O Amor É Confuso?
Palavras da autora
🌸Nico Robin🌸
O que dizer além de um simples cumprimento?
🌸Nico Robin🌸
É estranho voltar a escrever aqui após anos (anos que não me orgulho muito). Mesmo com a bagunça das obras anteriores, uma dificuldade para decifrar os diálogos confusos e sem sentido algum
🌸Nico Robin🌸
A obra que venho trazer, são de personagens secundários da minha obra mais recente. Apesar de não ter me aprofundado na história anterior, será evidente as mudanças (sim, eu fiz algumas melhorias)
🌸Nico Robin🌸
Não sei dizer se é bom ou ruim, é o pior disso tudo, é que não está planejada 100%, trago aquilo algumas ideias. Mas isso não muda o fato de que quero trazer o melhor para quem dá a oportunidade de viajar no meu universo (então caso eu sumir de repente, é a falta de ideia)
🌸Nico Robin🌸
Já quero pedir pelos erros ortográficos que podem ter ao longo do caminho. Também quero que curtem e comentam bastante
🌸Nico Robin🌸
Estou muito feliz por estar voltando, essa conta tem um peso imenso
🌸Nico Robin🌸
Desde já, quero agradecer vocês, muito obrigada pela leitura, de ter lido tudo o meu desabafo
Primeiro mistério
O casal perfeito tinha imperfeições
É estranho presenciar essa cena, enquanto eles são a inspiração de vários casais. A blogueirinha e o popular, dois jovens que não estão se entendendo muito ultimamente
É noite, enquanto eu ouvia gritos e xingo, graças a minha cor mais escura, eu me infiltrava para ter mais uma novidade para contar para minha amiga — se isso for novidade, pois ela vai ficar de coração partido
A blogueirinha passa por mim, não me notando na passagem, é difícil de enxergar pela falta de iluminação, mas lágrimas escorriam pelo seu rosto belo. Seu namorado, continua parado no mesmo lugar, acendendo seu baseado
Mateus
Você é bem curiosa, né? — 𝐌𝐞𝐮 𝐜𝐨𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐚𝐜𝐞𝐥𝐞𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐬𝐮𝐬𝐭𝐨. 𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐟𝐮𝐢 𝐩𝐞𝐠𝐚? — Vai abrir o bico e contar para os outros?
Isabela
Tem medo da sua popularidade acabar?
Mateus
Minha popularidade não depende da fama dela, e sim, da minha personalidade. Para alguém que me conhece há anos, sabe pouco de mim - 𝐒𝐞𝐮𝐬 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐚 𝐚 𝐬𝐞 𝐥𝐨𝐜𝐨𝐦𝐨𝐯𝐞𝐫 𝐧𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐜̧𝐚̃𝐨 — Não deveria estar sozinha por esses lados
Isabela
Quero ir ao banheiro
Mateus
Aquele banheiro deve estar todo sujo, vale a pena urinar no mato — 𝐀𝐜𝐚𝐛𝐚 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐛𝐚𝐬𝐞𝐚𝐝𝐨, 𝐠𝐮𝐚𝐫𝐝𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚 𝐧𝐨 𝐛𝐨𝐥𝐬𝐨 𝐝𝐚 𝐛𝐞𝐫𝐦𝐮𝐝𝐚, 𝐬𝐞 𝐚𝐩𝐫𝐨𝐱𝐢𝐦𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐦 — Vou te levar para outro quadrado
Isabela
Acabou de brigar com a sua namorada e dar em cima da melhor amiga da sua prima é a primeira opção?
Sinto o seu sorriso abrir de orelha a orelha
Mateus
Você não é tão boa quanto parece
Isabela
Não é você que tem que achar isso de mim
Mateus
Seu namorado não está aqui para te proteger, está?
Meu namorado? Essa palavra saindo dos seus lábios é estranha, parece que escolhi a opção errada das minhas escolhas
Mateus não é mau, mas tem que ser ligeira com ele. Se aproximar do garoto não é uma boa opção, pois sua namorada morre de ciúmes dele. No entanto, não tenho muita escolha, minha urina está pronta para escorrer nas minhas pernas a qualquer momento e os banheiros do estabelecimento não são muito higiênicos
Isabela
Com uma condição - 𝐋𝐞𝐯𝐚𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐢𝐧𝐝𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐢𝐦𝐚 - Me conta o motivo da briga
Mateus solta uma risada alta, fazendo minhas bochechas se avermelhar de vergonha
Mateus
Não sente vergonha, não?
Isabela
Vergonha eu sinto de não saber onde o diamante foi encontrado - 𝐂𝐫𝐮𝐳𝐨 𝐚𝐬 𝐩𝐞𝐫𝐧𝐚𝐬, 𝐭𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐫 𝐟𝐨𝐫𝐭𝐞
Mateus
Seu namorado sabe que está elogiando outro homem? — 𝐌𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐮𝐝𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫, 𝐯𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐠𝐫𝐚𝐜̧𝐚 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐨 — Estou sentindo pena de você, me segue
Não ouso criticar, sigo rezando a Deus que o banheiro seja mais perto que o outro. É difícil caminhar já imaginando o prazer que pode acontecer a alguns momentos
Virando a esquina, Mateus cumprimentou uns conhecidos, fazendo toques, piadinhas e até um "oi" simples. Se afastando do meu grupo social a cada passo dado, o garoto todo de preto, para o caminhar, cumprimentando mais pessoas
O primeiro é seu melhor amigo, Pedro, o loiro mais marmita que eu conheço. Ele segurava a cintura de uma ruiva por trás, beijando a nuca dela
O próximo é o cabeludo, também seu melhor amigo e outra marmita, Anderson. Ele não tinha nenhuma garota nos seus braços, mas entre os dedos, havia um baseado pela metade
Pedro
Como foi lá? - 𝐏𝐞𝐫𝐠𝐮𝐧𝐭𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐚𝐦𝐢𝐠𝐨, 𝐣𝐚́ 𝐬𝐚𝐛𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐦𝐨𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐝𝐞𝐥𝐞 𝐭𝐞𝐫 𝐬𝐞 𝐚𝐟𝐚𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨
Isabela
Moleque! - 𝐌𝐨𝐫𝐝𝐨 𝐨𝐬 𝐥𝐚́𝐛𝐢𝐨𝐬, 𝐬𝐞 𝐫𝐞𝐧𝐝𝐞𝐧𝐝𝐨
Pedro
Aquele lugar é privado - 𝐑𝐞𝐭𝐢𝐫𝐚 𝐚 𝐜𝐡𝐚𝐯𝐞 𝐝𝐨 𝐛𝐨𝐥𝐬𝐨 𝐝𝐚 𝐜𝐚𝐥𝐜̧𝐚, 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞𝐠𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐚𝐦𝐢𝐠𝐨
Anderson
O namorado dela sabe disso? - 𝐐𝐮𝐞𝐬𝐭𝐢𝐨𝐧𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐬𝐚𝐫𝐜𝐚́𝐬𝐭𝐢𝐜𝐚
Isabela
Qual é o fetiche de vocês com ele?
Pedro
Não nomearia um fetiche, e sim... desgosto
Mateus
Você não está apertada? Que monte de perguntas - 𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞𝐠𝐚 𝐚 𝐜𝐡𝐚𝐯𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐦𝐢𝐦 - É só entrar por aquela porta, não vai ser difícil achar - 𝐀𝐩𝐨𝐧𝐭𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐫𝐞́𝐝𝐢𝐨 𝐦𝐞𝐢𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐛𝐚𝐧𝐝𝐨𝐧𝐚𝐝𝐨 𝐞 𝐬𝐨𝐦𝐛𝐫𝐢𝐨. 𝐏𝐞𝐠𝐨 𝐚 𝐜𝐡𝐚𝐯𝐞, 𝐦𝐚𝐬 𝐧𝐚̃𝐨 𝐭𝐨𝐦𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐫 𝐬𝐨𝐳𝐢𝐧𝐡𝐚, 𝐞 𝐬𝐞 𝐟𝐨𝐫 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦𝐚 𝐭𝐫𝐨𝐥𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐬𝐞𝐦 𝐠𝐫𝐚𝐜̧𝐚? - Quer companhia?
Isabela
Não é uma má escolha
Pedro
Mateus! - 𝐎 𝐥𝐨𝐢𝐫𝐨 𝐟𝐚𝐳 𝐨 𝐭𝐚𝐭𝐮𝐚𝐝𝐨 𝐡𝐞𝐬𝐢𝐭𝐚𝐫 - Você já tem problemas o suficiente na sua vida
Isabela
Não sou um problema, sua putinha do caralho - 𝐌𝐞 𝐳𝐚𝐧𝐠𝐨 - Menino, vamos logo, por favor! - 𝐕𝐨𝐮 𝐧𝐚 𝐟𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐧𝐚̃𝐨 𝐚𝐠𝐮𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐫 𝐩𝐨𝐫 𝐧𝐞𝐧𝐡𝐮𝐦 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐨
O alívio finalmente meio, posso sentir minha bexiga respirar normalmente sem preocupação alguma
Fiz a escolha certa, esse banheiro é totalmente diferente do anterior. Vamos começar a comparar as luzes, essa é mais clara, pode enxergar tudo sem forçar a vista. A cor dos pisos mostra que foi higienizado recentemente e as pessoas que vieram, souberam conservar direitinho
Destranco a porta, feliz, liberta. Não é exagero da minha parte, morro de medo de ter infecção ou doenças relacionadas
Meu acompanhante, uma incógnita para mim, digitava rapidamente no seu celular, focado na função, nem um pouco preocupado com o horário
Isabela
Obrigada! - 𝐂𝐡𝐚𝐦𝐨 𝐬𝐮𝐚 𝐚𝐭𝐞𝐧𝐜̧𝐚̃𝐨. 𝐄𝐥𝐞 𝐠𝐮𝐚𝐫𝐝𝐚 𝐨 𝐜𝐞𝐥𝐮𝐥𝐚𝐫 𝐧𝐨 𝐛𝐨𝐥𝐬𝐨, 𝐜𝐡𝐞𝐠𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐨
Pega a chave de volta, em silêncio, voltando para a rua, da mesma maneira que entramos: sem dizer uma palavra
Mateus
Viu, nem demorou - 𝐀𝐯𝐢𝐬𝐚 𝐚𝐨𝐬 𝐚𝐦𝐢𝐠𝐨𝐬
Pedro está sozinho, sem nenhuma putinha babando seu ovo. Anderson seguia com os olhos moles, lento em capturar a fala das pessoas em volta. O único sã, era o Mateus, que fingia estar bem, mas provavelmente queria chorar pelo término
E eu preciso saber o motivo disso, é uma notícia e tanto
Pedro
Caso seu namorado venha brigar conosco, conta a história inteira para ele
Isabela
Vocês conhecem ele melhor que eu - 𝐂𝐫𝐮𝐳𝐨 𝐨𝐬 𝐛𝐫𝐚𝐜̧𝐨𝐬 - Tem medo de levar uma surra?
Pedro
Tenho medo da suruba que ele gosta de fazer
Anderson
Vamos fazer um dia?
Mateus
Me respeita, eu sou casado
Isabela
Então não terminaram - 𝐌𝐞𝐮 𝐜𝐨𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐬𝐞 𝐚𝐩𝐞𝐫𝐭𝐚
Mateus
Por que quer saber tanto da minha vida?
Isabela
Não me leve a mal, mas sua vida não me interessa. Terminaram ou não? - 𝐋𝐞𝐯𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐚 𝐬𝐨𝐦𝐛𝐫𝐚𝐧𝐜𝐞𝐥𝐡𝐚, 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐢𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐬𝐚𝐢𝐫 𝐜𝐨𝐦 𝐮𝐦𝐚 𝐫𝐞𝐬𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚
Mateus
Sua amiga te espera
Verdade, a Mônica e o Bernardo...
Isabela
O que ela viu em você?
Mateus
Não diga as coisas que não sabe, sou uma pessoa encantadora
Isabela
Não foi isso que vi ao longo dos anos - 𝐌𝐮𝐫𝐦𝐮𝐫𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐦𝐢𝐦 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐚 - Bem... Eu vou indo. Mais uma vez, obrigada pelo banheiro
Dou as costas sem se despedir dos dois, caminhando para meu duo de amigo que estavam loucos de tanto esperar
Não sei qual mentira contarei a eles, ou para mim mesma, pois eles sabem da verdade. Bernardo não é bobo, percebe tudo só de bater o olho, Mônica tem um olho espião que é seu primo, o queridinho da cidade
Consegui o que eu queria, agora é aproveitar o restante na festa pensando nele
Amigos e segredos
Chego em casa exausta, sentindo meus pés queimarem da caminhada noturna, ou não, já que são dez para as cinco da madrugada. Abro devagar a porta, atravesso a cozinha nas pontas dos pés, segurando a respiração pesada
Mônica e eu aproveitamos tudo o que tínhamos para aproveitar, não que seja certo, mas bebemos, dançamos, vimos o mundo girar. Mônica se quitou por um momento só quando deu uns amassos no alvo escolhido da noite, como sempre, fiquei de vela para aquela loira safada
Gosto da adrenalina que isso me proporciona, chegar escondida, o frio da barriga da minha mãe acordar e me encontrar parada
Entro no meu quarto, me trancando em segundos. Jogo minha bolsa de ombro de chão preta, retiro a sandália dourada dos meus pés, jogando na mesma direção da bolsa
O conjunto dourado que me fez brilhar a noite inteira, descansava dentro de uma cesta de roupas sujas. Jogo-me no colchão arrumado que ajeitei antes de sair, suspirando cansada
Sabrina e Mateus... Sem querer, meus lábios sobem, reagindo à descoberta de hoje. Não estou feliz, casais como eles devem ser felizes, se casarem e construir uma família. Mas... por que essa felicidade dentro do meu coração?
Sabrina e Mateus... Por quê?
Nunca imaginei que a vida das pessoas era tão interessante, eu e Mônica apenas comentamos entre nós assuntos que ouvimos, diferente dos outros, que sai julgando sem ter provas concretas
O final do término do Mateus e da blogueirinha é o assunto do momento, cochichos rolam à solta pelo pátio da escola, até às professoras questionaram para a Mônica, a sua prima mais nova
Mônica
Não sabia que era tão popular
Os alunos fitavam o Mateus, que se exibia mais do que o normal. Hoje Mateus usava branco, uma cor fora do costume diário, seu tênis combinava com a camiseta e a calça com a cor das suas íris
Seu humor era mais afiado, o sorriso mais iluminado que os raios de sol, a segunda-feira encontrava-se de bem com o recém solteiro
Pedro
Bucetas novas, Mateus - 𝐂𝐚𝐭𝐮𝐜𝐚 𝐨 𝐚𝐦𝐢𝐠𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐚𝐣𝐮𝐝𝐚𝐫 𝐧𝐚𝐬 𝐠𝐫𝐚𝐜𝐢𝐧𝐡𝐚𝐬
Anderson
Faz "mamãe mandou"
Mônica
Vocês dois são ridículos - 𝐉𝐨𝐠𝐚 𝐚 𝐟𝐫𝐚𝐧𝐣𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐭𝐫𝐚́𝐬
Pedro
Ridículo vai ser o desperdício
Mateus
Pedro, cala a boquinha - 𝐏𝐚𝐬𝐬𝐚 𝐚 𝐦𝐚̃𝐨 𝐧𝐚 𝐜𝐚𝐫𝐚, 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐜𝐞𝐥𝐮𝐥𝐚𝐫 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐝𝐞 𝐥𝐚𝐝𝐨. 𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐚𝐯𝐚 𝐨 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐜𝐚𝐛𝐞𝐜̧𝐚 𝐝𝐞𝐥𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐯𝐚, 𝐜𝐡𝐞𝐢𝐚, 𝐞𝐧𝐣𝐨𝐚𝐝𝐨 𝐞 𝐫𝐚𝐢𝐯𝐨𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐭𝐚𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐣𝐮𝐥𝐠𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 - Não tem outro assunto?
A prima divide um pedaço do seu salgado para Mateus, ele aceita, mastigando devagar
Os pais da minha melhor amiga, adoraram a ideia do Mateus observar a princesinha deles. Não julgo a escolha deles, Mateus trata Mônica como uma irmã caçula, cresceram juntos e tem um ótimo relacionamento
Enquanto eu me deixava por dentro do assunto, mastigando um pedaço de bolo recheado, lambuzando meu celular com cobertura de chocolate, sinto uma presença forte ao meu lado
Ruan
Oi, meu amor - 𝐁𝐞𝐢𝐣𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐛𝐨𝐜𝐡𝐞𝐜𝐡𝐚, 𝐞𝐧𝐟𝐢𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐞𝐝𝐨𝐬 𝐧𝐨 𝐛𝐨𝐥𝐨 𝐛𝐨𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐧𝐚 𝐛𝐨𝐜𝐚 - Que cara é essa?
Ruan é jogador titular, é o melhor zagueiro que o time da escola já viu. O início do campeonato é daqui dois meses, os treinos estão intensos, o treinador cada vez pega pesado para recuperar a classificação que perderam nos últimos anos
Meu namorado estava suado, a roupa de treino suja de barro e o rosto vermelho do sol
Isabela
Tá passando protetor solar? Sua pele vai ficar feia - 𝐃𝐞𝐬𝐥𝐢𝐳𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐝𝐞𝐝𝐨 𝐧𝐨 𝐜𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐨 𝐥𝐚́𝐛𝐢𝐨 𝐝𝐞𝐥𝐞
Mônica
Ruan, ainda bem que chegou - 𝐌𝐞𝐮 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐨 𝐞𝐧𝐜𝐚𝐫𝐚 𝐚 𝐥𝐨𝐢𝐫𝐚, 𝐜𝐮𝐫𝐢𝐨𝐬𝐨 - Dá um conselho para meu primo, ele não tem umas amizades muito boa
Anderson e Pedro gargalham alto, chamando mais atenção dos alunos
Ruan
Verdade, você terminou - 𝐌𝐮𝐝𝐚 𝐚 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫 - Sozinho você não fica, já que tem opção aos seus pés
Mateus
A que eu quero namora - 𝐒𝐨𝐫𝐫𝐢, 𝐝𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐮𝐦𝐚 𝐫𝐞𝐬𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚 - Mas é questão de tempo até ela terminar, a inocente não sabe de muita coisa
Os dois se encaram furiosos, como se guardavam uma vontade imensa de socar um ao outro
Ruan
Deveria comemorar a vida de solteiro
Mônica
Ruan! - 𝐉𝐨𝐠𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐛𝐨𝐥𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐩𝐞𝐥 𝐧𝐞𝐥𝐞 - Vai embora!
Anderson
Vamos começar na quinta?
Pedro
Quinta, sexta, sábado e domingo
Ruan
Para coisas fúteis, o povo arruma dinheiro rapidinho
Mateus
Você poderia ir, pena que...
Ruan
Namorando ou não, eu não iria
Mateus
Que pena. Geralmente é na bagunça que sai uma suruba
Essa palavra novamente. Ruan já participou de alguma orgia?
Anderson
Mônica não sai sozinha - 𝐀𝐛𝐫𝐞 𝐛𝐫𝐞𝐣𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐝𝐢𝐬𝐜𝐨́𝐫𝐝𝐢𝐚 - E ela vai
Me encontro com o olhar do Ruan
Isabela
O quê? - 𝐅𝐚𝐜̧𝐨-𝐦𝐞 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐞𝐧𝐝𝐢𝐝𝐚 - Eu e Mônica temos um pacto
Mônica
Ruan, você acabou de chegar - 𝐌𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐛𝐞𝐢𝐣𝐢𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐧𝐨 𝐚𝐫, 𝐝𝐞𝐛𝐨𝐜𝐡𝐚𝐧𝐝𝐨
O sinal bate, pelas graça. Não perco tempo para me levantar do banco, não dando conta de finalizar o pedaço de bolo. Trago o pote que conservava o bolo, despedindo do Ruan
Ele continua sentado, me encarando com aqueles olhos moles e apaixonados que me encantaram. Seus dedos deslizavam na minha pele, subindo lentamente, como se desenhassem um caminho de sensações que acendiam cada poro do meu corpo. Uma sensação de prazer, como se estivéssemos só eu e ele no mundo
Ruan
Gostosa! - 𝐌𝐞 𝐞𝐥𝐨𝐠𝐢𝐚, 𝐬𝐨𝐫𝐫𝐢𝐧𝐝𝐨, 𝐡𝐢𝐩𝐧𝐨𝐭𝐢𝐳𝐚𝐝𝐨 𝐧𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞𝐬 𝐚𝐦𝐨𝐬𝐭𝐫𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐞. 𝐑𝐮𝐚𝐧 𝐞́ 𝐜𝐚𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨𝐬𝐨, 𝐜𝐚𝐯𝐚𝐥𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐞 𝐚𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐨𝐬𝐨, 𝐨 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐝𝐨𝐬 𝐦𝐞𝐮𝐬 𝐦𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐟𝐞𝐥𝐢𝐳𝐞𝐬 𝐝𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐚𝐝𝐨𝐥𝐞𝐬𝐜𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚 - Casa comigo?
Isabela
Caso hoje, amanhã e toda a eternidade - 𝐀𝐛𝐚𝐢𝐱𝐨 𝐚 𝐜𝐚𝐛𝐞𝐜̧𝐚, 𝐫𝐞𝐥𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐥𝐚́𝐛𝐢𝐨𝐬. 𝐒𝐮𝐚 𝐥𝐢́𝐧𝐠𝐮𝐚 𝐞𝐧𝐟𝐢𝐚 𝐝𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐛𝐨𝐜𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐨𝐫𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐞 𝐟𝐨𝐬𝐬𝐞 𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐮́𝐥𝐭𝐢𝐦𝐨 𝐛𝐞𝐢𝐣𝐨. 𝐎𝐬 𝐝𝐞𝐝𝐨𝐬 𝐚𝐩𝐞𝐫𝐭𝐚𝐦 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐜𝐨𝐱𝐚, 𝐚𝐫𝐫𝐞𝐩𝐢𝐚𝐧𝐝𝐨-𝐚
Anderson
Cadê a inspetora?! - 𝐆𝐫𝐢𝐭𝐚 𝐧𝐨 𝐩𝐞́ 𝐝𝐚𝐬 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐨𝐫𝐞𝐥𝐡𝐚𝐬 - Casal se beijando aqui, suspensão, hein
Ruan
Que cara chato! - 𝐑𝐞𝐬𝐦𝐮𝐧𝐠𝐚, 𝐩𝐚𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐛𝐞𝐢𝐣𝐨 𝐚𝐨𝐬 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨𝐬
Isabela
Em casa nós terminamos - 𝐌𝐮𝐫𝐦𝐮𝐫𝐨 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐥𝐚́𝐛𝐢𝐨𝐬
Anderson
Dona Renata, o casal ainda não foi para sala! - 𝐁𝐞𝐫𝐫𝐚
Isabela
Melhor irmos, senão o invejoso não vai parar
Anderson
Não vou mesmo. Anda logo, sala de aula, mochila!
Isabela
O queridinho também. Já não basta ser puta, imagina analfabeto - 𝐃𝐨𝐮 𝐮𝐦 𝐮́𝐥𝐭𝐢𝐦𝐨 𝐛𝐞𝐢𝐣𝐨, 𝐦𝐨𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐝𝐞𝐝𝐨 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐢𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐜𝐚𝐛𝐞𝐥𝐮𝐝𝐨
Mateus
No seu tempo, Anderson
Isabela
Baseado faz o pau brochar - 𝐕𝐨𝐮 𝐞𝐦𝐛𝐨𝐫𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐬𝐚𝐥𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐮𝐥𝐚
Já sinto falta dele, dos seus lábios, do calor que sinto ao seu lado
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