Isabela Oliveira
Idade: 29 anos
Aparência: Isabela é uma jovem de estatura média, com cabelos longos e ondulados que têm uma cor castanho-escura, quase negra, que brilha sob a luz. Seus olhos são castanhos claros, expressivos e cheios de determinação. Ela tem uma pele morena que reflete sua herança brasileira e um sorriso acolhedor que ilumina seu rosto. Seu estilo é elegante e prático, misturando peças modernas com toques de sofisticação, adequados para a vida em Nova York, mas ainda mantendo um charme tropical.
Personalidade: Isabela é uma mulher forte e resiliente, marcada pela perda precoce de sua mãe e pela dificuldade em lidar com o novo casamento de seu pai. Sua formação em pedagogia reflete seu desejo de ajudar os outros, especialmente as crianças. Ela é dedicada, carinhosa e possui uma grande capacidade de empatia, o que a faz se conectar rapidamente com Emily, a filha do CEO. Sua força interior e determinação são evidentes em sua luta para começar uma nova vida em um país estrangeiro, e ela é capaz de enfrentar desafios com coragem e graça.
História: Vinda de uma situação familiar complicada e econômica instável no Brasil, Isabela busca novas oportunidades em Nova York, determinada a fazer a diferença na sua vida. Sua trajetória de babá começa por acaso, mas se transforma em um relacionamento profundo e significativo com Alexander Brooks, o CEO da empresa onde inicialmente trabalhou.
Alexander Brooks
Idade: 33 anos
Aparência: Alexander é um homem jovem e elegante, com uma presença marcante e confiante. Ele é alto, com uma constituição atlética que reflete um estilo de vida ativo e saudável. Seus cabelos são de um castanho escuro, sempre bem cortados, e seus olhos são de um azul intenso que transmitem uma mistura de inteligência e intensidade. Ele tem uma pele clara e bem cuidada, um traço que destaca seu estilo sofisticado. Alexander geralmente se veste de maneira impecável, optando por ternos sob medida e acessórios discretos que acentuam sua imagem de sucesso.
Personalidade: Alexander é um homem ambicioso e determinado, com um forte senso de responsabilidade e uma visão clara de seu trabalho e objetivos. Ele é carismático e respeitado no mundo dos negócios, mas sua experiência com o casamento fracassado e a traição da ex-esposa o tornaram um pouco reservado e cauteloso em relação a novas relações pessoais. No entanto, ele é também gentil e atencioso, especialmente com Emily, sua filha, e sua interação com Isabela revela um lado mais vulnerável e apaixonado.
História: Como CEO de uma renomada empresa de tecnologia, Alexander alcançou grande sucesso profissional, mas sua vida pessoal sofreu com o fim de seu casamento e a traição de sua ex-esposa. Sua relação com Isabela começa de forma profissional, mas evolui para um amor profundo e sincero, enquanto ele aprende a confiar novamente e a abrir seu coração para um futuro mais brilhante ao lado de Isabela e de Emily.
Emily Brooks
Idade: 5 anos
Aparência: Emily é uma menina encantadora com características adoráveis e delicadas. Ela tem cabelos loiros e ondulados que caem até os ombros, e seus olhos são de um azul claro, semelhantes aos de seu pai. Sua pele é clara e macia, com um brilho saudável de infância. Emily possui um sorriso contagiante que reflete sua natureza alegre e carinhosa.
Personalidade: Emily é uma criança doce e afetuosa, com uma natureza gentil e uma paixão contagiante. Ela é curiosa e adora explorar o mundo ao seu redor, muitas vezes se encantando com pequenas descobertas e momentos simples. Sua personalidade é marcada por uma doçura natural, e ela é muito apegada a Isabela, a babá, a quem vê como uma figura materna e amiga. Emily também demonstra uma grande capacidade de adaptação, lidando bem com as mudanças em sua vida, especialmente com a nova presença de Isabela e a evolução na vida de seu pai.
História: Como filha de Alexander Brooks, Emily é uma parte central da vida do CEO e uma motivação significativa para suas decisões pessoais e profissionais. A presença de Emily no enredo adiciona uma dimensão de ternura e afeto à história, e sua relação com Isabela é crucial para o desenvolvimento do romance entre sua babá e seu pai.
O som abafado dos pássaros cantando ao longe invadiu o quarto escuro de Isabela. O ar estava pesado, carregado com a umidade da manhã, e o cheiro familiar de madeira antiga preenchia o ambiente. Ela abriu os olhos lentamente, sentindo o peso da realidade se abater sobre seus ombros antes mesmo de levantar. O sol mal havia surgido no horizonte, mas sua mente já estava inquieta, ansiosa pelas preocupações que o dia traria.
Ela olhou para o teto, a madeira lascada e o som ocasional de goteiras eram lembretes constantes de que sua vida naquele lugar estava longe de ser fácil. A casa que outrora fora seu refúgio agora se transformara em um cárcere sufocante desde a morte de sua mãe. Tudo ali parecia sem vida, sem cor, como se o espírito da casa tivesse partido com a mulher que Isabela tanto amava.
Com um suspiro profundo, ela se forçou a sair da cama. Seus pés descalços tocaram o chão frio e úmido, arrancando-a do torpor. Caminhou até o banheiro, sentindo o cansaço nas pernas e no coração. Ao abrir a torneira enferrujada, a água morna escorreu lentamente por suas mãos, e ela lavou o rosto, tentando afastar os resquícios de uma noite mal dormida. O espelho à sua frente refletia seu semblante abatido, os olhos cansados e a pele pálida. Ela não era mais a garota alegre e esperançosa que sua mãe conhecera; a vida, com suas perdas e desilusões, havia levado isso embora.
Após sua higiene pessoal, Isabela voltou para o quarto. Abriu a mala velha, que já estava sempre pronta, como se a qualquer momento ela fosse fugir. Seus dedos deslizaram pelo tecido desgastado das roupas, e ela escolheu uma calça jeans surrada e uma blusa branca simples, símbolos de sua simplicidade e luta. Enquanto se vestia, seus pensamentos corriam soltos, buscando uma saída daquela rotina opressora.
— **Isabela, você ainda está aí?** — A voz estridente de Regina ecoou pela casa, atravessando as paredes finas.
O coração de Isabela apertou. A presença de sua madrasta sempre trazia um peso adicional ao dia, uma tensão constante que parecia estar no ar. Ela fechou os olhos por um breve momento, respirando fundo, antes de abrir a porta do quarto e se preparar para o inevitável confronto.
Regina estava parada na cozinha, mexendo em algo no fogão. O cheiro de café queimado invadia o ambiente, mas o olhar duro e desdenhoso da mulher era o que realmente preenchia a sala.
— **Você não vai fazer nada o dia inteiro?** — Regina disparou sem nem olhar para Isabela, sua voz carregada de desdém. — **Seu pai e eu trabalhamos duro para sustentar esta casa, e você só sabe ocupar espaço.**
Isabela engoliu seco. As palavras de Regina sempre doíam, mesmo que ela tentasse se acostumar. Sentia-se como uma estranha dentro de sua própria casa, uma intrusa na vida que antes lhe pertencia.
— **Eu estou procurando emprego...** — respondeu Isabela com a voz baixa, tentando conter a frustração. — **E faço o que posso aqui.**
Regina soltou uma risada seca, finalmente virando-se para encarar a enteada.
— **Emprego? Você acha que vai conseguir algo além de bicos? Uma mulher como você não vai longe, Isabela. Seu pai tinha razão. Você só traz problemas para essa casa.**
A dor cresceu em seu peito, mas ela não queria dar o gosto a Regina de ver suas lágrimas. Isabela apertou os punhos, reprimindo a vontade de gritar, e desviou o olhar. Ela sabia que qualquer resposta apenas alimentaria a hostilidade da madrasta.
Nesse momento, a porta da frente se abriu, e seu pai entrou. Rafael, um homem de semblante cansado e ombros curvados, nem ao menos a olhou. Ele caminhou até a mesa da cozinha, largando suas ferramentas de trabalho com um baque seco. O cheiro de poeira e suor impregnava suas roupas, mas havia algo mais — a indiferença. O vazio em seu olhar quando passava por Isabela era quase insuportável.
— **Bom dia, pai** — disse Isabela, esperançosa por algum tipo de resposta, por mínima que fosse.
Rafael apenas grunhiu em resposta, pegando uma xícara de café antes de se sentar, alheio à presença da filha.
Era sempre assim. A ausência de amor de seu pai a machucava mais do que as palavras de Regina. Ele não era o homem que costumava ser. Desde a morte de sua mãe, ele se tornara distante, frio. A culpa pelas falhas do passado era sempre jogada sobre Isabela, como se ela fosse a responsável por tudo o que dera errado.
Ela sabia que não podia continuar vivendo assim. A sensação de ser indesejada, de não pertencer a lugar algum, corroía sua alma. Já não restava nada naquele lugar que a mantivesse ali. Isabela sentiu o peso da decisão se formar dentro de si.
Foi até o quintal, buscando o ar fresco, tentando se afastar das paredes sufocantes daquela casa. A brisa suave balançava as folhas das árvores, e o cheiro de terra úmida após a chuva invadiu seus pulmões. Isabela olhou para o horizonte, para além das montanhas que cercavam a pequena cidade, e algo dentro dela começou a mudar. Não era mais possível ignorar o que seu coração lhe dizia: era hora de partir.
Ela pegou o celular do bolso e, sem pensar muito, discou o número de sua amiga, Clara, que morava em Nova York. O tom de chamada ecoava no silêncio ao seu redor, e logo a voz animada de Clara preencheu o outro lado da linha.
— **Isabela! Quanto tempo! Como você está?**
— **Clara... eu preciso de ajuda** — a voz de Isabela saiu trêmula, mas decidida. — **Eu não aguento mais ficar aqui. Preciso de um novo começo, longe da minha madrasta, longe do meu pai...** — As palavras saíam como um desabafo, como se tudo o que ela havia guardado finalmente estivesse sendo liberado.
Houve um breve silêncio do outro lado da linha, e então Clara respondeu com a suavidade e a compreensão de quem conhece bem os sentimentos de Isabela.
— **Você sempre terá um lugar aqui, Isa. Venha para Nova York. Eu vou te ajudar a recomeçar.**
Aquela frase ecoou na mente de Isabela. "Recomeçar". Era exatamente o que ela precisava. Seu coração, antes apertado e sufocado, começou a bater com uma nova esperança. Ela sabia que a jornada não seria fácil, mas era a única maneira de se libertar da vida que a aprisionava.
Com o pôr do sol tingindo o céu de laranja e rosa, Isabela fechou os olhos por um momento e sentiu o vento suave em seu rosto. Ela sabia que estava prestes a dar o passo mais importante de sua vida. E, pela primeira vez em muito tempo, sentiu uma fagulha de esperança.
Isabela desceu lentamente as escadas de madeira, sentindo o ranger de cada degrau sob seus pés descalços. O cheiro forte de café recém-passado preenchia o ar, misturado com o leve aroma de pão tostado, criando uma sensação momentânea de conforto que logo seria quebrada pela presença de Regina. A casa, com suas paredes desgastadas e móveis antigos, sempre parecia acolhedora à primeira vista, mas Isabela sabia que a tensão ali dentro estava sempre à espreita, pronta para surgir.
Assim que entrou na cozinha, o ar pareceu mudar. Regina estava à mesa, folheando uma revista com desinteresse, e Camila, sua meia-irmã, mexia no celular com um sorriso presunçoso estampado no rosto. A presença delas sempre deixava Isabela tensa. Era como se cada palavra, cada gesto, fosse uma provocação velada, esperando para explodir em mais um confronto.
— **Finalmente decidiu descer?** — A voz de Regina era afiada, cortando o ar com frieza. Ela nem sequer levantou o olhar da revista enquanto falava.
Isabela suspirou, tentando controlar a raiva que borbulhava dentro dela. Caminhou até a pia, pegando uma xícara de café, mas sentiu o olhar de Camila sobre si, o desprezo nos olhos da meia-irmã quase palpável.
— **Eu tinha algumas coisas para resolver...** — respondeu Isabela, mantendo o tom neutro. Já estava cansada de se justificar, mas sabia que qualquer resposta que desse seria interpretada como uma afronta.
Regina largou a revista e, com um suspiro exagerado, finalmente olhou para Isabela. Seus olhos, frios como gelo, varreram a filha da sua falecida esposa com uma mistura de desdém e irritação.
— **Resolver o quê? Você mal sai de casa. Mal trabalha. Deveria ser grata por ainda ter um teto sobre a cabeça, Isabela.** — Regina inclinou-se para a frente, sua voz carregada de veneno. — **Seu pai tem sido muito paciente, mas você já deveria estar fora daqui há muito tempo.**
As palavras de Regina perfuraram Isabela como facas. O café quente em suas mãos parecia perder o sabor, deixando apenas um gosto amargo na boca. Ela apertou a xícara com mais força, sentindo o calor queimando sua palma, mas se recusava a mostrar qualquer fraqueza diante delas.
— **Grata?** — Isabela se virou devagar, o olhar fixo em Regina, que agora estava com um sorriso irônico nos lábios. — **Grata por viver em um lar que não me aceita? Onde sou tratada como uma estranha, como alguém que nunca deveria estar aqui?** — Sua voz tremeu, cheia de emoção. — **Eu sou a única a fazer tudo nesta casa, e ainda assim nunca é suficiente.**
O sorriso de Regina desapareceu, substituído por uma expressão de desprezo absoluto.
— **Você é ingrata, Isabela. Sempre foi. Desde que sua mãe morreu, você só causa problemas. Seu pai fez o possível por você, mas veja só no que se tornou.** — Regina se levantou, cruzando os braços enquanto falava com uma arrogância fria. — **Você não tem ideia de como é difícil para nós ter que lidar com alguém como você.**
Isabela sentiu a raiva fervendo dentro dela, misturada com uma profunda dor. Não era só o que Regina dizia, mas a maneira como ela falava, como se Isabela fosse menos que humana, uma obrigação que ninguém queria carregar.
Camila, que até então estava em silêncio, finalmente decidiu se juntar à conversa. Seu olhar de superioridade era ainda mais irritante do que o de Regina.
— **Sabe o que eu acho, Isa?** — começou Camila, levantando-se da cadeira com uma atitude despreocupada. — **Acho que você está aqui porque sabe que não consegue se virar sozinha. Talvez seja por isso que seu pai sente tanta vergonha de você.**
Essas palavras foram o suficiente para quebrar o controle de Isabela. Ela colocou a xícara sobre a mesa com mais força do que pretendia, fazendo um pequeno som metálico ecoar pela cozinha. Sua respiração estava pesada, seus olhos ardendo de frustração e tristeza.
— **Vocês duas não têm ideia do que eu passei, do que eu ainda passo!** — Sua voz agora estava alta, mas não importava. Precisava ser ouvida, mesmo que pela última vez. — **Minha mãe morreu e tudo o que vocês fizeram foi transformar minha vida em um inferno. E agora, vocês têm a audácia de me acusar de ser ingrata?** — Ela olhou para Regina e depois para Camila, sentindo o peso da verdade de suas palavras. — **Vocês nunca me aceitaram. Nem quando minha mãe estava viva. Para vocês, eu sempre fui um estorvo.**
A sala ficou em silêncio por alguns segundos. O olhar no rosto de Regina era de puro desdém, enquanto Camila revirava os olhos como se estivesse entediada. Isabela sabia que não importava o quanto tentasse, aquelas mulheres jamais entenderiam a dor que carregava.
Regina deu um passo à frente, com uma expressão que misturava exasperação e desprezo.
— **Se você não gosta daqui, a porta está aberta. Ninguém te impede de ir embora. Na verdade, seria um favor para todos nós.**
Isabela sentiu as palavras de Regina baterem com força, mas, dessa vez, não foi a dor que a atingiu. Foi a clareza. Ela não precisava mais se prender àquele lugar. Não precisava mais suportar o peso de ser indesejada. Se Regina queria que ela fosse embora, ela iria. Pela primeira vez, a ideia de partir não a assustava. Ao contrário, trazia uma sensação de alívio.
Ela olhou para as duas, sentindo uma paz inesperada tomar conta de si. Já não havia mais nada a dizer.
— **Tem razão, Regina. Talvez eu deva ir embora. E quando eu for, vocês vão perceber que a única coisa que mantinha alguma ordem nessa casa era eu.** — A voz de Isabela estava calma, quase fria, mas havia um tom de determinação que as surpreendeu.
Sem esperar resposta, ela saiu da cozinha, sentindo a adrenalina correr por suas veias. Subiu as escadas com pressa, cada passo ecoando no silêncio da casa. Entrou no quarto, onde a mala velha e desgastada já estava parcialmente pronta, como se estivesse esperando por esse momento. Ela começou a pegar suas roupas, jogando-as com rapidez dentro da mala, seus pensamentos correndo tão rápidos quanto suas mãos.
O quarto pequeno, com suas paredes desbotadas e a janela que mal deixava a luz do sol entrar, parecia cada vez mais claustrofóbico. O cheiro de mofo, o barulho distante da cidade lá fora... tudo aquilo parecia lhe sufocar. Não restava mais nada para ela ali.
Enquanto terminava de arrumar suas coisas, seu celular vibrou sobre a mesa. Ela olhou para a tela: era Clara, sua amiga de Nova York. Lembrou-se da conversa que tiveram dias atrás, quando Clara insistiu para que Isabela fosse para Nova York tentar uma vida nova. O convite parecia distante e impossível naquele momento, mas agora... agora era sua única saída.
Isabela respirou fundo antes de atender.
— **Clara?** — Sua voz saiu mais trêmula do que ela pretendia.
— **Isa! Oi! Como você está? Estava pensando em você hoje.**
— **Clara...** — Isabela hesitou, sentindo as lágrimas se acumularem nos olhos, mas logo recuperou o controle. — **Eu acho que vou aceitar sua oferta. Vou para Nova York.**
Do outro lado da linha, Clara ficou em silêncio por um momento, antes de responder com uma alegria que Isabela podia sentir mesmo a quilômetros de distância.
— **Sério? Isso é ótimo, Isa! Você não vai se arrepender. Eu vou te ajudar com tudo. Quando você quer vir?**
Isabela olhou ao redor do quarto, para a mala pronta sobre a cama e o vazio que a casa representava para ela.
— **O mais rápido possível.**
Com essa decisão tomada, algo dentro de Isabela mudou. Pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu que estava no controle de seu próprio destino. O peso daquela casa, daquela vida, começava a se dissipar, dando lugar a uma nova esperança.
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