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Nascido e Forjado no Ódio

Lorenzo Ricci Presente...

Capitalo 1

LORENZO RICCI

Me escondo em um lugar estratégico, a roupa toda escura me oculta nas sombras da noite gelada. Aguardo com paciência. Esse momento foi planejado com cuidado e repassado várias vezes por mim, por isso nunca erro ou errei. Trabalho como assassino de aluguel há quase uma década. Fico imóvel por tanto tempo que minha perna está com câimbra, mas isso é o mais tranquilo em minha profissão. Olho para o céu nublado, as nuvens cobrem uma lua minguante que quase não clareava o local. Melhor assim. O tempo está do meu lado hoje. Penso com ironia. Na verdade, nada e ninguém jamais esteve ao meu lado. Sou um ser solitário, nunca tive ninguém caminhando comigo… desde muito pequeno. Sempre que fico sozinho, alguma coisa do meu passado vem-me atormentar. Insónia, tremores à noite, angústia extrema, solidão, muito sangue e por aí vai. Tenho várias sequelas dos traumas que coleciono. Sou um homem quebrado, estilhaçado, sem conserto e mercadoria de segunda categoria. Isso é fato. Mas duas em específico deixam-me puto e irado. Primeira: não consigo fitar as pessoas nos olhos quando estou sem as minhas lentes de contato negras... isso é falta de confiança no ser humano e em mim também. sinto-me um, bosta... assim escondo-me atrás delas. Segunda: uma nefasta gagueira infernal. Odeio isso em mim com tanta força que quando estou a vomitar essa gagueira dos infernos, sinto vontade de arrancar a minha maldita língua. A vida me fodeu tanto que não consigo entabular uma conversa inteira sem estar usando as minhas lentes... elas são meu escudo, minha proteção. Quando as (tiro), sinto-me completamente nu. Por isso, sempre estou usando-as. Quanto à maldita gagueira, balbucio de maneira entristecendo quando sinto bondade nas pessoas..., mas converso com fluidez quando sinto a mesma maldade que carrego no outro indivíduo. É uma merd@ você ser quebrado ao nível tão duro. Por isso evito amizades, contatos e o inferno que for com gente. Sou completamente antissocial. Carrego esses fardos pesados e não sei se algum dia serei livre ou engolido por eles. Além de tudo isso, perdi a minha alma e coração no passado. Sou completamente fodido e quebrado, já aceitei que sou assim. Um foda-se bem grande ao mundo que nunca me acolheu. Enquanto aguardo o meu alvo nessa noite escura e fria, os meus pensamentos brigam na minha mente como sempre. Hoje, tudo vem como uma avalanche, enquanto aguardo a minha próxima vítima, um político renomado, que a esposa descobriu que tem um amante. Ela contatou os meus serviços... sou encontrado somente Recebi uma fortuna para eliminar o seu desafeto e depois do serviço pronto, ela depositará de bónus, 50% do valor fechado que já recebi. Como disse uma fortuna. Tenho tanto dinheiro que qualquer quantia para mim, não faz mais diferença alguma. Continuo a matar e cobrar fortunas porque virou um hábito. Dinheiro, mulheres ou a merda que for não me alegra mais, estou anestesiado para a vida. Não tenho sentimento algum, aliás nem me lembro mais do que é sentir algo bom. Acho que morreu com a minha mãe. De lá para cá, tudo tem sido uma ilusão e um vazio sem fim. Balanço a cabeça com raiva, não vou deixar o passado afundar-me ainda mais. fode-me a vida toda, isso é fato, mas tenho um ponto alto e de vitória na minha vida. A minha carreira de assassino de aluguel é um sucesso total, isso é inegável. Penso com ironia. Veja se não é motivo de comemoração, deboche escorre dos meus pensamentos. Fiquei milionário matando. Sou um filho da puta tão rico que se viver várias vidas esbanjando não consigo acabar com a minha fortuna… e claro, fodido de todas as formas. Mas quem se importa com felicidade? Hoje o escárnio é meu amigo chegado. A vida-me presenteou com a bela carreira de matar, ceifar vidas, destruir, trazer o caos. Coço a cabeça com ira. Um belo presente, essa porra de vida deu-me… fodeu-me geral, essa maldita. Mas fazer o quê? É o que temos para hoje. Pisco novamente. Ironia e desgosto enchem os meus pensamentos. Parabéns, cara! Você conseguiu, seu filho da puta! Queria dinheiro que não conseguiria gastar em várias vidas? Pois, muito bem, você tem! Está se ressen..tindo de que, miserável ingrato? Bem… tenho dúvidas, sabe vida maldita? Para que serve mesmo tanto dinheiro, se não tenho paz? Não durmo? Se penso em morrer diariamente? Você, dona Vida, parece que se esqueceu que caixão não tem gavetas, penso morbidamente. Mas compra quase tudo nesse mundo porco e asqueroso, que você quer e almeja, não é? Uma voz maligna assopra nos meus ouvidos. Arrepio. Foda-se! Enquanto aguardo, atento ao futuro finado que confraterniza com todos como se fosse viver eternamente. Coitado. O meu passado vem com força total na minha mente. Tenho esses momentos de loucura com constância, e ele vem me assombrando como sempre. Vivo cada momento como se estivesse preso na desgraça que vivi por tanto tempo. Estremeço, mas não consigo sair desse fundo de poço e todas as vezes que me recordo é um baque para mim. É uma maldição e sinal que carrego diariamente. lembro-me dele... aquele desgraçado miserável. Já estou no passado, sou aquele menino indefeso novamente.

Lorenzo Ricci Passado...

LORENZO RICCI

Fui deixado com o bêbado de meu padrasto por minha mãe…, não que ela tivesse culpa por eu estar com esse demônio. Não, ela não teve culpa. Ele a matou, desmembrou e enterrou debaixo do pé de roseira vermelho que mamãe e eu plantamos juntos. Ela me ensinou a cuidar dele quando era somente uma mudinha..., até que chegou o tempo em que ele tinha tantas rosas que eu ficava horas sentado olhando, apreciando a beleza e o cheiro perfumado. Completamente encantado com tanto esplendor e cheiro adocicado. O desgraçado percebeu essa adoração que eu tinha por essa flor e ao matar minha mãe de tanto bater, com medo da polícia, a enterrou debaixo do pé de roseira, me olhando com maldade e zombaria. Ele gargalhava enquanto abria a cova profunda e jogava os pedaços de minha mãe dentro. Estava completamente louco e coberto de sangue. Nesse dia, o pior e mais doloroso de minha vida, chorei, vomitei e gritei tanto que babava sangue. Perdi minha mãe, meu porto seguro. Tentei me matar batendo a cabeça na parede, quase até desmaiar, mas o desgraçado me amarrou em uma árvore perto da roseira e me deixou lá por dias. Não satisfeito, arrancou todas as rosas e jogou-as em mim, gargalhando como um demônio. Para completar, sua loucura as pisoteou, até as ter destruídas e despetaladas aos meus pés. Todas as rosas vermelhas como sangue estavam destruídas… assim como eu. Baixei a cabeça e chorei, mas agora baixinho, senti uma dor dilacerante no coração, sabia que ali o tinha perdido. Minha alma foi totalmente quebrada. Eu estava destruído. — Ela gostava tanto das rosas, que agora terá uma morada permanente perto delas, seu filho da puta! — amaldiçoou com ódio e caminhou até onde me amarrou. — Ficará aqui com a vaca de sua mãe e essas porras de rosas, até aprender quem manda nessa desgraça aqui! — chuta e pisa nas rosas novamente. — E preste atenção, seu monte de merda: se não me obedecer, e der com a língua nos dentes, farei com você o mesmo que fiz com essa puta aí! — Apontou para a cova fresca e bateu em meu rosto com tanta força que desmaiei. Doce escuridão. Quando acordei ele já havia ido embora e chovia torrencialmente. — Mamãe, me perdoe por não conseguir protegê-la desse monstro… sinto tanto pelas suas flores… nossas rosas vermelhas. — Engasgo-me, sentindo dor no corpo e na alma. — Juro a você que jamais ferirei mulheres e crianças. Juro a você, mamãe, eu a vingarei. Pode demorar, mas o farei. — Soluço me sentindo perdido, quebrado e sozinho no mundo. Perdi minha única fonte de amor verdadeiro. Sabia que viveria o inferno na Terra com esse demônio. O miserável me manteve em cativeiro por muitos anos. Me acorrentou no banheiro depois de várias tentativas de fuga de minha parte. O verme chegava em casa e me batia todos os dias, suportei tudo, pois tinha um juramento a cumprir. Ele tentou abusar de mim e dei uma facada em seu rosto de merda e corri. Fugi. Fiquei dias na rua, mas tinha a intenção de voltar e acabar com a vida do desgraçado, desaparecendo em seguida. Só teria paz quando o fizesse. Mas... ele me achou. Eu era somente um menino franzino e desnutrido, sem malícia alguma. Errei aí, tinha que ter fugido e me fortalecido primeiro, antes de voltar. Paguei um preço alto demais por ser tão ingênuo. Todas às vezes que fugia e o verme me achava que as punições iam ficando mais pesadas. Fui desistindo aos poucos... Meu corpo estava coberto de hematomas, cicatrizes e vários ossos já haviam sido quebrados e regenerados sozinho. Alguns dedos cicatrizaram tortos. Desisti de vez, quando fugi e ele me pegou e espancou tanto que desmaiei. Acordei acorrentado, as mesmas correntes enferrujadas e pesadas que ele sempre usava para me punir. A partir desse dia meu padrasto infernal me manteve acorrentado todos os dias. Um dia conseguiria dar um jeito e sair, me consolava com esse pensamento. Mas agora, no momento, seria impossível e aceitei meu destino. Não tinha mais forças para lutar. E foi assim que eu vivi por anos, preso em um banheiro fedido e minúsculo, acorrentado, surrado e a maioria do tempo nu. Quando ele estava de bom humor, me dava uma cueca ou bermuda velha. O lugar onde vivíamos era construído de tábuas e papelão, então, quando chovia, alagava tudo com uma água barrenta, misturada com o esgoto que passava em nossa porta. Eu ficava sem comer por dias seguidos e para me manter bebia muita água morna e com gosto de ferrugem de um cano quebrado na parede. Esses abusos duraram anos a fio. Não sei como não morri… eu era somente pele e ossos. Em um dia chuvoso, eu estava tentando dormir de bruços para aplacar a fome. Meu estômago estava ardendo e dando fincadas tão doloridas que me faziam ter ânsias de vômito. Essa dor se chama: fome Me arrastei e puxei a corrente, meu tornozelo estava ferido e purulento no lugar onde ela abarcava. Doía tanto que às vezes me encolhia e chorava baixinho desejando a morte. O desgraçado, não satisfeito em me manter preso e com fome, passou a me surrar todos os dias. Minhas costas ficavam em carne viva e marcadas com vergões que me acompanhariam para sempre. O irmão do Belzebu, me batia usando seu cinto de couro grosso e fivela imensa de metal. Tive minhas costas, peito, coxas e braços rasgados muitas vezes pelo seu cinto e fivela pontiaguda. Mas o estrago maior foi em minhas costas. Na verdade, o maior dano foi em meu coração. Ele o arrancou no dia que matou mamãe, não tinha mais e no lugar havia somente um buraco negro, cheio de toda sorte de sentimentos ruins. Um dia, quando conseguisse escapar desse inferno, arrumaria um jeito de cobrir essas cicatrizes horrendas em minhas costas. E já tinha em mente o que faria, mesmo que ainda em tenra idade. Me recusava a olhar para essas feridas purulentas e me lembrar da vida miserável que vivia, com esse demônio maldito. Eu conseguiria fugir um dia. Era meu juramento constante e carregado de ira. Eu havia nascido de ódio puro e genuíno e forjado na fúria. Isso me dava forças para continuar. Devia isso a minha mãe. Nosso barraco era em um lugar afastado de tudo, ficava em uma ribanceira onde passava o esgoto da favela inteira, como já disse. O local onde morávamos, ninguém queria ficar, pois fedia a podridão devido ao córrego que contornava nossa tapera. Por isso, meus gritos desesperados por socorro, pedindo comida e clemência não eram ouvidos ou talvez fossem, mas eram ignorados, pois, a comunidade era formada de covardes como meu maldito padrasto. Isso durou anos, suportei porque tinha que sobreviver. Mas tudo nessa vida tem fim e limites. Quebrei de vez, o dia que ele tentou mais uma vez abusar de mim, queria sexo explicitamente. A tentativa de abuso, me manter em cativeiro por anos, fome, sede e frio, matar minha mãe em minha frente e desmembrá-la, destruir nosso pé de roseira, moldariam para sempre minha personalidade... quem eu me tornaria no futuro. Lembro-me com perfeição o dia que me tornei um assassino. Chovia muito e eu estava com muito frio e fome. Ele chegou bêbado e foi direto para o banheiro onde eu vivia nos últimos anos. O verme já entrou arrancando as calças. Congelei. Ele me agarrou pelos cabelos e tentou enfiar a porra de seu pau fedorento em minha boca. Dei um murro em suas bolas murchas e ele caiu se encolhendo, e amaldiçoando. Bateu a cabeça no vaso e apagou. O canalha imundo estava bêbado, aliás esse lixo, vivia embriagado. Consegui pegar a chave da corrente que estava no bolso da calça do miserável. Peguei-a apavorado. Tentei abrir, tremendo muito, só consegui na terceira tentativa. Mijei na cueca poluída de medo. Consegui abrir e correr, minha vida dependia disso. Mas como estava debilitado e fraco, consegui dar alguns passos e tudo escureceu. Apaguei.

Lorenzo Ricci

Capitalo 3

LORENZO RICCI

Acordei com o som de uma buzina e tentei me levantar rápido, olhei para o banheiro e o desgraçado estava acordando e me olhou com ódio. Meu coração batia com tanta força, que eu via meu peito magro sendo açoitado pelos batimentos. O medo dominava minha mente e corpo. Todas às vezes que tentei fugir, ele sempre me encontrou e o castigo era horripilante. A fome e debilidade não me deixavam ir muito longe. Esse pensamento quase me fez desistir. Quase. Comecei a me arrastar com dificuldade e por fim consegui me levantar, segurando nas tábuas do barraco para não cair. Consegui arrumar forças não sei de onde e finalmente chegar na cozinha. O lugar fedia. Estava uma imundície, tinha bichos em frutas podres, pães mofados, pedaços de carnes com moscas e ossos jogados por todo lado, o lugar fedia a carniça. O maldito era imundo de todas as maneiras possíveis. Agarrei uma faca suja e enferrujada, tremendo de pavor. O vi caminhando para meu lado rindo com seus dentes podres e amarelados a mostra e com o pau duro. Meu estômago revirou, tive ânsia de vômito. O terror me tomou e decidi naquele momento acabar com o meu tormento, minha vida. Coloquei a faca em minha barriga e olhei para ele com lágrimas nos olhos. — Não olhe para mim com esses olhos do demônio, filho da puta! — Gritou com ira. — Parecem luzes de neon azul, essas porras! Pirralho fodido! Vou te ensinar umas coisinhas que já deveria ter ensinado há anos... — gargalhou, babando — se já tivesse inaugurado seu rabo, hoje você seria um moleque mais submisso! — Berrou me olhando com cólera e luxúria. Fiz ânsia de vômito. Meu estômago doía muito, já tinha vários dias que não comia nada. Dei um passo para trás, trêmulo, com o coração disparado. Estava suando frio e tremendo tanto que parecia que teria um ataque. — Não! — Gritei, o pavor correndo pelo meu corpo magro. — Socorro! — tentei correr, mas ele me pegou pelos cabelos. — Além de tudo, a bostinha, fala demais. Fecha a porra desses olhos demoníacos! Agora! — Gritou colérico, esse monstro sempre odiou o tom azul dos meus olhos. — Ou vou arrancá-los com minhas mãos e enfiar em sua bunda magra, filho da puta! — Sorriu malignamente — Bunda essa que pretendo inaugurar em breve, maldito! — Ele desferiu dois murros tão fortes em minha boca que quebrou alguns de meus dentes. Chorei alto. — Agora toda vez que for falar demais, pense nesse dia, desgraçado, boca fechada não entra mosca, seu verme maldito! Vai falar mais merdas? Ainda me olhará nos olhos, desgraçado? — sacudiu minha cabeça com força, cobrindo meu rosto de tapas fortes. Meu corpo todo doía e minhas vistas estavam escurecendo. — Não... — murmurei apavorado. Se, por um milagre do destino, conseguisse sair vivo desse inferno, jurei a mim mesmo falar o mínimo possível, somente o essencial e nunca deixaria ninguém ver a cor real de meus olhos. Minha boca ardia e doía demais, onde levei os murros, e sangue se misturava com minhas lágrimas. Ele gargalhou, me dando outro tapa forte no rosto já muito machucado e inchado. Mas como estava muito magro, fui lançado na parede com facilidade. Onde ele quebrou os dentes, latejava demais, meu corpo quebrado perdia as forças e minha mente estilhaçada me pedia para parar... chorei baixinho sem forças... finalmente desistindo. — Assim que gosto, cria do demônio. Agora vamos inaugurar esse moleque malcriado, quando acabar, você estará mansinho igual um cordeiro. — Gargalhou malignamente, o pavor me fez vomitar uma água esverdeada e amarga. Ele caminhou até onde eu estava, cambaleando e falando as atrocidades que faria comigo. Me encolhi, ele me agarrou pelos cabelos novamente, arrastando-me pelo piso imundo. — E não me olhe, fedelho nojento, senão a pancada vai descer novamente! — gritou colérico. Ele continuou amaldiçoando meus olhos azul neon. Se eu pudesse os arrancaria para esse maldito parar de me atormentar. O verme me proibiu de conversar olhando-o nos olhos. Solucei atormentado. Sempre que olhava, ainda que sem querer, ele me batia com violência. Assim aprendi a nunca olhar nos olhos desse animal. Era perigoso e doloroso. Não conseguia mais conversar olhando-o nos olhos... me sentia nu, descoberto e inseguro. Sei que seria sempre assim se um dia conversasse com alguém. Em minha mente passou um filme macabro de tudo que esse verme maldito me fez. Teve um dia que apanhei tanto desse velho imundo por olhar em seus olhos sem querer, que jurei a mim mesmo que ninguém saberia que meus olhos eram azuis. Daria um jeito. Os esconderia. Odeio essa cor neon, odeio meus olhos azulados, odeio o mundo, odeio viver... Balancei a cabeça, puxei com força e as mãos da besta que me segurava pela cabeça ficaram cheias de meus cabelos engordurados. Consegui escapar e corri tentando fugir… mais uma vez. O cão imundo, gargalhou com prazer e levantou a mão no ar, soltando o punhado de fios, com um olhar doentio. Estava tremendo tanto que mal conseguia parar de pé. O demônio insano continuou gargalhando alucinadamente e avançou… levantei meus olhos e resolvi tomar uma atitude, essa que mudaria minha vida para sempre.

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