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O CEO ME DEMITIU E AGORA?

Clarisse e Scott

Ela trabalha na empresa de uma revista há anos, dedicando-se de corpo e alma ao seu trabalho. Um dia, sem qualquer aviso, ela é demitida. Indignada, ela vai diretamente à sala do CEO para exigir explicações, mas ao chegar lá, encontra um homem desconhecido. Ele é o filho do antigo CEO, que acaba de assumir a empresa após a aposentadoria do pai e está realizando uma série de mudanças.

Ele a informa friamente que sua demissão foi parte de um corte de custos. No entanto, o verdadeiro motivo é algo que ela não esperava. Enquanto tenta lidar com a reviravolta em sua vida e buscar um novo emprego, ela se vê envolvida em uma trama de segredos empresariais, sentimentos conflitantes e uma atração crescente por esse novo e enigmático CEO. Mas qual é o real motivo por trás de sua demissão? E como isso afetará a relação explosiva que começa a surgir entre eles?

Clarisse Thompson trabalha a cinco anos em uma revista chamada "grenff", 25 anos, formada em jornalismo, morava sozinha no centro de ottawa, capital do Canadá. Sua vida era movimentada apenas pelo seu trabalho, vivia para trabalhar e gostava disso. Sua família morava em um pequeno sítio no interior de Ottawa e Clarisse sempre dá um jeito de ir visitar sua família.

Scott Copper, estudou e se aprimorou em vários países diferentes para poder assumir o lugar de seu pai, Samuel Copper. Ele é inteligente e pragmático assim como o pai, mas diferente dele, é sarcástico, frio sempre que pode e curte a vida o máximo que pode — claro às escondidas.

Esse casal irá nos fornecer muitas risadas com suas aventuras e situações peculiares e sorrisinhos bobos a partir do momento em que dois jovens corações forem amolecidos.

CAPÍTULO 1

...════ ∘◦❁◦∘ ════...

 — O que é isso, Sofia? — perguntei segurando uma sacola com roupas, com a voz direcionada para a minha amiga que agora está no meu banheiro tomando um banho.

 — O que? — Ela grita e ecoa pelo apartamento já que a mesma nem se deu o trabalho de fechar a porta.

 — Esquece...

Peguei uma revista da edição passada e fui para o meu quarto, a coloquei em cima da escrivaninha, me sentei em minha nova cadeira e comecei a folhear página por página.

 — Agora sou eu quem te pergunto... — Sofia fala ao aparecer na porta do quarto já vestida e secando o cabelo com uma de minhas toalhas caríssimas.

 — Quantas vezes eu falei para você usar as toalhas que separei para você? — Perguntei virando o rosto para o olhá-la.

 — Deixe de ser mesquinha! — Senti o peso da toalha molhada em minha cabeça.

A tirei jogando em cima da Sofia.

 — Sério, se você as lavassem, não me importaria, mas quem faz esse trabalho sou eu! E não sei nem por qual motivo estou te dando explicações, porque não vai para casa e me deixe trabalhar? — Perguntei voltando a olhar a revista.

 — Falando sério agora, Clarisse... Você tem vinte e cinco anos, hoje é domingo, porque não podemos nos arrumar e sair como pessoas normais fazem em um final de semana?

 — Eu saí ontem. — Falei ainda se olhar para ela.

 — Casa dos pais não vale, lá é tipo, sua segunda casa? — A olhei com uma sobrancelha arqueada.

Não gosto de tocar nesse assunto. Com ninguém. Não tenho motivos para sair de casa.

 — Eu não vou falar sobre isso de novo. — Me levantei e fui para a cozinha, que ficava ligada a sala.

 — Está bem... Eu vou sair hoje, abriu um novo pub e eu estarei lá para a inauguração, pode ficar aqui com suas revistinhas. — Ela riu debochada.

 — Sabe que tenho que fazer uma revisão todo final de mês, ainda mais agora que o Sr. Copper me deu um cargo importante, acha que ser responsável pela página fixa em que sempre fala algo sobre ele é fácil? Eu já usei todos os tipos de elogios possíveis para aquele senhor. — Falei e tomei um copo de água. — Amanhã será uma loucura, como sempre, na troca de edição eu quase fico careca.

 — Me desculpe por insistir tanto em querer te levar para sair, só quero que você aproveite mais a vida. — Ela disse colocando uma mecha de seu cabelo cacheado atrás da orelha, seu cacho marrom e curto não aguentou e escapuliu para frente de seu rosto afilado. — Eu amo você, loira do banheiro!

 — Ah, estava bom demais para ser verdade...

Corri até o sofá e peguei uma almofada, antes que eu conseguisse atingir ela, a porta foi aberta e minha amiga apenas jogou um beijo no ar e fechou a porta atrás de si.

 — Estranha... — Sorri sozinha ao pensar no quanto ela me anima.

[...]

 A segunda-feira amanheceu do jeito que eu gostava, aquele friozinho gostoso, que até da vontade de ficar embaixo de uma coberta quentinha, mas sei que no trabalho teria minha sala sozinha e meu aquecedor de pés novos que ainda não testei. O Sr. Copper me deu aquela sala quando completei três anos de empresa, ele disse que era um presente de formatura atrasado, aceitei de bom grado, ficar desenhando uma página sozinha e elaborando um texto em meio ao barulho e caos das secretárias e editores, não era legal e muito menos produtivo.

 Assim que termino meu banho, passou meu perfume e um hidratante de frutas vermelhas maravilhoso, fico cheirosa o dia inteiro. Visto uma saia preta justa que o comprimento vai até o meu joelho e uma camisa social branca. Por cima, coloquei um sobretudo creme para combinar com meu salto e bolsa. Sempre gostei de saltos altos, comecei a usá-los no meu primeiro dia aqui, foi a dica que a Donna, secretária do CEO me deu, ela disse que mulheres poderosas tem que se fazer sentir poderosa e o salto faz eu me sentir assim. Deixei para tomar o café em uma cafeteria de frente para a empresa.

O trânsito estava um total inferno, mas nada iria estragar a minha doce e bela manhã. Assim que estacionei meu carro no estacionamento da empresa, atravessei a rua e entrei na cafeteria "doce café" que fica exatamente na frente do prédio da revista Grenff, onde eu trabalho.

— Bom dia, Clarisse! Um café forte... Bem forte? — O Steves perguntou com um sorriso enorme no rosto.

Eu venho aqui desde que entrei na empresa e ele sempre me atendeu bem, bem até demais na verdade.

— Acho que eu deveria trocar meu pedido, tem cinco anos que compro a mesma coisa todos os dias! — Falei exasperada o fazendo rir.

— Não faça isso, se não, não faremos mais com tanto carinho para você! — Ele fala pegando o café já pronto no balcão atrás dele e me entregando o copo com um guardanapo. — E se você mudá-lo, o mundo irá acabar, essa é a sua marca registrada.

— Se você está dizendo... Até amanhã, Steves!

Me despedi e entrei na empresa. Eu não estava atrasada, nunca me atraso. Estava adiantada quase dez minutos, queria sentar em minha mesa, testar o aquecedor para pés enquanto tomo meu café.

Assim que passei pela porta de entrada, notei que dois dos quatro seguranças não estavam lá como todas as manhãs, mas ignorei. Segui meu caminho e dei um bom dia para as meninas da recepção que pareciam mais nervosas do que contentes em me ver. Apertei meu crachá na catraca e fui para o elevador.

Esse prédio tem dez andares, sendo: o primeiro para recepção e armazém das revistas; o segundo etiquetagem para determinar os locais de envios; o terceiro encapamento e embalagem; o quarto é de impressão da revista completa; o quinto são os juniores que fazem a última revisão; o sexto era onde eu comecei, os editores ajustam imagens e panfletos de empresas que "alugaram a revista do mês" para fazer seu anúncio; sétimo ficava o RH da empresa e salas de reuniões; Oitavo era o financeiro; Nono é onde ficam as secretárias telefônicas e alguns editores de páginas específicas, como eu; E décimo, sala do nosso querido CEO.

Apertei para o nono andar, a sensação era como de todos os dias, amava quando a porta do elevador se abria e me dava aquela sensação de paz, esse andar é o mais calmo e silencioso do prédio e fica ainda melhor quando entro na minha sala e fecho a porta. Assim que o elevador abriu, eu vi o desastre diante dos meus olhos, pessoas chorando debruçadas em suas mesas, outras se abanando com alguma revista antiga da empresa. Meu coração apertou, sai do elevador e parei meus olhos em Sofia, eu havia conseguido o cargo de secretária telefônica para ela e a mesma não completou ao menos um ano aqui.

— Sofia, você parece ser a menos afetada aqui, o que houve? Não me diga que o Sr. Samuel morreu? — Perguntei ao me aproximar dela, que estava praticamente sentada em sua mesa.

— Pior que isso...

— Céus, o que pode ser pior do que morrer? — Perguntei a encarando com curiosidade.

— Ele se aposentou e colocou um monstro no lugar dele.

Não. Acredito.

Sr. Samuel tratava a todos como filhos.

— Mas e agora, esse monstro vai demitir todos os funcionários? — Perguntei encarando uma menina que apenas fungava, já não tinha mais lágrimas para cair.

— Bom, eu ainda não fui demitida e nem você... — Ela disse levantando os ombros e os soltando em seguida. — Vai... Vai para a sua sala antes que alguém a ataque aqui. — Sofia disse me empurrando para a porta de vidro com meu nome ao lado.

Entrei na sala e fechei as persianas.

— Tudo está bem estranho... Vou relaxar com meu café frio agora!

Assim que me sentei na cadeira, minha mesa estava super organizada, assim como deixei na sexta-feira, mas havia um envelope rosa com meu nome em cima.

O abri e dentro havia um papel com a logo da empresa, tirei o papel e comecei a ler. Era uma carta me avisando que fui demitida.

— Uma porra de uma carta escrita a mão? Quem esse idiota acha que é? — Peguei o envelope e a carta e saí cuspindo fogo em direção ao elevador.

— O que foi, Clarisse? — Sofia perguntou ao agarrar a minha mão.

— Aquele safado, escreveu uma carta me demitindo. — levantei a mão mostrando o envelope para ela. — Não tente me parar, irei matar alguém agora.

Entrei no elevador e apertei o botão do último andar.

CAPÍTULO 2

Assim que entrei no décimo andar, tudo parecia tranquilo, pelo visto, o esse é único andar não afetado pelo novo CEO.

Caminhei até Donna que estava de cabeça baixa massageando as têmporas.

— Bom dia, Donna! — Falei e a mesma tomou um susto ao me ver aqui. — Ainda bem que não te demitiram, você é a funcionária mais antiga daqui.

— Não podem me demitir, querida.

A olhei confusa, Donna sempre aparenta estar bem, tem a pele bem cuidada apesar de ter idade para ser minha mãe, — ela mesmo me confessou outro dia — sempre está impecável de bela e aparentando ser jovem, só que hoje, ela está com um coque mal feito e quase sem maquiagem.

— Não me diga que esta sem salto, Donna? — Ela deu um sorriso falso. — É claro que não podem te demitir, essa empresa cai se você sair daqui.

— Obrigado pelo carinho, Clarisse! — Ela se esticou em sua cadeira para apertar minha mão.

— Que bom que está calma... Pois preciso falar com o nosso novo chefe. — Os olhos apertados dela se arregalaram.

— Não, deixe-o se acomodar antes, ele acabou de chegar e... — A Interrompi levantou a minha mão e mostrando o envelope.

— A Sra. mais do que ninguém sabe que eu me dedico inteiramente a essa empresa todos os dias desde os meus vinte anos e então, eu não acho que ele tenha o direto de me demitir de uma forma tão... Grosseira!

Ela aliviou o rosto, pegou o ramal em sua mesa e ligou para dentro da sala ao lado.

Esse andar era completamente vazio, haviam algumas salas vazias, umas plantas artificiais espalhadas, a mesa da Donna ficava ao lado da grande porta preta que dava para a sala do chefe. O Sr. Samuel quis pintá-la pois dizia ficar secando as costas da secretaria dele, então ele pintou antes que precisasse pedir o número de Donna.

— Pode entrar... — Donna me disse que um tom estranho.

Parei em frente a porta, respirei fundo antes de dar duas batidas e girar a maçaneta adentrando a sala onde Sr. Samuel tanto nos alegrava.

— Eu preciso falar com o Sr. Cooper agora! — Falei assim que vi o homem em pé de costas para a porta mexendo em alguns pertencentes do Samuel na estante.

— Sinto muito, mas ele não está disponível. — Calmo, mas com um toque de ironia.

— Como assim, não está disponível? Ele não pode simplesmente se aposentar sem uma explicação, todos os funcionários aqui amavam o Sr. Cooper! — Falei exasperada.

— A questão aqui é que você não aceitou ser demitida, é que ele não o fez. Eu fiz. — Ele ficou de frente e cruzou os braços me analisando de cima a baixo. — E a decisão final agora é minha.

— Quem... Você pensa que é exatamente? —Perguntei ainda chocada com a beleza estonteante que o homem em minha frente de cabelos e olhos castanhos possui.

— Scott Cooper. O novo CEO. — Respondeu ele com um sorriso ligeiramente provocador.

— Ah claro, isso não muda o fato de você é um crápula que acabou de chegar e começou a demitir pessoas sem motivo plausível, as pessoas iram odiar te ter como chefe. — Respondi surpresa, mas sem sequer demonstrar alguma fraqueza.

— Digamos que o motivo é corte de gastos. Mas se quiser se sentir melhor, pode pensar em como essa revista vai se modernizar sem tantos pesos mortos. — Ele disse ao desabotoar o palitó e se sentar em sua imensa cadeira.

O que tem de lindo tem de arrogante.

— Corte de gastos? Em uma empresa como a Grenff? Estamos no top um global a muitos anos, somos uma revista referência para todo o mundo! Como acha que iremos acreditar nessa sua desculpa esfarrapada? — Eu disse jogando o envelope e o papel em cima da mesa dele. — E essa merda aí? Não sabe fazer uma demissão como ser humano? Era só fazer uma reunião com todos que sairia menos feio para você.

Ele abriu a boca algumas vezes e a fechou em seguida.

— Você pode ficar aí, com toda a sua pompa, sua cadeira grande e confortável, mas destruí os sonhos das pessoas lá embaixo, te torna inferior a tudo que há de mais pior. — Lágrimas de raiva começaram a rolar pelo meu rosto. — Eu me dedico sete dias por semana a essa empresa, não mereço sair da forma que estou saindo agora! Mas espero de coração, que não precise de mim para nada... Passar bem.

Deixei a sala dele o mais rápido que pude.

— Clarisse! — Donna falou ao se levantar da cadeira.

— Donna, não quero falar agora... — Falei ao apertar rapidamente o botão para chamar o elevador.

— Sua mãe ligou, disse que você não atendeu o celular, parece que seu pai passou mal e ele a quer ver.

Meu coração deu alguns pulos. O elevador demorou demais então desci pelas escadas o mais rápido que pude, passei em minha sala, peguei minhas coisas, o máximo que pude e saí em direção ao estacionamento, seria uma hora de carro até a casa dos meus pais, então não passei nem em casa antes, fui direto para lá.

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