...Sejam bem-vindos, caros leitores. É com grande prazer que lhes apresento uma obra minha. Este romance é fruto da minha imaginação, criado especialmente para cativar sua atenção e superar suas expectativas de entretenimento....
^^^Este romance reflete exclusivamente as ideias fictícias da autora e pode conter alguns elementos que podem ser considerados gatilhos. Boa leitura!^^^
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Lorenzo Torres é um renomado empresário de Nova York, cobiçado pelas mulheres e alvo de inveja por muitos devido ao seu grande poder de atração. Além de ser muito rico, possui uma enorme influência. Tem poucos amigos, não se relaciona com qualquer um e é um homem de família, composta por seus pais biológicos e um irmão mais velho.
Nunca teve um relacionamento sério e sua experiência com mulheres não é das melhores no que diz respeito à confiança. Acredita que ninguém pode amá-lo verdadeiramente por quem ele é, e não por seus bens.
Seu empreendimento em tecnologia é um dos mais avançados de Nova York, e ele nunca conheceu um sucesso tão grande. Segundo uma entrevista com um paparazzi, Lorenzo chegou onde está graças a muito esforço e luta, enfrentando dias tão difíceis que parecia impossível superar.
Diversos investidores surgiram ao longo do caminho, fazendo toda a diferença para o crescimento de seu maior orgulho. Hoje, ele é grande porque começou pequeno, e o pequeno começo é a razão de seu sucesso atual. Tudo tem sua própria escala.
Como em toda busca pelo sucesso, as dificuldades são inevitáveis. Lorenzo foi surpreendido por um atentado destinado a derrubá-lo. Desde a noite em que seu escritório na empresa foi explodido, Lorenzo não é mais o mesmo. O atentado causou um grande estrago e colocou a vida de outras pessoas em risco.
Recentemente, enquanto estava em seu escritório, Lorenzo havia acabado de encerrar uma reunião com três acionistas e o sócio da empresa. Após despedi-los, recebeu uma ligação de um desconhecido e, ao atender, foi imediatamente atingido por uma explosão que destruiu toda a sala.
Com o desabamento do teto, Lorenzo sofreu um ferimento grave na cabeça e desmaiou. Ele ficou preso nos destroços por uma hora até ser resgatado pelo ambulância. Apesar de a empresa ser imensa, apenas o escritório alvo foi atingido.
No dia seguinte, Lorenzo estava no hospital, ainda inconsciente devido ao trauma na cabeça, e também sofreu um dano na coluna. Seus pais estavam devastados ao receberem a notícia. Sua mãe, Magnólia Torres, se debruçou sobre o filho em prantos.
Alguns dias depois, Lorenzo recuperou a consciência, mas ainda não podia sair do hospital. Ele estava ciente do ocorrido e a raiva o consumia por completo. No entanto, o pior não foi o atentado, mas a impossibilidade de voltar a andar. Após o diagnóstico, Lorenzo perdeu o controle, seu pai ficou desolado e sua mãe só sabia chorar. Foi um momento delicado, como se ele tivesse perdido tudo o que tinha e não se sentisse mais como antes.
Dois meses depois, Lorenzo começou a usar uma cadeira de rodas, o que para ele foi como uma prisão e motivo de vergonha. Decidiu nunca mais voltar à empresa e se isolou completamente do mundo e das pessoas. Sua mãe acreditava que ele estava em depressão e tentou ajudar de qualquer forma, mas Lorenzo permaneceu inconformado.
Seu pai, ocasionalmente, ia à empresa em seu lugar, mas descobriu que o irmão de Lorenzo decidiu assumir esse papel. Lorenzo ainda não sabia disso, já que seu irmão nunca se interessou pela empresa, nem mesmo quando teve a chance de ocupar o lugar do próprio pai.
O escritório estava em reconstrução e levaria tempo para ser reocupado após o misterioso atentado. Lorenzo trabalhava no escritório de casa, fazia reuniões e mantinha comunicação com os empresários apenas pelo celular. Em seus momentos vagos, investigava quem estava por trás da explosão.
**DIAS ATUAIS**
Em uma tarde ensolarada, Lorenzo estava no quintal de sua casa, a poucos metros da piscina, sentado em sua cadeira de rodas. Usava uma camisa comum e calça de moletom. Mesmo sendo um homem muito bonito, ainda exibia um charme sedutor com seu jeito e cabelos jogados para o lado. Enquanto olhava para o nada, refletindo, seu pai se aproximou e sentou-se ao seu lado.
— Como você está? — perguntou Joseph.
— Bem — respondeu Lorenzo, sem olhar para ele.
— Você comeu? Esperamos você para o café da manhã, mas não apareceu.
— Tomei um café, não se preocupe.
— Bem... É...
Joseph olhava para as mãos, inquieto, como se algo estivesse entalado em sua garganta. Magnólia apareceu e sentou-se ao lado do marido após beijar o rosto de Lorenzo.
— Como você está, meu amor?
— Bem, mãe.
— Querida... — comentou Joseph.
— Ah, sim. Você já começou?
— Esperei por você.
— Começou o quê? — indagou Lorenzo.
— Queremos conversar com você, filho. É um assunto que deveríamos ter tratado há algum tempo — disse Magnólia com um sorriso fechado.
— Prossiga.
— Diante de toda essa situação, achamos melhor você fazer algumas sessões com um fisioterapeuta para ajudar na sua recuperação e, talvez, até voltar a andar.
Lorenzo permaneceu em silêncio, coçou a testa e olhou para eles, que esperavam uma resposta positiva.
— Vocês acham mesmo que isso vai adiantar? Não ouviram o médico? Ele disse que eu sofri uma lesão na medula espinhal, e foi uma lesão alta. As chances são mínimas, e às vezes nem existem chances. Isso é impossível.
— Lorenzo, não custa nada tentar. O médico falou que o acompanhamento fisioterapêutico pode ajudar, mesmo que não consiga andar cem por cento.
— Sem chance, mãe.
— Você não quer nem tentar. Sei que deseja voltar a viver sua vida, sair, se divertir e ser o homem que era. Mas, do jeito que está, só vai piorar e as pessoas estão cada vez mais se afastando de você, pois está se tornando arrogante e antissocial.
— Já disse que não quero mais saber de ninguém.
Casal Torres
Joseph e Magnólia
— Não é apenas que você está perdendo sua vida, você está jogando fora.
— Eu estou vivendo, mãe. A diferença é que decidi viver do meu jeito, sem ninguém me olhando como se eu fosse um coitado. Todos me olham com pena e só sabem lamentar. Estou cansado dessas mensagens dizendo sempre as mesmas coisas. Eu sou paraplégico, e parece que, agora, deixei de existir para todos.
— Você está errado — respondeu Joseph.
— Estou errado? Mas quem decide como vou viver sou eu. Não vou perder meu tempo.
Lorenzo acionou sua cadeira de rodas e saiu. Magnólia tentou segui-lo, mas Joseph a segurou.
— Deixe-o. Ele vai pensar na proposta e vai aceitar. Ele não tem escolha, afinal, ele quer sua vida de volta.
— Como pode ter tanta certeza? Nosso filho está irredutível, tudo é motivo de irritação. Ele não era assim.
— Tenha paciência, ele só precisa de tempo.
Joseph segurou a mão de Magnólia para confortá-la. Ela estava visivelmente angustiada com a situação do filho.
Lorenzo parou em frente à janela do quarto, que dava para a entrada da casa. Após um breve suspiro, passou a mão no rosto e apoiou o cotovelo no braço da cadeira. Nem ele entendia por que se irritava com tanta facilidade. Embora entendesse o ponto de vista de seus pais, ele não queria nutrir falsas esperanças. Estava imerso em um mundo de desilusão, esquecendo-se completamente da vida que tinha fora da cadeira de rodas.
Por não ter nascido nessa condição, ele até poderia acreditar em uma solução, mas, com a mente fechada e o coração aflito, as palavras do médico sobre sua nova realidade ecoavam: ele precisava se aceitar.
Horas depois, na sala de jantar, Lorenzo se juntou aos pais à mesa. O silêncio era absoluto. Magnólia e Joseph o observavam enquanto ele mexia no prato com o garfo.
— O que foi? Vão ficar me olhando assim?
— Filho, não queríamos te chatear nem te dar falsas esperanças. Estamos tentando te ajudar. — Magnólia quase suplicava.
— Eu sei. E vocês estão certos.
— Você decidiu?
— Eu aceitei, mas com uma condição.
— Qualquer que seja, o importante é que você aceite.
— O profissional terá que assinar um contrato.
Quero um prazo para ver se isso realmente vai funcionar.
— Isso não é um problema. Vamos conversar com ela.
— Já sabem quem é?
— Sim, ela é bem recomendada. Está na profissão há quatro anos, e todos que passaram por ela foram gratos. Algumas crianças voltaram a andar após acidentes.
— Você conhece algum desses casos?
— Não pessoalmente, são relatos de outras pessoas.
— Meu filho, estou tão feliz que tenha aceitado.
— Obrigado, pai. Amanhã encaminharei o documento. Agora, podemos jantar?
— Claro!
Magnólia não conseguia conter o sorriso, Joseph estava aliviado, mas Lorenzo permanecia sério. Desde que saíra do hospital, seu senso de humor havia desaparecido, tornando-o uma pessoa fria.
Dois dias depois...
Magnólia ligou para a fisioterapeuta, convidando-a para uma conversa em sua casa. Era fim de tarde quando Maeve Garcia recebeu a ligação, ao entrar em seu apartamento. Para ela, era um motivo de alegria e uma oportunidade, após um evento que a afastara de seu trabalho.
Maeve Garcia era uma fisioterapeuta bastante conhecida em Nova York, conhecida por sua gentileza e profissionalismo. Pouco se sabia sobre sua vida pessoal, já que era bastante reservada. Órfã de mãe, sem laços com o pai biológico, dividia o apartamento com uma amiga, Judith, que era como uma irmã para ela. As duas moravam juntas há cinco anos e compartilhavam tudo. Enquanto Judith namorava, Maeve não demonstrava interesse em relacionamentos desde a última decepção amorosa, quando seu ex-namorado a deixou dizendo que iria participar de um campeonato de basquete na Califórnia, quando, na verdade, estava conhecendo outra pessoa. Maeve ficou arrasada, mas seguiu em frente.
Quando desligou o telefone, Judith estava parada à sua frente, esperando que Maeve dissesse algo.
— Que cara é essa? Quem era?
— Era a senhora Magnólia Torres. — Maeve respondeu, ainda surpresa.
— Uau! Que incrível! E o que ela queria?
— Não sei ao certo. Pelo que aconteceu com o filho dela, Lorenzo, imagino que ela precise do meu trabalho.
— Isso é perfeito, amiga! Imagina você cuidando daquele deus grego! Ele não é qualquer um, e aquela família é muito rica.
— Talvez. Mas não consigo me empolgar tanto. — Maeve respondeu, sentando-se no sofá. Judith se juntou a ela, agora com um semblante sério.
— Eu sei que o que aconteceu te abalou muito, mas não fique assim.
— Ela certamente não sabe do que aconteceu, por isso está me chamando.
— Pense positivo, vai dar tudo certo. Todo mundo comete erros.
— E se eu falhar de novo? E se eu prejudicar outro paciente?
— Confie em você e em Deus. Ele está te dando uma nova chance. Vai em frente!
Maeve abraçou Judith, buscando conforto no apoio da amiga.
— Agora, chega disso. Preparei o jantar e convidei meu namorado. Ele virá com a irmã, Lia. Tudo bem?
— Tudo bem. Vou tomar banho.
Maeve foi para o quarto, sentou-se na cama e pegou o celular. A ligação de Magnólia a fazia refletir. Será que ela seria capaz de ajudar alguém ou arruinaria a vida de outra pessoa? Após o banho, vestiu um vestido floral leve e voltou à sala, onde Judith se preparava para receber os convidados. Maeve os cumprimentou e todos seguiram para o jantar.
Dante e Lia eram sempre simpáticos, tornando a noite mais divertida. Eles se serviram do delicioso estrogonofe que Judith preparou e brindaram de maneira descontraída, com direito a uivos. Dante beijou Judith, fazendo Maeve e Lia suspirarem, encantadas. Eles realmente formavam um casal muito bonito.
— Quando é que eu vou encontrar um amor assim, igual ao de vocês? — resmungou Lia, arrancando risadas de todos.
— Um dia você vai encontrar, é só ter paciência. — respondeu Judith.
— Ainda bem que eu não estou sozinha nessa mesa. — Maeve levantou as mãos, brincando.
— Eu que o diga. Não vou mentir, vocês me fazem ter vontade de arrumar um namorado.
— Você é minha irmã, não é para qualquer um! — disse Dante, completando. — É melhor que demore para encontrar alguém que só vá brincar com os seus sentimentos.
— Tem razão. Vou beber bastante água, para não ficar com sede. — Lia respondeu, rindo.
— Acho que vou fazer o mesmo. — Maeve cutucou Lia, e ambas caíram na gargalhada.
— Gente, a Magnólia procurou a Maeve hoje. — disse Judith, olhando para a amiga.
— Jura? A Magnólia Torres? — Lia se surpreendeu.
— Sim, ela me ligou dizendo que queria conversar. Imagino que seja por causa do Lorenzo Torres.
— Eu ouvi dizer que ele se isolou depois do acidente. No noticiário, falaram que foi um erro técnico na construção, mas há quem diga que foi um atentado. Nem sei em quem acreditar. — completou Dante.
— Ele deve estar devastado. Não deve ser fácil se isolar, ainda mais sendo um homem tão admirado. — Judith lamentou.
— Sem contar que ele roubava a cena por onde passava. — comentou Lia.
— Não sei como vai ser. Só sei que irei e verei no que dá. — Maeve respondeu sem muita empolgação.
— Você ainda está preocupada por causa do que aconteceu antes? — perguntou Dante, percebendo o desconforto dela.
— É uma decisão difícil voltar à fisioterapia. Me sinto péssima pelo que aconteceu.
— Ei, isso já passou. Eu entendo que foi um erro grave, mas você não é uma má profissional por causa de um deslize. Estamos aqui para te apoiar. Vai dar tudo certo. — ele a consolou.
— E se eu não aceitar?
— Você nasceu para cuidar dos seus pacientes, senhorita! — disse Judith, sorrindo.
— Exato! E a gente vai calar a boca de quem falar qualquer coisa! — acrescentou Lia.
— Gente, eu amo vocês.
— Nós te amamos mais, nossa fisioterapeuta. Ah, estou com uma dor no pescoço... Pode fazer uma massagem para mim? — Judith pediu, fazendo uma cara de dor.
— Vou ligar para um amigo massagista, ele vai te atender na hora. — Maeve provocou.
— Como é? E eu sou o quê? — Dante encarou Judith, fazendo Maeve e Lia rirem ainda mais.
— Me passa o contato dele! — Judith provocou.
— Se fizer isso, nunca mais olho na sua cara, Maeve. — Dante fingiu estar bravo.
— Ai, ele é tão ciumento. É só uma massagem! — Lia comentou, gesticulando.
— Ah, quer massagem? Então vamos embora agora! — disse Dante, brincando.
— Eita, vamos sair daqui, Maeve! — Lia falou, rindo.
— Vou pegar a sobremesa! — Maeve correu para a cozinha, e Lia a seguiu, deixando Judith rindo da cara de Dante, que, sem pensar duas vezes, bebeu o restante da água e espirrou algumas gotas em Judith, que soltou uma gargalhada.
...***...
Na manhã seguinte, na mansão dos Torres, Magnólia recebeu Maeve em sua sala de estar com uma calorosa recepção, deixando Maeve um pouco sem jeito, mas grata. Magnólia, mesmo aos 48 anos, era uma mulher incrivelmente atraente, sempre usando roupas elegantes e sensuais. Seu estilo jovial contrastava com o papel de mãe.
Maeve, por sua vez, tinha a pele morena, longos cachos bem definidos e olhos claros. Quem a visse poderia facilmente confundi-la com uma modelo ou miss, e Magnólia não deixou de reparar sua beleza. Maeve vestia um elegante vestido azul-marinho com mangas curtas, que destacava sua postura profissional.
— Você é muito bonita, eu precisava dizer isso. — comentou Magnólia.
— Muito obrigada, senhora Magnólia. A senhora é extremamente elegante, meus parabéns.
— Obrigada, querida. Vamos conversar no escritório do meu filho.
— Ele está por aqui?
— Está no quarto dele.
No escritório, Maeve se sentou enquanto Magnólia pedia café a Fernanda, a empregada. Magnólia então pegou uma pasta com documentos e foi direto ao ponto.
— Este é o motivo pelo qual a convidei aqui. Há dois dias, meu marido e eu decidimos contratar uma fisioterapeuta para nosso filho. Como você deve saber, ele sofreu um acidente na empresa, no escritório dele. O médico explicou que ele foi atingido na coluna, o que afetou a medula espinhal, causando a perda dos movimentos das pernas. Agora, ele usa uma cadeira de rodas, mas acreditamos que, com fisioterapia, ele possa voltar ao normal.
— Entendi. O médico que fez o diagnóstico já está ciente dessa decisão?
— Sim, está a par de tudo. Lorenzo também concordou. Na verdade, foi o próprio médico que nos indicou você. Ele disse que te conhece e que você é a pessoa mais qualificada para cuidar do Lorenzo.
— Quem foi o médico? — Maeve perguntou, curiosa.
— Doutor Cézar.
— Ah, claro, o doutor Cézar! Ele foi fundamental no início da minha carreira.
— Confiamos muito nele, o consideramos parte da nossa família. Se ele diz que você pode nos ajudar, eu acredito nele.
— Fico muito honrada por essa indicação. Mas... senhora...
— Por favor, apenas me chame de Magnólia.
— Magnólia, eu amo minha profissão e sou extremamente dedicada quando assumo a responsabilidade por alguém. Acredito que o melhor seria um atendimento domiciliar.
— Isso seria ótimo. Meu filho não sai de casa desde que voltou do hospital.
— Lamento que ele esteja se isolando, mas sim, posso atendê-lo em casa. Meu trabalho é particular, seja no consultório, seja em domicílio.
— Muito obrigada. Aqui estão os laudos médicos e os últimos exames que ele fez. — Magnólia entregou uma pasta a Maeve. — E este é o contrato. Ele tem a duração de seis meses e pode ser renovado dependendo do progresso de Lorenzo.
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