Nota da autora/ Avisos
Olá, pessoal! Estou trazendo mais uma história para vocês e antes de tudo, preciso deixar alguns recados.
Para quem é acostumado a ler minhas histórias, sabe que a maioria tem uma pegada Dark Romance, muitos se questionam o que é uma história Dark, afinal. E não existe uma definição para um Dark. Esse tipo de história, é definido, quando há assuntos polêmicos, protagonistas anti heróis, mafiosos, e afins...muitas vezes retrata, mocinhos possessivos e relacionamentos um pouco tóxicos, isso e muito mais, entra na categoria do Dark, minhas histórias não são pesadas, mas considero sim, um Dark, porque os mocinhos dos meus livros, muitas vezes tem atitudes, que se não fosse em um livro, não seriam aceitáveis. Dizendo isso, entro no assunto desse livro em questão, ele também é um Dark, que não considero pesado, mas existirá, situações que podem gerar algum conflito ou desconforto no leitor, atitudes que podem não gostar. Então, quem não gosta desse tipo de leitura, cheio de ação, adrenalina, protagonista masculino possessivo e tóxico, indico que procure um livro que se identifique melhor, quem já é acostumado a ler os livros que escrevo, garanto que irá gostar desse também.
Se em algum momento, não se sentir confortável com a leitura ou com assuntos retratados dentro do livro, pare imediatamente, sua saúde mental vem em primeiro lugar.
Outra questão: No momento, as atualizações não serão diárias, se gosta de livros completos ou não consegue esperar a atualização, espere ter uma quantidade de capítulos, ou a conclusão do livro.
Eu precisava lançar esse livro agora, por questões maiores, pois é com um livro novo que consigo fluir em outros aspectos e outros livros.
No mais, desejo uma ótima leitura.💕
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Capítulo 01
Lorenzo
Balanço minhas pernas nervosamente enquanto observo o lugar. Paredes brancas e um cheiro irritante de limpeza e álcool é tudo o que me recebe.
Porra, eu tenho vinte e cinco anos, não poderia vir sozinho? Pareço uma criança, foi ridículo ter chamado minha mãe para me acompanhar em exames de rotina.
Eu já moro sozinho, não deveria ter incomodado ela. No caso, é menos constrangedor do que ter chamado algum dos meus amigos, que consiste em minhas duas primas malucas e meus cinco funcionários, que chegam o mais próximo de amizade. Confesso não ser de cultivar amizades, sou desconfiado demais.
Meus funcionários, trabalham comigo me auxiliando, tenho muitos trabalhos para dar conta. Faço serviços de Hackers para a máfia de meu pai e meus tios, e alguns associados também solicitam os meus serviços. Modéstia parte, eu sou o melhor, gastei muita grana para ser melhor a cada dia. Gosto do que faço, desde os dezoito trabalho com isso.
Voltando ao assunto do ambiente horrendo que me encontro, odeio hospitais. Me trazem uma sensação estranha e ruim. Fico nervoso pra caralho quando preciso vir, ou sou obrigado. Prefiro minha mãe mesmo me acompanhando, ela nunca me julgaria e assim eu evito constrangimentos.
Olho para o lado, ela foi atender uma ligação e tá demorando pra cacete! Sinto alívio imediato quando ela vem caminhando em minha direção. Porque fico tão impaciente e nervoso nessa merda de lugar? Não sei.
— Ainda não chamaram? Que demora! — reclama, minha mãe e se senta ao meu lado.
Visto minha jaqueta de couro preto que havia tirado agora a pouco, olho para minha mãe de soslaio sabendo que ela me observa.
— Não fique nervoso querido, sabe que sempre estarei com você em qualquer situação, até em momentos como esse.
Ela segura minha mão como se me desse apoio, mas logo solta, acho um exagero, eu não sou mais uma criança.
Falou o sujeito que chamou a mãe porque precisava tirar alguns tubos de sangue. Minha própria mente me acusa.
Minha mãe olha as horas no seu relógio caro, olho melhor para ela com o vestido abraçando perfeitamente seu corpo. Corpo esse que é de dá inveja em muitas moças mais jovens, o treino dela está sempre em dia ela nunca fica sem treinar um dia sequer. Seus cabelos são longos e cacheados, meu pai ama os cachos da minha mãe, na verdade, não há nada em minha mãe que meu pai não goste. Tenho quase certeza que ele se ajoelharia para ela, beijaria seus pés e lamberia o chão que ela passa, bastava apenas minha mãe pedir. Obviamente ela nunca pediria isso, mas tenho certeza que ele faria de bom grado.
Eu particularmente acho o amor deles lindo, meu pai conta que no começo foi difícil a relação deles, enfrentaram muitas crises. Ele diz ter negligenciado o casamento deles no começo, mas com o tempo eles se entenderam e aprenderam juntos.
Hoje em dia eles são tão cuidadosos um com o outro, ao nível de minha mãe ter chorado apenas por meu pai ter cortado a ponta do dedo. Sério, não tô exagerando. Ela começou a pensar em mil e uma possibilidades de algo acontecer e meu pai vir a óbito, ficava o lembrando para ter cuidado e não pegar uma infecção, pois infecções acarretam outros problemas e não conseguiria viver sem ele, caso ele morresse. É uma melação só, mas eu acho no mínimo, fofo.
Meu pai é sempre sério e fechado na rua, seu olhar é implacável e se tornou ainda mais frio com o passar dos anos. Ele é um Mafioso temido, sua fama o persegue por muitos anos, além do nosso sobrenome ter um grande peso. Os Bianchi são conhecidos por não ter pena de quem cruza seu caminho, diga se de passagem, é a mais pura verdade, não apenas fama.
— Eu precisava de companhia, e sabe que a senhora é sempre a melhor companhia de todas. — brinco, e ela faz uma careta.
— Não precisa mentir para sua mãe, eu sei que você até se controla para não chorar quando ver a agulha da seringa.
Faço uma careta para o que minha mãe disse. Meus olhos acompanham uma enfermeira gata pra caralho que acabou de passar na nossa frente, eu adoraria ser atendido por ela, trocar alguns flertes e convidar- lá para esquentar minha cama essa noite. Mas pelo sorriso que ela me lançou quando passou, provavelmente escultou o que minha mãe falou.
— O que vão achar de mim ouvindo a senhora falar isso? — reclamo e levanto já me sentindo impaciente, pagar caro no plano de saúde para uma demora dessa.
— Eu sei que é verdade, conheço bem meu bebezinho.
Minha mãe tira onda com minha cara, vejo o exato momento que mais duas enfermeiras gostosas passam rindo.
— Para de falar essas coisas, mãe! Já me arrependi de ter te chamado.
Resmungo e ela ri, entregando que está mesmo querendo tirar uma com minha cara. É meio contraditório um homem desse tamanho igual a mim, musculoso e gostoso, sentir medo de hospitais, não é? O que as pessoas irão pensar?
Depois de mais alguns minutos sou chamado para a sala de coleta. Uma enfermeira indica a poltrona dentro de uma cabine de coleta e pede para eu sentar, menos de um minuto entra outra enfermeira.
Ela venceu!
Na beleza e em tudo. Eu aceitaria levar -la para meu apartamento agora mesmo se ela quisesse. Foderia com ela até a parti no meio, beijaria sua boca um milhão de vezes e só deixaria ela ir embora quando nós dois estivéssemos satisfeitos.
As vezes me odeio por ser homem e ter a mente tão suja, sem nem mesmo conseguir controlar. Merda! Até parece que estou desesperado.
O foco dos meus pensamentos mudam, quando ela dá "bom dia" e sorri fraco, seus olhos estão abatidos e com olheiras. Isso não ofusca sua beleza de jeito nenhum, pelo contrário, chama a minha atenção ainda mais.
Que merda de lugar é esse que os funcionários acumulam olheiras? Eu sei, pela profissão ela deve pegar alguns plantões com mais de 24 horas. Não deveria me importar, mas porque isso me incomodou nela?
Seus olhos parecem implorar por algumas horas de descanso, eu a tiraria daqui agora, apenas para que ela pudesse dormir um pouco.
Porque estou me importando com uma desconhecida?
Enquanto pensava ela já tinha preparado tudo e só deu tempo de fechar os olhos quando ela aproximou aquela agulha assassina de mim.
Quando abro os olhos me encanto com seu sorriso. A observo enquanto tira meu sangue, não parando de encher aqueles tubinhos. Já foram cinco, e vejo mais quatro vazios, precisa de tanto? Vai acabar com o sangue do meu corpo.
— Já acabou, está liberado.
Ela avisa sorrindo após terminar e posso jurar que aquele sorriso foi direcionado a mim. Antes de finalmente me levantar para sair, verifico seu nome no crachá e na roupa de enfermeira.
Valentina Albuquerque.
Ser um bom Hacker me trazia alguns benefícios, não que eu seja um perseguidor, mas acabei de decidir que talvez eu queira usar os meus dotes tecnológicos para saber mais sobre ela.
— Obrigado pelo seu cuidado, Valentina.
Lanço um flerte descaradamente, vejo suas bochechas ficando coradas e ela apenas acena com a cabeça.
Lorenzo
Valentina
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Lorenzo
Minha mãe não entrou, a encontrei na recepção, com o celular no ouvido, conversava calmamente, mas seu semblante era preocupado.
— Aconteceu alguma coisa, mãe? — pergunto interessado em saber o motivo da sua preocupação. Ela faz um sinal para que eu espere.
— Sim, amor...tudo bem estamos indo.
Pelas palavras trocadas descubro estar falando com meu pai, espero até que ela finalize a ligação.
— E aí, mãe?
— Era seu pai, seu avô vai precisar fazer uma cirurgia querido. O coração dele esta fraco.
Marco Salvatore, meu avô, ele estava internado desde ontem e esse pode ser o motivo que minha mãe não largava o celular. O visitei ontem, e iria hoje novamente depois de resolver alguns problemas. Sou grato por sermos uma família unida, apesar de não sermos "flor que se cheire", quase uns "psicopatas" para ser mais claro.
Ainda sim, preservamos a união e amor. Isso faz eu lembrar de como os homens da família são uns fodidos possessivos, uns malucos por suas mulheres, parece ser um defeito de fábrica da família, visto por alguns pode ser lindo eles serem tão obcecados, mas por outros olhos, isso pode ser uma loucura. Eu acho loucura. Mas vindo dessa família, não esperaria menos, não somos muitos certos mesmo não, afinal, quem cresce aprendendo a matar gente e a ser frio e cruel, no mínimo não seria normal da cabeça. Dependendo do que é considerado normal também.
Eu pretendo não ser o tipo obsessivo, nunca eu iria ficar todo "cadelinho" para mulher nenhuma. Não que eu tenha nada contra meus parentes serem assim.
Depois de passar no balcão para pegar o dia do resultado. Fomos diretamente para o hospital onde meu avô está internado. Minha mãe veio comigo na minha Lamborghini, eu havia passado para buscar-la, ela não gosta de dirigir, está sempre no carro com meu pai ou algum motorista.
Diferente da minha tia Eloise que pega a estrada rumo a fora, e da esposa do meu tio Dante, que também dirige moto ou carro, meu tio tenta segurar ela e pede para a mesma ter cuidado, mas aquela ali é louca das idéias, a gente sempre tirava onda com ele por ser o mais rabugento e mal humorado da família e foi lá e casou logo com uma surtada, mas serviu direitinho porque ela transformou ele em outro homem.
Eu tenho provas o suficiente de que o amor transforma, mas estou convencido de que não encontrarei um amor intenso desse jeito. Talvez eu apenas não queira encontrar, essa é a verdade. Tô fora! Se fosse no tempo do meu avô ou meu pai, provavelmente já teria gente enchendo meu saco para arrumar uma esposa, mas as coisas mudaram e os tempos são outros.
Piso fundo no acelerador, ao som da minha mãe reclamando da velocidade e pedindo para diminuir. Esse carro é uma verdadeira máquina.
Não costumo usar-lo no dia a dia, prefiro minha caminhonete de sete lugares, principalmente para trabalhar, pois o porta malas é maior e hora ou outra eu preciso transportar alguns equipamentos. Tenho cinco carros na garagem e duas motos, tenho para escolher, mas os mais luxuosos como esse, uso apenas nas noitadas, hoje foi uma excessão, pois precisava fazer manutenção da caminhonete. Piloto moto, apenas quando quero sair por aí sem rumo e parar num lugar qualquer para distrair.
Em um percurso de meia hora, chegamos em outro hospital. Percebo o semblante preocupado de minha mãe e passo o braço por seus ombros, estamos todos abalados por ele está doente. Meu avô é o patriarca da família, seria um baque e tanto se ele morresse. Mesmo sabendo que todos nós iremos morrer um dia.
Minha mãe vai de encontro ao meu pai, eu o cumprimento, faço o mesmo com minha tia Eloise e seu marido e meu tio Dante e sua esposa, eles fizeram bem em não trazer o filho deles, é pequeno ainda para entender esse clima de velório.
Vou para perto das minhas primas, que estão com o semblante tão triste como todos nós.
— A vovó está lá dentro? — pergunto.
— Não queriam deixar ela entrar, mas ela ameaçou fechar o hospital se a deixassem longe do vovô. — responde Gisele minha prima.
— Eles foram obrigados a deixar ela onde os residentes assistem as cirurgias. — Diz Gabriella.
— Conhecemos bem de quem somos neto. — comento, me acomodando no banco perto delas. A cena de uma senhorinha de idade fazendo um barraco deve ter sido hilário.
Eu seria aquele que animaria o ambiente, geralmente comigo não tem tempo ruim. Sou o mais brincalhão da família e que adora um barulho, estou sempre disposto a fazer alguém que eu amo, sorrir. Mas, hoje estou sinceramente triste, e eu não gosto de me senti assim.
Fico estressado, abatido, e é nesses momentos quando me sinto triste, que saio por aí pilotando minha moto para distrair.
Ficamos todos ali, esperando terminar a cirurgia e termos alguma resposta, logo a resposta veio, a cirurgia tinha corrido bem e ele ficaria em observação.
Voltamos ao trabalho, ficou apenas minha mãe e minha tia Eloise, para se minha vó precisasse de algo. Não adiantaria ficar aquele pessoal todo por lá, iríamos visitar-lo em horários estratégicos para não ter agonia e qualquer informação importante seria colocado no grupo da família.
Dirigi até o prédio da empresa do meu pai, porque sim, eu trabalho lá, é um andar todo meu, com sete salas e eu tenho meus próprios funcionários.
Entrei na minha sala e comecei a trabalhar, tinha muita coisa para resolver.
Valentina
Mas um dia se finaliza, meu corpo começa a relaxar apenas com a idéia de deitar na minha cama e dormir. O salário que eu recebo está dando para sobreviver, mesmo que eu esteja mandando uma ajuda para a minha mãe no Brasil.
Não posso voltar para o Brasil, de jeito nenhum. Vim para cá, para fugir do que aconteceu comigo, e morar com meu irmão. Na teoria moramos juntos, mas na prática quase não nos vemos. Já que ele não para em casa.
Faz apenas três meses que estou morando por aqui, assim que cheguei, tive a surpresa de descobrir, que meu irmão tinha mentido. Ele veio para cá, estudar, tentar uma vida melhor. Pelas próprias palavras dele: queria dá a nossa família uma vida melhor.
Apesar de ser quase dez anos mais velho, ele sempre foi meu melhor amigo, o que sempre me protegia de tudo. E quando liguei na madrugada, chorando, ele pagou minha passagem para vir. Ao chegar aqui, descubro que ele leva uma vida totalmente diferente do que havia falado para mim e nossa mãe.
Droga, eu ainda estou chateada com ele, por isso. Mesmo que eu não me considere melhor que ele, já que me vejo como um monstro, depois do que eu fiz. Então como não podia voltar, tive que aceitar. Por sorte, tinha acabado de concluir o curso de enfermagem na faculdade, e mais sorte ainda, meu diploma ter sido aceito no hospital onde estou trabalhando.
Enquanto caminho até a porta de casa, imagino o que vou fazer para jantar, com o pouco de coisas que tenho na dispensa, só recebo meu segundo salário daqui há alguns dias. Abro a porta e ouço barulho de alguém na cozinha, penso que possa ser meu irmão, mas na dúvida, pego um spray de pimenta que sempre levo comigo na bolsa, junto com um taser.
— Quem está aí?
Vejo a sombra se aproximando, fico em posição de defesa já que não tive resposta.
— Calma garota, sou eu. — sinto alívio quando vejo meu irmão aparecer, enxugando as mãos num avental que veste. Olho melhor e percebo que ele está apenas com isso, está sem nenhuma roupa.
— Credo, vai vestir uma roupa. Além de me matar de susto, quer me matar de vergonha. — falo e passo por ele, indo para o meu quarto tomar banho. Ouço ele resmungar algo, mas não presto atenção no que é.
Após longos minutos, me sinto renovada depois de ter tomado um banho demorado. Visto uma roupa confortável e saio do quarto, indo em direção a cozinha, meu irmão já tinha vestido uma roupa e eu agradeço por isso, ninguém merece ter que presenciar seu irmão de trinta anos no couro, pelado.
Vejo que ele tinha colocado uma macarronada na mesa, salada, e fazia um suco, com o barulho do liquidificador não notou eu entrando, apenas quando me sentei à mesa.
— Essa comida é para me chantagear, ou fazer eu sentir menos raiva de você? — pergunto, e ele vem com a jarra de suco, sorrindo.
— Que isso, Tina. Eu não preciso disso não. — ele se senta frente a mim e me estende um prato. Eu sempre amei a macarronada que ele faz.
— Se eu não te conhecesse, talvez acreditasse, Rique. — começo a me servir, e ele apenas sorrir.
Comemos em silêncio, até eu começar a falar.
— Eu me sinto sozinha, sabia? — mudo o assunto e seu semblante se torna sério.
Eu vim achando que seria uma coisa, mas não foi nada do jeito que pensei, achei que quando ele disse que me ajudaria e pagou a minha passagem, ele seria presente. Mas faz quase duas semanas que eu não o vejo, até agora.
— Por favor, não começa com as cobranças, eu já te disse que...
— Que você virou um criminoso? E tem que sumir até conseguir esconder seus rastros.
— Merda, Tina! Não começa com isso. — ele se levanta, nervoso.
— Como não Henrique? Você tinha que ser um exemplo para mim, mas preferiu ir pelo lado mais fácil, se tornando um ladrão.
— Já te disse, o que o grupo faz, é tudo organizado, não dá para ser descoberto assim. Eu já estou aqui a mais de três anos, tô juntando dinheiro para trazer nossa mãe para cá e nos tirar da miséria. — ele diz como se fosse normal e eu bufo uma risada irônica.
— Tudo que vem fácil, se vai fácil também. — o alerto.
— Não vem bancar de santa, não. Ou esqueceu do que você fez? E o porquê de ter que se esconder em outro país?
— Foi legítima defesa! — me altero, ele sabe que não gosto de lembrar disso.
— Sendo ou não, você é tão criminosa quanto eu. Acorda Valentina, não vivemos em nenhum conto de fadas.
— Pensa em como nossa mãe reagiria se descobrisse tudo. — foco no assunto principal.
— Não é o fim do mundo. Tudo que estou fazendo é para mudar a nossa vida. Por favor, já chega disso. Você é minha irmã, eu faço tudo por você, mas para continuar morando aqui, tem que aceitar essa realidade. E a minha escolha de seguir esse caminho.
Ele se retira da sala, eu respiro fundo sem saber o que pensar. Na realidade, eu me preocupo com minha mãe, em como ela reagiria com isso. Já que ela já teve desgosto o suficiente, da minha parte.
Vou para o quarto, pego meu notebook e coloco uma série. Depois de um tempo, alguém bate na porta, mando entrar porque sei que é meu irmão. Ele se aproxima e se senta na cama.
— Quero conversar com você, preciso que me faça um favor.
Ele começa a falar e meus pelos se arrepiam, porque sinto que não é nada bom.
— Fala o que é.
— É coisa simples, só preciso que você dê um bug em umas câmeras de segurança.
Me levanto balançando a cabeça em negativa.
— Nem vem, você sabe que eu não sou hacker, apenas sei fazer algumas coisas. E outra, pedir para aceitar o que você faz é uma coisa, agora me meter no meio, é diferente.
— Você é bem melhor do que o cara que está no nosso grupo e se diz ser hacker, a última vez ele deixou uma falha, lembra que foi você quem resolveu? Você é boa Tina.
— Eu só ajudei, porque quando cheguei e soube tudo que faz, você disse que se não conseguissem esconder os rastros, você e seu grupo iriam preso ou mortos. Eu estava apavorada, Henrique. Não queria perder você. Mas eu não vou me meter nisso novamente.
— Por favor, eu não peço mais, prometo. Só me ajuda nessa.
— Está passando dos limites.
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