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Desejo e Poder: o CEO

Capítulo 1

Perspectiva de Richard Steele

Nunca fui um homem de meio-termo. Na minha vida, ou eu conquisto o que desejo ou simplesmente não aceito. E quando você tem o poder e o dinheiro que eu tenho, a linha entre conquistar e ser conquistado se torna muito tênue. Meu nome é Richard Steele. Eu sou o CEO da Steele Enterprises, um império que construí desde o zero com uma mistura de astúcia e audácia. Para alguns, sou um símbolo de sucesso e poder; para outros, sou apenas um playboy com um ego inflado.

Minha última conquista não era um novo contrato ou uma fusão lucrativa. Era a nova secretária, Emma Hart. Assim que ela entrou pela porta do escritório, algo mudou. Emma não se deixou impressionar pelo meu charme calculado ou pela ostentação dos meus carros de luxo e mansões. Ela era diferente. Ela não se curvava diante da minha riqueza e, mais importante, não parecia interessada em ser uma das minhas conquistas.

E isso me irritava. Eu estava acostumado a ter tudo ao meu alcance e, de repente, havia alguém que não estava interessada no meu mundo. As mulheres, por mais sofisticadas que fossem, geralmente se derretiam por um sorriso e um jantar caro. Emma, no entanto, parecia não se importar com nada disso. Ela era profissional, direta e... inacessível.

O fato de ela me provocar dessa forma apenas acendeu um fogo em mim. Eu não sabia o que estava em jogo, mas eu queria descobrir. No entanto, havia algo mais na sua atitude que me intrigava. Havia uma força e uma segurança em Emma que eu não tinha visto antes. E isso, mais do que qualquer desafio profissional, era o que eu queria enfrentar.

 

Perspectiva de Emma Hart

Nunca pensei que trabalharia para alguém como Richard Steele. Eu conhecia a reputação dele – um magnata famoso por seu estilo de vida extravagante e suas conquistas duvidosas. Quando entrei na Steele Enterprises, estava decidida a focar no meu trabalho e a manter uma distância segura do chefe.

Richard é o tipo de homem que você só vê em capas de revistas ou em festas milionárias, não em uma sala de escritório comum. Desde o momento em que começamos a trabalhar juntos, percebi que ele estava acostumado a ser o centro das atenções. A maneira como ele se move pelo escritório, a forma como fala, tudo nele grita poder e domínio. E, sinceramente, isso me deixa desconfortável.

Não estou aqui para ser mais uma peça no seu jogo. Não quero seu dinheiro, seus elogios ou suas promessas vazias. Estou aqui porque preciso trabalhar e, no final do dia, isso é o que importa. A última coisa que quero é me envolver em um drama romântico com meu chefe.

Richard tenta, claro. Ele me faz pequenos gestos, como oferecer um café da manhã caro ou perguntar sobre meu fim de semana. Mas eu vejo através disso. Sei que ele está acostumado a conseguir o que quer, e a última coisa que eu vou fazer é facilitar para ele. Não é apenas uma questão de não me envolver com ele – é uma questão de manter minha integridade e garantir que meu trabalho seja respeitado.

Capítulo 2

Perspectiva de Richard Steele

O escritório estava em polvorosa, como sempre, mas eu estava focado em uma única coisa: Emma Hart. Seu comportamento imperturbável era a minha nova obsessão. Toda vez que eu a via passando por mim com sua postura impecável e olhar resoluto, eu sentia uma mistura de frustração e fascínio. Ela tinha algo que eu não conseguia definir, mas que me atraía de uma forma quase visceral.

Não era apenas a resistência dela ao meu charme. Era a maneira como ela se mantinha firme, mesmo diante de todos os meus esforços para provocá-la. Eu tentei de tudo – desde conversas casuais até convites para almoços em restaurantes caros. Cada tentativa parecia ser respondida com um sorriso cortês, mas frio. Ela mantinha uma distância profissional que, paradoxalmente, só me fazia querer avançar mais.

O problema era que eu estava tão acostumado a conseguir o que queria que me perguntava se havia algo de errado comigo. Minha vida estava cheia de vitórias fáceis, conquistas que não exigiam muito mais do que meu charme ou meu poder. Emma, por outro lado, não se impressionava com nada disso. E isso me fazia questionar se eu realmente entendia o que significava lutar por algo que não pudesse simplesmente comprar ou manipular.

O dia tinha sido particularmente desgastante com uma série de reuniões e crises na empresa. Entre problemas de fluxo de caixa e um cliente insatisfeito, eu mal consegui me concentrar no que estava acontecendo ao meu redor. Mas sempre havia uma pequena parte de mim que estava de olho em Emma. Havia algo em sua forma de lidar com o trabalho – um profissionalismo implacável e uma eficiência que eu admirava. No meio do caos, ela parecia ser a única constante.

Eu precisava de uma abordagem diferente. Até agora, minhas tentativas haviam sido tradicionais demais. Resolvi então usar uma estratégia mais direta. Em vez de esperar por uma oportunidade para me aproximar, decidi ser mais assertivo. Planejei um encontro, não para um jantar ou almoço, mas para algo mais pessoal: um café no meu escritório, longe dos olhares curiosos dos colegas.

Ela aceitou o convite com uma expressão neutra, o que para mim foi um sinal positivo. O fato de ela estar disposta a passar um tempo a sós comigo indicava que talvez houvesse uma brecha em sua fachada de indiferença. O que eu não sabia era que esse encontro mudaria a forma como eu via não apenas Emma, mas a própria natureza da minha busca por controle e conquista.

 

Perspectiva de Emma Hart

O convite para o café no escritório de Richard foi inesperado. Minha primeira reação foi de desconfiança. Richard não era o tipo de homem que fazia convites sem um motivo subentendido. No entanto, minha curiosidade e a necessidade de manter um relacionamento cordial com ele me levaram a aceitar.

Quando entrei no escritório dele, fui recebida por um ambiente que era tanto opulento quanto intimidador. A decoração era moderna e extravagante, refletindo o estilo de vida que Richard parecia exibir em todos os aspectos. O escritório em si era um reflexo de seu status – espaçoso, com uma vista incrível da cidade e decorado com obras de arte caras. Sentei-me em uma das cadeiras luxuosas, tentando não deixar transparecer a sensação de desconforto que estava começando a se instalar.

Richard entrou pouco depois, carregando uma bandeja com dois cafés e alguns biscoitos gourmet. Ele parecia relaxado, quase como se estivesse em casa, e o sorriso que ele me dirigiu era mais genuíno do que eu havia visto antes. No entanto, eu sabia que não podia baixar a guarda. Este era, sem dúvida, mais um jogo para ele, e eu tinha que permanecer focada.

“Obrigado por vir, Emma,” ele disse, colocando a bandeja na mesa e se acomodando na cadeira à minha frente. “Estava ansioso para ter uma conversa mais pessoal com você.”

“Claro,” respondi, mantendo o tom profissional. “O que você gostaria de discutir?”

Richard parecia satisfeito com minha resposta. “Na verdade, só queria conhecê-la melhor. Você tem sido um verdadeiro pilar aqui desde que começou. Queria saber como você está se adaptando ao trabalho e se há algo que eu possa fazer para tornar sua experiência aqui melhor.”

A pergunta parecia genuína, mas eu sabia que havia uma camada adicional de intenção por trás dela. Richard não estava acostumado a ser altruísta sem alguma forma de vantagem pessoal. “Estou me adaptando bem, obrigada. Todos na equipe têm sido muito acolhedores, e o trabalho está indo conforme o esperado.”

“Isso é ótimo de ouvir. E o que mais você faz fora do escritório?” Richard perguntou, inclinando-se para frente com um interesse que parecia quase pessoal. “Tem algum hobby ou algo que gosta de fazer nas horas vagas?”

Eu hesitei antes de responder. “Na verdade, eu gosto de ler e viajar. Tento equilibrar o trabalho com algumas atividades que me ajudam a descontrair.”

Richard pareceu genuinamente interessado na minha resposta. “Isso é ótimo. Talvez possamos trocar algumas recomendações de livros um dia desses. Eu gosto de ler também, embora a maior parte do meu tempo livre seja dedicada a viagens de negócios e eventos.”

A conversa fluiu, mas a cada palavra, eu permanecia atenta. A maneira como Richard tentava se conectar com uma sinceridade aparentemente desarmante era algo que eu não via frequentemente. No entanto, eu não podia me deixar enganar. O desafio estava em ver até onde essa conexão poderia ir sem comprometer meus próprios princípios e minha posição na empresa.

Capítulo 3

Perspectiva de Richard Steele

O café com Emma foi diferente do que eu esperava. Eu estava acostumado a diálogos que, no fundo, giravam em torno de quem eu era — o CEO, o magnata, o homem poderoso que todos queriam agradar. Mas, com ela, as conversas pareciam ser sobre outra coisa. Havia uma barreira ali, e não era apenas a resistência habitual que encontrei em outras mulheres. Ela não era inacessível por causa de algum capricho; era mais profundo que isso.

Algo na sua postura me desafiava de um jeito que eu não estava preparado. Era irritante, no mínimo, mas ao mesmo tempo instigante. Eu sabia que, se fosse qualquer outra pessoa, eu já teria perdido o interesse. Com Emma, porém, essa indiferença era como uma chama que só fazia crescer.

Ela não se deixou levar por minhas palavras ou pelos cenários que criei. O escritório de milhões de dólares, o café caro, as sugestões sutis de que, fora dali, eu poderia lhe oferecer um mundo de privilégios... Nada parecia importar para ela.

Eu a observei atentamente durante aquela conversa, tentando decifrar cada movimento, cada olhar. Ela tinha uma calma inquietante, uma autossuficiência que eu raramente via em alguém que estivesse tão perto do meu poder. E talvez fosse isso que me incomodava: a ideia de que eu não poderia controlá-la, de que, pela primeira vez, poderia ter encontrado alguém que não estava à venda.

“Talvez eu tenha me enganado sobre você,” eu disse, já perto do fim da nossa conversa. Ela ergueu uma sobrancelha, uma leve surpresa em seus olhos.

“Por que diz isso?” ela perguntou, sua voz suave, mas firme.

“Porque você é diferente. Não consigo te enquadrar em nenhuma das categorias que normalmente faço.” Minha voz soava mais reflexiva do que eu pretendia. Normalmente, eu seria mais frio, mais calculista. Mas havia algo em Emma que me fazia baixar a guarda, mesmo que só por um instante.

Ela sorriu, mas foi um sorriso controlado, quase como se soubesse exatamente o que eu estava tentando fazer. “Talvez porque eu não seja uma categoria a ser enquadrada.”

A resposta foi direta, e eu tive que rir, mesmo que de forma contida. Ela sabia como jogar o jogo, e isso só aumentava minha vontade de vencer. Mas vencer o quê? Essa era a parte confusa. Eu queria conquistá-la, claro, mas havia algo mais. Algo que ainda não conseguia colocar em palavras.

No entanto, eu sabia que essa obsessão por Emma poderia começar a interferir nos meus outros objetivos. Steele Enterprises não estava em sua melhor fase. Eu estava lidando com uma série de problemas internos — desde questões com acionistas, até uma possível falha em um contrato vital com uma grande empresa asiática. Esses eram os problemas reais que eu deveria estar resolvendo, mas, de alguma forma, Emma se infiltrou na minha mente, desviando meu foco. Isso nunca aconteceu antes. Nunca.

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Perspectiva de Emma Hart

Quando aceitei a proposta para o café, sabia que Richard tinha uma agenda oculta. Ele não é o tipo de homem que faz algo sem um objetivo claro. O problema é que eu não sou a pessoa que ele está acostumado a lidar. Eu sabia disso desde o início, e essa é minha vantagem.

No entanto, o café foi uma experiência desconcertante. A maneira como Richard falou comigo, o jeito como ele me olhou, tudo parecia ser um jogo para ele, mas ao mesmo tempo, havia algo que eu não conseguia identificar. Será que ele estava tentando me manipular como fazia com todos os outros, ou havia algo genuíno em suas palavras?

Fosse o que fosse, eu precisava manter meu foco. Trabalhar na Steele Enterprises já era um desafio em si. O ambiente era altamente competitivo, e havia muitas pessoas prontas para me ver falhar. Eu tinha ouvido os rumores de que Richard estava lidando com problemas maiores na empresa, e, sinceramente, isso não me surpreendia. Ele pode ser brilhante em muitos aspectos, mas sua autoconfiança exagerada sempre me pareceu uma faca de dois gumes.

Eu não estava aqui para ser mais uma de suas conquistas ou para me perder nesse jogo de poder que ele gostava de jogar. Eu vim para trabalhar, crescer e, eventualmente, seguir em frente para algo maior. Essa empresa era apenas uma etapa. O que Richard não percebia é que eu tinha meus próprios planos, e nenhum deles envolvia ser parte do seu círculo de mulheres fáceis.

Claro, ele estava começando a ser um problema. Um CEO obcecado por você não é o tipo de coisa que facilita seu trabalho, mas eu sabia que poderia lidar com isso. Já lidei com homens assim antes, e eles sempre têm um ponto fraco. Richard era poderoso, mas isso não o tornava imune a falhas.

O desafio real era manter as coisas sob controle enquanto ele tentava me seduzir. O que Richard não sabia — ou talvez não quisesse admitir — é que ele estava lidando com alguém que não tinha absolutamente nenhum interesse em ser moldada por ele. Se ele queria um jogo, eu jogaria, mas com as minhas próprias regras.

Quando voltei para minha mesa, as coisas no escritório estavam ainda mais caóticas do que de costume. Eu ouvi murmúrios sobre o contrato asiático e como ele estava prestes a desmoronar. Se isso acontecesse, Steele Enterprises sofreria um golpe severo. Era o tipo de crise que faria qualquer CEO perder o sono, mas Richard parecia mais interessado em me decifrar do que em resolver os problemas reais da empresa.

E isso era perigoso. Para ele, para a empresa, e para mim.

Eu sabia que, eventualmente, teria que tomar uma decisão sobre como lidar com Richard. Ele poderia se tornar um obstáculo no meu crescimento profissional, e eu não tinha chegado tão longe para ser derrubada por um jogo de poder e sedução. Eu teria que jogar com cuidado, mas sempre lembrando que, no final, o verdadeiro poder não estava em quem controlava a riqueza. Estava em quem controlava as decisões.

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