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A Enfermeira e o CEO Arrogante, uma História Pouco Improvável

DESTINO CRUZADO

Los Angeles. Uma cidade de sonhos e oportunidades, onde os extremos convivem lado a lado. No centro desse cenário, duas vidas totalmente opostas estavam prestes a colidir. Cloe, uma jovem enfermeira, dedicava suas horas entre o hospital e o pequeno apartamento que dividia com a mãe. Seu sorriso era a luz que aquecia os corredores frios do hospital, um brilho que parecia nunca se apagar, mesmo diante das dificuldades que enfrentava. A cada plantão, a cada noite mal dormida, Cloe mantinha a mesma chama de esperança. Sabia que a vida podia ser dura, mas também acreditava que havia beleza na simplicidade e na ajuda ao próximo.

Do outro lado da cidade, em um escritório luxuoso no topo de um arranha-céu, Edgar contemplava Los Angeles de uma perspectiva diferente. Ele tinha o poder, o dinheiro e o status que muitos almejavam. Sua empresa de tecnologia estava entre as mais poderosas do país, e ele não aceitava nada menos do que o melhor. Para Edgar, tudo e todos tinham um preço, e ele não tolerava falhas. Pobres? Para ele, eram apenas uma parte inevitável da paisagem urbana, pessoas que ele preferia ignorar. Sua arrogância era tão afiada quanto sua inteligência. Ele acreditava firmemente que cada um fazia o seu próprio destino e que ele havia moldado o dele com mãos de ferro.

Naquela manhã, enquanto Cloe se preparava para mais um dia exaustivo no hospital, algo diferente estava no ar. Ela acordou mais cedo, preparou um café forte e sorriu ao ver sua mãe ainda dormindo. Sentia que algo mudaria em sua vida, mas não sabia exatamente o quê. Vestiu seu uniforme e saiu pelas ruas movimentadas de Los Angeles, pronta para mais um dia.

Edgar, por outro lado, já estava envolvido em reuniões desde as primeiras horas do dia. Ele estava prestes a fechar mais um contrato milionário. Sua mente estava focada em números e estratégias, sem espaço para distrações ou sentimentos. Ao entrar em seu carro de luxo, acompanhado por seu motorista, ele traçava mentalmente cada passo do seu dia. A última coisa que esperava era que, naquele mesmo dia, algo fugisse do seu controle.

No hospital, o caos habitual tomava conta. Cloe corria de um lado para o outro, tentando fazer o melhor com os poucos recursos que tinha. Foi quando uma chamada de emergência a levou para fora do hospital. Um acidente havia acontecido na avenida principal, envolvendo um pedestre e um carro de luxo. Ao chegar ao local, Cloe se deparou com uma cena que parecia ter saído de um filme.

O carro de luxo parado no meio da rua. Ao lado dele, um homem idoso estava caído, com ferimentos graves. Os paramédicos ainda não tinham chegado, e a multidão ao redor parecia mais interessada em filmar o ocorrido do que ajudar. Sem pensar duas vezes, Cloe se ajoelhou ao lado do homem, tentando estabilizá-lo. Seus olhos encontraram os de Edgar por um breve instante. Ele estava ali, parado, com uma expressão de choque e frieza. Não parecia acreditar que algo assim pudesse acontecer com ele.

— Preciso de sua ajuda! — gritou Cloe, sem saber quem ele era, sem se importar. Para ela, ele era apenas mais uma pessoa na cena de um acidente. Edgar hesitou por um segundo. Ajuda? Ele? Mas o olhar firme e determinado de Cloe o fez agir. Pela primeira vez em muito tempo, ele não foi capaz de controlar a situação.

Ele se ajoelhou ao lado dela, seguindo suas instruções, tentando manter a calma. Cloe fez tudo o que podia para manter o homem vivo até a chegada dos paramédicos. O tempo parecia se arrastar, e cada segundo era crucial. Quando os paramédicos chegaram, Cloe e Edgar se afastaram, ambos respirando com dificuldade. Ele olhou para ela, surpreso com sua coragem, com o modo como ela enfrentou tudo sem hesitar, sem pedir nada em troca.

Ela se virou para ele, com os olhos ainda brilhando de determinação. Não disse nada, apenas deu um último olhar ao homem que ela salvou e voltou ao seu posto no hospital, como se nada tivesse acontecido. Edgar ficou ali, parado, enquanto os paramédicos levavam o homem para a ambulância. Pela primeira vez, ele se viu em meio a um cenário que não podia controlar, ao lado de uma mulher que não se importava com seu status ou dinheiro.

Algo mudou dentro dele naquele momento. Algo que ele não conseguia entender. Enquanto Cloe desaparecia na multidão, Edgar sentiu um desconforto, uma sensação de que o mundo ao seu redor começava a se mover de uma forma diferente. Ele não sabia, mas aquele encontro, aquele breve cruzamento de destinos, marcaria o início de uma transformação em sua vida, uma transformação que ele jamais esperaria e que mudaria seu destino para sempre.

Cloe e Edgar

Meu nome é Cloe e tenho 23 anos. Sou enfermeira aqui em Los Angeles, mas minha vida não foi nada fácil até agora. Nasci e cresci num bairro simples da cidade, onde aprendi desde cedo que para conseguir algo na vida, é preciso trabalhar duro. Minha mãe sempre foi a pessoa mais importante para mim. Ela fez tudo o que pôde para me criar sozinha, trabalhando longas horas como faxineira para nos sustentar. Ela é a minha inspiração, a razão pela qual eu me esforço tanto todos os dias.

Desde pequena, sempre sonhei em ser alguém que pudesse fazer a diferença na vida das pessoas. Quando tinha 16 anos, assisti minha mãe adoecer e passar por um sistema de saúde precário, e isso me marcou profundamente. Foi ali que decidi que queria ser enfermeira. Eu queria ajudar, cuidar das pessoas que precisavam, assim como minha mãe precisou um dia. Não foi fácil chegar até aqui. Trabalhei em empregos de meio período enquanto estudava e cuidava da casa.

Aos 18, consegui uma bolsa para a faculdade de enfermagem, algo que parecia impossível na época. Estudava durante o dia e trabalhava à noite, sempre tentando conciliar tudo. Agora, trabalho em um hospital que luta diariamente contra a falta de recursos. Apesar das condições, amo o que faço. Amo ver os rostos de esperança nos pacientes quando eles percebem que alguém se importa com eles. Essa é a minha recompensa.

Nossa situação financeira ainda é complicada. Vivemos com o básico, e muitas vezes sacrifico minhas próprias necessidades para garantir que minha mãe tenha o que precisa. Mas nunca deixo isso me abater. Tenho um lema: sempre manter o sorriso, sempre acreditar que algo bom pode acontecer. E quem sabe? Talvez, em algum momento, o destino me reserve algo diferente, algo que eu nunca imaginei.

Sou uma sonhadora, sim. Mas também sou realista. Sei que a vida não dá nada de graça. Por isso, acordo todos os dias com a intenção de dar o meu melhor, de fazer a diferença, mesmo que seja apenas na vida de uma pessoa. Eu sou Cloe, 23 anos, enfermeira, sonhadora, e, acima de tudo, alguém que acredita que o amor e a bondade ainda podem mudar o mundo.

Meu nome é Edgar, tenho 30 anos e sou o CEO de uma das maiores empresas de tecnologia de Los Angeles. À primeira vista, parece que eu tenho tudo. Carros de luxo, uma cobertura na parte mais cara da cidade, poder e influência que poucos alcançam. Mas o que ninguém sabe é o que eu precisei fazer para chegar até aqui e o que perdi nesse caminho.

Nasci numa família rica, onde a fraqueza não era tolerada. Meu pai, um empresário rígido e controlador, sempre dizia que o mundo é dos mais fortes e que ninguém se importa com os fracos. Minha mãe morreu quando eu tinha apenas 12 anos, e isso mudou tudo. Meu pai nunca foi um homem afetuoso, mas depois que ela se foi, ele se tornou um verdadeiro tirano. O luto se transformou em raiva e exigência. Ele não tinha tempo para minhas lágrimas ou meu sofrimento. Para ele, sentimentos eram um sinal de fraqueza. Ele me criou para ser duro, para não demonstrar emoções, porque, segundo ele, isso era o que me faria sobreviver em um mundo onde todos estão prontos para te derrubar.

Quando fiz 18 anos, meu pai colocou a responsabilidade da empresa nas minhas costas. "Prove que é digno de carregar o meu nome", ele disse. Não havia escolha. Era vencer ou vencer. E eu venci, mas ao custo de me tornar quem eu sou hoje: um homem que não aceita nada menos que a perfeição, que vê as pessoas como peças de um jogo que precisa ser manipulado para que eu sempre saia ganhando. Aprendi a fechar meu coração para o que não é racional, a ignorar o sofrimento dos outros, porque, para mim, se alguém está em uma situação difícil, é porque não se esforçou o suficiente. Sim, eu sou frio e arrogante, mas é assim que consegui chegar ao topo.

A beleza? Ela veio naturalmente. As pessoas gostam de dizer que é uma vantagem, mas para mim, sempre foi apenas mais uma ferramenta. Nunca dei valor às pessoas que se aproximavam de mim por causa dela. Tudo se tornou um grande jogo de interesses. Eu trabalho incansavelmente porque, no fundo, não sei o que fazer além disso. Minhas relações são superficiais e calculadas. Amigos? Não sei se posso realmente chamá-los assim. São mais aliados em uma teia de poder e influência.

Não gosto de pobres. Não é que eu os odeie, é mais como um desprezo silencioso. Eles me lembram que, em algum momento, alguém pode fracassar, e eu me recuso a ser um deles. Aprendi a nunca deixar que a fraqueza dos outros me arraste para baixo. Para mim, é simples: ou você luta para vencer, ou se torna parte da paisagem, invisível e irrelevante.

Mas, nos últimos dias, algo estranho tem acontecido. Um desconforto, uma sensação incômoda de que o mundo não é tão preto no branco quanto eu acreditava. Acho que isso começou depois daquele acidente. Ver aquela garota, agindo com tanta determinação e compaixão, fez algo em mim estremecer. Não sei exatamente o que é. Talvez uma pequena rachadura no muro que construí ao meu redor. Não que eu vá admitir isso para alguém. Mas, pela primeira vez em muito tempo, me peguei pensando... e se eu estiver errado? E se, em algum lugar nesse mundo que aprendi a controlar tão bem, existir algo mais?

CAOS

Depois que a ambulância levou o homem ferido, voltei ao hospital em silêncio, tentando processar o que havia acabado de acontecer. No fundo, me senti um pouco abalada. A imagem daquele homem idoso caído no asfalto e o olhar distante do motorista ainda estavam frescos em minha mente. Quem era ele? Por que parecia tão alheio a tudo? No hospital, a correria me ajudou a distrair, mas não consegui evitar que meus pensamentos voltassem àquela cena.

No meio da tarde, enquanto cuidava de um paciente na enfermaria, ouvi vozes mais altas vindo da recepção. Uma discussão. Me aproximei e reconheci uma das vozes. Era a do motorista do acidente. Ele estava ali, de pé na recepção, com uma postura rígida e olhos severos, discutindo com a recepcionista.

— Eu quero saber sobre o estado do homem que foi trazido hoje de manhã, após o acidente na avenida principal — ele dizia, a voz firme e sem paciência.

— Senhor, eu já expliquei — a recepcionista tentava manter a calma —, por questões de privacidade, não podemos fornecer informações sobre os pacientes...

— Eu sou Edgar Wolfe! — ele interrompeu, como se aquele nome fosse uma chave que abrisse qualquer porta. — Eu tenho o direito de saber.

Parei ao ouvir o nome dele. Edgar Wolfe. Claro, já tinha ouvido falar dele. Quem em Los Angeles não ouviu? Ele era o CEO da Wolfe Technologies, uma das empresas de tecnologia mais poderosas do país. Sempre estava nas capas das revistas, nos programas de TV. Sabia que ele era um homem importante, mas nada do que eu já havia ouvido falava sobre quem ele era realmente como pessoa. Agora, vendo-o ali, tão arrogante e insensível, entendi um pouco mais do porquê.

Decidi intervir antes que a situação saísse do controle.

— Ele está estável — disse, me aproximando. — O homem que você atropelou foi levado à sala de cirurgia e está se recuperando.

Edgar se virou para mim, surpreso por um instante. Seus olhos encontraram os meus, e por um momento, o hospital pareceu ficar em silêncio. Havia algo em seu olhar que misturava confusão e uma pontada de... vulnerabilidade? Não, eu devia estar imaginando. Logo, sua expressão mudou, voltando àquela máscara fria e controlada.

— Você é a enfermeira que estava lá, certo? — ele perguntou, a voz carregada de formalidade. — Eu não sei o que aconteceu. Ele apareceu do nada.

— Eu sei — respondi, tentando manter a calma. — Não estou aqui para julgar. Eu só queria que você soubesse que ele está sendo bem cuidado.

Ele assentiu, mas sua postura rígida não mudou. Parecia mais uma estátua do que um homem de carne e osso. Senti que ele estava acostumado a situações onde tinha total controle, e ali, diante de um acidente que escapou às suas mãos, ele se sentia completamente fora de lugar.

— Obrigado — disse ele, as palavras saindo como se fossem forçadas. — Eu... gostaria de cobrir as despesas médicas dele.

Era uma atitude esperada de alguém como ele. Uma forma de resolver tudo com dinheiro. Não pude evitar sentir um leve incômodo com isso. Ele estava tentando pagar sua saída daquela situação, como se tudo pudesse ser resolvido com uma transação financeira.

— Não se preocupe com isso agora — respondi, tentando ser profissional. — O importante é que ele vai ficar bem.

Ele ficou em silêncio por um momento, olhando para mim como se tentasse entender algo. Depois, ele suspirou e deu um passo para trás, parecendo finalmente se dar conta de onde estava.

— Você realmente se importa, não é? — ele murmurou, mais para si mesmo do que para mim. — Nunca conheci alguém como você.

Aquelas palavras me pegaram de surpresa. Ele me encarou por mais alguns segundos, e então, sem dizer mais nada, se virou e saiu do hospital. Fiquei ali, parada, olhando para a porta por onde ele havia saído. O que ele quis dizer com aquilo? “Nunca conheci alguém como você”? As palavras dele ecoaram na minha mente o resto do dia.

Mais tarde, enquanto voltava para casa, a cena do hospital continuava se repetindo em minha cabeça. O jeito como ele olhou para mim... havia algo naquele olhar que não combinava com a imagem fria e arrogante que ele parecia projetar. Parecia confuso, como se estivesse tentando decifrar algo que nunca havia experimentado antes.

Cheguei em casa exausta, mas não consegui esquecer. Minha mãe percebeu minha distração enquanto eu tentava preparar o jantar. Ela sempre foi muito perceptiva em relação aos meus sentimentos.

— Está tudo bem, querida? — ela perguntou com preocupação.

— Sim, mãe. Só um dia complicado — menti, não querendo envolvê-la na confusão dos meus pensamentos.

Enquanto me deitava naquela noite, sabia que algo havia mudado. Edgar Wolfe tinha cruzado meu caminho de um jeito que eu não esperava. O que isso significava, eu ainda não sabia, mas uma coisa era certa: ele não sairia da minha mente tão facilmente.

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