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Sob O Mesmo Teto

Capítulo 1

Chloe Bennett tinha 23 anos e carregava o peso de uma vida que, desde cedo, lhe ensinou sobre perdas e sacrifícios. Com um sorriso tímido e uma expressão gentil, ela sempre foi conhecida pela paciência e pelo coração acolhedor. Quando era ainda uma menina, perdeu os pais em um acidente de carro. Desde então, passou a viver com sua tia, Clara, e sua prima, Lucy, de quem se tornara inseparável.

Os primeiros anos não foram fáceis, mas elas formaram uma pequena família. No entanto, com o tempo, as dificuldades financeiras começaram a apertar. A faculdade de Chloe, um sonho adiado, ficou de lado quando ela decidiu parar os estudos para ajudar a sustentar a casa. Era uma decisão difícil, mas Chloe sempre colocava os outros em primeiro lugar.

Ela trabalhava vendendo doces pelas ruas de Londres, um trabalho que pagava pouco, mas era o que conseguia no momento. Mesmo diante dos olhares ignorantes e das recusas diárias, Chloe mantinha a cabeça erguida, sempre acreditando que algo melhor viria.

Foi em um desses dias, ao oferecer seus doces a um homem de terno que a rejeitou friamente, que o destino lhe jogou uma oportunidade inesperada. Um papel caiu do bolso dele. Curiosa, Chloe o pegou e leu: *"Vaga para babá em tempo integral."*

A princípio, hesitou. Nunca tinha trabalhado como babá antes, mas sabia que seu jeito cuidadoso com crianças sempre fora um talento natural. Sem pensar duas vezes, ligou para o número no anúncio e conseguiu marcar uma entrevista para o dia seguinte.

Agora, com as mãos ligeiramente trêmulas e o coração acelerado, Chloe se preparava para uma nova etapa. Ela não sabia o que esperar, mas tinha uma certeza: qualquer coisa seria melhor do que continuar naquele mesmo ciclo de dificuldades.

Esse era o começo de algo novo. No dia seguinte, Chloe acorda cedo e se prepara para a entrevista de emprego, ela veste uma roupa confortável e casual.

Chloe: Bom dia, Tia! -ela a beija- Bom dia, gatinha!

Clara: Bom dia, Chloe!

Lucy: Bom dia! tá bastante animada, hein?!

Chloe: Sim, estou bastante confiante!

Clara: O café da manhã está pronto.

Chloe toma café da manhã na presença de sua tia e prima, logo ela sai de casa, a pé mesmo, a empresa não era longe. Chegando na empresa, ela conversa com a recepcionista e fica na espera, com o tempo, outras mulheres chegaram, para ser entrevistadas também, deixando-a mais preocupada.

A secretária a conduziu até uma sala de reuniões onde a psicóloga a aguardava, uma mulher de expressão serena.

Psicóloga: Olá, Chloe. Pode se sentar.

Chloe: Obrigada. — Ela se acomodou na cadeira, tentando controlar a ansiedade.

Psicóloga: Estou aqui para conhecer um pouco mais sobre você. Pode me contar um pouco sobre sua experiência?

Chloe: Bem, eu não tenho experiência formal como babá, mas sempre cuidei de crianças. Minha prima, Lucy, é mais nova, e eu sempre ajudei minha tia, Clara, a cuidar dela. Além disso, tenho um jeito natural com crianças, elas costumam se sentir à vontade comigo.

Psicóloga: Isso é ótimo. E o que te motivou a se candidatar a esta vaga?

Chloe: Eu... eu estou passando por um momento difícil, e essa oportunidade me pareceu um jeito de ajudar minha família. E eu realmente gosto de crianças.

Psicóloga: Compreendo. É muito importante ter essa conexão. Agora, vamos falar um pouco sobre o que você faria em determinadas situações. Como você lidaria com uma criança que está chorando?

Chloe: Eu tentaria acalmá-la, talvez pegá-la no colo e balançá-la. Eu acredito que carinho e atenção são fundamentais.

A psicóloga anotava tudo, enquanto Chloe sentia que estava começando a relaxar. A conversa fluía, e a mulher parecia genuinamente interessada em suas respostas.

Psicóloga: E como você lida com situações desafiadoras?

Chloe: Eu tento manter a calma e pensar em soluções. Se algo não está funcionando, é importante ser flexível e encontrar uma nova abordagem.

Psicóloga: Isso é uma qualidade valiosa. Você parece ter um bom entendimento sobre o que é necessário para cuidar de uma criança.

Chloe sorriu, sentindo-se um pouco mais confiante. A entrevista continuou com perguntas sobre suas expectativas e experiências, e Chloe começou a se sentir mais à vontade, percebendo que, apesar da competição, havia algo especial sobre ela que poderia se destacar.

Ao final da entrevista, a psicóloga a agradeceu e Chloe saiu da sala com uma mistura de esperança e nervosismo. Enquanto caminhava pelos corredores, algo chamou sua atenção: o som de um bebê chorando. Instintivamente, ela seguiu o som, sentindo uma ligação imediata.

Ao abrir uma porta, viu uma linda menina de quase um ano chorando em um cercado.

Chloe: Oi, querida... — disse, aproximando-se da criança.

Ela a pegou no colo e começou a balançá-la suavemente. A menina, que se apresentou como Sophia, imediatamente começou a se acalmar, chupando os dedos e fechando os olhos lentamente.

Chloe: Shhh... está tudo bem. — Ela acariciou o rosto da menina, sentindo um calor no coração.

Assim que se virou para sair, notou um homem parado na porta, observando. Seu olhar era intenso e curioso, e Chloe sentiu as bochechas esquentarem.

Alexander: O que você fez para acalmá-la tão rápido?

Chloe, nervosa, respondeu:

Chloe: Eu só a balancei... Ela estava chorando, e eu não queria que ela se sentisse sozinha.

Alexander: Você está aqui pela vaga de babá, certo?

Chloe: Sim, sou eu.

Alexander: Então, você está contratada.

Aquelas palavras ecoaram na mente de Chloe, um misto de surpresa e alegria. Era o começo de algo novo e inesperado.

Alexander: Por favor, sente-se aqui. — Ele gesticulou para uma das cadeiras em frente à mesa.

Chloe se acomodou, observando-o enquanto ele se movia com confiança. Ele parecia concentrado, preparando um documento de contrato. Enquanto ele digitava, Chloe não conseguia deixar de notar como a atmosfera na sala era diferente. O que antes era um momento de nervosismo e incerteza agora se tornava mais intenso com a presença dele.

Chloe olhou para Alexander e, em um instante, a memória do encontro anterior voltou à sua mente. Ele era o mesmo homem que a tratou com ignorância quando ela ofereceu seus doces. Um calor subiu pelas suas bochechas, mas decidiu não mencionar isso. Ele provavelmente não se lembrava dela, e o que importava agora era essa nova oportunidade.

Alexander: Aqui está o contrato. — Ele virou o computador para Chloe, que olhou para o documento, intrigada. — Quero que você entenda os requisitos para a posição. Você terá que ter todo o tempo disponível para cuidar da Sophia. Seu dia de folga será aos sábados.

Chloe: Tudo bem, eu entendo.

Alexander: E... — Ele hesitou por um momento, como se estivesse pesando as palavras. — Você precisará morar comigo. A casa é grande, e você terá seu próprio quarto. Além disso, terá acesso a tudo o que precisar: roupas, produtos de beleza, e tudo mais.

Chloe ficou atônita. A ideia de morar na casa dele a deixava um pouco incomodada. Era um passo grande demais, um mundo totalmente diferente do que ela conhecia. Mas ao olhar para o documento novamente, ela notou o salário que estava sendo oferecido. O valor era surpreendente, muito mais do que ela jamais imaginou ganhar.

Chloe: Uau... Isso é... — ela se perdeu por um momento, pensando no impacto que esse dinheiro teria na vida dela e de sua família. — Isso seria ótimo para mim e para minha tia e prima.

Alexander: Exato. Eu preciso de alguém confiável e dedicado para cuidar de Sophia, e pelo que você demonstrou, acho que você pode ser essa pessoa.

Chloe: Eu... preciso pensar um pouco, mas a princípio, parece uma oportunidade incrível.

Alexander: Claro, você pode pensar e me dar uma resposta em breve. Mas, honestamente, estou animado com a possibilidade de trabalhar com você.

Chloe assentiu, ainda tentando processar tudo. A ideia de sair do ciclo de dificuldades e entrar em uma nova vida era tentadora, mas morar na mansão dele era uma ideia que a fazia hesitar. Contudo, o peso das responsabilidades e o desejo de ajudar sua família foram mais fortes.

Chloe: Está bem. Eu aceito.

A resposta saiu de seus lábios antes que pudesse reconsiderar, mas, no fundo, Chloe sabia que essa era a decisão certa.

aviso: gente, não se esqueçam de comentar, por favor, gosto bastante de ler os comentários de vocês e me dar mais força pra continuar, seja lá se for negativo ou positivo.❤️

Capítulo 2

Chloe caminhava de volta para casa com uma mistura de emoções. A cada passo, seu coração batia mais rápido, tentando assimilar tudo o que havia acontecido. Quando finalmente chegou à pequena casa onde morava com sua tia e prima, respirou fundo antes de entrar.

Chloe: Tia Clara! Lucy! — chamou, com uma excitação nervosa na voz.

Clara apareceu na cozinha, enxugando as mãos num pano de prato, enquanto Lucy corria da sala para a entrada.

Clara: Chloe? Como foi a entrevista, querida?

Chloe sorriu, tentando controlar a avalanche de sentimentos.

Chloe: Eu... Eu consegui a vaga!

Lucy: Sério? — exclamou a prima, com os olhos brilhando. — Ai meu Deus, Chloe, isso é incrível!

Chloe: Sim! Mas tem alguns requisitos... — Ela hesitou um pouco, mas sabia que precisava contar tudo. — Eu preciso estar disponível o tempo todo para a menina, Sophia. E... vou precisar morar na casa dele. Na mansão do meu chefe.

Clara e Lucy trocaram olhares, felizes, mas também surpresas.

Clara: Você vai se mudar? — Clara perguntou, um tom de tristeza misturado com orgulho em sua voz.

Chloe: Sim, tia... Eles precisam de alguém lá em tempo integral, e eu vou ter tudo o que precisar. Roupa, produtos... tudo. E o salário... é muito bom. Isso vai mudar nossas vidas!

Lucy: Isso é incrível! Mas... você vai morar longe de nós? — A prima perguntou, com uma pontinha de tristeza nos olhos.

Chloe: Vai ser difícil, eu sei... Mas é por uma boa causa. Vou poder ajudar muito mais vocês agora.

Clara suspirou e abraçou Chloe.

Clara: Estou tão orgulhosa de você, querida. Sei que vai ser difícil, mas isso vai abrir tantas portas. Você está fazendo a escolha certa.

Lucy: Eu vou sentir saudades, Chloe! — disse, abraçando-a logo depois.

Chloe: Eu também vou sentir saudades de vocês. Mas eu vou visitar, prometo!

Aquela noite foi cheia de conversas, risadas e momentos emocionantes. Elas sabiam que essa era uma grande mudança, mas, no fundo, também era um novo começo cheio de esperança.

Na manhã seguinte, Chloe acordou cedo. O sol ainda estava nascendo quando ela começou a arrumar suas poucas coisas. Seu coração estava dividido entre a emoção e o nervosismo. Quando tudo estava pronto, ela desceu as escadas e viu sua tia e prima esperando na sala.

Clara: Tem certeza que está levando tudo o que precisa?

Chloe: Sim, tia. Não é muita coisa, mas vai dar certo.

Lucy: Não esquece de me mandar mensagem quando chegar!

Chloe riu, enquanto abraçava as duas.

Chloe: Eu não vou esquecer, prometo.

Do lado de fora, um carro preto estava estacionado em frente à casa. O motorista, de terno e óculos escuros, esperava pacientemente ao lado do veículo. Chloe respirou fundo, deu um último abraço em sua tia e prima, e saiu.

Ela se aproximou do carro e olhou uma última vez para a casa onde crescera. Sabia que isso era o melhor para todas, mas não podia evitar a saudade que já começava a sentir. O motorista abriu a porta para ela, e Chloe entrou.

O carro começou a se mover, e Chloe observou pela janela enquanto as ruas familiares de Londres passavam. Os minutos pareciam se arrastar, mas a viagem foi tranquila. Eventualmente, o carro começou a seguir por uma estrada mais afastada, cercada por árvores altas e jardins bem cuidados.

Até que, finalmente, eles pararam em frente a uma enorme mansão. Chloe ficou boquiaberta. A casa era imensa, de uma elegância que ela só havia visto em revistas. Portões de ferro adornados se abriram, revelando uma entrada majestosa, com um jardim perfeitamente cuidado e uma fonte no centro.

Chloe: Uau... — ela murmurou para si mesma, maravilhada com o tamanho e a beleza do lugar.

O motorista estacionou, abriu a porta para Chloe e fez um leve aceno com a cabeça.

Motorista: Bem-vinda, senhorita Bennett.

Chloe respirou fundo mais uma vez. Aquele era o início de uma nova fase em sua vida, algo muito maior do que ela imaginava.

Chloe deu alguns passos em direção à entrada da mansão, ainda admirada com a grandeza do lugar. A porta da frente se abriu lentamente, revelando uma senhorinha de cabelos grisalhos, postura impecável, e um semblante acolhedor. Ela vestia um uniforme elegante e tinha um sorriso suave no rosto, embora seu olhar fosse firme e atento.

Governanta: Bem-vinda, senhorita Bennett. Sou Margaret, a governanta da casa. Cuidamos desta propriedade com muita dedicação.

Chloe: Muito prazer, senhora Margaret. — Chloe respondeu, ainda absorvendo a imensidão do lugar e a presença calma, mas respeitável, da governanta.

Margaret fez um gesto com a mão, convidando Chloe a segui-la.

Margaret: Vou te mostrar a casa e explicar algumas regras importantes. Aqui, a discrição e a organização são fundamentais. Todos os funcionários sabem seus horários e funções. Manter a ordem e a harmonia é essencial.

Enquanto caminhavam pelos corredores luxuosos, Chloe absorvia cada detalhe: os pisos de mármore impecável, as paredes adornadas com obras de arte refinadas e lustres brilhantes pendendo do teto. Margaret continuava a falar com precisão e clareza.

Margaret: Temos uma equipe completa para cuidar de todas as necessidades da casa. Há o jardineiro, que cuida do extenso jardim, e a equipe de limpeza, que mantém tudo em ordem. Você verá todos eles com o tempo. No entanto, sua função será exclusivamente cuidar da pequena Sophia.

Chloe assentiu enquanto Margaret abria várias portas, mostrando diferentes áreas da mansão — o salão de estar luxuoso, a sala de jantar com uma mesa comprida de madeira escura, a cozinha enorme onde o chef preparava as refeições, e o escritório impecável de Alex. Cada espaço parecia mais grandioso que o outro.

Margaret: As refeições são servidas pontualmente às oito da manhã, meio-dia e sete da noite. Se precisar de algo fora desses horários, pode pedir. Mas lembre-se de que o senhor Alexander valoriza a pontualidade e a tranquilidade. Evitamos barulhos desnecessários e movimentações no período da noite.

Após o longo tour pela casa, Margaret guiou Chloe até o andar superior, onde ficavam os quartos. Ao se aproximarem de uma porta, Chloe ouviu um leve som de risadas e o suave farfalhar de brinquedos.

Margaret: Este é o quarto da pequena Sophia. — Ela abriu a porta com delicadeza, revelando um ambiente acolhedor e cheio de luz. O quarto estava decorado com tons suaves de rosa e branco, e um grande cercado ocupava o centro do espaço.

Dentro do cercado, Sophia, uma menininha de 10 meses, brincava alegremente com um bichinho de pelúcia. Quando Chloe entrou, a menina parou de brincar por um momento e olhou curiosa para ela com seus olhos lindos.

Chloe sorriu, sentindo um calor no coração ao ver a menininha. Ela se ajoelhou perto do cercado.

Chloe: Oi, Sophia... — disse suavemente, enquanto a menina a observava com atenção.

Margaret: Ela é uma criança doce, mas como você pode imaginar, requer muita atenção e cuidados constantes. Sua principal responsabilidade será garantir o bem-estar e a segurança dela.

Chloe: Claro, eu entendo.

Sophia, curiosa, estendeu as pequenas mãos para Chloe, que delicadamente segurou os dedinhos da menina, já sentindo uma conexão com ela.

Margaret: Bem, senhorita Bennett, este é o começo. Você terá bastante tempo para se acostumar com a rotina da casa e, claro, com a pequena Sophia. Se precisar de algo, estarei sempre à disposição.

Chloe assentiu, enquanto observava Sophia brincar. Sentia que aquela mudança seria desafiadora, mas, ao mesmo tempo, algo em seu coração lhe dizia que estava no caminho certo.

Capítulo 3

Chloe seguiu Margaret pelo corredor até o quarto que seria seu. Ao abrir a porta, foi recebida por uma visão de puro luxo e conforto. O espaço era enorme, decorado em tons suaves de bege e dourado. O quarto tinha uma varanda privativa que dava vista para o extenso jardim da mansão, um closet espaçoso, e um banheiro com uma banheira luxuosa, algo que Chloe nunca havia imaginado ter em um quarto.

Chloe: Uau... isso é... incrível! — sussurrou para si mesma, ainda em choque.

Ela rapidamente começou a organizar suas poucas coisas, colocando suas roupas no closet e ajeitando seus itens de higiene no banheiro. Tudo parecia surreal, mas Chloe não queria perder tempo. Assim que terminou, decidiu voltar ao quarto de Sophia para passar mais tempo com a pequena.

Ao chegar lá, encontrou Sophia ainda brincando no cercado, animada com os brinquedos coloridos. Chloe se sentou ao lado do cercado e começou a interagir com a menina, fazendo-a rir com caretas e movimentos engraçados. O tempo passou voando.

Horas depois, o almoço chegou. Chloe desceu com Sophia nos braços, sentindo o cheirinho delicioso que vinha da cozinha. Quando chegou à sala de jantar, viu uma cadeira especial já preparada para a menina. Ela sentou Sophia na cadeirinha e começou a alimentá-la, com a comida que a cozinheira tinha preparado especialmente para ela.

Chloe: Vamos, Sophia, é hora de comer. — disse gentilmente, oferecendo uma colherada do purê que a bebê aceitou com um sorriso.

Depois de dar o almoço para Sophia, Margaret apareceu e se ofereceu para ficar com a menina para que Chloe pudesse almoçar. Algo chamou a atenção de Chloe: todos os funcionários almoçavam na mesa de jantar, um costume que ela não esperava.

Chloe se juntou a eles, apreciando a refeição saborosa, e depois de terminar, pegou Sophia e subiu novamente ao quarto. Lá, preparou um banho quente para a menina. Sophia parecia gostar da água morna, rindo e balançando os bracinhos.

Chloe: Vamos ficar bem limpinhas, hein, Sophia? — brincou, enquanto ensaboava a bebê com cuidado.

Após o banho, Chloe colocou Sophia para dormir, enrolada em um cobertor macio. Margaret apareceu novamente, ajudando Chloe a ligar a babá eletrônica para que ela pudesse monitorar o sono da menina.

Com Sophia dormindo tranquilamente, Chloe decidiu se juntar às outras funcionárias na cozinha. Elas haviam terminado o trabalho e agora estavam sentadas em volta do balcão, aproveitando um café quente e algumas bolachas.

Amélia: Então, Chloe, me conta mais sobre você. — disse, curiosa, enquanto mexia o café.

Chloe começou a contar sua história, desde a morte dos pais até o momento em que encontrou a oportunidade de trabalhar ali. As funcionárias escutavam com atenção, e a cozinheira, que tinha um coração caloroso, mostrou empatia.

Amélia: Sua história é triste, minha querida. Mas fico feliz que tenha encontrado um lugar seguro agora.

Chloe: Obrigada, de verdade. — respondeu com um sorriso.

Curiosa, Chloe decidiu perguntar sobre Alex.

Chloe: E o senhor Alexander? Como ele é?

Margaret tomou a palavra, com um tom de quem conhecia a vida de Alex profundamente.

Margaret: Alex foi criado pelos avós, pessoas muito boas. Mas ambos já partiram. Desde pequeno, fui sua babá e vi ele crescer. Ele assumiu a empresa do avô, se tornando o homem de negócios que você conhece hoje. No entanto, a vida dele mudou drasticamente quando ele se casou.

As outras funcionárias, que já conheciam a história, ficaram em silêncio enquanto Margaret continuava.

Margaret: Sua esposa engravidou de Sophia, e tudo parecia perfeito... até o parto. Ela... não sobreviveu. Desde então, Alex mudou. Tornou-se frio, focado quase que exclusivamente no trabalho e em proteger a filha. A dor o transformou.

Chloe ouviu com atenção, sentindo um aperto no peito ao saber da tragédia que envolvia Alex e sua família. Isso explicava o motivo de ele parecer tão distante, e talvez até o porquê de ter sido rude naquele encontro inicial.

Margaret: Mas ele é um bom homem, Chloe. Só precisa de tempo para curar as feridas.

Horas depois, o sol já estava se pondo e o céu começava a ganhar tons alaranjados. Amélia, a cozinheira, já estava na cozinha preparando o jantar, enquanto Chloe e Sophia aproveitavam os últimos momentos de luz no jardim. Chloe sempre tentava fazer com que Sophia se distraísse ao máximo, e o jardim oferecia o cenário perfeito para isso.

Chloe: Vamos, pequenina. Hora do banho. — disse, pegando Sophia nos braços e entrando na mansão.

De volta ao quarto, Chloe preparou um banho quente e suave para Sophia. A pequena adorava a água morna, e Chloe cuidava para que o momento fosse relaxante. Depois de enxugá-la com cuidado, Chloe vestiu Sophia com uma roupa fofa e confortável, um macacãozinho rosa com detalhes delicados. Penteou os cabelos finos da menina e passou um pouquinho de perfume infantil, que tinha um cheiro suave e doce.

Chloe: Prontinha! Agora você está ainda mais linda. — sussurrou para Sophia, que soltou uma risadinha.

Margaret apareceu logo depois, sorrindo ao ver a cena, e se ofereceu para cuidar de Sophia enquanto Chloe se preparava.

Margaret: Vá tomar seu banho, querida. Eu fico com ela por enquanto.

Chloe: Obrigada, Margaret. Não vou demorar.

Chloe foi até seu quarto e tomou um banho rápido, mas relaxante. Vestiu uma roupa confortável, um moletom leve, e também passou um perfume doce, algo discreto mas agradável. Quando saiu do quarto, percebeu que a maioria dos funcionários já estavam indo embora, exceto Margaret, que morava na mansão, assim como Chloe agora.

Ao descer para a sala, encontrou Margaret com Sophia no colo, e a governanta lhe deu um sorriso acolhedor.

Margaret: Alex logo chega, e então podemos jantar. Está tudo bem?

Chloe: Está sim, obrigada. — respondeu, pegando Sophia de volta nos braços.

Chloe subiu novamente com Sophia e a colocou sentada em seu colo no tapete macio do quarto. Pegou um dos brinquedos e começou a brincar com a pequena, que gargalhava com a energia tranquila e afetuosa de Chloe.

Minutos depois, Alex chegou à mansão. Ele deixou suas coisas no escritório, e quando se dirigiu ao quarto de Sophia, ouviu a voz suave de Chloe vindo lá de dentro. Ele desacelerou os passos e, ao se aproximar da porta entreaberta, espiou a cena que se desenrolava. Chloe estava brincando alegremente com Sophia, fazendo a menina soltar gargalhadas puras e felizes, algo que ele raramente via. Sophia nunca tinha se apegado tão rápido a uma babá, mas com Chloe parecia diferente, como se a conexão entre as duas fosse natural.

Alex, surpreso, bateu levemente na porta antes de entrar.

Alex: Boa noite. — disse, com sua habitual frieza, mas os olhos não conseguiam disfarçar a curiosidade.

Chloe sentiu o coração disparar ao vê-lo. Por mais que estivesse se acostumando ao ambiente, a presença de Alex sempre a deixava nervosa. Ela gaguejou um pouco antes de responder.

Chloe: B-bo-boa noite, senhor Alexander.

Alex: Posso pegar Sophia?

Chloe, ainda um pouco nervosa, assentiu, levantando Sophia em direção a ele. A pequena, ao ver o pai, abriu um sorriso enorme e logo abraçou seu pescoço. Alex, por sua vez, ficou visivelmente mais relaxado. O sorriso espontâneo de Sophia parecia dissolver a frieza que ele costumava carregar.

Ele começou a brincar com a filha, conversando de maneira suave, mesmo sabendo que Sophia ainda não falava. Chloe observava a cena, encantada com a forma como Alex interagia com a menina. Era a primeira vez que via aquele lado mais carinhoso dele, e a visão a fez sorrir.

Alex: — brincando com Sophia, ele a fez rir mais uma vez e, por um instante, olhou para Chloe. — Você parece ter um jeito especial com ela. Nunca a vi se adaptar tão rápido.

Chloe: — tímida, respondeu. — Acho que ela é muito especial... é fácil gostar dela.

Os dois trocaram um olhar breve, mas logo Alex desviou, voltando sua atenção para Sophia, que brincava com os cabelos dele. A cena familiar e íntima fez Chloe sentir algo diferente, algo que ela não conseguia nomear, mas que a deixava ali, hipnotizada, observando o vínculo que se construía entre eles.

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