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Laços do Destino. — “ Entre a Razão e o Coração. “

Prólogo.

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...Lembre-se…...

..."Decisões....

...Decidem...

...Destinos!” – A.E✔️...

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...—...

Liandra Colucci nunca soube o que era viver sem expectativas. Desde pequena, estava destinada a grandes feitos. Filha única da renomada Sara Colucci, herdeira de uma das famílias mais poderosas da Europa, e do ambicioso Franco Mendonça, sua vida sempre foi uma preparação para o sucesso. No entanto, o que a maioria não sabia é que, atrás da postura impecável e dos olhos que jamais revelavam fraqueza, existia uma mulher moldada pela dor e pela perda.

O som dos saltos ecoando grande corredor de mármore era uma melodia conhecida. A cada passo, o poder que emanava de Liandra deixava uma marca invisível, mas sentida por todos que cruzavam seu caminho. Os funcionários da Elite Corp Enterprises olhavam para ela com uma mistura de respeito e temor. Liandra havia transformado o legado de sua mãe em uma multinacional poderosa, respeitada mundialmente, e o peso dessa responsabilidade era algo que ela carregava como um escudo contra as tempestades do passado.

Quando Sara Colucci faleceu, a inocência que ainda restava em Liandra se dissipou. Seu pai, um homem que nunca conheceu limites em sua busca pelo poder, se distanciou, deixando-a sob os cuidados de Bárbara, sua babá, Samuel, seu padrinho, e Joe, o segurança que se tornaria seu protetor leal. Ela se ergueu sozinha, em meio às sombras de um mundo que não permitia fraquezas. Aos 29 anos, Liandra era uma figura imponente no mundo dos negócios, uma mulher que parecia ter tudo — exceto a capacidade de confiar no amor.

Mia Corbell, por outro lado, conheceu o amor de forma plena. Cresceu cercada pelo carinho e pela proteção da família e principalmente de seu pai, Charles Corbell, um homem cuja presença era sinônimo de segurança. Mas quando o destino, cruel e implacável, o tirou dela após um grave acidente de carro. Mia se viu sem chão, e simplesmente desapareceu. Foi morar no exterior, tentando fugir de tudo o que a lembrava de casa — incluindo Liandra. O que ela não sabia, ou talvez não quisesse admitir, era que seus sentimentos pela morena não tinham ficado para trás. Eles a acompanhavam, assombrando seus sonhos e cada decisão que tomava.

A vida de Mia fora marcada por contrastes. Com seus olhos azuis que refletiam a profundidade de sua alma, e seu coração generoso, ela se tornou uma arquiteta e engenheira de renome, uma mulher que irradiava bondade, mas que possuía uma força interior inabalável. No entanto, por mais que tentasse fugir de seu passado, Mia nunca conseguiu apagar as memórias do amor não vivido que deixou para trás.

Agora, anos depois, as engrenagens do destino começavam a girar novamente, e após uma série de eventos inesperados trazerem Mia de volta ao país, o encontro se torna inevitável. Elas vão descobrir que há laços que o tempo não pode desfazer, e que, quando o destino resolve agir, nem mesmo o mais forte dos corações é capaz de resistir. Em meio a segredos do passado e dilemas do presente, elas terão que escolher entre a razão que sempre as protegeu e o coração que, finalmente, exige ser ouvido.

"Laços do Destino: Entre a Razão e o Coração" é uma história sobre duas mulheres poderosas, mas vulneráveis, que precisam decidir se seguirão o caminho ditado pela lógica ou se renderão ao amor que, mesmo silenciado por tanto tempo, nunca deixou de pulsar. Em meio a segredos ocultos, traumas e o constante duelo entre razão e emoção, elas descobrirão que, por mais que tentem controlar o destino, há forças maiores que estão além de seu controle.

...O que você acha que elas escolherão… a razão ou o coração? Bom, o destino dará a resposta — mas ele também poderá ter as suas próprias surpresas reservadas pelo caminho....

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...Pois, quando o coração decide falar, a razão não é mais que um sussurro. Afinal, o destino até pode ser cruel, mas também é o único capaz de unir o que jamais deveria ter sido separado. ✔️...

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

...Impossible… not to remember me!...

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Capítulo 01: A tempestade antes da calmaria. Narrado por Liandra Colucci.

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..."Às vezes, a paz que buscamos é interrompida não por tempestades externas, mas por aqueles que conhecem todos os nossos pontos fracos e ainda assim, escolhem testar nossa paciência." A.E ✔️...

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...- Sábado -...

Depois de uma semana infernal, decidi que ia me esconder em casa para um fim de semana de paz e tranquilidade. Bom... Pelo menos, esse era o plano até Caroline invadir minha casa como um furacão. E quero dizer furacão mesmo, pois o problema de ter uma melhor amiga como ela é que o humor ácido que tem - é realmente ácido e isso significa que ela gosta de testar a minha paciência de diferentes formas e em diferentes níveis.

Caroline Forbes – Colucciiii!

O som estridente da voz de Caroline ecoou pela casa, me fazendo suspirar.

Liandra — De todas as pessoas que podiam aparecer sem aviso, tinha que ser você?

Caroline Forbes – Oi pra você também, estupidez! E a propósito estou bem, obrigada por perguntar.

Ironizou debochada e entrou com aquele ar de quem acha que é a dona da casa e eu revirei os olhos, resistindo ao impulso de fingir que estou sozinha.

Liandra – Oi, Carol. Agora será que pode dar meia-volta e voltar por onde você veio? – Questionei, tentando esconder a frustração.

Caroline Forbes – Hahaha, muito engraçada. Você deveria tentar um stand-up. Seria a primeira CEO a concorrer ao prêmio de humorista do ano. – Ela debochou, ignorando completamente minha tentativa de ficar sozinha.

Uma coisa que todos deveriam entender é Caroline nunca perde uma chance de fazer uma piada ácida, principalmente se a piada for às custas da minha sanidade metal.

Liandra – Alguém tem que ter graça por aqui afinal, já que você não tem. – Retruquei.

Ela levou as mãos ao peito forçando uma falsa indignação, enquanto tirava o casaco e se sentava como se estivesse na própria casa.

...“Quem foi que disse que eu queria visita?“...

...🤦🏻‍♀️🧠...

Caroline Forbes – Eu sou a graça em pessoa, querida. Se não fosse por mim, você estaria vegetando em cima de pilhas de planilhas e contratos. — Respondeu, com um satisfeito.

Liandra – E eu aqui achando que você tinha uma vida própria… — Cutuquei. — Já não se cansou de azucrinar a vida dos outros, não?

Caroline Forbes – Minha vida própria inclui te salvar de si mesma, e sabe disso. Além do mais, a casa de quem mais você acha que eu iria se não a da minha amiga rabugenta favorita?

Ela piscou para mim, claramente se divertindo.

Liandra – Essa sua dedicação é realmente comovente, Carol. Só que eu não sou um projeto de caridade, ok? Vou bem, obrigada. – Respondi, tentando soar firme.

Caroline Forbes – ‘Vai bem’? Só se for na Terra dos Amargos, né? Vamos lá, Li, você precisa sair um pouco desse seu castelinho de gelo."

...“E, lá vem ela com o sermão.“...

...💭🤦🏻‍♀️🧠...

Liandra – Você não cansa de ser clichê com essa história não, ein?

Caroline Forbes – Meu bem, a palavra ‘cansaço’ nem existe no meu vocabulário. E, sinceramente, até parece que você não me conhece. Sabe bem que eu só paro quando consigo o que quero.

Ela falou, enquanto se aproximava de mim no sofá como se estivesse se preparando para uma longa conversa, e eu já consiguia sentir a dor de cabeça começando.

Liandra – Não, nem vem que não estou afim.

Respondi, mesmo sabendo que era mais fácil eu estar argumentando com uma porta.

Caroline Forbes – Claro que não está, por isso estou aqui. A última vez que você fez algo divertido foi quando... pera, quando foi mesmo?

Ela questionou, fingindo pensar, e eu bufei, já sem paciência.

Liandra – Por favor, Carol, não me faça chutar você daqui. – Ameacei.

Caroline Forbes – Você pode até tentar, mas te garanto que eu tenho uma ótima defesa. Além do mais, se eu for embora, você vai ficar sozinha. E ninguém quer isso.

Liandra – Eu quero. – Falei sincera.

..."Eu realmente queria. Mas ela pareceu não se importar com isso."...

...💭🤦🏻‍♀️🧠...

Caroline Forbes – Como eu disse ninguém quer.

Suspirei, já cansada daquela discussão.

Liandra – Carol, eu só quero descansar.

Caroline Forbes – Desculpe, mas descanso para mim não é sinônimo de encerrar a vida social. Além disso, tenho uma nova teoria: você está virando uma reclamona profissional. – Debochou.

Liandra – E eu aqui achando que estava apenas sendo sensata. – Ironizei.

Caroline Forbes – Senso, claro! O mesmo senso que você usa para viver em uma bolha de trabalho e achar que isso é o suficiente? – Ela rebateu.

Liandra – Sabe, eu realmente não esperava um debate filosófico sobre o meu modo de vida hoje. O que você quer? – Perguntei, já um pouco impaciente.

Caroline Forbes – Uau, finalmente uma pergunta direta! Eu vim te arrastar para fora, porque, sinceramente, você está precisando. E se você não quiser, bem, vou te obrigar. – Afirmou confiante.

Liandra – E eu pensava que você era uma defensora do 'live and let live'. – Ironizei

Caroline Forbes – Só quando é conveniente para mim. E agora, convenhamos, que não é.

Liandra – Não diga... — debochei.

Caroline Forbes – Nossa, que mau humor.

Ela é retrucou melodramática e eu cabei cedendo um pouco, já tendo em mente que não teria mesmo como argumentar com ela.

Liandra – Sorry, ok? Agora me diz… não ia viajar nesse fim de semana?

Questionei, tentando mudar de assunto.Ela me olhou com um sorriso sapeca brincando nos lábios.

Caroline Forbes – Mudei os planos... espera aí... A Srta. Dona da Razão está pedindo desculpas? – Zombou, claramente se divertindo.

Liandra – Shii. – Falei, levando o dedo aos lábios em sinal de silêncio.

Caroline Forbes – Acho que estou ouvindo coisas. – Provocou.

Liandra – Deve ser a idade.

Cutuquei e ela franziu as sobrancelhas.

Caroline Forbes – Só se for a sua, querida, porque eu estou maravilhosa.

Revirei os olhos novamente, enquanto ela sorriu parecendo se dar conta de algo.

Caroline Forbes – Ah Sim! o fim de semana.

Ela falou batendo palmas animada e eu revirei os olhos em resposta, enquanto questionava frustrada.

Liandra – Achei que já tínhamos encerrado esse assunto?

Eu não gosto de sair! Já faz algum tempo que tudo isso perdeu a graça pra mim. Mas Caroline, obviamente, não dá a mínima pra isso.

Caroline Forbes – Quis dizer você encerrou, né? Porque eu apenas comecei.

Ela ignora meu protesto.

Liandra – Já disse que NÃO!"

Respondi séria, mas obviamente, minha seriedade não pareceu fazer a menor diferença para ela, que me respondeu no mesmo tom e ainda ousou tocar em um assunto proibido.

Caroline Forbes – Ouça bem, Colucci, isso não é um pedido. Desde que...

Interrompi.

Liandra – Desde que? – Questionei impaciente e apontei pra ela. – Você… Não ouse falar disso.

Caroline Forbes – Eu falo sim, pois sabe que tenho razão. Desde que a Sam...

Senti meu estômago revirar.

Liandra – Carol, eu não estou brincando. Esqueça isso.

Pedi, quase supliquei, enquanto sentia o ar se comprimindo dentro do meu pulmão.

..."Merda, merda,merda."...

Caroline Forbes – Você sabe que não vou esquecer, Li. E sabe tão bem quanto eu, que não pode continuar assim para sempre. Mesmo que queira. – Insistiu.

Liandra – E desde quando você virou a minha terapeuta mesmo?

Questionei em tom de desdém e Caroline respondeu com uma seriedade que me surpreendeu.

Caroline Forbes – Desde que você deixou de viver pra apenas existir!

A verdade é que a minha melhor amiga tem razão. Eu nem me lembro qual foi a última vez que saí para me divertir ou fazer qualquer outra coisa que não fosse trabalhar.

..."Mais quem é que admitiria isso para ela, não é? Eu mesmo não..."...

...🧠😅...

Liandra – Obrigada pela sua preocupação, mas estou bem assim. – Falei tentando encerrar a conversa porém... Pra que inimigo não é?

Caroline Forbes – Bem? Está brincando comigo?

Ela me fuzilou com os olhos…

Caroline Forbes – Não acha que já chega de ficar sentindo pena de si mesma, não? Até porque isso nem combina com você.

Revirei os olhos de novo, o que parece ter se tornado a minha reação padrão para lidar com ela. Quase como se isso me fizesse evitar gastar o meu réu primário com essa louca. E pra minha sorte, ou dela... Bárbara apareceu.

Bárbara Bianchi – Ela tem razão, e você sabe disso. – Disse num tom calmo e amoroso.

..."Claro que uma ia ficar do lado da outra. Não sei por que ainda me surpreendo."...

Caroline Forbes – Viu?

Bufei, revirando os olhos.

Liandra – Bá, você deveria estar descansando, não dando ouvidos a ela.

Apontei para Caroline, que caiu na gargalhada.

Caroline Forbes – Aceita logo que eu sempre tenho razão... Dói menos!

Debochou e dessa vez todas nós rimos.

Bárbara Bianchi – Vocês não têm jeito, mesmo… Mas, antes que eu me esqueça do porquê vim aqui... Tina Corbell ligou e pediu para que você retornasse a ligação assim que possível, meu bem. – Advertiu preocupada – Ela parecia ter pressa, então...

Liandra – Obrigada, Bá. Vou fazer isso agora mesmo. Vá descansar, ok?

Ela assentiu e saiu, enquanto segui pro escritório junto com uma Caroline, que nesse momento parecia um tanto quanto nervosa.

...Q.D.T...

Já no escritório, fui direto para minha mesa e esperei Caroline fechar a porta pra confrontra-la.

Liandra – Vamos, desembuche e comece a falar.

Caroline Forbes – Desculpa, eu não entendi!?

O ar que ela respondeu foi tão inocente que quem não conhece diria que é um anjo, no entanto conheço Caroline há tempo suficiente, e sei perfeitamente que ela não veio até aqui só para me convencer a sair ou cutucar as feridas do meu passado.

Liandra – Não se faça de desentendida... Sei bem que você não veio até aqui só para dar uma de terapeuta. Então o que exatamente você quer?

Perguntei impaciente e o telefone começou a tocar.

Liandra – E o principal, por que Tina Corbell está me ligando?

Caroline Forbes – Oook, ok. – Disse levantando as mãos em rendição e respirando fundo. – A filha dela está voltando para o país e vai assumir as ações da Elite Coorp/Enterprise que correspondem à família Corbell...

Eu me sentei, completamente sem resposta para o que foi dito. Essa empresa é minha vida, e mesmo, Tina, sendo dona de uma boa porcentagem das ações, sempre cuidei de tudo sem a intromissão de nenhum dos deles.

Mia está fora do país há mais anos do que consigo me lembrar... Então tudo o que consigo é me perguntar por que...

Liandra – Por que agora?

Questionei em um sussurro mais pra mim mesma do que pra Caroline.

Caroline Forbes – Nossa, estupidez! Não sabia que a garota causava esse tipo efeito, principalmente em você, já que está no exterior a tantos anos.

Ela cutucou e eu revirei os olhos.

Liandra – Engraçadinha como sempre, Carol. Estou falando sério. Por que agora? Ainda mais depois de tanto tempo? – Questionei curiosa, pois era exatamente assim que eu me sentia sobre isso.

No entanto, quem tem uma amiga como a minha tem o que? Acertou quem disse paciência, porque senhor... como eu desejava mata-la de vez em quando.

Caroline Forbes – Vai ver ela cansou de beber piña colada na praia e decidiu que era hora de voltar ao castelo e enfrentar o dragão. – Disse dando de ombros, deixando transparecer a sua completa indiferença.

Liandra – Deixe só ela te ouvir chamando a mãe dela de dragão, viu… – Adverti sorrindo. – Aposto que Tina não é o único motivo pelo qual ela quer voltar. Pelo menos não depois de tanto tempo assim.

Caroline Forbes – Ai senhor, o ego dessas mulheres de hoje em dia!

Ela disse, enquanto olha pro teto fingindo conversar com o todo poderoso.

Liandra – Eu… eu não quis dizer, que tenho algo haver com isso, se é o que está insinuando. – Retruquei.

Caroline Forbes – Calma aí, Srta. Presunçosa. Eu não disse nada...

É não disse, mas o sorriso debochado na cara dela dizia outra coisa...

Caroline Forbes – Talvez ela só queira... sei lá, trabalhar no negócio da família? Trazer um conceito novo. Vai saber. – Sugeriu indiferente.

Liandra – Se fosse só isso, Tina não teria feito tanta questão de me avisar. Tem algo mais aí.

Cruzei os braços, encarando-a, e ela espalmou as mãos sobre a mesa se inclinando pra perto de mim com um sorriso malicioso nos lábios.

Caroline Forbes – Tá preocupada, Colucci? 😏

Liandra – Preocupada eu? De jeito nenhum...

Caroline Forbes – Mesmo? Talvez com medo do que a princesinha Corbell pode fazer quando chegar? – Ela balançou as sobrancelhas sugestiva.

É nesses momentos que eu me pergunto… Por que é mesmo que tenho essa louca como minha amiga?

Liandra – Não é nada disso aí que você está insinuando não. Só quero entender qual é o jogo...

Caroline Forbes – O mesmo jogo de sempre: Te deixar louca. – Provocou, com um sorriso de canto.

Caroline Forbes – E pelo jeito, tá funcionando. 😏

Liandra – Não enche Caroline, estou falando sério.

Caroline Forbes – Tá bom, tá bom. – Disse levantando as mãos em rendição.

Caroline Forbes – Mas se quer um conselho...

Olhei pra ela, esperando.

Caroline Forbes – Quando ela aparecer, tenta não dar um ataque de CEO possessiva. Vai que ela veio só pra tomar um café.

Joguei uma caneta na direção dela que desviou rindo da minha cara enquanto o telefone voltava a tocar.

Capítulo 2. “Reencontros: Entre as sombras do passado e a tensão do presente.”

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..."A vida, com suas surpresas e reviravoltas, muitas vezes nos força a enfrentar o inesperado. O passado, por mais que tentemos ignorá-lo, sempre encontra uma maneira de nos alcançar. Às vezes, o verdadeiro desafio não está em lidar com o novo, mas em confrontar o que nunca realmente foi esquecido." A.E ✔️...

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...•Narrado por Liandra Colucci•...

Meio que sem saber ainda o que dizer, pensar ou o porque da volta da Corbell mais nova, eu atendo o telefone e o coloco no viva voz pra que Caroline faça parte da conversa...

Liandra — Olá boa noite Tina, tudo bem? — Minha voz saiu mais firme do que eu me sentia.

Tina Corbell — Olá Colucci, tudo ótimo. A Srta. Forbes já Ihe deixou a par da situação?

A voz dela ressoou, direta e imponente, antes de Caroline responder.

Caroline Forbes — Ah sim Sra. Corbell eu estava fazendo isso agora mesmo.

Tina Corbell — Ótimo.

Liandra — Tina, desculpe a minha confusão... aconteceu algum problema? — Perguntei, tentando manter o tom formal na conversa.

Caroline Forbes — Isso…Afinal a empresa cresceu muito com a Li na presidência e você sempre pareceu satisfeita com o resultado dessa parceria!

Minha amiga endagou e a matriarca da família Corbell respondeu com rapidez, ríspida e afiada como sempre, deixando transparecer seu temperamento forte.

Tina Corbell — Bom querida as coisas mudam e isso não está em discussão. — Respondeu, com uma frieza que fez a sala esfriar. — Eu não vim pedir permissão ou algum favor. Estou apenas sendo cordial comunicando minha decisão... isso é algum problema Srta. Forbes?

A pergunta dela causou um silêncio desconfortável na sala, até que decidi quebrar-lo para o bem de todos — ou — o meu pelo menos.

Liandra — Não há problema algum. Caroline só ficou surpresa assim como eu, pois Mia está fora a muito tempo. — expliquei, tentando trazer um pouco de calma à situação, se é que era possível…

Caroline me encarou com cara de poucos amigos, provavelmente sem entender porque estou sendo tão gentil enquanto Tina, obviamente só está fazendo o que ela faz de melhor...

Caroline Forbes — Exatamente o que ela disse "surpresa". — disse, com um tom de sarcasmo que não fez questão de esconder. Porém tinha um plano e pretendia começar a colocá-lo em prática.

Liandra — Não se preocupe Tina, Mia é e sempre será muito bem vinda. Cuidarei pra que ela seja bem recebida pessoalmente.

Assegurei e senti um arrepio percorrer meu corpo ao dizer o nome dela. Fazia tanto tempo desde a última vez que nos vimos, e eu não sabia como me sentir em relação a isso, mas faria o possível para que ela se sentisse à vontade.

Tina Corbell — Obrigada, meu bem. Não esperava menos de você. Sei que faz muito tempo, mas vocês eram inseparáveis antigamente.

Minha amiga revirou os olhos entendendo bem o que Tina Corbell quis dizer e forçou um sorriso antes de perguntar…

Caroline Forbes — E quando exatamente, Mia chega?

Tina Corbell — Ela já chegou. Esta muito ansiosa pra começar. — Respondeu parecendo satisfeita.

Tina Corbell — Em fim era isso. Li vamos marcar um jantar em família. Traga Bárbara faz tempo que não nos vemos.

Liandra — Ah sim, claro. Eu adoraria. Vou avisar a ela pra marcar o dia.

Tina Corbell — Caroline querida, isso se estende a você também.

Eu conseguia sentir a ironia de matriarca dos Corbell ao estender o convite a Caroline… Tina é dona de uma personalidade um tanto quanto egocêntrica por assim dizer, mas eu tinha que admitir que isso tinha cá e lá suas vantagens. A mulher era brilhante nos negócios.

Caroline Forbes — Ó Tina querida, obrigada, acredite eu não perderia isso por nada. — Caroline respondeu, carregada com um tom venenoso.

Assim que a ligação terminou, tratei de me despendir e encerrar a chamada enquanto ainda tinha vantagem ou ao menos antes que a conversa saísse do controle. E quero dizer do meu controle, pois Caroline estava visívelmente furiosa naquele momento e eu sabia que por mais que tentasse evitar, uma discussão estava a caminho.

Caroline Forbes — Mais que raios foi isso? — Disparou irritada.

Liandra — Raios? Sério, quem ainda fala assim? haha

Sorri na esperança amenizar o clima, mas Caroline semiserrou os olhos na minha direção visívelmente irritada, me fazendo entender que ela não estava nem um pouco pra piadas.

Liandra — Caroline, por favor. — Supliquei

Caroline Forbes — Não, não e NÃO! — Explodiu furiosa. — Ela não aparece pra assinar documetos importantes, não vai as reuniões, não é nem de longe gentil com os funcionários que ajudam a construir aquela empresa... E sou eu quem sempre tem que lidar com a prepotência e arrogância daquela mulher. E pra que? Pra agora você simplesmente nem ligar pra isso?

Ela estava furiosa e eu obviamente não queria mais discutir, só que conhecia muito bem Caroline, e sabia que ela não se daria por satisfeita sem uma explicação.

Liandra — E o que você queria que eu fizesse, exatamente? - Questionei sarcástica. — Discutisse com ela por algo que não posso mudar?! Esse era seu plano genial?

Falei tentando manter a calma, enquanto ela começou a baixar a guarda.

Caroline Forbes — Não, mas nunca vi você abaixar cabeça pra alguém. Ainda mais quando se trata de dizer o que você deve ou não fazer com a empresa.

Liandra — Carol é simples. Não posso fazer nada em relação a isso, Tina é cofundadora da empresa junto com minha mãe e ja que não posso mudar a opinião dela... — comecei a explicar, vendo que ela finalmente estava começando a entender.

Caroline Forbes — Ta, ta entendi. Se não pode fazer ela mudar de idéia, você se une a ela e blá blá blá. — Respondeu, debochada.

Liandra — Exato. E não seja criança. — Repreendi.

Conversamos por mais algum tempo sobre como proceder, e depois ela foi embora, me deixando sozinha com meus pensamentos.

..."Merda!"...

...🤦🏻‍♀️🧠...

— Eu não conseguia pensar em outra coisa senão no fato de que agora teria mais alguém para lidar na empresa, e dessa vez era alguém que eu não poderia controlar... Apesar de nos conhecermos desde crianças já fazia muito tempo desde que vi Mia pela última vez, e quem sabe ela possa ter uma opinião diferente da minha sobre como fazer as coisas...

..."Inferno, inferno, inferno… Eu não deveria ficar pensando nessas coisas. Ela é só a minha amiga de infância que, depois de quase oito anos, está de volta. O que pode dar de tão errado assim, certo? Certo!"...

...“Errado” — Debochou minha consciência....

...🧠...

...Q.D.T...

Quando acordei na manhã seguinte, fui direto para a cozinha, de onde estava vindo um cheiro maravilhoso que eu conhecia bem.

Bárbara Bianchi — Bom dia, minha menina. Como passou a noite? Conseguiu descansar? — perguntou, assim que me viu.

Liandra — Bom dia, Bá. Bem, obrigada por perguntar. E você, como está hoje?

Me aproximei e envolvi a mulher que sempre cuidou de mim desde que me entendo por gente, em um abraço, beijando sua testa assim como faço todos os dias.

Bárbara sem dúvidas é a dona dos melhores conselhos e também quem sempre acabou se tornando a voz da minha razão em momentos difíceis.

Bárbara Bianchi — Estou ótima. Vamos? A mesa do café está posta no terraço.

Ela nem precisou dizer mais nada.

Liandra — Nem precisa dizer duas vezes… — respondi, animada.

Começamos a tomar café, admirando a paisagem, quando ela puxou conversa.

Bárbara Bianchi — Correu tudo bem com a Tina ontem, meu bem?

Liandra — Se por "bem" você quer dizer que agora ela quer participar dos assuntos da empresa, então sim, correu tudo bem! — respondi, tentando disfarçar minha frustração.

Ela arqueou a sobrancelha, claramente confusa.

Bárbara Bianchi — Desculpe, mas por que isso parece ser um problema?

Liandra — Não é que seja um problema...

Bárbara Bianchi — Então?

Antes que eu pudesse responder, a voz de Caroline ressoou atrás de mim.

Caroline Forbes — É porque não estamos falando de Tina Corbell, e sim da filha. — Comentou, e mesmo com o sarcasmo da minha amiga, Bárbara não se abalou e sorriu, parecendo genuinamente feliz com a notícia...

Bárbara Bianchi — Espere, Mia está de volta ao país?

Liandra — Sim! — Sorri sem humor.

Bárbara Bianchi — Isso é maravilhoso, meu bem. Precisamos organizar um jantar de boas-vindas para ela.

Bárbara estava obviamente feliz com a notícia, mas Caroline e eu não compartilhávamos da mesma empolgação.

Caroline Forbes — Engraçado você dizer isso, Bá… Pois Tina disse exatamente a mesma coisa — Comentou, com ironia.

Bárbara Bianchi — Tina é muito gentil — respondeu, sem perceber o tom de Caroline.

Caroline Forbes — Oi? — franziu as sobrancelhas. — Sinceramente, não sei como você gosta dela, Baah, ela é uma va-

Liandra — Seria ótimo, Bá. Você pode cuidar disso pra mim, por favor? — interrompi antes que Caroline terminasse.

Bárbara Bianchi — Claro, menina. Será um prazer.

Sorrindo, desviei o olhar para Caroline, que estava com uma expressão engraçada no rosto.

Liandra — E, Carol, por favor, comporte-se.

Caroline Forbes — Ok, ok... Entendi, calada... — murmurou com as mãos pra cima.

Bárbara Bianchi — Desculpe a insistência, mas por que isso ainda parece ser um problema para você, meu bem? Afinal, vocês sempre se deram tão bem.

Liandra — Isso já faz muito tempo. Eu mal me lembro dela — arrepio percorria meu corpo.

..."Mentirosa."...

...🧠😏...

...Minha consciência gritou debochada e imediatamente senti um arrepio percorrer o meu corpo....

..."Mais que droga está acontecendo?" — Pensei, tentando assimilar o porque daquilo....

Bárbara Bianchi — Entendi. Você tem medo que ela tenha um jeito diferente de querer fazer as coisas do que está acostumada, certo? — Disse me trazendo de volta à realidade, enquanto segurava minha mão por cima da mesa, me olhando com carinho.

Liandra — Exatamente. — Afirmei, desviando o olhar.

Bárbara Bianchi — Olha, filha, você não tem como saber se não se der uma chance de conversar com ela. Tenho absoluta certeza de que vocês não terão problema. — Ela disse, sincera, enquanto Caroline retrucou de forma divertida.

Caroline Forbes — Desde que ela não tenha puxado o gênio da mãe, você quer dizer, não é? — Caroline sorriu, e nós rimos juntas, continuando a conversar durante todo o café.

Depois disso, passei o resto do dia jogando conversa fora e falando sobre os projetos da empresa com Caroline.

...Q.D.T...

...— Segunda-feira —...

Acordei mais cedo do que de costume e comecei a organizar tudo com a equipe para a chegada de Mia, ainda pelo telefone. Demorei um pouco para despertar, pois quase não consegui dormir pensando em tudo. Nem mesmo a ducha fria que tomei conseguiu afastar a exaustão que hoje parecia ter feito morada no meu corpo.

Quando desci as escadas apressada, já pronta para ir para a empresa, Bárbara me obrigou a tomar ao menos um suco antes de sair, insistindo que eu poderia passar mal ou até mesmo ficar doente por não me alimentar direito.

Quando cheguei à empresa, fui direto para minha sala, depois de deixar todos a par de como proceder. A manhã seguiu sem nenhum contratempo, e eu agradeci por conseguir adiantar quase toda a papelada que estava acumulada. Então, ouvi alguém bater na porta.

Sara Miller — Sra. Colucci? — A voz da minha assistente ecoou.

Liandra — Sim, Sara.

Sara Miller — O Sr. Jeferson está aqui para vê-la.

Liandra — Ah, sim, mande-o entrar e providencie um café bem forte para mim, por favor.

Sara Miller — Sim, senhora. Trago em um minuto — ela respondeu e saiu.

Thomas Jeferson — Como vai minha chefe preferida? — Thomas entrou na sala, sorrindo divertido. Não consegui evitar revirar os olhos antes de responder.

Liandra — Sou sua única chefe, Thomaz.

Thomas Jeferson — Não foi o que eu soube.

...“Merda!”...

...🤦🏻‍♀️🧠...

...— Pensei comigo. Realmente, eu não sou mais a única no controle de tudo....

Liandra — Isso é verdade — sorri, mas sem humor. — O que você quer, Thomas? — O homem loiro de porte atlético à minha frente era meu gerente de projetos e também um bom amigo.

Thomas Jeferson — Quero saber como ela é. Como eu devo lidar com a situação? Afinal, nós nunca tivemos problemas, e você sabe bem que Tina Corbell não é exatamente conhecida por ser um poço de gentileza.

...“Deus, quanto mais eu rezo, mais assombração com problemas parece-me aparecer."...

...😒🧠...

...— Pensei, respirando fundo para absorver o que ele disse e tentar acalmar o turbilhão de pensamentos na minha mente....

Liandra — Eu sei, Thomas. No entanto, receio que não posso te ajudar no momento. Conheço Mia, mas não a vejo desde que ela foi embora. Mas sugiro que continue do mesmo jeito. Faremos uma reunião caso algo precise ser ajustado, ok?

Thomas Jeferson — Ok, parece ótimo — ele respondeu, e nesse momento, minha assistente voltou com o café.

SaraSara Miller — disse, colocando a bandeja na mesa.

Liandra — Obrigada, Sara. Algum recado?

Sara Miller — Ah, sim. A senhorita Corbell ligou e disse que teve um contratempo e não poderá comparecer à empresa hoje.

Liandra — Apenas isso? — perguntei, enquanto bebericava o líquido quente e tamborilava os dedos da mão livre sobre a mesa.

Sara Miller — Não. A Sra. Bianchi também ligou, pedindo para lhe avisar que aguarda a sua presença em casa para o almoço.

Liandra — Ela disse o por que?

Sara Miller — Não, senhora. Só disse que era importante. — Respondeu com um sorriso, e eu respirei fundo.

Liandra — Certo, cancele meus compromissos do período da tarde, repasse o que não puder ser adiado para o Thomas e, por favor, peça ao Sr. Winter para trazer o carro.

Sara Miller — Sim, senhora. Precisa de mais alguma coisa? — ela perguntou, e eu semicerrei os olhos, observando o sorriso de Thomas aparecer, já ciente do que eu pretendia fazer.

Liandra — Sim, preciso. — Afirmei.

Sara Miller — Pode falar.

Liandra — Estou tão velha assim para me chamar de senhora? — Questionei brincalhona e vi o sorriso dela morrer, dando lugar ao nervosismo, com as bochechas ruborizando cada vez mais à medida que o som da risada de Thomas ecoava pela sala.

Sara Miller — Eee... Eu.. Quer dizer… — tentou responder.

Liandra — Tudo bem, Sara. Estou apenas brincando com você. Não precisa ficar nervosa. — Tranquilizei-a.

Sara Miller — Desculpe, senhorita Colucci. Eu juro que não tive a intenção d...

Liandra — Tudo bem, não se preocupe. Pode me chamar como preferir — interrompi, sorrindo e ela assentiu.

Liandra — Menos de senhora. — Adverti.

Sara Miller — Sim, senhora... quer dizer, Srta. Colucci — respondeu, ainda nervosa.

Thomas Jeferson — Não se preocupe, Sara. Você acaba se acostumando — Thomas comentou, sorrindo, e ela saiu da sala, acompanhada por ele.

Apenas arrumei minhas coisas e segui em direção ao estacionamento, onde Joe já me esperava com o sorriso que eu tanto gosto de ver em seu rosto.

Joe Winter — Hey menina, como foi sua manhã? — Perguntou.

Liandra — Oi garotão, foi boa. E você paquerando muito? — repliquei, tentando esconder um sorriso divertido.

Joe Winter — Ah, eu tento, você sabe — respondeu, piscando para mim com um sorriso brincalhão.

Continuamos trocando brincadeiras enquanto ele dirigia. No meio do caminho, lembrei-me de perguntar sobre Bárbara.

Liandra — Joe, você sabe o que a Baah está aprontando? — perguntei, lançando-lhe um olhar curioso.

Joe Winter — Saber, até sei, menina, mas me deixe fora dessa. — Disse, olhando-me com um ar suplicante. — Você sabe como ela fica quando não fazemos as coisas do jeito que ela quer.

..."Medroso."...

Liandra — Ah, por favor, Joe. — Pedi, juntando as mãos em súplica.

Joe Winter — Desculpe, menina, dessa vez realmente não posso — respondeu ele, balançando a cabeça.

Cruzei os braços, fingindo irritação, e ele sorriu.

Joe Winter — Vamos se acalme, já estamos chegando.

Liandra — Táaa… — respondi, desgostosa. Se tem uma coisa que eu odeio, é ser a última a saber de algo.

Assim que chegamos, notei que tinha alguém no jardim onde gosto de caminhar sempre que posso. No entanto, preferi entrar para procurar a dona Bárbara, e a encontrei na cozinha, claramente preparando algo, pois o cheiro estava divino.

Liandra — Bá, quem está no jardim? — perguntei, curiosa.

Bárbara Bianchi — Ó, querida, você me assustou! — Respondeu, levando as mãos ao peito.

Liandra — Quem está no jardim? — repeti, mais impaciente.

Bárbara Bianchi — É uma surpresa — disse, tentando conter um sorriso.

Liandra — Vamos lá, sabe que não gosto de surpresas. — Retruquei, cruzando os braços.

Bárbara Bianchi — Ok, ok — Cedeu. — Mia me ligou mais cedo, e eu a convidei para vir almoçar e passar a tarde conosco.

Abri a boca pra falar, mas fechei logo em seguida pois as palavras pareceram travar na minha garganta.

Bárbara Bianchi — Achei que soubesse, ela disse que ligou na empresa avisando que teve um contratempo, mas que viria para cá.

Liandra — Bom, Sara me avisou que ela teve um contratempo, sim, mas não que viria para cá — respondi, sentindo outro arrepio percorrer meu corpo.

Bárbara Bianchi — Pois agora você já sabe. Vá se trocar enquanto termino aqui.

Apenas assenti e fui me trocar. Quando desci, ao invés de ir para a cozinha, segui direto para o jardim, onde encontrei Mia, concentrada, olhando a paisagem.

Ela estava completamente alheia a mim, e, por algum motivo, decidi não avisá-la que estava ali. Apenas fiquei olhando pra ela, envolvida por uma paz absurda.

..."Uau... Ela está ainda mais linda do que consigo me lembrar."...

...😍🧠...

Mia Corbell — Hey, senhorita Colucci — Comprimentou, tirando-me dos meus pensamentos.

Sorri e acenei, ainda parada no mesmo lugar, apenas observando-a. Não era como se eu não pudesse ou quisesse falar alguma coisa, eu só não conseguia parar de olhar pra ela. Pelo menos é disso que eu-…. Ah deixa pra lá.

Faz muito tempo, mas é como se o relógio da vida tivesse parado exatamente oito anos atrás. Meu coração ainda bate descompassado dentro do peito, assim como na última lembrança que tenho dela antes de viajar.

Mia Corbell — Então é aqui que você se esconde? — perguntou, sorrindo, enquanto abria os braços como se quisesse voar. Foi só então que consegui desgrudar minhas pernas do lugar e caminhar até ela.

Liandra — Bem, Srta. Corbell, se gostou tanto da vista daqui, tenho certeza de que vai amar ainda mais a vista lá de cima, acompanhada das delícias que a Bá preparou. — Respondi, tentando soar casual e ela virou rapidamente para mim com um sorriso que eu conhecia bem.

Mia Corbell — Touché, você ganhou quando mencionou "comer" e "Bá" na mesma frase. — brincou.

Nós rimos e caminhamos juntas de volta. Encontramos Bárbara na varanda, e quando nos aproximamos, a loira correu na minha frente pra abraça-lá, enquanto fiquei apenas resmungando, enciumada.

Liandra — Hey, esse colo aí é exclusivamente meu, sabia? — perguntei, fingindo indignação.

Mia Corbell — Sinto muito te desapontar, Cinderela, mas não hoje! — Mia fez uma careta engraçada, mostrando a língua enquanto se aconchegava ainda mais nos braços da minha babá.

...Q.D.T...

Ficamos por ali conversando e comendo. Mia contava sobre sua estadia fora do país e um pouco sobre a sua volta, quando Bárbara a interrompeu.

Bárbara Bianchi — Meninas vou deixá-las por um momento.

Liandra — Está se sentindo bem, Bá? — Perguntei, preocupada.

Bárbara Bianchi — Ó, sim, meu bem, não se preocupe. Só quero tomar um banho, logo desço e tomamos um vinho. O que acham? — propôs.

Nós concordamos, e ela saiu. O silêncio se instaurou no ambiente após sua saída, deixando-nos sozinhas. Outra vez, não é que eu não quisesse falar, mas um nervosismo crescente dentro de mim, fazia parecer que eu havia desaprendido as palavras.

..."Sorri com esse pensamento"...

...😊🧠...

Observei quando Mia se levantou, caminhando até o parapeito da varanda, onde se encostou para observar o pôr do sol tingir o céu de laranja e vermelho. Aproveitei o momento para me aproximar e puxar assunto.

Liandra — Hey, Srta. Corbell, no que está pensando? — perguntei.

Ela virou-se para mim e sorriu.

Mia Corbell — Ok, eu já entendi. — Respondeu, divertida.

Dei de ombros, fingindo desentendimento por alguns segundos, mas acabei me rendendo ao sorriso dela.

Liandra — Em minha defesa, foi você que começou. — Apontei para ela

Mia Corbell — E acredite, já me arrependi. — Disse sorrindo.

Liandra — Então, no que estava pensando? — insisti

Ela me olhou fixamente nos olhos, ainda sorrindo.

Mia Corbell — Na verdade, eu só estava... admirando!

O silêncio entre nós era confortável, carregado de uma tensão suave que eu não queria quebrar. Mia continuava a me olhar, e em seus olhos havia algo mais profundo do que eu estava preparada para enfrentar naquele momento. O tempo parecia realmente ter parado, e, por um instante, tudo ao nosso redor se desvaneceu. O mundo era apenas nós duas, e o som do meu coração batendo acelerado.

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..."Quando o tempo parece parar, é o coração que finalmente tem a chance de se ouvir."...

...A.E ✔️...

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