•Vermelho Sangue•
•Sussurros de desespero•
Noah sempre teve uma vida difícil. Após a morte da sua mãe, ele começou a notar que o seu pai o olhava de uma maneira diferente, repleta de frieza e desprezo. No dia do seu aniversário de 18 anos, Marcus o chamou para ir até o seu escritório. Noah entrou, parando em pé, atónito, sem conseguir acreditar no que acabara de ouvir do seu pai.
•Marcus•
Foi isso mesmo que ouviste, agora vai arrumar as tuas coisas que eles vêm ao jantar
E trata de vestir uma roupa decente
Noah foi para o quarto, a mente girando num turbilhão de confusão e incredulidade. As palavras do seu pai ainda ecoavam na sua cabeça, e ele não sabia como processar o que acabara de ouvir. Mesmo assim, sentia-se impotente e fazia o que lhe fora ordenado, sem ter outra escolha.
Quando a noite finalmente caiu, trazendo uma escuridão sufocante, Noah percebeu que o verdadeiro pesadelo estava apenas começando. O silêncio da casa parecia prenunciar algo terrível, e, naquele momento, ele soube que nada voltaria a ser como antes.
•Marcus•
Aqui está ele senhor
×arrasta o Noah até ao homem á sua frente×
•Mateus•
Foi um prazer fazer negócio consigo senhor Marcus
O homem agarrou-me com força, sem me dar hipótese de escapar. Um dos seus ajudantes aproximou-se rapidamente, segurando uma seringa. Antes que eu pudesse reagir, senti a picada fria da injeção no meu braço. Em poucos segundos, tudo ao meu redor começou a ficar turvo, como se o mundo estivesse se dissolvendo à minha volta. O meu corpo cedeu, e a escuridão aproximou-se rapidamente, me engolindo por completo.
Quando acordei, vi-me dentro de uma pequena cela. O espaço era apertado e frio, com grades que revelavam outras celas ao lado, onde eu podia ver outros Ómegas presos, tão vulneráveis quanto eu. Estava deitado no chão duro, e notei que a minha roupa havia sido trocada, o que fez o meu estômago revirar. A ficha ainda não caiu por completo. Eu ainda me recusava a acreditar que o meu próprio pai fora capaz de entregar-me a esse destino cruel.
O mesmo homem que havia-me agarrado antes entrou na sala, a suaua presença imediatamente atraindo a atenção de todos os Ómegas. O seu olhar frio e impiedoso fez-me sentir um arrepio. A realidade finalmente começava a se instalar — isso estava realmente acontecendo.
Ele ordenou que nos levantássemos e ficássemos em fila. Com gestos rápidos e sem hesitação, algemou as mãos e os pés de cada um de nós. O som metálico das algemas ecoava pelo ambiente, aumentando a tensão. Ao olhar em volta, percebi o desespero nos olhos dos outros Ómegas. Não havia escapatória. O leilão estava prestes a começar, e eu era apenas mais uma mercadoria à venda.
•Mateus•
E por fim, mas não menos importante, temos um Omega puro
Pode entrar Noah
Recuso-me a ir sem, ao menos, tentar lutar. O meu corpo treme de medo e revolta, mas mesmo algemado, não vou entregar-me facilmente. Quando o homem tenta empurrar-me em direção ao palco, as minhas pernas travam, e eu resisto com todas as forças que me restam. Cada fibra do meu ser se recusa a aceitar que estou prestes a ser exibido como uma mercadoria. Grito, debato-me, faço tudo o que posso para não ser arrastado para aquele lugar, mesmo sabendo que as hipóteses de escapar são mínimas. Não vou entrar naquele palco de livre vontade.
•Noah•
Nunca me farão entrar naquele palco de livre vontade! Nunca!!
Senti um estalo seco no rosto, a dor ardendo na pele enquanto a minha cabeça virava com o impacto. Antes que pudesse recuperar-me, dois homens agarraram-me, e, apesar de eu me debater com todas as forças, eles arrastaram-me violentamente para o palco. As minhas pernas chutavam o ar, o meu corpo se contorcia, mas era inútil. A força deles era esmagadora, e, por mais que eu resistisse, fui levado contra a minha vontade, exposto como uma presa diante de predadores.
•Mateus•
×seguro o seu rosto×
você não passa de uma mercadoriazinha inútil
•Noah•
×cuspo no rosto do homem×
E você não passa de um velho nojento
O homem fez um sinal e, em questão de segundos, os seus homens aproximaram-se de mim com um olhar determinado. Antes que eu pudesse protestar, colocaram uma mordaça na minha boca, restringindo a minha capacidade de falar. O tecido era grosso e sufocava-me, tirando qualquer hipótese de gritar ou defender-me. A realidade do que estava acontecendo atingiu-me em cheio; eu estava completamente silenciado, à mercê dos caprichos deles, enquanto o desespero se apoderava de mim.
•Mateus•
Peço desculpa senhores e senhoras, este Omega chegou cá hoje e ainda não foi educado, mas o seu dono terá todo o direito de o ensinar do seu modo
•Mateus•
O senhor não se vai arrepender da sua compra, senhor Leonardo
•Leonardo•
Espero nem que não Marcus
Agora vamos omega
Tento me soltar, lutando contra a força deles, mas Leonardo me dá um estalo tão forte que sinto o gosto de sangue na minha boca. A dor é intensa e me deixa tonto por um momento. Ignorando meu sofrimento, ele e seus homens me arrastam até um carro. Meu corpo é jogado no porta-malas, e a escuridão me envolve enquanto choro silenciosamente.
•Leonardo•
Pelo comportamento de hoje não terá jantar
Quando Leonardo fechou a porta, desabei a chorar. As lágrimas escorriam pelo meu rosto, a dor e o desespero pareciam insuportáveis. Não sei quando adormeci, mas acordei com o sol batendo no meu rosto e uma dor latejante no pescoço.
Quando coloquei a mão no pescoço, senti algo preso ali, como uma coleira. O material rígido apertava a minha pele, um lembrete cruel da minha nova realidade.
•Leonardo•
Já ouviu falar de coleira de choque?
Sempre que falar será essa a sua punição
Veremos se terá tanta língua como tinha no leilão
•Noah•
Eu nunca vou deixar de lutar! Nunca vou ser domado!
Mal abri a boca, a dor começou instantaneamente, mas eu nunca me darei por vencido. A resistência ardia dentro de mim, e, mesmo diante da dor, eu me recuso a deixar que eles me quebrem.
•Leonardo•
é o que veremos
•O preço da liberdade•
Já não sei há quanto tempo estou aqui. Os dias se misturam, sempre iguais, como um ciclo interminável de dor e humilhação. Acordo e sou torturado, tratado como uma simples mercadoria, como se minha vida não tivesse qualquer valor. Isso se repete até anoitecer, todos os dias, sem pausa.
Faço apenas uma refeição por dia — um pedaço de pão duro, um copo de água e uma sopa de gosto estranho que mal consigo engolir. Minha garganta dói, e meu corpo, exausto, já não tem forças. Cada movimento é um esforço, mas, mesmo assim, me recuso a desistir, embora a esperança pareça mais distante a cada dia.
•Leonardo•
×cospe encima de Noah×
Omega inútil, nem sequer serve para brinquedo
Eu não tinha forças para me levantar. O cansaço e a dor me dominavam por completo. Estava exausto, então apenas permaneci imóvel, resignado, enquanto Leonardo me batia mais uma vez. Cada golpe era mais uma lembrança do quanto estava preso e vulnerável, mas naquele momento, tudo o que eu conseguia fazer era esperar que a dor passasse.
•Leonardo•
Que nojo, Ômega nojento! Nunca vi nada tão feio e repulsivo na minha vida! Olhar pra você me dá vontade de vomitar! A verdade é que eu devia acabar logo com isso e te matar de uma vez... Quem é que sentiria falta de um lixo como você, hein? Ninguém! Você não vale nada!
Eu não tinha forças na minha voz para lhe responder. Cada tentativa de falar era sufocada pelos choques constantes da coleira, que pulsavam em meu pescoço. A dor me silenciava, tornando impossível qualquer reação, mesmo quando meu coração gritava por dentro.
•Noah•
×chuto sua perna×
NOJENTO É VOCÊ, SEU VELHO REPULSIVO, VOCÊ É QUE TA SOZINHO NO MUNDO E PRECISA DE HUMILHAR OS MAIS FRÁGEIS PARA SE SENTIR MELHOR COM A SUA INFERIORIDADE
Não sei de onde surgiram as forças, mas algo dentro de mim se recusava a ceder. Mesmo exausto, eu sabia que não me daria por vencido.
Leonardo me agarrou com força e me arrastou para uma sala que cheirava mal. Assim que entrei, ele me acorrentou ao chão, imobilizando-me. Em seguida, tirou um ferro quente e, com um sorriso cruel, marcou meu ombro. A dor foi instantânea e aguda, um lembrete permanente do meu lugar naquele inferno.
•Leonardo•
×olha para Noah desmaiado no chão×
Isto é tudo culpa sua
•Noah•
(quando tempo se passou? O meu corpo dói por inteiro)
×desmaia novamente×
Uma coisa eu sabia: não podia continuar assim. Quando acordei, não estava mais amarrado ao chão, mas todas as portas estavam trancadas. A liberdade momentânea logo se transformou em frustração. Precisava encontrar uma saída.
•Noah•
(e agora Noah! Pensa! Pensa! Pensa!)
Procurei por toda aquela sala nojenta até que, finalmente, encontrei uma possibilidade. Aquela era a minha saída.
•Noah•
×sorri satisfeito com lágrimas nos olhos×
Finalmente vou sair daqui
Ouvi barulho vindo das escadas e, rapidamente, me deitei onde estava, fingindo estar desmaiado. O coração batia acelerado, e cada segundo parecia uma eternidade enquanto eu esperava para ver o que aconteceria.
•Leonardo•
Não me acredito que você ainda não acordou, Ômega inútil! Não serve nem para aguentar uma tortura. Que nojo! Como é que pude comprar uma coisa tão ridícula e repulsiva?
•Noah•
(senti a respiração de Leonardo ficar próxima de mim e o seu corpo sobre o meu, o quê que ele pensa que está a fazer? Mas tenho que aguentar, não me posso mexer agora, esta é a minha única chance)
•Leonardo•
Pode ser que sirva para eu me divertir um bocadinho de outra forma
×começa a despir as calças de Noah×
•Noah•
(não, não, não, não, eu não posso deixar)
Não podia deixar que ele me tirasse isso; meu corpo não aguentaria mais. Usei todas as forças que me restavam e segurei com firmeza o vidro afiado que encontrei mais cedo. Rezei para que desse certo e, num movimento rápido, o cravei no pescoço de Leonardo.
•Noah•
(fizeste o necessário Noah, está tudo bem)
Tirei o corpo de Leonardo de cima de mim enquanto ele se contorcia, com a mão no pescoço, tentando estancar o sangue que jorrava. Minha roupa estava completamente manchada pelo sangue dele. Era agora ou nunca.
•Noah•
×corre em direção á porta por onde Leonardo entrou×
•Janna•
Senhor Leonardo? está tudo bem?
•Noah•
(e agora? e agora ?)
Não se aproxime! Eu-
•Janna•
você, o que aconteceu ? O senhor Leonardo, onde está?
Me ajoelhei no chão, com a mão no pescoço, incapaz de suportar a dor que a coleira me provocava sempre que falava.
•Janna•
×vê Leonardo morto no fundo das escadas×
você precisa sair daqui, o senhor Leonardo tencionava dar você hoje para o seu irmão
•Janna•
Fuja, fuja enquando há tempo!
A Lucy me entregou uma mochila com algumas comidas e água, olhando nos meus olhos com urgência. Ela me disse para me esconder na floresta e para nunca mais voltar, pois o irmão de Leonardo era muito pior que ele. A advertência dela ecoava pela minha mente.
•Noah•
(acho que por esta noite vou ficar aqui)
×parado em frente a uma casa de madeira abandonada enquanto sorri fracamente×
Após muito trabalho, consegui limpar a casa toda. Estava completamente exausto. Tudo o que aconteceu hoje ainda pesava na minha mente, como se cada lembrança me puxasse para baixo. O medo, a dor e a luta pela sobrevivência se misturavam, mas eu sabia que precisava seguir em frente, mesmo que a exaustão me consumisse.
•Noah•
finalmente, lar doce lar
×suspira enquanto se deita na pequena cama×
Agora que posso finalmente repousar, as memórias inundam minha mente. Meu pai, o meu próprio pai, me vendeu, e essa traição cortou mais fundo do que qualquer tortura que eu tenha sofrido. Fui submetido a crueldades inimagináveis por um psicopata, mas a maior dor foi perceber que quem deveria me proteger se tornou meu carrasco. O peso da traição é insuportável, e o coração se despedaça ao pensar que ele foi capaz de me sujeitar a tudo isso. A solidão e a desilusão me envolvem, e, enquanto fecho os olhos, sinto que essa dor nunca irá embora.
•Noah•
×adormece enquanto chora×
•Renascendo em silêncio•
Já faz seis meses que estou vivendo na floresta, e, de certa forma, estou realmente habituado a esta vida. Aprendi a me adaptar ao som das folhas e ao frio da noite. Embora ainda não tenha encontrado uma forma de tirar a coleira que Leonardo me pôs, com o tempo, consegui fingir que ela não está mais no meu pescoço. A dor dela se tornou um eco distante, um lembrete da minha antiga vida, mas a liberdade que encontrei aqui me dá forças para seguir em frente.
•Noah•
×lavando as roupas no riacho×
•???•
×segura o seu ombro×
•Noah•
×se afasta rapidamente assustado e deixa cair as roupas todas no riacho×
(não pode ser)
•???•
parece que finalmente nos encontramos
×seguro o seu braço×
•Noah•
Me solta !
Quem é você ?
Tentei me debater, mas aquele homem era tão forte. Cada movimento que eu fazia era em vão, suas mãos firmes me seguravam com uma força que parecia sobre-humana. O desespero crescia dentro de mim, mas eu sabia que precisava encontrar uma forma de escapar daquela situação, mesmo que a luta parecesse impossível.
•???•
Aléssio, irmão de Leonardo
•Alessio•
você matou o meu irmão então agora eu irei me vingar e visto que todos os pertences dele agora são meus, então você também me pertence
Aquele homem… eu não podia acreditar que o irmão de Leonardo me tinha encontrado. Ele arrastava-me pela floresta com uma força e velocidade assustadoras, como se eu fosse um fardo insignificante. O medo se misturava com a frustração enquanto tentava lutar, mas era como se estivesse num pesadelo, sem conseguir escapar do seu aperto implacável.
•Noah•
×finge tropeçar e agarra uma pedra do chão×
•Alessio•
O meu irmão sempre disse que o Ómega era um inútil, mas não acreditei que fosse inútil ao ponto de cair sozinho
×continua a puxar sem olhar para Noah×
Com o braço que tinha livre, usei toda a minha força para acertar a cabeça de Alessio com a pedra. Ele ficou atordoado, o tempo suficiente para eu me soltar e correr. A adrenalina disparou enquanto eu me afastava, determinado a conquistar a minha liberdade.
Não sabia onde estava nem o quanto corri. Depois de uns cinco minutos, deixei de ouvir barulho atrás de mim. Agora, precisava urgentemente encontrar um esconderijo.
•???•
Moço
×segura a blusa de Noah×
•Noah•
×se assusta e vira rapidamente×
Quando me virei, vi uma criança com pouco mais de um metro de altura. O menino estava com o rosto sujo de terra e os olhinhos chorosos, parecendo perdido e assustado.
•Noah•
O que aconteceu pequeno?
×ajoelho-me para ficar do tamanho dele×
•Harry•
O Harry perdeu se do pai quando veio atrás da borboleta e depois caiu e magoou o joelho
×fala com os olhinhos chorosos×
•Noah•
Então o seu nome é Harry
você está com fome Harry?
•Harry•
×barriga ronca×
Só um bocadinho
•Noah•
×lhe entrego umas bolachas que tinha no bolso×
aqui pequeno
•Noah•
(Tenho que arranjar forma de encontrar os pais dele, aqui não é seguro para uma criança, especialmente com o Aléssio atrás de mim)
•Alessio•
Ora aí está você
×agarro o braço do Noah×
•Noah•
~Eu e a minha boca grande~
•Alessio•
quem é esse? O seu filho?
Parece que o meu irmão o usou bem
•Harry•
Solta o tio
×lhe atira com uma pedra×
•Alessio•
Ora seu
×solta Noah e vai em direção de Harry×
Aproveito o momento em que Alessio me solta, pego Harry ao colo e uso todas as minhas forças para correr. Cada passo é um esforço, mas a necessidade de proteger a criança impulsiona-me a avançar.
•Noah•
(tenho que arranjar um sítio seguro para o Harry)
Enquanto corria, perdido em pensamentos e sem prestar atenção ao caminho, colidi com força contra o peito de alguém. O impacto fez-me recuar, e o meu coração disparou, temendo o que poderia vir a seguir.
•Lucian•
Harry onde você estava?
•Lucian•
×olha Noah×
você raptou o meu irmão
•Harry•
O Noah ajudou o Harry e deu comidinha
×fala com os olhinhos brilhosos×
•Lucian•
Onde você estava Harry? Eu e o pai ficamos muito preocupados!
•Harry•
Eu fui atrás da borboleta e perdi-me
•Alessio•
×segura o seu ombro×
Agora não há escapatória
Tentei debater-me, mas já não tinha mais forças após tanto correr. Para meu espanto, o homem com quem colidi afastou Alessio de mim com firmeza e, em seguida, segurou-me junto dele, como se estivesse me protegendo. Não entendi o que estava a acontecer, mas senti um breve alívio ao ver que Alessio não se aproximava mais.
•Noah•
O-obriga...
×desmaia nos seus braços×
•Noah•
(onde é que eu estou? Que lugar é este?)
Acordei numa cama macia, os lençóis tinham um perfume suave. O meu corpo doía intensamente, e, ao tentar mexer-me, senti o desconforto aumentar. Então, algo me congelou por dentro: a minha roupa havia sido trocada. O medo invadiu-me. O que aconteceu enquanto eu estava desacordado?
•Noah•
(eu… eu preciso levantar-me
não posso continuar aqui
Nem sei onde estou)
Sem me dar conta, a minha respiração começou a acelerar. A ansiedade tomou conta de mim. Eu não conseguia respirar. O ar parecia ter desaparecido. O peito apertava. O coração batia descontrolado. Olhei ao redor, buscando uma saída. A claustrofobia envolvia-me. Precisava de ar. Precisava sair.
O meu peito apertava. A dor aumentava. Coloquei a mão no peito. Apertei a blusa com força. O ar faltava. A respiração acelerava. Tudo girava. O coração batia descontrolado. Eu não conseguia pensar. Só queria respirar.
•Lucian•
×entra no quarto×
Vejo que acordou
•Noah•
×olhei para Lucian com olhar assustado e ainda com a mão no peito×
•Lucian•
ei calma
×me aproximo dele×
Me afastei instantaneamente de Lucian, mas ele continuou a se aproximar. Apertei os olhos, esperando a dor, mas, em vez disso, ele me abraçou. Fiquei imóvel, sem entender. O toque inesperado me desconcertou, e por um momento, a dor que eu esperava não veio.
•Lucian•
Está tudo bem, eu não o vou machucar
você salvou o Harry, então é o meu dever cuidar de si
Lucian soltou-me do abraço ao perceber que eu estava mais calmo. Os seus gestos eram cautelosos, e, por um momento, senti um leve alívio.
•Lucian•
Cuidei dos seus machucados e troquei as suas roupas
Também tirei aquela espécie de coleira do seu pescoço, mas ficou uma marca
•Noah•
você conseguiu tirar? como?
Coloquei a mão no pescoço e não senti mais a coleira. Senti-me tão livre e aliviado por finalmente poder falar sem dor. A sensação de libertação era indescritível.
•Lucian•
Isso é segredo, agora descanse, você ainda está muito fraco
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