A dois anos Virgínia Bloson conheceu o amor de sua vida Henry Cooper e uma manhã de terça , o vento batia nas árvores anunciando o outono , a brisa leve e suave tocava sua pele como um beijo doce . Henry era o que ela mais queria , era um homem lindo de presença , suas roupas de linho e cashmere da Prada e Louis VUITTON entregavam que Henry era de família rica , mesmo assim Virgínia se apaixonou perdidamente por ele .

Os dois se viam sempre que podiam , apesar de Henry saber das suas obrigações com sua família se apaixonou por Virgínia uma garota doce e delicada , apesar de sempre deixar claro a ela que no futuro bem próximo ele teria obrigações a cumprir Virgínia se entregou assim mesmo de corpo, alma e coração .

Virgínia Bloson 20 anos olhos claros cabelos loiros , super delicada e amorosa com todos , filha única de seus pais Edgar Bloson e Maria Bloson . Seus pais tem uma cafeteria em Boston de onde sobrevive a família . Virgínia é uma jovem sonhadora apaixonada por literatura , sonha em se formar em design de moda . Seus sonhos são interrompidos quando um trágico acidente acontece .

Henry Cooper 23 anos herdeiro de um império de engenharia . Filho único de seus pais Andréia Cooper e Rodrigo Cooper . Vindo de família rica e tradicional Henry sempre soube que herdaria a empresa e os bens de seus pais , mais como tudo nesta vida vem de graça ele já sabia que teria um preço a pagar . Dono de uma beleza única Henry atrai olhares por onde passa . Mais foi Virgínia que roubou seu coração naquela manhã ensolarada de terça!

Virgínia e Henry se encontravam em uma praia paradisíaca, em um deck em frente ao mar, era o lugar preferido dos dois . Ali eles poderiam esquecer seus problemas e sua realidades tão distintas . Virgínia amava aquele lugar . A brisa leve o cheiro do mar e o som da água tocando na areia , o final de tarde aonde o sol tocava o mar o deixando em um tom vermelho dourado . Era lindo ali os dois se amavam na areia como dois apaixonados que são . Henry nunca negou seus sentimentos por Virgínia a sua família mais o pai de Henry sempre deixou bem claro que ele não iria se casar com uma pobretona feito ela . Muitas vezes os dois brigaram por conta de suas palavras duras , afinal Virgínia era pobre mais isso não a fazia menos que ninguém ela o amava incondicionalmente apesar do seu dinheiro .

O relacionamento dos dois perdurou sem nenhum impecilio grave por dois anos inteiros . Os dois viveram um romance intenso e verdadeiro . Virgínia acabou engravidando de Henry . Para ela não existia felicidade maior . Henry ficou chocado e com medo porque sempre soube que isso não poderia acontecer já que estava fadado a outro destino. Seu pai já tinha planos para ele.

Ricardo - Desfaça a merda que você fez Henry ou eu não respondo por mim !

Henry - O que quer que eu faça ?

Ricardo - ESTÁ MAIS DO QUE NA CARA ESSA MORTA DE FOME NÃO PODE TER UM FILHO SEU A OBRIGUE A TIRAR A CRIANÇA ! — Ele fala com desdenho revirando os olhos sua garganta arranhava pelo tom usado a mim .

Henry- O que ? É meu filho pai .

Ricardo - Foda-se . Ou você faz ou eu faço , só que não serei paciente a esse ponto Henry . Eu a mato junto com esse bastardo .

Meus olhos ardiam pelo lacrimejar eu não conseguia acreditar no que meus ouvidos acabaram de ouvir .

Henry - E se eu não quiser ! O senhor não tem esse direito .

Ricardo - Eu te deixo sem nada . Eu juro por Deus Henry você fica na miséria eu não pouparei esforços para acabar com você e essa infeliz ! Acabe com isso antes que seja tarde .

Meu pai vira as costas e sai . Meu pai é um homem poderoso e sem escrúpulos, ele faria o que está prometendo eu o conheço muito bem . Temo pela vida da Virgínia , não posso permitir que meu pai a faça mal . Pego meu celular e marco um encontro com ela no nosso local , nessa hora meu coração fica dilacerado e incrédulo do que terei que fazer , acaba ali sonhos e a melhor coisa que já me aconteceu na vida . Coloco uma roupa leve desço as escadas e lá estava meu pai a me esperar .

Ricardo - O que vai fazer ? — ele me olha firme sei o que espera ouvir .

Henry - Fazer o que me pediu !

Ricardo - Ótimo . Marçal entra na sala , ele é o brabo direito do meu pai !

Ricardo - Marçal vai com você .

Olho para ele firmemente , meu pai é um homem perigoso e persuasivo, o que ele quer ele consegue , não posso deixar que ele faça mal a Virgínia , saio de casa com o Marçal a tira colo . Chego no nosso deck , pois é assim que chamamos , Virgínia já me esperava conseguia ver sua silhueta ao longe , seu cabelo solto ao vento a medida que eu caminhava conseguia sentir seu perfume suave e delicado . Ela gira em seus calcanhares e olha para mim sorrindo . Paraliso na mesma hora . Virgínia corre para os meus braços me abraçando ..

Virgínia- Meu amor não pensei que nos veríamos hoje .

Henry - Eu sei .. foi necessário Vi ! — Ela sai do meu abraço com sua expressão pesada ela não entendia o que eu acabara de dizer .

Virgínia- Henry o que houve ?

Henry- Serei breve e objetivo . — Ela solta minha mão fechando seu delicado rosto . Ela franzia a testa sem entender o que estava por vir .

Virgínia - Henry está me assustando .

Ouço os passos de Marçal atrás de mim , me viro lentamente olhando para o chão , Virgínia olha em sua direção . Depois volta seus doces olhos para mim !

Virgínia- Quem é esse ??

Henry - Preciso que me escute . Virgínia nos dois não podemos ter esse bebê .

Sua expressão vira de sem entender para espanto .

Virgínia - Como ? Ficou louco ?

Henry - Virgínia não podemos ficar juntos , muito menos ter um bebê .

Vejo minha doce menina virar uma leoa defendendo sua cria .

Virgínia - Não acredito que está dizendo isso ! Meu Deus quem é você ?

Henry - Sou o mesmo de sempre . Só você não queria ver .

Virgínia- Não acredito nisso Henry , esse não é você o que houve ?

Henry- Você sempre soube que eu tenho responsabilidades sempre deixei claro .

Virgínia - Vai me deixar e deixar seu filho por dinheiro? — Ela me olhava com tristeza e desdém .

Henry- Sinto muito mais é necessário . — Sinto um ardor em meu rosto e um estalo enorme em meu ouvido . Ela me deu um tapa jamais pensei que minha doce menina seria capaz disso . Volto meu olhar gélido para ela .

Virgínia - Tudo bem Henry , não quer esse bebê eu o criarei sozinho . Não vou deixar você fazer mal a ele .

Henry - Acha que viverei como sabendo que temos um filho ? Isso não é uma opção Virgínia !

Virgínia- Eu não quero saber não irei tirar meu filho entendeu ?

Olho para o Marçal que continuava parado ali como uma estátua ,

Henry- Nos de licença Marçal ,

Marçal - Recebi ordens do seu pai !

Henry - Que se dane as ordens do meu pai eu serei o seu chefe agora me obedeça . — Não abaixo o tom e não mostro os dentes . Marçal sai nos deixando a sós . Olho para a minha doce menina que mais parecia um tigre bravo .

Henry - Virgínia venha comigo agora não posso permitir que tenha um filho minha família é poderosa meu pai a mataria , por favor não dificulte as coisas por favor ..

Estendo minha mão a ela , dou um passo à frente ela dá dois para trás , Virgínia não iria ceder as minhas vontades isso estava claro .

Virgínia - Já falei que não .. — Tento segura-la ela tira minhas mãos sobre seus braços!

Virgínia - Tira essas mãos de mim seu maldito nunca mais quero voltar a vê-lo . Fica com seu dinheiro e seja feliz , amargo e sozinho — Seu olhar era puro ódio , meu mundo ficou cinza na mesma hora parece que nosso lugar estava amaldiçoado para sempre . Ela vira as costas e sai correndo feito uma louca . Espantado começo a correr atrás dela !

Henry - Vii volta aqui agora. Me escuta espera .. — Ela não diminua sai correndo e entra em seu carro Marçal ouve e sai correndo atrás . Ela liga o carro me aproximo do vídro dando murros para que ela não faça isso .

Henry - Não faz isso , me escuta por favor!

Ela liga o carro e sai cantando pneu . Passo minhas mãos pelos meus cabelos sem saber que merda eu fiz . Marçal chega com o carro a toda velocidade eu entro e saímos em disparada atrás dela !

Henry - PORRA VIRGÍNIA ! — Dou socos contra o painel . Marçal avança o que dá para chegar mais perto dela .

Virgínia narrando ..

Como posso ter me enganado tanto assim . Henry não é diferente do pai , o que importa a ele é somente o dinheiro e o prestígio, querer tirar meu filho de mim . Jamais permitiria tal atrocidade , o telefone começa a tocar atendo no painel do carro era Henry . Ouço sua voz rouca mais muito alterada .

Henry - Por favor para essa merda de carro não faz isso .

Virgínia - Não faz você . Porque não me deixa em paz , não preciso de você .

Henry - Ah não ? Como acha que vou permitir meu filho passar necessidade naquela posilga que você chama de casa . Jamais Virgínia !

Virgínia - Você é um maldito eu odeio você Henry odeio …

Eu grito com ele meus olhos marejados não me permitiam ver nitidamente . Eu estava nervosa e cega pelo meu ódio !

Henry - Me odeie Vi , talvez seja mais fácil assim , mais por favor só para esse carro .

Desvio dos carros a toda velocidade . O cheiro de embreagem era muito forte . Os pneus cantavam em cada curva que eu fazia , olhava pelo retrovisor e via Henry mais perto .

Henry - Para Virgínia , não tem outra saída . Você precisa tirar esse bebê !

Virgínia - CALA ESSA MERDA DE BOCA ! — Me desespero vejo um caminhão em minha frente desvio rapidamente cantando pneu , meu carro rodopia na pista batendo em uma mureta piso no freio mais eles não respondem . Até que acabo rolando barranco a baixo . A última coisa que ouvi antes do barulho ensurdecedor de ferro se dobrando são os gritos do Henry ..

Henry - VIRGÍNIA … VIRGÍNIAAAAA NÃOOOO …

De repente tudo se apaga não ouço mais nada .

Volto ao deck Henry e eu sentados com os pés sujos de areia eu estava entre seus braços , me sentia segura ali nada me atingia , suas carícias me dominavam seu corpo quente no meu era o que eu mais queria sentir , eu sentia o cheiro do mar e era tão bom .

Henry- Virgínia .. — Meu nome em seus lábios ecoavam . Ouço mais uma vez !

Henry - Virgínia .. acorda por favor ..

abro meus olhos . Vejo Henry abaixado em minha janela ele parecia estar de ponta cabeça . Sinto um líquido quente escorrer em meu rosto seu cheiro era de ferroso as mãos de Henry tocando minha pele ! Ou não conseguia ver direito , ouço outra voz !

— Preciso que se afaste dela senhor

Henry- Por favor a salvem ela está grávida .. — Sinto seu toque em meu rosto e depois mais nada ! Um branco total ..

Henry narrando ..

Os bombeiros começam a tirá-la de dentro do carro .

Marçal - Precisamos ir embora daqui a empresa já está chegando .

Henry - Como quer que eu vá e a deixe assim .

Marçal - Bom então fica e explica para seu pai que sua namorada grávida sofreu um acidente e você não conseguiu deixá-la .. — Ele aponta a mão para o carro levantando as sobrancelhas passo minhas mãos pelos cabelos , entro no carro enquanto vejo a Virgínia sendo tirada de dentro do carro por paramédicos , saímos do local. Chego em casa meu pai me esperava !

Ricardo - Fez a escolha certa !

Eu parti para cima dele dando socos em sua casa até ele cair no chão ! Minha mão já estava dolorida e sangrando de bater em seu rosto . Minha mãe chegou me tirando de cima dele .

Andréia - Filho para com isso . Meu Deus ! — Paro de socar a cara do meu pai eu suava frio , minha expressão era de ódio ao olhar para ele !

Henry - Nunca mais toca no nome dela , nunca mais fala dela entendeu ? —Falo apontando o dedo em sua cara ele estava caído todo ensanguentado !

Pucho meu braço das mãos da minha mão com violência saio dali e vou para meu quarto . Me tranco lá a dor me cegava eu caminhava de um lado para o outro feito um louco , eu a amava e agora acabei com sua vida ! Iríamos ter um filho juntos fruto do nosso amor mais eu estraguei tudo , meu pai quer que eu seja um monstro então eu serei um !

Virgínia narrando ..

Acordei toda dolorida em uma cama de hospital abro meus olhos e minha família estava ali para mim .

Maria - Oi meu anjo .. veja bem vinda novamente ! — Minha mãe me abraça forte sinto seu carinho e me aconchego nele .

Virgínia - Mãe ! Meu bebê ?

Os olhos dela se enchem de lágrimas eu já conseguia imaginar tinha flexes de memória da hora do acidente . Senti o toque quente do Henry em meu rosto .

Virgínia - Mãe por Deus ! Meu bebê ! — Minha mãe fechava seus olhos cerrando os lábios sem dizer uma palavra

Edgar - Seu bebê não resistiu minha filha mais iremos lidar com isso juntos .

A dor invadiu meu peito como um turbilhão , eu não conseguia respirar , a sensação de impotência me dominava e eu não conseguia acreditar no que Henry fez comigo , chorei desesperada com as mãos no rosto eu gritava deixando aquela raiva toda sair do meu peito , uma das enfermeiras aparece tentando me acalmar !

Enfermeira - Acalme-se senhorita , por Deus acabou de acordar de uma coma de duas semanas !

Arregalei meus olhos me silenciando , duas semanas ?

Virgínia - Eu dormi por duas semanas ?

Maria - Sim meu amor . Meu coração de mãe dizia que você iria acordar mais tive tanto medo que isso não acontece-se ! — Minha mãe leva suas mãos ao meu rosto .

Virgínia - Mãe , o que farei agora ? — As lágrimas voltaram a cair pelo meu rosto !

Maria - Vai seguir em frente como sempre fez , sua felicidade há de chegar meu anjo .

Nessa hora chega um buquê de flores do campo uma das enfermeiras coloca sobre a mesa .

Virgínia - Quem mandou ??

Enfermeira -Não tem cartão senhorita. — Ela sai do quarto , meu coração estava em pedaços . Eu mal consiga respirar . Me sentia um lixo abandonada e sozinha , apesar de ter meus pais ali comigo algo me faltava algo que Henry me tirou ! Ele não só matou meu filho mais me tirou tudo ! Minh dignidade meu amor próprio e minha alegria nunca mais serei a mesma depois disso !

Virgínia - Henry Cooper eu odeio você ! Maldito !

Acabo chorando mais uma vez permaneço ali com meus pais a minha volta tentando acalmar um pouco do que me resta . Não sei como recomeçar depois disso , mais sei que irei me levantar e dar a volta por cima .