Mila:
- Ali está ela!- fala um dos homens correndo atrás de mim
- Corro apenas com mochila nas costas no meio da rodovia , me escondo, olhando eles passarem, consigo com custo chegar até aeroporto.
- Eu não posso deixar que eles me peguem.- Meu coração falta sair pela boca.
- Paro no balcão e compro uma passagem para Filadélfia.
- Fico escondida até poder entrar no embarque, quando entro, pego o boné em minha mochila e coloco na cabeça, passando entre as pessoas até chegar no portão e assim aguardo, depois entro na aeronave, vejo aqueles canalhas no embarque, eles conseguiram me achar aqui,passo pelo portão de entrada com a cabeça baixa, e os vejo pelos vidros até entrar dentro do avião, me sento e fico de cabeça baixa.
- Quando sinto imenso alívio de conseguir, vem em minha memória tudo o que houve até chegar até aqui;
- Não morra mãe, fique comigo. - Falo chorando muito.
- Prometa que guardará esse pen drive. - Fala com dificuldade.
- Ele não pode cair em mãos erradas, meu amor.
- Faço apenas sim com a cabeça.- Não me deixe.- Falo em lágrimas
- Sinto muito minha filha.
- Mila, pegue está carta,você vai entender tudo.- Foi a última coisa que ela falou.
- Mãe! - Grito
- Os médicos entram para tentar reanimá-la. - choro muito, depois de alguns minutos o médico confirma que ela se foi, junto minhas poucas economias para velório, iria dá enterro digno a única pessoa que tive na minha vida.
- Coloco flores em seu túmulo, e abro a carta:
Minha amada filha, perdoe por deixá-la,quero que fique em segurança, a empresa que trabalhava nos obrigávamos a fazer os despejos em lugares indevidos de matérias químicos, éramos ameaçados se contarssemos,muitas pessoas adoeceram e inclusive eu, consegui pegar provas que pudessem coloca-los atrás das grades, o pen drive tem tudo, preciso que aguarde, ninguém poderá saber da existência dele, até o detetive Alfredo conseguir mais pessoas para depor contra eles não fiquem impunes.
- Não posso deixar mais pessoas morram, sei que é uma grande responsabilidade,mas, acredito que mesmo que não estivesse com você este pen drive, ele iriam atrás de você, preciso que vá para um lugar seguro, este e o endereço de uma amiga, ela a ajudará, Madalena sabe tudo o que houve. Cuide meu bem, a onde eu estive estarei com você. Eu te amo.
-Nao leve nada, apenas vá assim que eu partir, eles devem já está de olho em você.
- As lágrimas caem sem parar.
- Coloco as flores no seu túmulo e falo;
Eu prometo que irei fazer justiça, mãe, sua morte não ficará impune.
- Escorre lágrimas, minha vida virou do verso em poucos dias.
Até ouvir:
Posso me sentar ao meu lado?-Pergunta como assim, não era o assento dele? - Deve ser apenas por educação.-Penso
- Só faço sim com a cabeça, sem olhar para ele.
- Ele tira a mochila das costas e se senta, abri mochila e pega um livro.
Tento não focar, porém sou curiosa, quero dizer, tenho que saber se não é um dos criminosos desfasado, minha cabeça tava turbilhão e não sabia quem confiar, franjo meu rosto e faço olhar pequeno, tentando perceber alguma coisa estranha, até ele dizer:
Meu nome é Pedro,está indo para Filadélfia mesmo ou e escala ? -pergunta
- Neste momento, olho em seus olhos claros, que homem bonito senhor amado. - Sim! Que dizer não ,que dizer sim,- falo gaguejando- vou para Filadélfia. - Que vergonha, me viro olhando para janela,baixando o boné mais ainda e mordendo os lábios.
- Ele sorrir e fala;
Não me disse seu nome?
- Elisa. - falo pensando melhor não dizer quem eu sou verdade.
- Prazer Elisa. - Ele estica a mão para tocar a minha, e eu seguro, sinto arrepios.
- Fico encantada e ele me olhar com curiosidade e da sorriso largo. - Eu tava igual uma idiota olhando daquele jeito e acho que ele percebeu.
- Volto a olhar para janela.
- Meu coração bate forte. - Passa tempo e tiro meu boné, ele fala;
Você fica bem sem ele.
- Será que ele estava me cantando?
- Obrigada, será que vai demorar muito chegamos? - Falo.
-Era minha primeira vez de avião, estava com medo.
- Acho que umas 4 horas. - Fala
- Pelo que vejo, gosta de ler.- Aponto para livro.
- Ele mais uma vez da sorriso enorme.
- Vamos dizer que sim, é senhorita ou senhora? - Pergunta
- Desta vez sou eu que dou sorriso. - Senhorita.
- Ok! Senhorita.
- Fico alguns segundos olhando ele que faz gesto com livro, como se fosse ler.- E sorriso de tirar fôlego.
- Me viro. - Droga, como vou ficar perto de um homem desses na viagem toda.
- Morro de medo de altura.
Mila:
- O avião se prepara para decolar, e o medo invade meu ser, tento respirar de vagar.
- Quando aperto a poltrona e ele olha para mim.
- Tudo bem?-Pergunta
- Faço cara que não.
- Você tem medo de voar?-pergunta
- Eu nunca voei antes,tenho medo de altura.-Falo desesperada
- Ele pega na minha mão e a segura.
-Elisa, olhe para mim.- Fala
- Olho aqueles lindos olhos.
- Respire devagar, vamos decolar agora. Só foque em mim, logo vai passar.-Fala tentando me acalmar .-So faço sim com cabeça.
- O avião começa a decolar, meus lábios tremem, ele segura o meu rosto. - Sinto seus olhos nos meus e depois em minha boca, e os meus na boca dele.
- o avião sobe e esqueço qualquer medo naquele momento.
- Até que ele percebe que estamos próximos demais e solta meu rosto. - Olho para baixo e acabo quase pulando em cima dele.
- Ele sorrir e fala:
- Acalmasse já estamos em cima, agora precisa relaxar um pouco. - Ele encosta minha cabeça em seu ombro e segura minha mão. - feche os olhos, deixe eu pegar o livro que estava lendo, irei ler próximo de você, foque apenas na leitura.
- Ele começa a ler, fala sobre deus e os destinos, sobre sua grandeza, eu faço o contrário que ele fala, apenas fico sentindo aquele aroma, seu perfume era um cheiro diferente, não era doce e nem amadeirado, era cheiro de flores, mas não sabia identificar , e ao mesmo tempo único, não lembro de ter sentido cheiro assim, era mistura de aromas, e amava aquele cheiro.
- Acabo dormindo, até que acordo com ele cochilando com sua cabeça próxima a minha, sinto seu lábios tocando em minha cabeça, sua mão segurando a minha, foi a primeira vez que me senti protegida.
- Passa aeromoça e fala:
O casal quer algo para comer.
- Ele acorda e fala:
Não, que dizer, não somos um casal. - Aeromoça dá sorriso malicioso, como se não acreditasse.
- Ele tira seu corpo próximo do meu , e me olha sem jeito, eu faço o mesmo.
- Desculpa. - falo
- Tudo bem, não tem problema. Já estamos descendo.-Fala
- Não demora, o avião desce todos começam a sair, até ele dizer:
Foi um prazer conhecê-la.- Fala erguendo a mão.
- O prazer foi meu. -Saímos juntos e algo em mim não queria se despedir.
- Você tem malas?-Pergunta
- Não!
-Então e viagem rápida, imagino.- Fala tentando descobrir o que estava fazendo ali.
- Vamos dizer que ainda não sei como será.
- Entendo. Quando escuto:
-Padre Pedro, quanto tempo. - fala mulher com ele.
-Padre? - Falo espantada com que aquela mulher o chama.
- Ele sorrir e ela beija sua mão, ele faz o sinal da cruz para ela.
- Padre!- Ela puxa para ala de bagagem até ele pedi momento.
- Ele tira do bolso colarinho romano e o coloca.
- Elisa!
- Vou saindo e ele me para.
- Eu devia ter contado.-fala
- Desculpa padre, eu não sabia que era.
- Ele fica sem entender. - Você fala como se estivéssemos feito algo errado.
- Passo a mão na cabeça. Respiro fundo.
- Obrigado!Você tem razão, não fizemos nada de errado.
- Vamos padre. - Fala a mulher.
- Adeus senhorita.
- Por algum motivo, aquilo me doeu, que estranho.-Penso.
-Adeus e sua benção padre. -Pego sua mão e a beijo delicadamente olhando em seus olhos. - Ele rapidamente tira a mão.
- Vá com Deus. - Fala
- E senhor fique com ele.
- Ajeito minha mochila e vou para outro lado do aeroporto, olho para trás e vejo parado como se olhasse até eu desaparecesse da sua visão, depois baixamos a cabeça.- Respiro fundo e vou rumo ao meu destino.
Mila:
- Vou em busca de achar o endereço da amiga de minha mãe, chamo táxi e dou o endereço ao motorista.
- Ele diz que não e longe, fico animada.
- Olho aquela cidade, era a primeira vez que estava ali, e achei linda.
- Não demora, o motorista fala:
Chegamos, senhorita. - Olho para aquele lugar e falo:
E aqui mesmo? - pergunto
- Sim, senhorita e o endereço do convento de nossa senhora.
- Ok! - falo saindo e o pagando. -Respiro fundo e fico olhando uma linda igreja ao lado e convento. Será que ela trabalha ali? -Faco bico, pensando que poderia ser isso.
- Toco a campainha e vem uma freira.
- Bom dia!O que posso ajudar? - Fala
- Bom dia! Freira, preciso falar com Madalena.
- A senhorita, quem seria? - Pergunta
- Me chamo Mila Salles.
- Entre por favor. - Ela fala abrindo o portão
- Entro e fico olhando aquele imenso convento. Ele era lindo.
- Aguarde aqui, por favor.- Faço sim com a cabeça, segurando minha mochila.
- Logo ela vem, e fala;
(Freia Maria)
Ela está terminando de atender uma pessoa, fique a vontade.- Fala e sai.
- Observo tudo,era convento com janelas enormes, e muito bonito por dentro, um toque antigo.
-Passa alguns minutos e logo vem uma senhora freia.
-Mila Salles? - Ela pergunta
- Sim!
- Minha querida. - Ela me abraça.
- Sou Madalena, amiga de sua mãe Cristina.
- Venha comigo em meu escritório. - Ela vai me levando.
- Amiga da minha mãe e uma freia.- Fico de cara.
- Sentasse querida. - Faz gesto com a mão para eu sentar.
- Alguém bate na porta, e ela fala que pode entrar.
- E mesma freia que me atendeu.
- Madre superiora, o padre já chegou, peço para aguardar?
- Sim, claro, o avise que eu o já recebo.
- Tudo bem. - Ela sai
- Mila, que bom ve-la, como está sua mãe?
- Cai um lágrima dos meus olhos. - Ela faleceu.-Falo
- Eu sinto muito. - Fala se levantando e me abraçando.
- Madre! Ela pediu que eu vinhasse para cá, eu não sei o que vou fazer. - Falo chorando muito.
- Acalmasse querida, sua mãe me contou sobre está possibilidade de ter que recebê-la, eu só não imaginava que ela estava tão mal de saúde assim.
- Eles a mataram. - Falo limpando minhas lágrimas
- Estão atrás de mim, sai fugida, quase me pegaram.
- Mila, vamos ter tempo para conversamos, agora você precisa descansar, pedirei a freia Maria que traga um traje para você.
- O que?
- Minha filha, aqui e convento, e só podem ficar freiras, a única maneira de ajudá-la até resolver tudo, terá que ser uma noviça, falarei as demais freiras que novo membro da nossa casa.
- Eu sinto muito madre, por fazê-la mentir.
- Sua mãe foi grande amiga, e mesmo sendo contra mentiras, peço perdão a deus, sei que é caso especial e ninguém poderá saber que você não é noviça, poderia me trazer problemas.
- Tudo bem. - Falo
- Ela pega o telefone em sua mesa e chama freira a pedindo traje.
-Logo ela chega e me dá. - A freia me olha desconfiada.
- Pego a roupa e vou para banheiro que tinha naquele escritório, não sei bem se assim se chama o local de uma madre superiora.
- Visto minha roupa e me sinto estranha usando aquilo.
- Agora a leve para o quarto que será dela, a partir de agora, freia Maria.
- Sim, madre.
- Deassusto-merida, falaremos mais tarde.
- Ao Sair, me assusto.
- E falamos ao mesmo tempo:
Você!- Coloco a mão na minha boca.
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