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A Herdeira do Mar

Capítulo 1: O segredo nas profundezas

No coração do oceano, onde as correntes suaves acariciavam as plantas marinhas e os raios de sol atravessavam as águas cristalinas, vivia Melina, uma jovem sereia conhecida por sua cauda roxa cintilante e longos cabelos negros que flutuavam como um manto de escuridão nas profundezas do mar. Seus olhos, de um roxo vibrante, refletiam a alegria que irradiava de sua alma, uma energia contagiante que fazia todos ao seu redor sorrirem.

"Melina, querida, venha ajudar-me a colher as algas", chamou Lucinda, a tia de Melina, enquanto organizava as cestas de corais em frente à sua gruta.

Lucinda era uma sereia de aparência serena e sábia, com cabelos prateados que lembravam as ondas iluminadas pela lua. Desde que Melina era apenas uma criança, Lucinda a havia criado com todo o amor e carinho que uma mãe poderia oferecer. No entanto, havia um mistério que pairava sobre as duas, algo que Melina sempre desejara entender, mas nunca teve coragem de perguntar diretamente.

"Tia Lucinda, por que você nunca fala sobre meus pais?" perguntou Melina, ao se aproximar com um sorriso, mas com a preocupação evidente em seus olhos.

Lucinda hesitou, seu sorriso apagando-se por um breve momento. "Melina, querida, certas coisas são melhor deixadas no passado. O que importa é que estamos juntas, e que você está segura e feliz aqui comigo."

Melina suspirou, mas acenou com a cabeça. Ela sempre respeitara a tia e nunca quis pressioná-la, mas a curiosidade a corroía por dentro. Por que aquele assunto era tão doloroso para Lucinda?

"Eu sei, tia, só que... às vezes sinto como se algo estivesse faltando, como se uma parte de mim estivesse perdida em algum lugar desse vasto oceano", confessou Melina, enquanto entregava as algas recém-coletadas.

Lucinda, sentindo a angústia da sobrinha, acariciou-lhe o rosto com ternura. "Meu bem, você é uma jovem tão forte e cheia de vida. Nunca deixe que esse vazio te defina. Você tem um futuro brilhante à sua frente, cheio de descobertas."

***

Mais tarde, naquele mesmo dia, Melina se encontrou com Jack, seu amigo de infância. Jack era um tritão de cauda azul, olhos verdes como as algas mais profundas e um sorriso que sempre fazia o coração de Melina se encher de alegria. Eles cresceram juntos, compartilhando segredos, risadas e, sem que Melina soubesse, o amor que Jack sentia por ela, um amor que ele sempre guardou no fundo do coração.

"Ei, Melina! Pronta para a nossa aventura de hoje?" perguntou Jack, enquanto nadava em direção a ela com entusiasmo.

"Claro! Vamos ver se encontramos aquelas conchas raras que você mencionou da última vez?" respondeu Melina, já empolgada.

Enquanto nadavam juntos em direção ao recife, Jack não conseguia deixar de notar a expressão pensativa no rosto de Melina. Ela sempre fora tão alegre e extrovertida, mas ele sabia que algo a estava incomodando.

"Está tudo bem? Você parece distraída", comentou Jack, enquanto mergulhava em busca de uma concha.

"É só... a mesma coisa de sempre, Jack. Minha tia nunca fala sobre meus pais. Eu sei que ela faz isso para me proteger, mas não consigo deixar de pensar que talvez conhecer o passado me ajude a entender quem eu sou de verdade", disse Melina, com um tom de tristeza.

Jack parou por um momento, o coração apertado ao ver a amiga tão angustiada. Ele sempre quis ajudá-la, mas como poderia quando ele mesmo não tinha respostas?

"Eu entendo, Melina. Deve ser difícil não saber... Mas você tem a mim, e eu sempre estarei aqui para o que você precisar", respondeu Jack, tentando consolá-la.

"Eu sei, Jack. E sou muito grata por isso", disse Melina, oferecendo-lhe um sorriso que, embora sincero, ainda carregava a sombra de suas dúvidas.

Eles passaram o resto do dia explorando os recifes, rindo e se divertindo como sempre faziam, mas a questão dos pais de Melina continuava pairando sobre suas cabeças como uma nuvem escura em um dia ensolarado.

***

Quando o sol começou a se pôr no horizonte aquático, tingindo o mar com tons de laranja e rosa, Melina e Jack retornaram à gruta de Lucinda. Mas, para sua surpresa, a gruta estava vazia. Lucinda havia saído, algo que ela raramente fazia sem avisar.

"Que estranho... Tia Lucinda não costuma sair sem me avisar", disse Melina, preocupada, enquanto olhava ao redor, como se esperasse que a tia surgisse de repente.

"Talvez ela tenha saído para resolver alguma coisa urgente. Vamos esperar um pouco", sugeriu Jack, tentando acalmá-la.

As horas passaram lentamente, e a ansiedade de Melina só aumentava. Finalmente, quando a noite já havia caído e as estrelas brilhavam no céu, Jack recebeu uma notícia que ele nunca gostaria de dar à sua amiga.

"Melina...", começou ele, a voz tremendo. "Eu acabei de ouvir dos outros tritões... Sua tia... Ela saiu para uma tarefa importante, mas foi atacada por um peixe venenoso. Ela... ela não conseguiu sobreviver."

O mundo de Melina desmoronou naquele instante. Sentiu o peso da tristeza e da solidão a sufocarem, como se as profundezas do oceano estivessem se fechando ao seu redor.

"Não... Isso não pode ser verdade..." murmurou Melina, sentindo as lágrimas encherem seus olhos roxos.

Jack, com o coração apertado, aproximou-se e a envolveu em seus braços. "Eu estou aqui, Melina. Eu sinto muito... Sinto muito mesmo."

Enquanto soluçava nos braços de Jack, Melina percebeu que, sem Lucinda, o pouco que sabia sobre sua própria história estava perdido. E agora, mais do que nunca, ela teria que enfrentar o oceano de segredos que a cercava, buscando respostas nas correntes de um mar cheio de mistérios e perigos.

Capítulo 2: O chamado do destino

Melina passou os dias seguintes à morte de sua tia Lucinda trancada na gruta, incapaz de aceitar a perda da única família que conhecia. A gruta, que antes era um lugar de segurança e amor, agora parecia um refúgio sombrio, onde as sombras do passado e as perguntas não respondidas a cercavam a cada momento.

Ela se deitava sobre as almofadas de corais que Lucinda havia feito para ela, olhando fixamente para o teto da gruta, sentindo-se vazia. A dor do luto a consumia, e seus pensamentos eram um redemoinho de tristeza e solidão. Os dias se passaram em um borrão de lágrimas, sonhos perturbadores e o som abafado do oceano ao redor.

“Por que ela me deixou? E por que ela nunca me contou sobre meus pais?” pensava Melina, repetidamente, enquanto a tristeza e a confusão se misturavam em seu coração. Não importava quantas vezes tentasse encontrar uma resposta, tudo parecia sem sentido.

Uma semana se passou, e Melina ainda não havia saído da gruta. O mundo lá fora parecia distante, irrelevante. Até que, em uma manhã, ela foi tirada de seus pensamentos por um som incomum.

*Tum-tum-tum.*

Alguém estava batendo na porta da gruta.

Melina se levantou lentamente, seus movimentos pesados como se carregasse o peso do oceano inteiro. Ela abriu a porta, e diante dela estava um guarda do castelo, acompanhado de um batalhão de soldados. Seus uniformes brilhavam em azul e dourado, as cores do Reino de Atlanta. Melina piscou, confusa, enquanto os guardas a observavam com reverência.

"Princesa Melina, finalmente a encontramos," disse o guarda com uma voz respeitosa, fazendo uma reverência profunda.

"Princesa? Do que você está falando?" perguntou Melina, sua voz tremendo de confusão.

O guarda ergueu a cabeça, observando-a com olhos gentis. "Você é a princesa perdida do Reino de Atlanta. A filha do Rei Neptuno e da Rainha Lisa."

As palavras do guarda fizeram o coração de Melina parar por um momento. "Eu... sou uma princesa? Não... deve haver algum engano."

***

Dezoito anos antes, no majestoso palácio de Atlanta, o Reino dos Mares, uma celebração havia sido realizada em honra ao nascimento da princesa. A Rainha Lisa, uma sereia de beleza incomparável, com cabelos dourados como raios de sol e uma cauda de um azul celestial, havia dado à luz a única filha do rei, depois de cinco príncipes.

O rei Neptuno, um tritão imponente com uma barba que se movia como as correntes oceânicas e uma coroa feita das mais preciosas pérolas do mar, estava tomado de alegria. Finalmente, uma filha para completar sua família real, um raio de esperança e amor que iluminaria todo o reino.

Mas a felicidade durou pouco. Uma semana após o nascimento da princesa, um acontecimento trágico abalou o reino. Durante a noite, a pequena princesa foi sequestrada de seus aposentos. Nenhum rastro do sequestrador foi encontrado, e todo o reino mergulhou em tristeza e desespero.

O Rei Neptuno, com o coração partido, ordenou que todos os recursos do reino fossem usados na busca por sua filha. Por dezoito anos, buscas incessantes foram feitas em todas as partes do oceano, mas a princesa permaneceu perdida, seu paradeiro um mistério que atormentava o rei e a rainha todos os dias.

***

De volta ao presente, Melina sentia o mundo ao seu redor girar enquanto o guarda continuava sua explicação. "Durante todos esses anos, seu pai, o rei, nunca desistiu de procurá-la. E agora, finalmente, a encontramos. A senhorita é a Princesa Melina de Atlanta, a filha legítima de seus majestades. Estamos aqui para levá-la de volta ao castelo, o lugar que é seu por direito."

Melina mal podia acreditar no que estava ouvindo. Ela, a princesa perdida de um reino que nunca conheceu? As palavras do guarda pareciam ecoar em sua mente, confusas e irreais. Era como se toda a sua vida tivesse sido virada de cabeça para baixo em um instante.

"Eu... eu não sei o que dizer," murmurou ela, olhando para os soldados que a aguardavam, todos com expressões de respeito e expectativa.

Nesse momento, Jack apareceu, nadando rapidamente em direção à gruta. Ele parou abruptamente ao ver o batalhão de guardas, sua expressão de surpresa refletindo a confusão de Melina. "Melina, o que está acontecendo? Por que todos esses guardas estão aqui?"

Melina, ainda atordoada, voltou-se para Jack, tentando encontrar as palavras. "Eles... eles dizem que eu sou a princesa perdida do Reino de Atlanta. Que sou filha do Rei Neptuno e da Rainha Lisa. Eles querem me levar de volta para o castelo."

Jack ficou boquiaberto, tentando processar o que acabara de ouvir. "Princesa? Você? Isso... isso é incrível, Melina!"

"É incrível, sim... mas também assustador," respondeu Melina, com a voz trêmula. "Eu não sei nada sobre ser uma princesa, Jack. E se tudo isso for um engano? E se eu não estiver pronta para essa vida?"

Jack se aproximou, segurando as mãos de Melina com firmeza. "Sei que isso é muito para você, mas... você é forte, Melina. Sempre foi. E eu vou estar ao seu lado, não importa o que aconteça."

As palavras de Jack deram a Melina um pouco de conforto em meio ao turbilhão de emoções que sentia. Ela respirou fundo, tentando se recompor. "Eu vou arrumar minhas coisas. Se realmente sou a princesa, acho que não tenho escolha a não ser ir com eles. E você... você vai comigo, Jack?"

"Claro que sim, Melina. Sempre estarei ao seu lado," respondeu Jack, sorrindo, tentando esconder a preocupação que sentia por dentro.

Melina voltou para dentro da gruta, seus pensamentos ainda confusos. Ela arrumou seus pertences, colocando cuidadosamente os objetos que tinham sido importantes para ela e Lucinda em uma pequena bolsa de pérolas. Olhou em volta da gruta uma última vez, sabendo que estava deixando para trás o único lar que conhecera, mas agora entendendo que havia algo maior esperando por ela.

Ao sair da gruta, encontrou Jack e os guardas a esperando. "Estou pronta," disse ela, tentando soar confiante, mas o tremor em sua voz a traía.

Os guardas formaram uma escolta ao redor dela e de Jack, começando a jornada de volta ao palácio. Enquanto nadavam, Melina sentia uma mistura de excitação e medo. Sua vida estava prestes a mudar de maneiras que ela nunca poderia ter imaginado, e embora a ideia de ser uma princesa fosse assustadora, havia uma chama de esperança em seu coração – a esperança de finalmente descobrir quem ela realmente era.

Com Jack ao seu lado e o Reino de Atlanta à sua frente, Melina sabia que estava prestes a embarcar na maior aventura de sua vida.

Capítulo 3: A jornada para o Reino perdido

A viagem até o Reino de Atlanta durou dois longos dias, mas para Melina, parecia uma eternidade. Cada quilômetro percorrido trazia novas paisagens e descobertas que nunca poderia ter imaginado em seus sonhos mais selvagens. As águas mudavam de tons de azul e verde, com florestas de corais vibrantes, cânions submersos, e criaturas marinhas exóticas que ela nunca havia visto antes.

Melina e Jack nadavam cercados pelos guardas, que se revezavam nas escoltas, garantindo a segurança da princesa recém-descoberta. Os soldados, antes sérios e disciplinados, não demoraram a serem conquistados pelo charme natural e pela alegria de Melina. Suas risadas leves e perguntas curiosas sobre cada lugar que passavam faziam com que até os mais rígidos entre eles relaxassem e sorrissem.

"Princesa, você tem um coração tão puro. O reino será abençoado com sua presença," comentou um dos guardas, um tritão de barba grisalha, enquanto guiava Melina por um campo de flores subaquáticas que brilhavam em tons suaves de rosa e roxo.

Melina sorriu, encantada com o elogio, mas não deixou de notar como Jack parecia cada vez mais calado. Ela se aproximou dele, preocupada. "Jack, está tudo bem? Você parece distante."

Jack desviou o olhar por um momento, tentando disfarçar o ciúme que sentia ao ver os guardas tão fascinados por Melina. "Estou bem, Melina. Só estou pensando em como tudo isso é... surreal. Você, uma princesa, e todo esse novo mundo que está se abrindo para você."

Melina apertou a mão de Jack, tentando tranquilizá-lo. "Eu sei que é muito para processar, mas estou feliz que você esteja aqui comigo. Não sei o que faria sem você."

As palavras de Melina trouxeram um pouco de conforto ao coração de Jack, mas o ciúme ainda persistia. Ele sabia que Melina estava destinada a algo grandioso, e temia que a nova vida dela pudesse afastá-los.

***

Finalmente, no início do terceiro dia, eles chegaram aos limites do Reino de Atlanta. Melina e Jack ficaram sem palavras ao se depararem com a grandiosidade e a riqueza do lugar. O reino se estendia em todas as direções, uma metrópole subaquática brilhante, cheia de vida e energia. As ruas eram pavimentadas com pedras cintilantes que refletiam a luz do sol que penetrava na superfície do oceano, criando um espetáculo de cores.

Prédios majestosos erguiam-se como gigantes, com fachadas decoradas por conchas e corais. Lojas lotadas de mercadorias exóticas e vibrantes, e luzes de todas as cores iluminavam o reino, criando um brilho quase mágico que encantava os olhos. Sereias e tritões nadavam alegremente pelas ruas, conversando, comprando, vivendo suas vidas sob a proteção das muralhas do castelo.

No centro de tudo, erguia-se o castelo real. Era uma estrutura colossal, feita de pedras preciosas e corais que pareciam vivos, com torres que alcançavam os céus do oceano. Era o lugar mais magnífico que Melina já havia visto, e ela sentiu um frio na barriga ao perceber que aquele seria seu novo lar.

Quando chegaram às grandes portas do castelo, os guardas as abriram para que Melina e Jack entrassem. Os corredores eram revestidos de ouro e conchas brilhantes, e as paredes estavam decoradas com tapestrias que contavam a história do reino. O esplendor do lugar era opressor, e Melina sentiu uma mistura de admiração e nervosismo crescer dentro dela.

O guarda que liderava o grupo se dirigiu ao trono, onde o Rei Neptuno e a Rainha Lisa, acompanhados de seus filhos, aguardavam. O Rei era um tritão imponente, com cabelos grisalhos e uma barba longa que ondulava na água, seus olhos eram de um azul profundo, cheios de sabedoria e tristeza acumulada ao longo dos anos. A Rainha Lisa, com sua beleza serena e majestosa, estava ao lado dele, seus olhos cheios de esperança e emoção. Ao redor deles, estavam os cinco príncipes do reino: Leon, o mais velho, de 25 anos, herdeiro do trono, com uma presença forte e autoritária; Lance, de 22 anos, conhecido por sua inteligência estratégica; os gêmeos Lucas e Luke, de 20 anos, sempre cheios de energia e humor; e Liam, o caçula, com 19 anos, cuja doçura e bondade eram evidentes em cada gesto.

"Majestades," disse o guarda, com reverência, "Finalmente, encontramos a princesa perdida. Depois de 18 anos de busca, ela está aqui, diante de vocês."

Um silêncio tomou conta do salão enquanto os olhos de todos se voltavam para Melina. A Rainha Lisa levou uma mão à boca, as lágrimas enchendo seus olhos. "Minha filha... Não acredito... Finalmente."

O Rei Neptuno levantou-se do trono, sua expressão incrédula, mas cheia de emoção. "Minha filha," ele murmurou, a voz embargada pela emoção, enquanto se aproximava de Melina.

Melina sentiu o coração acelerar. Tudo o que ela sabia sobre si mesma parecia se desintegrar, sendo substituído por uma nova identidade, uma nova realidade. "Eu... Eu sou Melina, mas não sei como ser uma princesa. Eu... estou assustada," confessou, sentindo as lágrimas se acumularem em seus olhos.

A Rainha Lisa se aproximou, envolvendo Melina em um abraço suave. "Não se preocupe, minha querida. Tudo será revelado no seu tempo. Estamos apenas tão felizes por finalmente termos você de volta."

Os príncipes, cada um com suas próprias reações emocionadas, cercaram Melina, observando-a com admiração. "Então, você é nossa irmãzinha perdida," disse Lance, com um sorriso caloroso. "Nem acredito que finalmente a encontramos."

Leon, sempre o mais sério, assentiu. "O reino tem esperado por você, Melina. Mas temos todo o tempo do mundo para nos conhecermos."

Nesse momento, Lucas, um dos gêmeos, notou Jack, que estava um pouco afastado, observando tudo com uma expressão cautelosa. "E quem é este? Seu... amigo?"

Melina, ainda tentando processar tudo, se virou para Jack e sorriu, um pouco tímida. "Este é Jack. Ele é meu amigo de infância. Crescemos juntos e... não poderia vir aqui sem ele."

Jack fez uma reverência um pouco desajeitada. "É uma honra conhecê-los. Eu estou aqui para apoiar Melina, como sempre fiz."

Os príncipes trocaram olhares, mas não fizeram mais perguntas. Eles pareciam satisfeitos com a explicação de Melina, e logo se voltaram novamente para a irmã perdida, ainda em choque por tê-la finalmente encontrado.

O Rei Neptuno, recuperando-se da emoção inicial, ergueu a voz. "Preparem o reino! Amanhã, faremos uma grande festa em celebração ao retorno da nossa princesa! Que todos os cantos de Atlanta saibam que nossa família está completa novamente!"

Os guardas se dispersaram rapidamente para cumprir as ordens do rei, enquanto Melina era levada ao seu novo quarto. Quando ela entrou, ficou surpresa com o luxo do lugar. O quarto era enorme, decorado com cortinas de seda, móveis de madrepérola e uma cama adornada com travesseiros de penas e conchas brilhantes. Havia uma sensação de grandiosidade e opulência que a deixou sem palavras.

Duas empregadas estavam à sua disposição, prontas para atender a qualquer desejo que Melina pudesse ter. "Senhora, deseja algo para comer ou beber? Talvez um banho relaxante?" perguntaram, com sorrisos educados.

Melina balançou a cabeça, ainda atordoada. "Não, obrigada... Eu... só preciso de um momento para mim mesma."

As empregadas fizeram uma reverência e se retiraram, deixando Melina sozinha em seu novo quarto. Ela se deitou na cama macia, olhando para o teto decorado. "Eu não sei como me acostumar com isso. Tudo é tão... diferente."

Fechando os olhos, Melina tentou acalmar sua mente. "Amanhã é um novo dia," disse a si mesma, sussurrando, enquanto sentia o cansaço da viagem finalmente a alcançar. "E com ele, talvez, eu comece a entender o que significa ser a princesa de Atlanta."

Com esse pensamento, Melina permitiu que o sono a envolvesse, sabendo que a partir do dia seguinte, sua vida mudaria para sempre.

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