fosse esse dinheiro que recebo como garçonete e com algumas coisas ilegais, é capaz de eu já estar morta por desnutrição, até porque minha mãe e aquele nojento com quem ela é casada nem ao menos me deixam comer. Estou com a porr@ de uma tremenda dor, desde ontem que fui espancada por meu padrasto por conta que cheguei alguns minutos atrasada em casa. Ombro deslocado, minhas costas estão com alguns ferimentos profundos com algumas cores roxas e meio verdes por conta do cinto, sem falar do meu joelho direito, está doendo por conta que a desgraçad@ da minha mãe me empurrou da escada, e nem ao menos fingiu que foi sem querer.
Estava perdida em pensamentos, quando a senhora Walker toca em meu rosto me tirando do transe.
Srª Walker
Querida, está tudo bem?
A mesma diz com uma certa preocupação em seu rosto.
Maribell Petrov
Sim, estou! me perdoe, estava perdida em pensamentos.
Digo dando um pequeno sorriso que parece tranquilizar a senhora em minha frente.
Srª Walker
Acho melhor você ir para casa, passou do seu horário, você já fez até mesmo horário extra.
Maribell Petrov
Está tudo bem, eu posso ficar mais. A senhora sabe que eu amo trabalhar aqui.
Srª Walker
Eu sei, querida! mas você parece não estar muito bem, seu rosto de cansaço diz tudo, então faça o que eu digo.
Suspiro pesado e concordo em ir para casa. Pego minhas coisas e ando até a saída mancando por conta do meu joelho. Minha casa não fica tão longe daqui, mas por conta desse joelho e das dores que estou sentindo, prefiro chamar um táxi. Se passa alguns minutos e chego na rua em que eu moro, pago o táxi e sigo até minha casa vendo uma movimentação estranha, vejo alguns policiais, até que um vêm em minha direção. Penso diversas coisas, e me pergunto se algo aconteceu.
Policial
Olá, por acaso você é Maribell Petrov?
Maribell Petrov
Sim, eu sou. Aconteceu algo?
Policial
Sinto muito! mas sua mãe e o seu padrasto morreram.
Pisco os olhos sem acreditar, sinto meus ombros tensos ao ouvir o homem em minha frente.
Maribell Petrov
C-como isso aconteceu? eles estavam bem mais cedo.
Vários pensamentos passam em minha cabeça. Com quem irei ficar? vou ter que ficar em um orfanato? eu não tenho ninguém, nenhum parente, como que caralhos isso aconteceu? que droga!
Policial
Eles morreram de overdose. Misturaram vários tipos de drogas e bebidas. Arrume suas coisas, iremos tirar um pequena coleta do seu sangue para vermos se você tem algum parente e que te abrigue.
Entro dentro da minha casa e subo as escadas devagar até chegar no meu quarto, não tinha muitas coisas, apenas uma cama com um colchão fino e um pequeno cobertor, minhas roupas estão dentro de uma caixa, não são tantas. Coloco tudo dentro de uma mochila, pego alguns analgésicos, pomadas e mais algumas coisinhas. Desço as escadas e saio de casa indo em direção ao policial, o mesmo me leva para a delegacia. Estou dentro de uma sala, já tiraram a coleta de sangue, e pego no sono sem ao menos perceber.
Ouço alguém me chamar, abro meus olhos sentindo a claridade em meus olhos, vejo o mesmo policial de ontem sorrindo gentilmente.
Policial
Bom dia! Tenho uma ótima notícia, achei alguém que está disposto a te acolher.
Sinto meu coração bater forte sem acreditar, sinto um certo desconforto e um nó se forma em minha garganta.
Maribell Petrov
E quem seria esse alguém?
Policial
O seu pai. Ele mora na Itália, mas está em Los Angeles. Amanhã ele chega aqui.
Não digo nada, apenas concordo. Deito em duas cadeiras e me encolho pegando no sono novamente com um certo desconforto.
Capítulo 2
Estava no galpão de Los Angeles junto com meus dois filhos mais velhos, tinha chegado algumas horas de viagem. Estávamos resolvendo uns assuntos da Máfia, estava estressado por conta que um desgraçado queria me passar a perna. Esse fudido achou mesmo que eu não ia perceber que ele estava roubando meu dinheiro? Meus filhos estão na sala 05 torturando o ladrãozinho, quando ouço duas batidas na porta da minha sala.
Vejo meus dois filhos passando pela porta vindo sentar nas cadeiras que estão em minha frente, estavam sérios, Stefano estava limpando suas mãos, assim como Aleksander.
Matheo Greco
Ele disse onde estava o dinheiro que nos roubou?
Digo acendendo um cigarro com um copo de whisky com gelo. Me sento encostando em minha cadeira.
Aleksander Greco
Não, não disse. Mas, creio eu que ele gastou. Tantos luxos, ele sempre estava indo para boates curtir e comer algumas put@s, comprando algumas drogas.
Matheo Greco
Desgraçado! vocês mataram ele?
Aleksander Greco
Sim. Sabe como é Stefano, ele não tem paciência.
Aleksander diz olhando para seu irmão mais velho que estava calado enquanto apreciava seu whisky.
Matheo Greco
Ótimo! precisamos voltar para Roma hoje ainda.
Stefano Greco
Só perdemos tempo vindo aqui. O senhor poderia ter mandando algum dos homens daqui matar esse lixo que estava nos roubando.
Stefano diz olhando para mim, ele não estava errado.
Matheo Greco
Sim. Mas precisava ver como estava aqui, se estava tudo em ordem.
Ouço meu celular tocar, número desconhecido, eu não costumo atender, mas sentir que deveria.
Policial: S-senhor Matheo Greco?
"Sim, sou eu. Quem seria?" Digo já sem paciência.
Policial: Aqui é a delegacia de Nova York. Então, meio que estou com a sua filha.
Aperto o celular sem entender.
"Acho que você se enganou, eu só tenho filhos homens." vejo meus filhos me olhando.
Policial: Não, senhor. Sua ex-esposa Cassandra Petrov fugiu com um dos gêmeos, deixando somente o garoto e levou a garota com ela. Ontem a noite, Cassando e seu esposo morreram deixando a garota, ela não tem com quem ficar já que é de menor.
"Que porra você está dizendo seu policial de merda? não tem como essa garota ser minha filha."
Policial: A gente fez exame de DNA, e deu positivo com o seu sangue. Irei mandar algumas informações dela para o senhor, junto com uma foto dela. Espero o senhor aqui. *Desliga*
Vejo uma mensagem chegar em meu celular, sento desorientado.
Nome: Maribell Petrov.
Idade: 17 anos.
Mãe: Cassandra Petrov.
Padrasto: Alessandro Thompson.
Avós: Desconhecidos.
Avôs: Desconhecidos.
Mora: Nova York.
Data de Nascimento: 06/08/2007.
Matheo Greco
Aquela vagabund@ teve a coragem de fugir com a minha filha?
Aleksander Greco
Como assim filha?
Vejo Aleksander dizer enquanto me olhava, assim como Stefano. Jogo meu celular com a página aberta para ele e o irmão verem.
Stefano Greco
Que merda! Isso quer dizer que a pirralha aqui é gêmea do Vance?
Matheo Greco
Sim. Cassandra quando fugiu levou ela.
Aleksander Greco
Alguém deve ter ajudado ela a fugir na época, porque ela estava muito fraca por conta do parto.
Stefano Greco
Isso não importa agora, onde essa garota está?
Matheo Greco
Na delegacia de Nova York. Cassandra e o marido morreram. Vamos buscá-la, avisem os pilotos do nosso jatinho. E se limpem, vocês irão comigo.
Se levanto saindo da minha sala, sinto algumas lágrimas saindo dos meus olhos, estava sem acreditar que tinha uma filha, e o pior que perdi 17 anos da sua vida. Se aquela desgraçad@ não estivesse morta, eu a mataria sem pensar duas vezes. Maribell é tão linda, se parece tanto com seu irmão mais velho Azrael e seu gêmeo Vance.
Tínhamos acabado de chegar na delegacia de Nova York, vejo um policial vindo até mim e meus filhos. Vejo o medo em seus olhos, até eu entendo, não é todo dia que um chefe de uma das Máfias mais perigosas do mundo está em uma delegacia.
Matheo Greco
Onde ela está?
Policial
Primeiro preciso que o senhor assine alguns papéis da guarda da sua filha.
Sigo o policial junto com meus filhos, assino todos os papéis, e finalmente vou ver minha garotinha.
Policial
Senhor, espere aqui, irei buscá-la.
Não digo nada, vejo meus filhos sem paciência assim como eu.
Se passa alguns minutos, vejo o mesmo policial vindo em minha direção, Maribell está atrás dele escondida.
Capítulo 3
Estava dormindo quando sinto alguém me chamar, vejo o mesmo policial de ontem, o mesmo está sorrindo gentilmente.
Policial
Bom dia, Maribell!
Digo me sentando sentindo um desconforto em meu corpo, principalmente no meu abdômen. Os analgésicos estão passando o efeito, preciso tomar mais dois.
Policial
Seu pai e dois dos seus irmãos estão lhe esperando.
Apenas fico calada, pego minha mochila seguindo o mesmo. Tento acompanhá-lo, mas meu corpo está doendo, vejo 3 homens em pé, ao chegar perto eles me olham. O mais sério deve ter 1,97 de altura, já o loiro tem 1,95, vejo um outro homem mais velho, ele tem 1,90 de altura.
Policial
Maribell, esse é o seu pai e seus irmãos. Até mais!
O mesmo se afasta sumindo de nossas vistas. Sinto braços me abraçando, sinto um cheiro forte de perfume masculino.
Matheo Greco
Olá, la mia principessa.
Sinto minhas costas arderem, mordo meus lábios e não retribuo o abraçar. Odeio abraços, principalmente de pessoas desconhecidas, mas me sinto segura em seus braços de certa forma.
Matheo Greco
Me perdoe por demorar tanto. Você é tão linda.. eu não sabia da sua existência até algumas horas atrás.
Sinto um certo desconforto, um nó se forma em minha garganta com 6 pares de olhos me olhando, abaixo minha cabeça. Cassandra havia me dito que meu pai tinha me abandonado, mas parece que ela mentiu. Sinto alguém me levantar enquanto me abraça, sinto lábios tocarem minha testa e bochecha.
Aleksander Greco
Eu sempre quis ter uma irmãzinha, na verdade, todos os nossos irmãos.
Ele sussurra em meu ouvindo. O garoto loiro me solta e sinto braços me envolvendo em uma abraço de novo, o homem maior que é bastante sério, me abraça enquanto faz carinho em meus cabelos.
Stefano Greco
Mia bellissima bambina, ti amo così tanto sorellina.
"Minha garotinha linda, eu lhe amo tanto irmãzinha."
Me sinto uma formiga perto deles com meus 1,65 de altura. O mesmo me solta beijando minha testa carinhosamente.
Matheo Greco
Você é muda, principessa?
Ele diz sorrindo pra mim, o olho meio sem jeito.
Maribell Petrov
Não, não sou. Qual seria o nome de vocês?
Matheo Greco
Matheo Greco, criança.
Aleksander Greco
Aleksander, sou seu segundo irmão mais velho.
Stefano Greco
Stefano, sou o mais velho.
Maribell Petrov
Só tenho vocês dois de irmãos?
Matheo Greco
Não não, querida. Seu terceiro irmão mais velho se chama Azrael, seu quarto irmão mais velho se chama Damian, o outro se chama Nikolai, e não podemos esquecer do seu irmão gêmeo Vance.
Olho para cima encontrando seus olhos me encarando.
Maribell Petrov
Como assim irmão gêmeo?
Matheo Greco
Ele é alguns minutos mais velho que você, quando sua mãe fugiu levando você, apenas deixando seu irmão dormindo. Eu achei que tivesse sido somente você.
Maribell Petrov
O senhor não estava na sala quando ela nos teve?
Pergunto me sentindo desconfortável.
Matheo Greco
Não, não estava. Eu estava no trabalho, quando eu soube fui imediatamente até o hospital, mas encontrei somente Vance.
Maribell Petrov
Por que não foi atrás dela? afinal, ela era sua esposa.
Matheo Greco
Ela não me amava, assim como eu também não. Foi um casamento arranjado, mas ela me deu 7 tesouros preciosos que são vocês meus filhos.
Desvio do seu olhar, não tem como ele me amar, sou somente uma intrusa em sua família.
Aleksander Greco
Pai, devemos avisar os garotos sobre Maribell?
Matheo Greco
Sim, mande todos nos esperar em casa para apresentarmos alguém especial.
Stefano Greco
Onde está suas coisas, pequena?
Maribell Petrov
Está tudo aqui nessa mochila, Stefano.
Mostro minha mochila em minhas mãos, os 3 trocam olhares como se estivessem conversando. Aleksander pega minha mochila, enquanto Stefano passa seu braço ao redor do meu ombro me fazendo ficar grudada nele. Matheo caminha em nossa frente em silêncio com as mãos em sua calça social, algumas pessoas o encaram com medo.
Estávamos entrando no jatinho deles, Stefano disse que o jatinho era deles, enquanto eu olhava tudo com admiração, era tudo muito luxuoso. Se sentamos, Stefano está no meu lado esquerdo, quando Aleksander no meu lado direito e o senhor Matheo está em nossa frente me encarando.
Matheo Greco
Você quer descobrir mais sobre a gente? ou não tem dúvidas?
Me ajeito, sinto Aleksander me tocar e tiro minha mão rapidamente os fazendo me olhar sem entender.
Maribell Petrov
Desculpa, não gosto de toques.
Aleksander Greco
Desculpa, bambina. Eu realmente não queria lhe assustar.
Maribell Petrov
Tudo bem. Mas sim, eu quero saber algumas coisinhas.
Stefano Greco
Apenas pergunte.
Maribell Petrov
Por que as pessoas estavam olhando para vocês assustadas?
Eles se olham e voltam seus olhares para mim.
Matheo Greco
Somos uma família influente na Itália, principalmente em outros países.
Maribell Petrov
Entendo. Vocês trabalham com o quê?
Stefano Greco
Somos donos de empresas, hotéis, restaurantes, clubes, boates, entre outras coisas.
Maribell Petrov
Nossa, vocês são ricos mesmo em. Mas isso é bem legal, para vocês terem o que tem, é porque se esforçaram e trabalharam duro para isso.
Digo olhando para minhas mãos, enquanto sinto minhas mãos trêmulas, mas disfarço. Enquanto eu passava dificuldades, fome, passava por coisas horríveis, eles estavam bem de vida..mas não os culpo, ninguém ali era culpado por não saber da minha existência muito menos das coisas que eu passava, e sim minha mãe.
Aleksander Greco
Você parece cansada, ali tem um quarto, pode ir e dormir um pouco.
Me levanto e ando com uma certa dificuldade até o quarto, abro a porto e entre, fecho e me deito na cama sentindo meus olhos pesados.
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