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Entre Linhas e Distâncias

Capítulo 1: Conexão Inesperada

Hoje, decidi começar este diário. Talvez seja minha maneira de manter os meus pensamentos organizados, talvez seja para registrar o que estou a sentir, ou quem sabe, para ter algo para olhar para trás um dia, quando tudo isso for apenas uma lembrança distante. De qualquer forma, sinto ser importante colocar em palavras o que está a acontecer, especialmente agora, que a minha vida tomou um rumo tão inesperado.

**20 de Março**

Tudo começou durante esta viagem que fiz para o Rio de Janeiro. Lembro-me claramente desse dia. O sol estava brilhando intensamente, o calor era sufocante, mas havia uma energia vibrante no ar, algo que só se encontra em cidades como aquela. Eu estava de férias, tentando me desconectar do estresse do trabalho e, principalmente, do vazio que sentia depois de sair de um relacionamento complicado.

Eu nunca imaginei que conheceria alguém durante essa viagem, muito menos alguém como Roberto. Ele não fazia parte dos meus planos. Na verdade, meus planos envolviam passar o máximo de tempo sozinha, refletindo sobre minhas escolhas e tentando entender o que eu realmente queria da vida. Mas o destino, como sempre, tinha outros planos.

Eu o conheci em uma tarde comum, enquanto passeava pelo calçadão de Copacabana. Estava distraída, tirando fotos do mar, quando esbarrei nele sem querer. Foi um daqueles momentos clichês de filmes românticos, onde os olhares se cruzam e o tempo parece parar. Não pude deixar de notar o quão diferente ele era de todos os outros que eu já havia conhecido. Havia algo nos seus olhos, uma gentileza misturada com uma espécie de curiosidade, que me intrigou instantaneamente.

Conversamos por alguns minutos, e descobri que ele também estava de férias, mas por motivos muito diferentes dos meus. Roberto era do interior de São Paulo, engenheiro, e estava no Rio para uma conferência. Ao contrário de mim, que estava fugindo dos problemas, ele estava ali para expandir seus horizontes, aprender e crescer em sua carreira. Talvez tenha sido essa diferença entre nós que nos aproximou ainda mais.

Naquela tarde, caminhamos juntos pela orla, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Ele me contou sobre sua vida, seus sonhos e até suas inseguranças, algo que achei surpreendente, considerando que acabávamos de nos conhecer. Eu, por outro lado, me vi contando a ele coisas que nunca havia compartilhado com ninguém, como meus medos mais profundos e minhas dúvidas sobre o futuro.

Houve uma conexão instantânea entre nós, algo que eu não esperava encontrar. Era como se, de alguma forma, estivéssemos destinados a nos encontrar naquele exato momento, naquela exata cidade. Não foi uma paixão arrebatadora à primeira vista, mas uma sensação confortável de pertencimento, de finalmente encontrar alguém que compreendesse minhas inquietações.

Nos dias seguintes, nos encontramos várias vezes. Passeamos por museus, exploramos bairros históricos, e até pegamos um barco para a Ilha Grande, onde passamos um dia inteiro em praias desertas, longe do mundo. Cada momento ao lado de Roberto parecia mais especial que o anterior. Ele era diferente de qualquer pessoa que eu já havia conhecido. Havia uma leveza em sua presença, uma simplicidade que me fazia sentir em paz, algo que eu não experimentava há muito tempo.

No último dia da viagem, enquanto caminhávamos pela Praia de Ipanema ao entardecer, senti que algo estava prestes a mudar. Sabíamos que aquele seria nosso último encontro antes de voltarmos para nossas vidas normais, mas nenhum de nós estava pronto para dizer adeus. Paramos em um quiosque e compramos duas águas de coco, sentando na areia para assistir ao pôr do sol. Foi ali, naquela hora mágica entre o dia e a noite, que Roberto sugeriu que mantivéssemos contato. Ele parecia relutante em dizer adeus, assim como eu.

“Por que não tentamos?”, ele perguntou, sua voz tranquila contrastando com a intensidade do momento. “Eu sei que é complicado, com a distância e tudo mais, mas sinto que vale a pena.”

Eu não estava esperando por isso. Minha mente estava cheia de razões para dizer não, para encerrar ali e manter apenas as boas lembranças. A distância, as vidas ocupadas, as responsabilidades… tudo parecia um obstáculo grande demais para superar. Mas, ao mesmo tempo, havia algo em sua proposta que fazia sentido. Eu sabia que, se dissesse não, passaria o resto da vida me perguntando "e se?".

Então, contra todos os meus instintos, disse sim. Decidimos que tentaríamos. Não sabíamos como funcionaria, ou mesmo se funcionaria, mas estávamos dispostos a descobrir. Trocamos números de telefone e prometemos manter contato assim que voltássemos para casa.

Naquela noite, enquanto ele me levava de volta ao hotel, senti uma mistura de emoções. Havia empolgação, claro, mas também havia medo. Medo de me machucar novamente, de me envolver em algo que poderia não dar certo. Mas havia também uma chama de esperança, a ideia de que talvez, só talvez, eu tivesse encontrado algo especial.

Nos dias seguintes, já de volta à minha rotina em São Paulo, trocamos mensagens e ligações diariamente. A princípio, foi empolgante. As conversas fluíam facilmente, e cada mensagem sua trazia um sorriso ao meu rosto. Mas, com o passar do tempo, comecei a sentir o peso da distância. Era difícil não ter Roberto por perto, não poder vê-lo, tocá-lo, ou simplesmente estar ao seu lado. E, para ser honesta, comecei a me perguntar se seria realmente possível fazer isso funcionar.

Mas então, algo curioso aconteceu. Em uma das nossas longas conversas noturnas, Roberto mencionou que tinha lido sobre um lugar chamado Campos do Jordão, e que seria o cenário perfeito para nossa primeira visita oficial. Ele sugeriu que nos encontrássemos lá no próximo feriado prolongado. A ideia de vê-lo novamente, de passar um tempo juntos longe da rotina, reacendeu minha esperança. Eu aceitei imediatamente.

Agora, enquanto escrevo estas palavras, sinto uma mistura de antecipação e nervosismo. Ainda faltam algumas semanas para o nosso reencontro, mas já estou contando os dias. Sei que as coisas não serão fáceis. Um relacionamento à distância nunca é. Mas, por alguma razão, sinto que vale a pena tentar. Sinto que Roberto é diferente, e que, apesar de todas as dificuldades, talvez tenhamos uma chance real de fazer isso dar certo.

E assim, aqui estou eu, escrevendo este diário, documentando cada passo dessa jornada. Não sei onde isso vai nos levar, ou se um dia este diário se tornará uma lembrança dolorosa de algo que não deu certo. Mas, por enquanto, prefiro acreditar que este é o começo de algo bonito. Algo que, com sorte, poderá resistir ao teste do tempo e da distância.

Por enquanto, tudo o que posso fazer é esperar e ver.

Capítulo 2: O Peso da Realidade

**27 de Março**

Uma semana se passou desde que voltei do Rio, e a realidade do nosso relacionamento à distância começou a se manifestar de maneira que eu não havia previsto. Escrevo aqui, no silêncio do meu apartamento em São Paulo, onde as paredes parecem mais apertadas do que nunca. O que parecia um sonho tão promissor agora enfrenta o peso da rotina, da solidão e da distância.

Roberto e eu continuamos a trocar mensagens todos os dias. A princípio, era suficiente para manter o entusiasmo vivo. Nossas conversas eram longas, detalhadas, e cheias de risadas. Ele me contava sobre o trabalho, sobre a conferência que tinha participado, e eu o atualizava sobre minha vida, meus colegas, meus projetos. A distância parecia uma inconveniência temporária, algo que poderíamos superar com um pouco de esforço e boa vontade.

Mas, com o passar dos dias, comecei a perceber algo que antes estava escondido na euforia inicial: a realidade de viver um relacionamento sem a presença física do outro. Eu sempre soube que seria difícil, mas agora a dificuldade está se revelando de maneira mais tangível.

As noites são as piores. Durante o dia, o trabalho mantém minha mente ocupada. Mas quando chego em casa, sozinha, o silêncio se torna ensurdecedor. Tento preencher o vazio assistindo séries, lendo livros, ou ligando para amigos, mas nada parece realmente funcionar. Sinto falta de Roberto de uma maneira que eu não esperava. Não é só falta das conversas ou das mensagens; é a ausência dele aqui, ao meu lado. A ausência do toque, do olhar, do riso compartilhado.

Pior ainda é a incerteza que começa a surgir. Fico me perguntando como Roberto realmente se sente. Será que ele sente o mesmo que eu? Será que ele está tão comprometido com isso quanto eu? É fácil dizer que estamos dispostos a tentar, mas o que isso realmente significa? Como será possível sustentar um relacionamento apenas através de palavras digitadas em uma tela ou de vozes distantes ao telefone?

Outro dia, tive uma pequena crise de ciúmes. Estava no escritório, tentando me concentrar em uma tarefa quando recebi uma notificação. Era uma foto de Roberto em um evento social. Ele estava cercado por colegas de trabalho, todos sorrindo, parecendo tão próximos e conectados. Havia uma mulher ao lado dele, loira, atraente, e claramente confortável ao seu lado. Não pude deixar de sentir um aperto no coração.

Eu sei que é irracional. Roberto nunca me deu motivos para desconfiar dele. Mas, naquele momento, o medo de perder o que ainda nem tive completamente tomou conta de mim. A distância amplifica tudo – as inseguranças, os medos, as dúvidas. É como se cada pequena coisa se tornasse um grande obstáculo.

Mas não deixei que ele soubesse. Engoli meu ciúme, apaguei a foto, e continuei meu dia como se nada tivesse acontecido. Não quero parecer insegura, ou pior, carente. Quero que Roberto veja em mim a mulher forte e independente que eu me esforço tanto para ser. Mas a verdade é que, por dentro, estou desmoronando.

Quando finalmente falamos naquela noite, tentei agir normalmente. Perguntei sobre o evento, sobre seus colegas, e ele me respondeu com a naturalidade de sempre. Mas eu percebi algo em sua voz, uma leveza que não estava lá antes. Será que ele estava começando a se acostumar com a ideia de que eu não estava por perto? Será que ele já estava se adaptando à vida sem mim, enquanto eu ainda me agarrava desesperadamente a cada palavra sua?

Roberto me disse que estava pensando em visitar São Paulo no próximo mês. Meu coração disparou de alegria com a ideia, mas imediatamente, uma nuvem de dúvidas se formou. E se ele vier e as coisas não forem como esperamos? E se a química que sentimos no Rio não se traduzir para a nossa vida real? Essas perguntas me assombram, mas tento afastá-las, focando apenas na ideia de vê-lo novamente.

Hoje, durante uma de nossas conversas, perguntei a Roberto como ele estava lidando com tudo isso. Ele hesitou por um momento antes de responder. Disse que estava bem, mas que também sentia a minha falta. Mas havia algo na maneira como ele falou que me deixou inquieta. Ele parecia distante, como se houvesse algo mais que ele não estava me contando. Tentei ignorar essa sensação, mas ela persistiu.

Mais tarde, naquela noite, recebi uma mensagem de uma amiga minha, Renata. Ela queria saber como estava indo o "namoro de férias", como ela chama. Disse a ela que estava tudo bem, que estávamos nos falando todos os dias e que Roberto talvez viesse me visitar. Mas mesmo enquanto escrevia aquelas palavras, percebi o quanto estava me enganando. "Tudo bem" não era exatamente a verdade. O que estávamos fazendo era sobreviver a cada dia, lutando contra a distância e as incertezas.

Renata, sempre direta, me perguntou: "Você realmente acha que isso pode funcionar? Vocês mal se conhecem e já estão a mil quilômetros de distância um do outro. Isso não é vida real, Andressa. Isso é fantasia."

Suas palavras me atingiram em cheio, como uma verdade dura que eu estava tentando evitar. Talvez ela estivesse certa. Talvez o que Roberto e eu tínhamos não fosse real. Talvez fosse apenas uma ilusão criada pela magia do Rio de Janeiro, pela beleza de uma nova conexão em um cenário perfeito. Mas, ao mesmo tempo, eu não queria acreditar nisso. Eu queria acreditar que o que sentimos um pelo outro era real, que poderíamos superar qualquer coisa.

Hoje, enquanto escrevo este diário, sinto um peso no meu coração. Estou dividida entre o desejo de fazer isso funcionar e o medo de que tudo desmorone. Não sei o que o futuro reserva para nós. Não sei se Roberto e eu somos fortes o suficiente para lidar com as dificuldades que vêm com um relacionamento à distância. Mas uma coisa eu sei: quero tentar. Quero acreditar que, de alguma forma, vamos encontrar um jeito.

Estou me preparando para uma montanha-russa emocional. Sei que haverá altos e baixos, momentos de dúvida e de esperança. Mas estou disposta a enfrentar isso, porque acredito que Roberto vale a pena. E, enquanto isso, continuarei escrevendo aqui, colocando em palavras tudo o que estou sentindo, na esperança de que um dia, quando olhar para trás, tudo isso faça sentido.

Por agora, a única coisa que posso fazer é continuar, um dia de cada vez. E esperar.

Capítulo 3: As Provas do Tempo

**10 de Abril**

Duas semanas se passaram desde a última vez que escrevi, e parece que a vida resolveu testar Roberto e eu de todas as maneiras possíveis. A distância, que já era difícil, começou a se transformar em um verdadeiro campo minado de emoções, expectativas e mal-entendidos. Agora, cada conversa parece uma prova, uma oportunidade para fortalecer nosso vínculo ou para nos afastar ainda mais.

No início de abril, finalmente confirmamos a data da visita de Roberto. Ele virá para São Paulo no fim do mês, e enquanto tento me manter otimista, a ansiedade começou a me consumir. Por um lado, mal posso esperar para vê-lo. Por outro, o medo de que o encontro não corresponda às nossas expectativas me assombra.

As conversas entre nós mudaram. Antes, elas fluíam naturalmente, cheias de risadas e planos para o futuro. Agora, são mais curtas, muitas vezes interrompidas pelo cansaço ou pelos compromissos diários. Roberto tem estado mais ocupado no trabalho, e isso se reflete na frequência e no tom de nossas conversas. Ele não é mais tão rápido em responder às minhas mensagens, e as chamadas de vídeo, que antes eram longas e cheias de carinho, agora parecem uma obrigação.

Ontem à noite, finalmente tivemos uma conversa mais séria sobre a visita. Estávamos no meio de uma chamada de vídeo, e Roberto parecia exausto, com olheiras marcadas e um ar distante. Decidi perguntar diretamente como ele estava se sentindo em relação a tudo isso.

"Eu não sei, Andressa," ele começou, suspirando. "Estou empolgado para te ver, mas ao mesmo tempo, estou com medo de que as coisas não sejam como esperamos."

Essas palavras me atingiram como um soco no estômago. Era como se ele estivesse verbalizando os meus piores medos, aqueles que eu tentava esconder no fundo da minha mente. O que se seguiu foi um silêncio desconfortável, onde eu podia ouvir meu próprio coração batendo forte no peito.

"Também estou com medo, Roberto," confessei. "Mas acho que precisamos tentar. Não podemos deixar que o medo nos impeça de viver isso. E se... E se for exatamente o que precisamos para fortalecer nossa relação?"

Ele assentiu, mas algo em sua expressão me dizia que ele não estava completamente convencido. E, para ser honesta, eu também não estava. A dúvida se infiltrou em mim como uma nuvem negra, tornando difícil ver as coisas com clareza.

**11 de Abril**

Hoje, algo diferente aconteceu. No meio da tarde, recebi uma mensagem inesperada de Roberto. Ele pediu desculpas pelo que disse ontem e me disse que estava apenas cansado. A mensagem dele foi cheia de carinho, como nos primeiros dias. Ele mencionou o quanto está ansioso para me ver, e como mal pode esperar para passar um tempo comigo, conhecer melhor a minha vida em São Paulo.

Isso trouxe um pouco de alívio ao meu coração, mas também me fez perceber como estamos caminhando em uma linha tênue. Parece que estamos constantemente equilibrando nossos sentimentos, tentando não deixar o medo ou a insegurança tomar conta. Cada palavra, cada gesto, agora carrega um peso maior. Como se cada pequena coisa pudesse desencadear uma reação em cadeia.

À noite, enquanto conversávamos, Roberto me fez uma proposta. Ele sugeriu que fizéssemos uma lista de coisas que gostaríamos de fazer juntos quando ele chegasse. Era a sua maneira de focar no positivo, no que nos espera em vez dos medos que temos. Aceitei a ideia imediatamente, e passamos a próxima hora trocando ideias.

"Quero que você me mostre o seu café favorito em São Paulo," ele disse, com um sorriso no rosto. "E depois, podemos ir ao parque que você sempre menciona. Talvez a gente até faça um piquenique."

Fiquei animada com a ideia. Comecei a imaginar como seria caminhar de mãos dadas pelo parque, rir juntos no café, compartilhar momentos simples que poderiam nos aproximar novamente. A lista cresceu rapidamente, cheia de pequenas coisas que queríamos fazer juntos – passeios, jantares, filmes. Cada item era uma promessa de que ainda podíamos ser felizes, mesmo com a distância entre nós.

**12 de Abril**

Hoje, no trabalho, minha mente estava completamente distraída. Não consegui parar de pensar na visita de Roberto, e em como essa viagem pode mudar tudo. As expectativas estão tão altas que tenho medo de que qualquer pequeno detalhe possa estragar tudo.

À tarde, Renata veio até minha mesa e percebeu que eu estava absorta em pensamentos. Ela me conhece bem demais para não perceber quando algo está me incomodando.

"Pensando no Roberto?" ela perguntou, com um olhar curioso.

Eu sorri e confirmei com um aceno. Expliquei sobre a lista que tínhamos feito e como estávamos tentando nos focar nos aspectos positivos da visita.

"Isso é ótimo, Andressa," ela disse, com sinceridade. "Mas lembre-se de ser realista. Vocês dois estão passando por um teste, e nem tudo vai ser perfeito. E está tudo bem. O importante é como vocês lidam com isso juntos."

Essas palavras me fizeram refletir. Talvez eu estivesse colocando pressão demais em nós dois, esperando que essa visita fosse a solução para todos os nossos problemas. Mas a verdade é que, mesmo que tudo corra bem, a distância continuará sendo uma realidade com a qual teremos que lidar.

**13 de Abril**

Hoje, Roberto me ligou de surpresa durante o almoço. A voz dele parecia mais animada, mais leve. Falamos sobre os planos para o fim de semana, e ele mencionou que tinha reservado um hotel perto do meu apartamento, para facilitar nossa logística.

"Nossa lista está ficando grande," ele brincou. "Acho que vamos precisar de mais de um fim de semana para fazer tudo."

Rimos juntos, e pela primeira vez em dias, senti um verdadeiro alívio. Parecia que as coisas estavam voltando aos eixos, e que estávamos ambos mais comprometidos a fazer isso funcionar.

Quando desligamos, me senti mais esperançosa. Talvez Renata estivesse certa. Talvez o segredo não seja esperar que tudo seja perfeito, mas sim estar disposta a enfrentar as imperfeições juntos.

A visita de Roberto está se aproximando, e com ela, a chance de realmente descobrirmos o que somos e o que podemos ser. Estou decidida a dar o meu melhor, a não deixar o medo dominar. Afinal, se o amor vale a pena, também valem os desafios que vêm com ele.

Enquanto escrevo estas últimas linhas, sinto uma mistura de nervosismo e empolgação. Ainda não sei como será quando finalmente estivermos juntos, mas estou pronta para descobrir.

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