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Lady Daiana

##Capitulo 1 Onde estou?

Quando eu tinha 5 anos fui tirada dos meus pais, passei por experimentos e treinamentos que ultrapassava os limites.

Poucas crianças sobreviveram aos vários exames e testes. Quando completei 12 anos tive minha primeira missão, infiltrar e exterminar um governante sem deixar rastros.

Aos 15 anos, das mil crianças que vieram comigo só restaram cinco, formos promovidas para o grupo elite, só os melhores poderiam entrar. Lidamos com vários governos e derrubamos várias instituições, foi assim por vários anos .

Quando eu tinha 30 anos fui diagnosticada com câncer, não fiquei abalada, decidi fazer tratamento e continuar lutando. fiz o tratamento por 2 anos, mas a doença foi mais forte do que eu. Minha vida terminou assim, sem família e nem amigos.

Acordei como se tivesse dormido por muito tempo, o meu corpo estava todo dolorido. Sentei, os meus pés não alcançavam o chão. Olhei para minhas mãos pequenas, toquei o meu corpo, olhei ao redor e vi estar num porão antigo.

Levantei e corri para frente de um espelho velho e empoeirado. Não acreditei quando me olhei, cabelos prateados, lindos olhos azuis e pele branca. Fiquei parada na frente do espelho por um tempo tentando entender o que estava a acontecer.

Tentei abrir a porta, mas estava trancada. Comecei a ter deslumbre de cenas na minha mente, eram as memórias da antiga dona desse corpo. Percebi ter renascido, de repente a porta se abre, uma empregada entra com um pedaço de pão velho e um copo de água.

"Coma, antes que eu me arrependa de dar-te esse pão". Olhei fixamente para a empregada. "O que tanto me encara?" ela sai e fecha a porta. Diariamente, uma vez por dia, a empregada vem e entrega-me algo para comer.

Se passaram uma semana, recuperei todas as memórias da Senhorita Daiana. Uma garota de 12 anos filha do conde Diogo Stanley, seu pai era um homem muito rico, conquistou tudo o que tinha vencendo na grande guerra.

Alem de mim o conde teve outros dois filhos, o jovem conde Ricardo Stanley de seu primeiro casamento, 16 anos, seus cabelos eram prateados, e olhos azuis assim como o meu, com forte habilidade em espada, era forte candidato sucessor do conde. Nosso relacionamento era distante, já que ele vivia representando conde nas fronteiras, assegurando a estabilidade da família.

Alana Stanley era a terceira filha do atual casamento do conde, com cabelos loiros e olhos azuis, ela tinha a mesma idade que eu. Ela e a sua mãe Ana vivia-me intimidando, fazendo com que o meu pai verse-me como vilã que atormentava sempre Alana. Como o último feito, fui acusada de envenenar Alana, encontraram o frasco do veneno entre as minhas coisas, o meu pai furioso prendeu-me no porão, limitada a só uma refeição por dia.

Não tenho ninguém para me defender, já que não sei quem é minha mãe. O meu pai trouxe-me para a mansão quando eu tinha 4 anos. Por ser humilhada desde muito nova, sempre fui retraída e tímida, vivia entre os livros da biblioteca estudando e lendo romances.

Agora estou nesse porão sujo analisando alternativas de sair daqui, minhas opções são poucas mas já passei por coisas piores que essas, isso não é nada comparado ao que vivi na minha vida passada. Agora minha motivação e sobreviver a esse novo mundo, uma nova oportunidade...

##Capitulo 2 Recuar para prosseguir!!!

A empregada entra no porão e vê desmaiada no chão, ela corre e confere se eu estou a respirar. Diminui os meus batimentos cardíacos de propósito para pensarem que morri. A empregada corre para chamar ajuda.

Chega o mordomo desesperado, e me pega no colo e leva para outro recinto. "Vá chamar o médico, rápido!"(gritando) eu volto a respirar rapidamente, o mordomo perplexo com olhos arregalados inspira aliviado.

"Graças a Deus! Senhorita está bem?" eu desperto fingindo confusa, e volto a desmaiar. O médico chega apressado, e examine-me. " Sinto o pulso dela, mas muito fraco, se eu não chegasse a tempo ela poderia ter morrido"

Depois de um tempo me examinando o médico sai. "Ela precisa de repouso absoluto, sem sofrer grandes emoções e se alimentar bem". "sim, doutor!" (responde o mordomo) o meu plano foi um grande sucesso, agora só preciso reverter o jogo ao meu favor.

"Esse corpo é muito fraco, preciso tornar-me mais forte" (pensamento de Daiana). Agora as refeições mudaram, três vezes ao dia e bem caprichado. Estou a aproveitar esse tempo livre para fortalecer o meu corpo, faço flexões, agachamentos e alongo-me todos os dias. Apesar de ter um belo rosto, e difícil ter resultado no físico.

Já se passaram duas semanas além da empregada não vejo mais ninguém, de qualquer forma devo-me preparar para o pior cenário possível. "Parece que tá se sentindo melhor, está até corada!" entra a minha madrasta Ana Stanley, seus cabelos escuros, olhos castanhos com um vestido elegante.

"Graças aos seus cuidados sinto-me bem melhor" olho fixamente para ela. Sem acreditar com o seu rosto surpreso ela da, um passo para trás. "Se está tão bem assim devia ter ficado mais no porão, refletindo sobre os seus atos! Assim que o seu pai chegar teremos uma boa conversa ao seu respeito!" (ela sorri com olhar malicioso).

Após ter dito aquelas palavras ela sai e tranca a porta. Tenho certeza que ela está a tramar algo, mas tenho que ser mais esperta se eu quiser sobreviver nesse lugar.

O que ninguém sabe e que enquanto fiquei reclusa, estudei a mansão, quantos guardas e empregados tem e as suas trocas de turnos. Analisei a hora que o conde não estava no escritório, infiltrei-me e procurei pela planta da mansão, porque tem passagens secretas nela. Percebi que entre meio-dia e meio-dia e meio todos da mansão não passam pelo jardim, hora perfeita de escapar caso necessário.

Como eu estava a sentir melhor, fui fazer a refeição com família, e a minha primeira vez fazendo isso nessa vida. Desci as escadas, deparei com o Conde sentado na cadeira central no seu lado esquerdo a Condessa Ana e do lado Alana. Todos me olham com atenção.

Fiz reverência ao Conde e a Condessa, e sentei do lado direito do meu pai. Com os seus olhos fixos em mim Alana exclama: " o seu lugar não é aí! Esse e o lugar do meu irmão Ricardo".

"Quando o nosso irmão Ricardo não está posso sentar-me aqui, já que sou a mais velha!" Alana olha com fúria.

"Parece que você ainda não se arrepende dos seus atos, Daiana!" (disse o conde).

Olhei para aquele olhar gélido, rapidamente levantei e ajoelhei-me diante de todos, abaixei a cabeça "sinto muito Alana, sinto muito mesmo!"

"Sente muito pelo quê?" (o conde pergunta nem um pouco comovido com a atitude de Daiana) "sinto muito por tentar-te envenenar!" apesar de não ter sido minha culpa, eu tinha que recuar por enquanto. "Fiquei aí mesmo onde está durante a refeição toda" (disse o conde).

Enquanto todos comiam a sua refeição, permaneci imóvel, Alana e Ana pareciam bem satisfeitas. "Devíamos discutir sobre o futuro de Daiana Diogo! (disse Ana) "sobre o que quer discutir?" "pensava em mandar ela para o convento, acredito que indo para lá ela terá um destino melhor! "Convento? Não sei se é o melhor a ser feito!"

"As atitudes indisciplinadas dela já passaram dos limites, tenho certeza que ela mudará se fizermos isso!"

"Entendo" (disse Diogo pensando seriamente a respeito)

"Se for para me mandar para algum lugar, mande-me para o treinamento militar!" eu olhei para conde surpreso com a minha resposta. "você não tem voz aqui menina!" (disse Ana)

"E sobre a minha vida que estão a discutir, e claro que tenho que dar a minha opinião!"

Olhei para meu pai, determinada. "Tudo bem então! se insiste você vai ter treinamento militar"

A Condessa Ana e Alana sorri disfarçadamente. "A partir de hoje terá que acordar mais cedo que todos e dormir mais tarde que todos, saberá o que é disciplina"

"Tudo bem pai, aceito o meu destino". Prefiro mutilar-me num treinamento rígido do que ir para um convento. Depois que todos saíram da sala eu levantei-me e fui para meu quarto.

##Capitulo 3 Sou muito fraca

No dia seguinte, acordei às 4 h da manhã, lavei o meu rosto e fui para o pátio de treinamento. "Está atrasada! Devia tá aqui às 4 e já se passaram 20 minutos" (disse o conde).

"Acordei às 4 (h) como o senhor disse-me"

"Ainda vai responder-me? Parece que a senhorita está bem disposta para seu treinamento!"

Olhei fixamente para o Conde sem dizer mais nada, ele apresentou-me o cadete Paulo, um homem com uma presença ameaçadora, ele tinha uma cicatriz enorme no rosto. Mesmo estando nessa situação não me intimidei. O meu pai me observa a analisar-me surpreso com a minha mudança de personalidade, esperando eu implorar para não ter que fazer esse treinamento.

"Então vamos começar! Hoje de darei umas aulas básicas de como segurar uma espada, a partir de amanhã você se juntará a outros garotos para às demais aulas! (disse Paulo)

Apesar de ter sido uma assassina treinada na minha vida anterior, não me familiarizei com as armas do tempo atual. Especializei-me em armas modernas. Paulo orientou-me, sempre corrigindo a minha postura ao segurar a espada, ele usava uma vareta para me bater caso eu errasse. Ficamos assim por horas, a brandir uma espada de madeira.

O Conde observava-me a distância, acredito que ele esperava que eu lamentavelmente reclamasse daquela situação. Mesmo errando várias vezes mantive-me firme. "Ela até que não é ruim nisso!" (pensamento de Paulo).

Dei uma pausa para a hora do almoço, toda suada e cheia de poeira. Paulo se aproxima

"Você até que tem talento! Mas é muito fraca, não tem músculos! Terá que compensar isso com agilidade!"

Eu, na verdade já percebi isso, mas ouvir dele foi até bom. Perguntei se tinha algum método para aumentar a minha agilidade, ele disse-me que com muito esforço e dedicação eu conseguiria. Passei a usar um equipamento de peso nos meus braços e pernas. "se você conseguir manejar a espada sem nenhum problema com esses pesos, será mais rápida sem eles!"

Terminei o dia e eu estava moída de cansaço. As únicas coisas que fiz foi tomar um banho e dormir. No outro dia temos que sair da mansão e ir para o campo de treino, o Paulo levou-me até lá. "É aqui que você vai treinar diariamente, assegure de chegar sempre na hora!"

Tinha muitos garotos no campo de treino, eu era a única menina. "formem uma fila! (grita Paulo)

Quando eu me juntei a eles, todos ficaram-me encarando. "O que uma garota está a fazer aqui? Cochichavam uns aos outros.

"Parece que vocês todos estão curiosos em saber porque tem uma linda garota entre vocês! Ela é senhorita Daiana filha do conde, a partir de hoje se juntará no treino com vocês!"

Todos ficaram sem entender muito aquela situação. Durante o treino os garotos evitaram-me, eu também não me importei muito com isso.

Fiquei a usar os pesos o tempo todo, e era a mais fraca entre as crianças, os outros cochichavam a rir de mim. "O que uma dama quer fazer aqui com uma espada?".

"Vamos testar as suas habilidades de artes marciais!" (disse Paulo)

"Até que enfim algo que sou boa!” (pensando de Daiana)

Todos formaram um grupo de duas pessoas, o meu par não gostou muito de ficar comigo, mas ele não teve opções. Todos esperavam que eu caísse naquele momento, mas em questão de segundo derrubei e mobilizei o garoto. "Nossa! O que foi aquilo?" Perplexos todos me olhavam.

Depois daquele evento os meninos pararam de evitar-me, puxaram assunto durante as refeições. Apesar de eu ser a única garota ali não era incomum mulheres serem soldados, mas não era natural uma dama da alta sociedade praticar espada.

Por alguns meses essa foi minha rotina, acordava cedo e fazia treino militar. A Condessa Ana e a sua filha não me perturbaram durante esse tempo. As minhas habilidades melhoraram bastante, comecei a ver frutos do meu trabalho duro. Mas percebi que só aquilo não me iria levar a lugar nenhum, nem tudo era resolvido na porrada.

Como a Condessa Ana estava muito tranquila, resolvi ir descobrir o que estava a acontecer. Percebi que Alana estava a ter aulas de etiqueta, moda e de como administrar a casa, enquanto eu ficava a brandir espada. Isso com certeza prejudicaria o meu futuro, não saber o básico da etiqueta. O meu pai não estava muito atento ao que eu estava a fazer, ele estava ocupado com as suas obrigações.

Em dias comuns fingia estar doente, para não ir para o campo de treino. Como eu era uma dama, não importaram muito com isso. Enquanto todos estavam ocupados com os seus deveres eu entrava em uma das passagens secretas que levava a sala de estudos onde Alana estudava etiqueta. Observei as aulas dela e praticava nós momentos livres. Fiz isso por meses.

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