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O COWBOY QUE ME DOMOU

O COWBOY QUE ME DOMOU

...O COWBOY QUE ME DOMOU...

Olivia Wadson, uma jovem criada na cidade, se depara com uma visita inesperada de um advogado e descobre que acabou ganhando uma grande herança de um senhor desconhecido, ela decide assumir a fazenda e dar continuidade aos negócios desse senhor misterioso.

Christian Lincoln, nasceu e cresceu no interior, filho de um dos fazendeiros mais ricos e poderosos do país, solteiro mais cobiçado e avassalador de tanta beleza.

Olivia só não contava que teria que ser vizinha de cerca de Christian, que é um cowboy intrometido que parece ter nascido apenas para tirar Olivia do sério. Logo, ele tem interesses amorosos por Olivia e depois de domar tantos touros e cavalos, será que ele irá conseguir domar o coração de Olivia?

Fique aqui, leia e descubra comigo como será o desenrolar dessa linda e intrigante história de amor.

PS: Não esqueçam de curtir, votar, e comentar o que acharam em cada capítulo! bjs

CAPÍTULO 1

...OLIVIA...

 — Quem será que mandou isso? — perguntei a mim mesma ao abrir a caixa do correio.

Haviam várias cartas, cartas de um escritório de advocacia, mas eu não tinha tempo para lê-las. as joguei dentro da minha ecobag e saí em rumo ao meu - nada belo - trabalho.

[...]

 — Ei, gatinha! Você não vai me trazer a cerveja que pedi? — um velho bêbado me chamou.

 — Já estou indo! — falei forçando um sorriso, tentando não mostrar o quanto estava cansada.

Ele não pediu cerveja, pediu comida.

O lugar que eu trabalho não é esquisito, graças a limpeza pesada que eu faço questão de fazer todos os dias. Aqui é típico bar brasileiro, muitos salgados nas estufas, lugares com pouca iluminação, principalmente o banheiro. As mesas e cadeiras vermelhas que eram brindes de alguma marca de cerveja e as paredes eram pintadas metade vermelhas e metade brancas.

Esse bar funciona o dia inteiro, mas eu trabalho somente de manhã e à tarde. Aqui aparece todo o tipo de gente e pelas circunstâncias da vida, eu tenho que ficar calada ao ouvir os comentários dos clientes, por mais que me dê vontade de jogá-los no chão e descontar toda a minha raiva.

Fui para a cozinha do bar e respirei fundo, quando meu chefe me olhou com um olhar de "problema é seu" eu tive ânsia de vômito.

Idiota.

Todos os dias eu tenho que me controlar para não falar umas boas para esses bêbados. Eu trabalho aqui há cinco anos, antes era apenas um emprego para pagar minha faculdade de administração e ajudar minha mãe com as despesas, mas as coisas dificultaram quando ela ficou doente, foram juntando tantas doenças sem tratar que ela acabou ficando fraca ao ponto de não conseguir mais ir trabalhar. O resultado disso foi ter largado a faculdade e ter tentado manter a casa sozinha.

As coisas parecem ficar cada vez mais difíceis a cada dia que passa e isso é um verdadeiro saco. Minha mãe não fez nada de ruim para sofrer tanto assim.

 A única família que tenho é ela, meus avós morreram, e o meu pai, bom... Abandonou minha mãe com medo da responsabilidade de ser pai, mas ele não faz falta, de verdade. Minha mãe não fala muito sobre ele, mas sei que o amava muito. Não sei muito sobre a família por parte dele e realmente não me interessa, já que mesmo após vinte e cinco anos, eles não tenham feito questão de saber se minha mãe deu à luz a uma menina ou a um menino.

Me sento em um cantinho dentro do depósito, pego minha bolsa para retirar meu almoço e quando abro vejo novamente aquelas cartas. Já tinha uma semana que eu estava recebendo aquelas cartas, elas se tratavam de uma herança, fazenda, fábricas de queijo e leite, cafezal... E diziam que estava no meu nome, que alguém que morreu, deixou tudo para mim. Eu estava apenas ignorando elas, não faziam sentido e eu estava com medo de ser algum tipo de golpe.

Abri uma nova carta.

"Senhorita Olivia Wadson, irá receber uma visita hoje, às três da tarde, o advogado Carlos irá te passar os detalhes das transferências que serão feitas para o seu nome.

Atenciosamente, escritório de advocacia Guasti."

 — Mais que merda é essa?

Tirei meu celular da bolsa e eram duas horas da tarde. Do trabalho até em casa, eu levo quarenta minutos andando, já que ônibus ou táxi custa muito dinheiro.

Peguei minha bolsa e saí correndo de dentro do bar, atravessei a rua e ouvi meu chefe sair para fora.

 — Ei, Olivia! Se você for, está demitida. — Eu só continuei correndo sem olhar para trás. — Volte aqui!

Eu poderia estar errada, poderia estar fazendo uma grande loucura agora, mas eu quero arriscar. Tudo isso das cartas pode ser uma grande mentira, ou uma grande verdade. O escritório Guasti é conhecido por todo o Brasil e é altamente recomendável por todas as empresas que conheço, eu precisava ter a certeza se aquilo que falava nas cartas era verdade, pois eu com certeza cairia de cabeça em qualquer boa situação apenas para aliviar o sofrimento da minha mãe e a tirar daquele lugar asqueroso que moramos.

Quando cheguei no beco do conjunto habitacional onde minha casa ficava, tinha um pequeno tumulto, havia uma BMW branca estacionada em frente a minha pequena casa e os vizinhos - fofoqueiros - nem disfarçavam sua curiosidade.

O carro era lindo, nem mesmo meu namorado - ex namorado na verdade - com toda sua família rica, teria dinheiro para comprar e manter uma dessa.

Entrei em casa, passei pelo pequeno corredor que separava meu quarto com o da minha mãe e cheguei na sala, minha mãe estava pé entre o espaço que separava a cozinha da sala, fizemos aquela parede com PVC e muita cola. Não pude deixar de notar o homem elegante sentado no pequeno sofá de couro, que estava com um buraco no meio graças ao meu gato, Simon.

 — Olá, você seria a senhorita Olivia? — Ele me perguntou com um sorriso simples. 

 — Sou sim... — Olhei para a minha mãe que estava sem entender nada, assim como eu.

 — Bom, eu irei ser direto, eu estava a bastante tempo procurando por você... — Ele ajeitou o óculos quadrado no rosto antes de começar. — Você, é a herdeira total de todos os bens de um senhor que preferiu ficar anônimo.

Senti minha mãe ofegar.

 — Mãe, o que foi? — Me aproximei dela e a vi se escorar na parede da sala. 

 — O que está acontecendo? Por qual motivo deixaram uma herança de tamanho valor para Olivia? 

Minha mãe estava realmente em choque, a coloquei sentada na cadeira de madeira que deixávamos ao lado da TV. 

CAPÍTULO 2

...CHRISTIAN...

 — Adenor, não o solte! — Falei com meu capataz que segura firmemente o laço em volta do cavalo.

 — Sr. Lincoln, ele é forte... Forte demais... — Adenor disse quase sendo carregado pelo cavalo feroz.

 Já estava a duas semanas tentando domar esse cavalo, fiz uma aposta com o dono dele, se eu o domasse com menos de um mês, o cavalo seria meu. O dono dele era meu vizinho, ele trabalhava para o dono da fazenda ao lado. Aos trinta anos de idade não achei que existia um homem que gostasse tanto de cavalos como esse senhor. Ele deixou o cavalo aqui e nunca mais apareceu, ouvi dizer que o dono da fazenda acabou falecendo e alguém herdou toda sua fortuna.

 Essa pessoa ficará milionária da noite para o dia, visto que essa fazendo está entre as dez mais caras do estado, ficando abaixo da minha, em segundo lugar. Não sei quem será que irá assumir a fazenda, mas sei que, se não souber pelo menos o mínimo, irá perder tudo que o homem conquistou. Nunca o vimos, nem mesmo os meus pais, só sabemos que ele tinha um filho que só foi visto algumas vezes pelas redondezas.

 Esse cavalo ficou como um desafio pra mim, um desafio que eu amo.

 Ultimamente eu tenho saído bastante, baladas no centro de Rondonópolis, festas rurais, bares... Quando meus pais ainda moravam aqui na fazenda, eu não saia tanto, ainda mais quando namorava a Joyce. Ela era o amor da minha vida, eu a tratava como rainha e estava disposta a me casar com ela, até que começaram a surgir rumores dela. Chegava nos bares ou festas aqui no interior e me entregavam bilhetes, mensagens anônimas nas minhas redes sociais ou até mesmo chegavam em mim falando que ela não gostava de mim e sim de um cara da cidade, falavam que via ela saindo com ele enquanto eu ficava aqui, e trabalhava para orgulhar ela. Até que chegou o dia de eu a pedir em casamento, fui para a cidade, os pais dela me receberam nervosos, não me deixaram entrar na casa e tive que praticamente invadir, Joyce estava no sofá, de mãos dadas com um cara que nunca havia visto.

 — Christian? — Joyce disse ao se levantar rapidamente do sofá.

 — Merda, Joyce... Era só... Era só ter terminado. — Eu sussurrei colocando o buquê em cima da mesinha de centro da sala. — Por que fez isso?

 — Foi por sua culpa, Christian... — Ela disse com olhos raivosos na minha direção. — Eu até gostava de você no início, mas seus pais começaram com aquela ladainha de morar no interior e eu me desesperei. Você já olhou para mim, Christian? Eu sou uma mulher fina, mereço uma vida boa e de luxo, não quero ficar correndo atrás de boi e de vaca e muito menos ficar mexendo no esterco. Você chegava na mansão da fazenda FEDENDO A ESTERCO! Acha mesmo que eu iria aguentar? 

Aquelas palavras dela me partiram ao meio. Eu a conheci no centro, era linda e simples. Nós namoramos por dois anos e ela NUNCA demonstrou não gostar do meu jeito ou do jeito que minha família me criou. 

 — Você diz que não queria viver na fazenda, mas usou do meu dinheiro, eu banquei viagens caríssimas para você, roupas e bolsas de marca que VOCÊ pedia! — Eu gritei apontando na cara dela, o pai dela me segurou.

 — Você as quer de volta? É só pegar... — Ela disse com deboche, o novo namorado riu. 

 — Você não entendeu, Joyce? Você diz que não gostou da ideia de viver na fazenda, mas eu paguei todos os seus caprichos com o dinheiro que o agro me deu! — Apertei meu peito por cima da minha camisa pólo. — Não precisa ter feito isso, era só ter me falado, assim eu não teria vindo aqui com essa merda de buquê pedir sua mão em casamento! 

 Eu a vi poucas vezes depois daquele maldito dia, Joyce não ficou muito tempo com aquele cara, e as vezes que a vi ela tentou se desculpar e me pedia para voltarmos a namorar. Eu não consegui, meu coração se fechou e eu não consigo mais acreditar que possa existir alguém capaz de amar somente você, então, eu decidi por mim mesmo nunca mais me apaixonar. 

 Meus pais vivem viajando, no meu aniversário de vinte e cinco anos, meu pai, Carlos passou a fazenda e a plantação de soja para o meu nome, ele disse que não queria mais saber desse tipo de negócio e ficou apenas com outras empresas. Ele e minha mãe, Marian, decidiram conhecer o mundo lá fora, infelizmente eles não puderam ter mais filhos, então o que restaram foi realizar o sonho da mamãe, de conhecer o máximo de países que ela quiser. Meu pai, como um bom apaixonado, faz tudo que a mamãe quer. 

Eu queria conseguir amar alguém como ele a ama, mas não serei capaz de fazer isso…

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