"Sentimos muito, senhorita, mas o tumor está localizado no seu coração", disse a médica com expressão de tristeza. "Talvez possamos fazer uma cirurgia, dependendo do tamanho do tumor."
Emily lutava para esconder o nó em sua voz. "Doutora, a senhora acha que eu posso me curar? É que eu sou escritora e estou em uma fase muito importante da minha carreira."
A médica hesitou. "Senhorita, precisaremos fazer mais exames para saber melhor, mas acredito que você precisará fazer a cirurgia para evitar a formação de trombos que podem acabar indo para o cérebro e os pulmões."
"E eu precisarei fazer químio?" Emily perguntou, ansiosa.
"Em alguns casos, a químio não é indicada como tratamento", disse a médica, com uma pausa. "Você sentirá dores durante esse período, seguido de fadiga, tontura, faltar de ar e pode chegar a desmaiar. Por isso, eu peço que não esteja sozinha nessas situações."
Emily olhou para a mesa, evitando o olhar da médica. "E se eu não fizer a cirurgia?"
A médica suspirou. "Fazer a cirurgia é importante. Com ela, você pode ter mais tempo de vida, pode viver pelo menos um ano e pode chegar até dois."
"Sem a cirurgia, quanto tempo de vida eu tenho?" Emily perguntou, sua voz quase um sussurro.
"Provavelmente três meses."
Emily se levantou, agradeceu à médica e saiu da sala, suas palavras ecoando em sua mente: "Três meses de vida... se a cirurgia correr bem, posso viver só por um ano." Ela caminhou pelos corredores do hospital, pensativa.
Em casa, Emily se deitou na cama, as frases da médica não saíam de sua cabeça. De repente, o celular tocou.
"Alô."
"Emily, aonde você está? Sabe que horas são?" uma voz irritada perguntou.
"Desculpe, Clara, eu não vou trabalhar hoje", Emily respondeu, sua voz cansada.
"Emily, não é porque o seu livro está famoso que você precisa achar que pode não vir trabalhar."
"Desculpe, Clara, mais eu realmente não posso ir. Eu vou fazer assim, vou escrever alguns capítulos do livro e mandar para a editora."
"Ok, mas faça isso ainda hoje. Os leitores estão ansiosos pela continuação."
"Ok, tchau."
Emily colocou o celular na mesa e abriu o notebook. Vários comentários surgiram assim que ela abriu os capítulos anteriores de seu livro.
"Esse livro é fantástico, autora! Parabéns."
"Estou animada, esperando pela continuação."
"Esse casal é tão fofo."
Mas um comentário tirou o brilho de Emily:
"Esse livro é uma droga. Não sei como alguém gosta disso. Autora, você é péssima escritora."
Emily começou a escrever os capítulos de seu livro.
Desde pequena, seu sonho sempre foi ser uma grande escritora. Emily perdeu seus pais em um acidente de carro quando ainda estava no ensino médio. Como filha única, ela suportou a dor sozinha e se esforçou muito nos anos seguintes para realizar seus sonhos.
Enquanto ela escrevia, alguém tocou a campainha. Ela se levantou e foi até a porta.
"O que você está fazendo aqui?"
Olá autora falando de, espero que gostem da história não se esqueçam de curtir.
"O que você pensa que está fazendo aqui?" Emily perguntou, sua voz tremendo de raiva. "Não ouviu minha pergunta?"
O homem ficou paralisado por um momento, seu olhar fixo em Emily.
"Não vai me responder, então vou fechar a porta", Emily disse, movendo-se para fechar.
Mas o homem colocou a mão na porta, impedindo que Emily trancasse.
"Por favor, Emily, me dê mais uma chance. Eu sinto sua falta", disse ele, sua voz suplicante.
"Então você sentiu minha falta, Roy? Quando dormiu com aquela garota?" Emily falou, sua voz carregada de raiva e tristeza. "Por que não volta para ela e me esquece de uma vez?"
"Eu sei que errei com você, Emily", Roy disse, sua voz mansa. "Mas eu juro que aquilo não significou nada para mim. A pessoa que eu amo é você."
"Se você me amasse mesmo, não teria me traído na véspera do nosso casamento", Emily disse, tentando segurar as lágrimas em seus olhos. "Eu já disse que não quero mais nada com você."
Emily empurrou Roy e trancou a porta. Do lado de fora, Roy ficou paralisado, seu olhar triste.
Emily foi para o quarto e se deitou. Agora sozinha, ela não conseguiu segurar as lágrimas. Ela se agarrou ao travesseiro e, em soluço, relembrou o que aconteceu.
Cinco meses antes...
"Emily, você fica tão bonita de noiva", disse Vivian, uma grande amiga de Emily.
"Obrigada, amiga. Eu estou tão nervosa. Nem acredito que daqui a dois dias eu vou estar casada", Emily falou, sua voz cheia de alegria.
"E onde vocês vão passar a lua de mel?" Vivian perguntou, curiosa.
"Vivian, você sabe que eu não ganho muito bem, então não vamos fazer uma grande viagem", Emily disse enquanto se olhava no espelho. "Além disso, o importante é que nos amamos e em breve seremos um casal."
"Sim, você está certa. Mas vou logo te avisando: se ele ousar te machucar, eu quebro a cara dele", Vivian disse, cruzando os braços.
Emily sorriu. "Calma, Vivian."
Depois de um tempo, experimentando o vestido, Vivian e Emily decidiram ir a um restaurante. Depois de muita insistência, Emily aceitou ir ao show com Vivian.
Enquanto se arrumava, Emily resolveu ligar para o seu noivo, Roy, mas ele não atendeu. Preocupada, ela foi até a casa dele.
Emily viu um carro diferente estacionado em frente à casa de Roy. Ela se dirigiu à casa e abriu a porta. Entrou, mas não viu ninguém até que observou uma luz vindo do quarto.
A cena em sua frente a deixou completamente paralisada. Roy estava na cama com outra garota. Emily conseguiu ouvir os gemidos sendo dados pela mulher, e com o coração partido, ela bateu a porta contra a parede.
"Seu desgraçado! Como pode fazer isso comigo?" Emily gritou, suas lágrimas correndo.
Roy se levantou e Emily saiu do quarto.
"Emily, espera! Calma!", Roy chamou.
"Calma? Como você espera que eu fique calma sendo que acabei de ver isso, Roy?" Emily perguntou, sua voz tremendo.
"Por favor, Emily, me deixe explicar."
"Eu não quero ouvir suas explicações. Acabou tudo entre nós, Roy."
Enquanto lembrava de tudo, Emily acabou adormecendo, exausta física e emocionalmente. No dia seguinte, ela se arrumou e foi para a editora, tentando esconder a tristeza que ainda pairava em seu coração. Enquanto andava pela rua, ela observava as pessoas ao seu redor e sentia uma pontada de dor ao pensar que em breve ela simplesmente não iria mais existir.
"Bom dia", Emily disse, tentando não demonstrar sua tristeza.
"Pensei que não viria hoje", disse Vitória, colega de Emily. "Já soube que seu livro está em segundo lugar como um dos livros mais famosos?"
"Sério?", Emily perguntou, surpresa.
"E falta pouco para ultrapassar a tal da Sra. Salles", contou Vitória, empolgada.
Depois de algumas horas de trabalho, finalmente chegou a hora de ir embora. Emily caminhava pela praça quando sentiu uma dor forte no peito, sua visão ficou borrada e ela tentava suportar a dor que ficava cada vez mais forte. Ela se deitou no chão e acabou desmaiando.
"Como está se sentindo?", uma enfermeira perguntou, enquanto Emily abria os olhos devagar.
"Onde estou?", Emily perguntou, confusa.
"A senhorita está em um hospital. Algumas pessoas a encontraram desacordada e chamaram a ambulância", disse a enfermeira, enquanto analisava Emily.
Depois de uns exames, Emily retornou para casa. Sua cabeça estava totalmente exausta, mas mesmo cansada, ela resolveu escrever mais capítulos do seu livro.
Emily recebeu uma ligação.
"Alô."
"Oi, estou falando com Emily Souza."
"Sim, sou eu mesmo."
"Boa noite, senhorita. Aqui é de uma coletiva de imprensa. Gostaríamos de saber se podemos fazer uma entrevista com você amanhã às 10 horas."
"Ah, claro."
No dia seguinte, Emily acordou cedo e foi para o trabalho, depois se dirigiu para a entrevista. Após algumas perguntas sobre o livro, a repórter começou a fazer perguntas mais pessoais para Emily.
"Senhorita Souza, você escreve tantos romances marcantes, então o público quer saber se você tem vivido algum romance."
"Ah... não", Emily disse, enquanto passava a mão no cabelo. "Minha vida tem sido dedicada totalmente aos meus livros. Eu não tenho tempo disponível para pensar em romances."
A entrevista terminou e Emily se despediu da repórter. Enquanto saía da sala, ela observou um amontoado de pessoas em frente ao local, todos estavam segurando cartazes e gritando.
De repente, um carro luxuoso apareceu e vários repórteres começaram a tirar fotos. Todos estavam loucamente animados e vários seguranças conduziam essa pessoa misteriosa para dentro do edifício.
Emily observou por um instante e depois voltou a andar. Enquanto caminhava, esse homem parou e olhou para Emily de longe. Ele a encarou por alguns minutos, enquanto a via se afastando cada vez mais.
Com um olhar fixado, ele se virou novamente e entrou no edifício.
"Olá, estamos aqui para a entrevista", disse um dos homens que acompanhavam o homem elegante.
"Para uma entrevista?", a funcionária perguntou, começando a olhar a lista. "Qual é o nome da pessoa?"
"É Jimmy, vocalista do grupo Garotos em Chama."
A funcionária arregalou os olhos ao notar que ele era o membro da banda e prontamente o conduziu até a sala onde seria feita a entrevista.
"Por aqui, senhor Jimmy. Jimmy é um dos vocalistas mais amados da banda. Todas as garotas caem de amores por ele."
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