NovelToon NovelToon

Senhor Demônio e Herói Conectados

Volume 1 — Prólogo (1/2)

Capa

Contra Capa

...( ( ( ATENÇÃO ) )

...

...ESTA OBRA É UMA WEB NOVEL INDEPENDENTE.

...

Antes de mergulhar na leitura, aqui vão algumas observações importantes:

Sou um escritor amador — estou aqui para me divertir e compartilhar uma história que criei com muito carinho.

Tudo é pura ficção — qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Sua ajuda é essencial — se encontrar erros de ortografia, por favor, me avise! Sua contribuição faz a diferença.

Se não gostar, não se preocupe — apenas siga em frente sem criar "hate". Cada um tem seu gosto e está tudo bem.

Apoie meu trabalho — siga, curta, compartilhe e comente! Seu apoio é fundamental e muito apreciado.

Obrigado por estar aqui e por fazer parte desta jornada!

MINISTÉRIO DO BESTEIROL ADVERTE

Cuidado com os Dedos Nervosos:

Alerta! A leitura deste texto pode provocar um raro efeito colateral: dedos nervosos, seguidos de uma incontrolável vontade de agarrar um controle ou lançar dados de RPG como se sua vida dependesse disso.

Sentiu uma coceirinha na ponta dos dedos? Relaxa, jovem aventureiro, é perfeitamente normal. Essa história contém altos níveis de nostalgia de sessões épicas de RPG, causadas por anos de experiência como mestre (ou seja, aquele ser que adora ver os jogadores entrando em fria).

Então, se os dedos começaram a tremer de leve, não lute contra! Pegue seus dados, um controle, e chame a galera. O importante é lembrar que a vida é curta, mas as campanhas de RPG podem durar para sempre (ou pelo menos até o próximo "TPK"). Boa sorte e que os críticos estejam a seu favor!

Agradecimentos e Contribuições:

Agradeço aos meus amigos e jogadores André Drú, Felype Paulo, Pedro Nagato, Wallace, e tantos outros que ajudaram a dar vida a esta história, sendo meus bravos (ou nem tanto) aventureiros.

Um agradecimento especial ao meu irmão mais velho, Guilherme Gandarillas, à minha mãe, Rosilda de Souza Gandarillas, e à minha amiga Stefany Teffy, que contribuíram de várias formas — seja com leituras críticas, ideias brilhantes, ou correções necessárias.

Obrigado a todos por embarcarem comigo nessa jornada épica!

...DOAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES...

SUMÁRIO

1º VOLUME

ARCO 1 – SOMBRA E LUZ

Capítulo – 01 — Prólogo

^^^Página: 013

^^^

Capítulo – 02 — O Crepúsculo da Esperança

^^^Página: 019

^^^

Capítulo – 03 — Luz e Sombra

^^^Página: 030

^^^

Capítulo – 04 – O Eco das Sombras e Chamas

^^^Página: 042

^^^

Capítulo – 05 — O Amanhecer Sombrio

^^^Página: 052

^^^

Capítulo – 06 — O Renascimento

^^^Página: 064

^^^

Capítulo – 07 — Ventos da Mudança - Parte 1

^^^Página: 074

^^^

Capítulo – 08 — Ventos da Mudança - Parte 2

^^^Página: 083

^^^

Capítulo – 09 — Ascensão entre Luz e Trevas

^^^Página: 096

^^^

Capítulo – 10 — O Preço da Salvação

^^^Página: 106

^^^

Capítulo – 11 — De Herói á Principe

^^^Página: 119

^^^

Capítulo – 12 — O Fardo da Esperança

^^^Página: 130

^^^

Capítulo – 13 — Epílogo

^^^Página: 140

^^^

Histórias Extras

Prelúdio 1 — Confusão dos Jogos na Mansão

^^^Página: 150

^^^

Introdução

Meu nome é Riyon Santy D’Lucifferos, mas essa é apenas a última de três vidas que vivi. Carrego memórias dessas vidas, entrelaçadas em minha mente, moldando quem sou agora.

Na minha primeira vida, eu era um garoto comum em um mundo como o seu. Após a trágica morte do meu pai e o abandono da minha mãe, cresci sozinho, lutando para sobreviver e sonhando com um futuro melhor. Então, fui arrancado da minha rotina e levado diante de uma Deusa que implorou pela minha ajuda para salvar um reino distante ameaçado por uma força maligna. Eu aceitei o chamado.

Na minha segunda vida, renasci em um mundo de magia e monstros. Orfão em uma vila pobre, treinei incansavelmente até ser reconhecido como o Herói do Reino. Derrotei o Grande Mal, mas fui mortalmente ferido. Quando pensei que finalmente descansaria, despertei novamente.

Desta vez, renasci como Riyon, filho da esposa do Lorde Demônio que eu havia derrotado. Com o tempo, percebi que o mal absoluto que eu lutava não era tão simples. Descobri que os demônios, como eram chamados, não gostavam desse nome, e seu verdadeiro nome foi esquecido há séculos. Agora, como um príncipe demoníaco, carrego as memórias de um estudante e de um herói, com a missão de entender onde o bem e o mal realmente se encontram. A verdade é mais complexa do que qualquer história que já ouvi.

Prólogo: O Início da Jornada

Nas profundezas de Vila Esperança, uma pequena comunidade escondida nos recantos do Brasil, a vida seguia seu curso com uma simplicidade que só a humildade podia proporcionar. A poeira das ruas de terra batida dançava ao vento, misturando-se aos risos das crianças que, descalças, corriam livres, alheias às dificuldades que os adultos enfrentavam. Entre essas crianças, havia Lucas Ferreira de Santos, um garoto de sorriso fácil e olhos brilhantes, cujo mundo girava em torno das pequenas alegrias de sua infância.

“Olha, Lucas! Quem chegar por último é ovo podre!” gritou uma de suas amigas, enquanto as crianças se lançavam numa corrida pela praça central. O sol estava alto, iluminando a cena como se quisesse eternizar aquele momento de inocência e alegria. Lucas riu, o coração leve, enquanto seus pés batiam no chão empoeirado, sentindo a liberdade em cada passada.

Lucas era o tipo de menino que carregava no peito a esperança e o amor que seus pais lhe ofereciam. Seu pai, um homem de princípios inabaláveis, sempre lhe dizia: “A verdadeira riqueza não está no dinheiro, meu filho, mas na honestidade e no trabalho duro.” Essas palavras ecoavam na mente de Lucas como um mantra, guiando suas ações e decisões. Seu pai era um modelo a ser seguido, um exemplo de dignidade que o ensinou a valorizar cada pequeno gesto. Sua mãe, com a doçura que só uma mãe pode ter, o cercava de proteção e afeto, criando um refúgio seguro onde Lucas podia ser apenas uma criança.

“Você sabe, Lucas,” sua mãe costumava dizer enquanto preparava o jantar, “o amor que damos aos outros é o que nos enriquece verdadeiramente. Nunca se esqueça disso.” E Lucas sempre a escutava com atenção, absorvendo cada palavra como se fosse uma pérola de sabedoria.

Contudo, a vida, com sua imprevisibilidade cruel, tem o hábito de mudar os rumos mais inesperadamente. Naquela noite fatídica, quando as estrelas pareciam brilhar com menos intensidade, o pai de Lucas saiu para mais um dia de trabalho, sem saber que seria o último. A notícia chegou como um trovão, rasgando o coração da pequena família. Um amigo da família, com a voz embargada, trouxe a devastadora informação.

“Ele… ele foi assassinado durante um assalto,” sussurrou, os olhos marejados de lágrimas. Lucas sentiu seu mundo desmoronar. O vazio que seu pai deixara era imensurável, uma ferida aberta que nunca poderia ser preenchida. O menino, em choque, ficou parado, sem conseguir processar a gravidade do que havia acontecido.

Aos oito anos, Lucas encarou a dor de uma perda que nem os adultos podiam compreender por completo. O sorriso, antes tão fácil, deu lugar ao silêncio de uma alma machucada. Ele começou a perceber que a vida não era feita apenas de risos e brincadeiras. As noites se tornaram longas e solitárias, e os sonhos, antes cheios de esperança, agora eram assombrados por pesadelos de dor e perda.

“Por que você se foi, pai?” Lucas murmurava para si mesmo em momentos de desespero, quando as lembranças do homem que o ensinou a andar de bicicleta ou a subir em árvores o inundavam. “Por que você não pode voltar?”

Volume 1 — Prólogo (2/2)

Dona Marina sorria, orgulhosa. “Você vai longe, meu menino. Com esse coração, não há obstáculo que você não possa superar.” E, ao ouvir isso, Lucas sentia uma onda de coragem inundar seu peito. Ele sabia que a avó acreditava nele, e essa crença se tornava uma luz em meio à escuridão.

O sacrifício era grande, mas Lucas estava determinado. Ele sabia que o tempo para brincar e descansar era um luxo que não podia se permitir. Cada página virada nos livros da escola, cada tarefa concluída, era um passo em direção a um futuro que ele sonhava em alcançar. Contudo, a sombra da perda e da solidão sempre o acompanhava, como uma nuvem escura pairando sobre ele.

Os anos passaram, e a infância de Lucas foi sendo gradualmente consumida pela responsabilidade. Aos doze anos, ele já era um adolescente maduro, responsável e, em muitos aspectos, um adulto. A escola ainda era importante, mas a vida o exigia em outras frentes.

“Vó, vou trabalhar na padaria hoje. O seu Vicente disse que precisa de ajuda,” Lucas comentou um dia, enquanto tomava o café da manhã. O aroma do pão fresco enchia a casa, e ele podia sentir a energia da comunidade ao redor.

“Cuidado com o forno, meu menino. Não quero que você se queime,” respondeu Dona Marina, com um leve sorriso. Mas seus olhos traíam a preocupação que ela sentia. Ela sabia que Lucas estava crescendo rápido demais, e isso a deixava apreensiva.

“Eu sei, vó. Não se preocupe.” Lucas tentou tranquilizá-la, mas no fundo, ele sentia o peso das expectativas sobre seus ombros. Ele queria fazer sua avó feliz, mas a pressão era cada vez maior.

As responsabilidades de Lucas aumentaram, assim como seu desejo de fazer a diferença. Ele começou a ajudar outros moradores da vila, oferecendo seu tempo e habilidades. “Se precisar de alguma coisa, é só me chamar, tá?” ele dizia a todos com um sorriso amigável. E, mesmo que estivesse exausto, a gratidão que recebia em troca valia a pena.

Um dia, ao final de uma longa e exaustiva jornada de trabalho, Lucas retornava para casa, o corpo cansado, mas o espírito firme. O sol já havia se posto, e as ruas da comunidade eram mal iluminadas, com sombras que pareciam se estender indefinidamente. O cansaço pesava em seus ombros, mas ele continuava a caminhar, seus pensamentos vagando entre as responsabilidades e os sonhos de um amanhã melhor.

Enquanto caminhava, ele pensava em como queria terminar seus estudos e, talvez um dia, ter sua própria empresa, onde poderia ajudar ainda mais pessoas. “Eu quero dar uma vida melhor à vó,” pensava Lucas, seu coração pulsando de determinação. Ele imaginava a casa que sonhava construir, onde Dona Marina poderia viver confortavelmente, sem preocupações, cercada pelo amor e pela alegria.

E, nesse momento de esperança e determinação, um caminhão, vindo em alta velocidade, cortou a escuridão. Lucas, tão imerso em seus pensamentos, não percebeu o perigo até ser tarde demais. O som do motor rugindo era abafado pelo seu próprio batimento cardíaco acelerado. Ele parou de repente, os olhos arregalados ao notar o veículo se aproximando.

“Não!” Lucas gritou, um eco de desespero e incredulidade, mas já era tarde. O impacto foi brutal e instantâneo, levando-o a um mundo de dor e trevas, enquanto sua vida se esvaía. Naquele momento, todos os seus sonhos, aspirações e promessas de um futuro melhor se dissiparam como fumaça, deixando para trás apenas um vazio profundo.

A Vila Esperança continuou a viver, alheia à tragédia que ocorrera. Mas, em meio ao luto e à dor, o legado de Lucas permanecia. O menino que sonhou com um futuro brilhante, que sempre se preocupou com os outros, que trabalhou arduamente por um amanhã melhor. Ele se foi, mas em cada sorriso das crianças que corriam nas ruas, em cada gesto de bondade que a comunidade compartilhava, sua memória e sua esperança continuavam a brilhar.

Lucas Ferreira de Santos partiu aos dezesseis anos, mas sua história não se apagou. Ele se tornou um símbolo de resiliência e amor, lembrado por todos aqueles que tiveram a sorte de cruzar seu caminho. O amor que ele espalhou e a esperança que plantou nos corações dos outros se tornaram sua herança. E, enquanto as estrelas brilhavam sobre Vila Esperança, a luz de Lucas continuava a brilhar, eterna e indelével, em cada canto da vida que ele tocou.

Dois anos se passaram, e o destino, impiedoso, decidiu testar ainda mais o jovem Lucas. Sua mãe, afundada em uma tristeza que parecia não ter fim, tomou uma decisão que mudaria para sempre a vida do menino. Incapaz de suportar a solidão e o luto, ela fugiu com um amante, abandonando Lucas para enfrentar o mundo sozinho.

“Por que você está fazendo isso?” Lucas perguntara, com a voz tremendo, no momento da despedida. Sua mãe olhou para ele, os olhos cheios de lágrimas, mas a expressão era de uma mulher decidida.

“Eu… eu preciso encontrar meu próprio caminho, filho. Sinto muito. Você sempre será amado, mas eu não posso ficar.” E com isso, ela partiu, deixando Lucas em um abismo de dor e confusão.

Agora, aos dez anos, Lucas estava entregue ao cuidado de sua avó, Dona Marina, uma mulher forte, mas envelhecida pelo tempo e pelas adversidades. Com as lágrimas secas no rosto e o coração endurecido pela dor, Lucas começava a entender que a vida, muitas vezes, era mais dura e sombria do que qualquer pesadelo que ele pudesse imaginar.

A casa de sua avó era simples, mas acolhedora, um refúgio em meio às adversidades que a vida insistia em jogar no caminho de Lucas. Dona Marina, com cabelos brancos como a neve e mãos calejadas pelo trabalho duro, acolheu Lucas como se ele fosse a última chama de esperança que ainda queimava em seu coração. Ela sempre contava histórias sobre a família, repletas de coragem e superação, fazendo com que Lucas se sentisse parte de algo maior.

“Você é forte, meu neto,” dizia ela, sua voz carregada de sabedoria e ternura. “O mundo pode ser cruel, mas a gente não pode deixar que ele nos derrube. Vamos seguir em frente, juntos.” Lucas se apegou àquelas palavras, como um náufrago se agarra a um pedaço de madeira em meio à tempestade.

“Eu prometo, vó,” Lucas respondeu, seu olhar determinado. Ele sabia que sua avó estava fazendo o melhor que podia, mas a realidade era dura. A vida na comunidade exigia muito, e Lucas logo percebeu que teria que amadurecer rápido. Não havia tempo para lamentos; o trabalho esperava.

Os dias se misturavam em uma rotina implacável. Enquanto as outras crianças corriam livres pelas ruas, suas risadas ecoando pelos becos de Vila Esperança, Lucas estava sempre ocupado. Suas manhãs eram dedicadas à escola, onde ele se esforçava ao máximo, sabendo que o conhecimento era a chave para abrir as portas de um futuro melhor. À tarde, trocava os cadernos por ferramentas, fazendo pequenos serviços para ajudar a pagar as contas e garantir que ele e sua avó tivessem o necessário para viver.

“Eu não tenho medo do trabalho, vó,” Lucas dizia, enxugando o suor da testa após mais um dia de labuta. “Só quero que a gente fique bem.”

Volume 1 — Capítulo 2 — O Crepúsculo da Esperança

Lucas lembrava-se vividamente de sua vida passada. Quando abriu os olhos novamente, não estava mais na rua escura e fria onde havia morrido. Em vez disso, encontrou-se em um vasto plano branco, um lugar sereno e silencioso, mas ao mesmo tempo profundamente estranho. A tranquilidade ao redor trazia certa paz, mas o medo do desconhecido o envolvia. Ele estava confuso, sem saber se ainda estava vivo ou morto.

Enquanto tentava compreender a situação, uma figura surgiu diante dele, emanando uma luz suave e acolhedora. Era uma mulher de beleza transcendente, com longos cabelos dourados que pareciam feitos de luz e um manto branco que refletia o brilho das estrelas. Seus olhos, repletos de compaixão, pousaram sobre Lucas com uma ternura que ele jamais havia sentido.

"Lucas," disse a mulher, sua voz suave e melodiosa rompendo o silêncio como uma brisa leve. "Eu sou Althea, a Deusa da Reencarnação."

Lucas ficou paralisado, sem palavras, enquanto tentava processar o que estava acontecendo. Encontrar uma deusa após a morte era algo além de sua compreensão. Ele a ouviu continuar:

"Eu observei sua vida e tudo o que você enfrentou. Mesmo nos momentos mais sombrios, você manteve seu coração puro e cheio de bondade. Agora, preciso de sua ajuda."

"Minha ajuda?" murmurou Lucas, ainda tentando entender.

Althea assentiu. "Sim, Lucas. Há um mundo distante, assolado por forças malignas, que precisa de um herói. Alguém que traga esperança e restaure o equilíbrio. Quero que você, Lucas, seja esse herói. Você renascerá nesse novo mundo, com a missão de salvá-lo."

As palavras da deusa ecoaram em sua mente. Ele sentiu um turbilhão de emoções. A ideia de ser escolhido para uma missão tão grandiosa parecia surreal, mas, ao mesmo tempo, algo dentro de si acreditava que havia um propósito maior em sua existência.

"Mas... por que eu?" ele perguntou, incerto. "Eu sou apenas uma pessoa comum. O que me faz digno dessa responsabilidade?"

Althea sorriu gentilmente, como se pudesse ler seus pensamentos. "Não é a força física que faz um herói, mas a força do coração. E o seu coração é puro, cheio de compaixão e justiça. Esse mundo precisa de alguém como você."

Lucas respirou fundo. Embora tivesse muitas perguntas, uma coisa era certa: ele sempre quis fazer o bem. Se pudesse ajudar outras pessoas, mesmo em um mundo diferente, não haveria razão para recusar.

"Eu aceito," disse ele, com uma firmeza que o surpreendeu. "Estou pronto para ser esse herói."

Enquanto Lucas absorvia a grandiosidade da proposta, Althea continuou, antecipando suas dúvidas. "O mundo para o qual você irá se chama Eldoria. Ele lembra a Europa medieval do seu mundo, com castelos imponentes, cidades fortificadas e cavaleiros em armaduras brilhantes. Reinos lutam por poder e paz. Contudo, há uma diferença: Eldoria é permeada pela magia."

Os olhos de Lucas se arregalaram de curiosidade. "Magia?"

Althea sorriu, vendo o interesse dele despertar. "Sim, magia. Um poder que torna o impossível real. Seres que manipulam os elementos, curam com o toque de suas mãos, e até movem montanhas com uma palavra. A magia é tanto uma ferramenta quanto uma arte, e as raças de Eldoria a dominam de formas únicas."

"Raças?" Lucas questionou, intrigado.

"Exatamente," respondeu Althea. "Você não encontrará apenas humanos em Eldoria. Há elfos, seres graciosos e antigos, mestres na magia natural. Anões, forjadores de armas incomparáveis. Homens-fera, com sentidos aguçados e grande agilidade. Hobbits, pequenos e humildes, mas com uma coragem imensa. E os humanos, como você, com uma incrível capacidade de adaptação."

A diversidade desse novo mundo fascinava Lucas. Ele sempre imaginou cenários fantásticos, mas nunca pensou que poderia realmente viver entre seres tão extraordinários.

"Isso é... incrível," sussurrou Lucas, quase para si mesmo, deixando-se levar pela empolgação.

Althea, vendo o brilho de entusiasmo em seus olhos, continuou. "Em Eldoria, a tecnologia é rudimentar comparada ao que você conheceu. Não existem carros, eletricidade ou internet. Mas a magia compensa essa lacuna. Cristais iluminam cidades inteiras, portais mágicos conectam regiões distantes, e artefatos antigos protegem exércitos ou alimentam vilarejos."

Lucas mal podia conter a excitação. A simplicidade da vida medieval, somada à presença da magia, criava um mundo que ele mal podia esperar para explorar. "Então... sem celulares ou carros?" ele perguntou, não decepcionado, mas ansioso.

Althea riu suavemente. "Não, Lucas. Mas existem magos que se comunicam por espelhos mágicos, e cavalos que correm mais rápido que qualquer carro que você já viu. Não há internet, mas bibliotecas ancestrais guardam segredos milenares, acessíveis apenas para aqueles que dominam a magia."

Lucas respirou fundo, imaginando as aventuras que o aguardavam. Eldoria parecia o tipo de lugar onde seus sonhos mais impossíveis poderiam se realizar. Era um mundo onde magia e mistério reinavam, e ele teria a chance de viver tudo aquilo.

"Eu nunca pensei que pudesse existir um lugar assim," ele disse, sorrindo. "Parece um conto de fadas... só que real."

Althea assentiu, satisfeita com sua aceitação. "Eldoria é um mundo de beleza, mas também de perigos. Forças das trevas estão se erguendo, ameaçando a paz entre as raças. Por isso, sua presença é crucial. Sua força de vontade e sua bondade são exatamente o que esse mundo precisa para sobreviver."

O peso da responsabilidade caiu sobre Lucas, mas, junto dele, veio um imenso senso de propósito. Ele teria a chance de não apenas viver em um mundo fascinante, mas também de fazer a diferença.

"Eu farei tudo o que puder, Althea," ele disse, com determinação. "Estou pronto para enfrentar o que vier e ajudar esse mundo... meu novo mundo."

A deusa sorriu e colocou sua mão sobre o coração de Lucas, em um gesto carregado de poder e bênção. "Então vá, Lucas. Agora, Grand. Renasça em Eldoria e deixe seu nome ser lembrado como o de um grande herói."

Com essas palavras, a luz ao redor de Lucas brilhou intensamente. Quando abriu os olhos novamente, sentiu o chão sob seus pés e uma nova brisa no rosto. O plano branco havia desaparecido. Ele estava no limiar de um novo começo — e de um novo mundo.

...─── ❖ ── ✦ ── ❖ ───...

Em um instante, o plano branco desapareceu, e Lucas sentiu-se sendo puxado para outra vida. Quando despertou, estava em um novo corpo, o de um bebê, abandonado à porta de um orfanato em um mundo completamente diferente, um mundo de espada e magia.

Apesar do novo corpo e do ambiente diferente, Lucas manteve todas as suas memórias da vida anterior. Agora chamado "Grand" pelos cuidadores, ele cresceu com a lembrança constante de quem era e do que viveu. Ele recordava a promessa feita à Deusa e a responsabilidade que agora carregava. Mesmo em um corpo infantil, Lucas—agora Grand—sabia que estava destinado a algo maior.

Os primeiros anos de sua nova vida foram difíceis. O orfanato era um lugar austero, mas Grand, impulsionado pelas memórias de sua vida passada, cresceu com uma determinação inabalável. A sensação de perda e a vontade de proteger aqueles ao seu redor estavam gravadas em sua alma.

Aos dez anos, algo extraordinário aconteceu. Em uma noite de lua cheia, Grand acordou com uma sensação estranha nas costas. Quando os cuidadores do orfanato examinaram, descobriram uma marca que não estava lá antes: uma intricada tatuagem que brilhava com um leve brilho dourado. Era uma crista, um símbolo que representava a bênção dos deuses.

“Isso é uma crista,” sussurrou uma das cuidadoras, visivelmente espantada. “Só os abençoados pelos Deuses recebem uma.”

As cristas eram relativamente comuns, manifestando-se em cerca de 1 a cada 1000 crianças. Porém, entender o verdadeiro significado e propósito dessas marcas era algo que só podia ser feito nas igrejas ou templos, onde se realizavam rituais específicos para essa revelação. O problema era o custo elevado dessas cerimônias, tornando-as inacessíveis para a maioria das pessoas. Como resultado, apenas as famílias nobres, com recursos suficientes, podiam levar seus filhos para descobrir o que a crista representava e qual destino estava reservado a eles.

Quando Grand recebeu a crista, uma espécie de holograma apareceu diante de seus olhos, onde só ele podia ver. No holograma, estavam escritas as seguintes informações:

•             Nome: Grand

•             Idade: 10 anos

•             Raça: Humano

•             Afiliação: (nome a ser definido)

•             Título: Estudante do Ensino Médio, Trabalhador, Reencarnado, Grande Herói

•             Classe: Herói (Nível: 1)

•             Habilidades: Sem habilidades ou magias aprendidas ainda

•             Status:

•             Força: 9

•             Destreza: 9

•             Inteligência: 9

•             Vitalidade: 9

•             Agilidade: 9

•             Sorte: 9

•             Dominância: 1

A notícia se espalhou rapidamente pelo orfanato e pela pequena vila onde estava localizado. Grand passou a ser visto como alguém destinado a grandes feitos, e sua vida tomou um novo rumo. Grand sabia que a crista era especial e, surpreendentemente, sabia sobre sua vocação sem precisar recorrer a uma igreja. Afinal era a benção e a promessa com a Deusa da reencarnação. Determinado, começou a treinar em segredo, praticando com espadas de madeira e estudando livros antigos escondidos no orfanato.

Com o tempo, percebeu que o mundo era repleto de criaturas mágicas, cavaleiros e feiticeiros poderosos. A crista lhe concedia poderes únicos, e Grand sentia seu destino entrelaçado ao futuro daquele mundo. Fez amigos de diversas raças e treinou incansavelmente para dominar suas habilidades.

Agora, conhecido como o Herói do Reino, Grand liderava batalhas e inspirava outros a lutar por justiça. Lucas—agora Grand—renasceu como um herói, decidido a proteger o novo mundo que a Deusa lhe confiou, enfrentando qualquer desafio com o coração puro que sempre teve.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!