Já faz um tempo desde a última vez que senti o gosto ou até mesmo o cheiro de sangue. Meus impulsos ainda gritam no meu interior, mas aqui estou. De pé e me apresentando para uma classe especial com 20 alunos, todos aspirantes de heróis.

- Bom dia, jovens heróis, meu codinome é Caos, e a partir de hoje, serei o seu professor de combate e defesa pessoal!

Os alunos começaram a conversar entre si, comentários que eu podia ouvir claramente, mas não devo culpá-los, no fundo eu mesmo não queria estar aqui.

- Com licença, "professor", poderia nos explicar porque o nosso professor de combate e defesa pessoal é o segundo melhor serial killer da história? - Perguntou um dos alunos.

Com uma expressão indiferente no rosto, eu respondi: - Porque eu não consegui superar Jack o estripador, por isso acabei ficando com o segundo lugar!

Apenas um aluno entendeu a minha piada e deu uma risada em um tom baixo.

- (Pigarro!) "Professor" eu vou mesmo precisar formular a pergunta? - Perguntou o aluno.

- Senhor Jordan Spinner, o que impede que eu te ensine a matéria citada? - Perguntei olhando nos olhos do jovem.

O jovem Jordan se enchendo de razão, respondeu: - O senhor é um serial killer, um assassino, um vilão, acredito que esse já é um bom motivo que te torna desqualificado para o seu atual cargo!

- Senhor Jordan Spinner, vou perguntar outra vez, o que impede que eu te ensine a matéria citada? - Tornei a perguntar.

Dessa vez Jordan olhou para seus colegas de classe procurando entre eles algum tipo de argumento, mas não o encontrou.

Eu me aproximei da mesa em que o jovem Jordan se encontrava e disse: - Meu QI é de 152, eu assassinei brutalmente 13 heróis rank C, 8 Rank B, 10 Rank A e 2 de Rank S, também assassinei mais humanos e super humanos civis que você possa contar, senhor Jordan Spinner, agora me responda outra pergunta, quem pode te ensinar melhor a lidar com um super vilão se não outro super vilão, ou um grande serial killer como eu?

O jovem Jordan ficou em silêncio na mesma hora. Vendo que o nosso diálogo havia acabado, eu voltei para frente da sala de aula. Quando eu pensei que havia acabado, outro aluno chamou a minha atenção.

- Desculpa professor Caos, nós estamos nos conhecendo agora, então como o senhor sabia o nome do Jordan?

Eu me virei e olhei diretamente para a aluna que fez a pergunta. Depois de um leve tique nervoso na minha mão esquerda, eu respondi: - Isso é muito simples de se responder, senhorita Rebeca Collins, eu li a ficha de cada um de vocês antes de vir dar essa aula, então a menos que vocês todos já se conheçam também, eu aconselho que me deixe prosseguir com o início das apresentações e também da aula, a senhorita tem alguma objeção a isso?

Com seus olhos arregalados, Rebeca Collins acenou com a cabeça que não.

Voltando ao que estava prestes a fazer, eu peguei a pauta em mãos, dei uma boa olhada e disse: - Eu quero que todos se apresentem começando dos cinco da esquerda para os da direita consecutivamente!

(Primeira fileira!)

- Jordan Spinner!

- Carlos Garcia!

- Michael Henry!

- Yuri Washington!

- Alice Mendes!

(Segunda fileira!)

- Rebeca Collins!

- Eva Kennedy!

- Paul Smith!

- Henrique Castro!

- Jhonny Santos!

(Terceira fileira!)

- Allan Venice!

- Paulo Scarlet!

- Alicia Spilares!

- Wagner Thompson!

- Joseph Teixeira!

(Quarta fileira!)

- Harry Windes!

- Matheus Scarvo!

- Letícia Sames!

- Maicon Hortência!

- Alex... Alex Miller!

Assim que o último aluno disse seu nome, eu fiquei um pouco confuso. Na sua ficha, Alex Miller é retratado como do sexo masculino, mas diante os meus olhos eu vejo uma bela jovem maquiada e bem arrumada.

Mediante a esse mistério, eu caminhei até a jovem e perguntei: - Perdão, mas a senhorita disse que seu nome é Alex, Alex Miller?

A jovem sorriu sutilmente e respondeu: - Sim senhor, sou Alex Miller!

- Entendo... - Eu dei as costas e voltei para a frente da sala de aula.

Assim que eu assumi o meu posto, alguém gritou: - Cuidado com a armadilha!!!

Os outros alunos da sala começaram a rir, então eu virei para todos e disse: - Todos menos Alex, fiquem de pé ao lado de suas mesas!

Todos me obedeceram.

- Agora calculem uma distância considerável de seu colega à frente e paguem 30 flexões no chão, e isso é uma ordem não discutível!!! - Disse logo após um tique nervoso na mão esquerda.

Alicia, considerando injusto, tentou debater dizendo: - Mas professor, quem zombou foi o Allan, porque todos nós temos que pagar a penitência?

- É muito simples, senhorita Alice, porque a partir de hoje enquanto vocês estiveram sob a minha supervisão profissional, vocês são heróis e heróis não abandonam o outro mediante o erro, eles tentam reerguer o herói caído, então por favor, pague sua penitenciária junto aos seus colegas heróis!!! - Eu tentei me segurar um pouco na repreensão.

Assim que terminaram de cumprir com sua penitência, eu os fiz pedir desculpas diretamente para Alex. Alex com um sorriso amigável, desculpou a todos.

- Agora, eu quero que todos vocês prestem bem atenção em mim. Eu não vou tolerar quaisquer tipos de desrespeito na minha presença, seja religiosa, racial ou por conta da preferência sexual de seus colegas, estamos entendidos???

Carlos com seus braços magrinhos e tremendo por conta da penitencia perguntou: - Poxa professor, só o sermão já bastava, isso era realmente necessário?

Após um tique nervoso na minha mão direita, eu respondi: - É bem óbvio, não acha, senhor Carlos Garcia?

Todos os alunos ficaram em silêncio.

- Eu imagino que quando vocês entraram por aquelas portas, pensaram que ser um herói licenciado seria muito fácil, eu aposto que pensaram que seria simples vir para uma sala de aula, escutar um monte de baboseira sobre justiça e sair daqui com suas licenças, mas advinha... Eu estou aqui para ter certeza de que nada será como os senhores planejaram! - Disse em alto e bom som.

Eu peguei um pincel de quadro e escrevi bem grande no quadro: Sejam bem vindos a faculdade de heróis, meu codinome é Caos e eu sou o seu pior pesadelo de hoje em diante!

No fim das aulas, os alunos foram para seus aposentos no campus e eu estava preparando uma documentação com meu relatório sobre o meu primeiro dia de aula. Enquanto eu me mantia ainda em sala de aula escrevendo, um dos alunos que ainda não havia se retirado, se aproximou de mim em silêncio. Eu parei o que estava fazendo e vi que o aluno tratava-se de Alex Miller.

- Senhorita Miller, como posso ajudar?

Alex sorriu e disse: - Obrigada pela senhorita, senhor Caos!

- Por nada, Alex, e então, o que posso fazer por você? - Perguntei pacientemente.

Alex passou uma mexa de cabelo por trás de sua orelha e perguntou: - Eu sei que meus colegas foram rudes com o senhor, mas eu gostaria de satisfazer a minha curiosidade... Não quero ser rude também, mas... Tenho interesse em saber porque o senhor está aqui, dando aula para seus próprios inimigos?

Tenho que admitir que desde o começo, Alex por alguma razão me chamou a atenção, isso só fez crescer em mim um grande desejo de satisfazer a curiosidade dele.

- Senhorita Alex, é tão importante assim saber os meus motivos? - Eu cruzei os meus dedos enquanto olhava em seus olhos.

Alex sorriu e simplesmente respondeu: - Certamente, senhor!

- Alex, é o seu primeiro dia na faculdade, hoje foi um dia tranquilo, mas amanhã será um pouco mais corrido, então eu te aconselho que vá para seu quarto, tome um bom banho e descanse para amanhã, nós teremos muita coisa a fazer, além disso, antes de iniciar o verdadeiro treinamento, vocês ainda vão participar de uma palestra longa e chata que o diretor Still vai realizar pessoalmente! - Eu fiquei realmente espantado com a necessidade que tive de responder as perguntas desse garoto.

- Tudo bem, vou seguir o seu conselho, professor, mas... Você se importaria de me responder uma última pergunta antes que eu vá? - Perguntou Alex.

- Sem problemas, mas contando que a última, não terei problemas para responder!

Alex sorriu com uma certa malícia e então perguntou: - Professor... O senhor é casado, ou tem uma namorada?

Naquele momento, meu nível de QI não foi alto o suficiente para prever tal pergunta. Eu fiquei surpreendido pela pergunta de Alex, mas é óbvio que eu não precisava responder, contudo... Eu praticamente dei minha palavra que responderia uma última pergunta antes que ele fosse para seu quarto.

- Eu não tive a sorte de encontrar alguém para ocupar esse espaço, mas talvez tenha encontrado outras pessoas com o potencial certo antes de matá-las com minhas próprias mãos! - Eu não disse nada no sentido figurado.

Os olhos de Alex brilharam de satisfação com minha resposta, é como se ele não tivesse ouvido a parte em que matei as pessoas com o nível necessário de potencial para se ter um relacionamento. Então Alex apenas sorriu, acenou para mim e se retirou da sala.

- Droga... Essa não foi a reação que eu esperava dele, mas... Deixa pra lá! - Disse para mim mesmo.

Depois do relatório pronto, fui até a sala dos professores para entregá-lo. Assim que entrei na sala, os outros professores "todos heróis licenciados" pararam imediatamente o que estavam fazendo e fixaram seus olhares em mim.

- Boa tarde, estou aqui para falar com o diretor Still e entregar o meu relatório do primeiro dia de aula! - Disse em alto e bom som.

Um dos outros professores, também conhecido como herói Explosão, disse: - É claro, Caos, mas ele está em reunião por agora, vai ter que sentar e esperar um pouco!

"Droga, me sentar e escutar a conversa de um bando de heróis mauricinhos conversando sobre quem pegou ou não pegou o seu assaltante de bolsas do dia, ninguém merece!"

Assim que eu estava prestes a me sentar, o herói Hammer disse: - Ei, essa cadeira é da Sheeva, aí não, assassino!

Um dos heróis cochichou com outro: - Estou surpreso que ele não matou nenhum daqueles alunos no primeiro dia de aula!

- Tsc, desgraçados... - Disse entre os dentes.

A heroína chamada Star night perguntou: - O que foi que você cochichou aí, assassino?

Após um longo suspiro, eu disse: - Perdão, senhores, mas acho que vocês estão confundindo as coisas aqui. Quero deixar bem claro que só estou aqui dando como professor dando aulas, porque o próprio diretor dessa universidade pediu, eu aceitei em troca de uma vida pacata, simplesmente porque já não vale mais a pena matar as pessoas dessa época. Heróis como vocês, não são nada para mim!

Eu pude ver a raiva inflamar em cada um deles, mas antes que pudessem fazer alguma coisa, o diretor Still os interrompeu dizendo: - Espero que todos nessa sala estejam preparados para morrer!

Na mesma hora os heróis pararam e um deles disse: - Diretor Still, como o senhor pode defender esses maldito assassino, ele está nos insultando!

- Não, eu não estou defendendo ele, o professor Caos não é um simples assassino, ele é um serial killer, e só está aqui porque já cansou de matar. Esse homem já matou tantas pessoas, super humanos ou heróis que não podemos contar, ele conheceu pessoalmente o próprio Jack o estripador, antes do pobre Jack começar a sua carreira, Caos já exercia a sua função! - Disse Still.

Explosão tomando a frente, perguntou: - Diretor Still, o que o senhor quer dizer com isso? O senhor está dizendo que esse assassino tem mais de 200 anos?

- Na verdade, eu tenho 325 anos! - Eu respondi sem nenhum problema.

Todos os heróis na sala se chocaram ao ouvir o que eu havia dito, Still apenas acenou a cabeça e disse: - Esse homem que está diante de vocês, é o responsável pela queda dos heróis na década de 50, foi ele quem aniquilou toda a Força de Elite!

Star night com os olhos arregalados perguntou: - Então foi ele quem matou o... O capitão Platina?

- Super velocidade, punhos de lazer, super regeneração, super força, invulnerabilidade... Ele era quase invencível... Quase! - Eu disse com um sorriso psicopata.

Todos naquela sala de professores, passaram a me olhar diferente, agora ao invés de olhares de desprezo, eu estava recebendo olhares de medo e tensão.

Ainda na sala dos professores, os heróis ali ainda estavam confusos, então o diretor revelou a eles que todas as informações sobre mim são consideradas um segredo nacional, e que não poderia revelar mais nada do que já tinha revelado até o momento. Os poucos que conhecem a minha verdadeira história e o meu nome, são alguns herói de rank S que foram treinados e instruídos a agir quando chegasse o momento, ou seja, eles vão foram treinados para lutar contra mim se caso eu volte a matar como matava antes.

O diretor Still leu todo o meu relatório e ficou surpreso por eu ter punido os alunos logo no primeiro dia de aula.

- Professor Caos, o senhor realmente puniu aqueles alunos obrigando-os a realizar exercícios de flexão? - Perguntou Still dando uma risada.

Precisamente eu respondi: - Sim senhor, eles estavam tirando sarro de um dos colegas com piadas preconceituosas, então eu dei uma amostra para eles que esse tipo de atitude não será tolerada mediante a minha presença!

Os olhos de Still brilharam e ele disse: - Uou, isso é profundo, professor, eu mesmo jamais pensei que o senhor por ser um vilão, se importasse com esse tipo de coisa!

- Bom, atualmente a sociedade está um verdadeiro lixo, eu não sou obrigado a viver no meio dessa porcaria toda, então eu prefiro manter meu ambiente de trabalho limpo, diretor Still! - Eu prefiro ser sempre direto.

Still deu uma espreguiçada e disse: - Muito bem, professor Caos, por hoje já chega, descanse um pouco. Ou, quase me esqueci, seus aposentos vão ficar na quadra G1 junto aos seus alunos, aqui estão as suas chaves, quarto número 21!

Eu tive um tique nervoso na minha mão esquerda e disse: - Espera diretor, então eu vou ter que ficar no campus também? Isso não fazia parte do nosso acordo!

- Me perdoe, professor Caos, eu mesmo fiquei surpreso com isso tudo, eu não sabia que o projeto faculdade para heróis envolvia a aproximação direta dos professores com seus alunos. Em uma faculdade normal isso seria estritamente proibido, mas parece que por ser uma faculdade para heróis, o governo teme um ataque direto aos alunos, então decidiram que o professor de cada turma deve acompanhar todos os seus alunos o tempo inteiro até a conclusão do curso! - Still sorriu com uma cara deslavada.

Após outro tique nervoso na mão esquerda, eu disse: - Você é um canalha, Still!

Still sorriu e perguntou: - Eu aceito que sou, mas... E quanto a esse tique nervoso na mão direita, devo me preocupar?

Eu olhei novamente para Still e o semblante em seu rosto havia mudado, ele estava completamente sério.

Eu olhei para a minha mão esquerda e disse: - Não, não precisa se preocupar, é apenas um tique nervoso comum. Eu não vou lhe causar nenhum tipo de problema!

Still sorriu novamente e disse: - Isso é muito bom de se ouvir, professor, está dispensado!

Depois de sair da sala dos professores, eu fui direto para o meu quarto na quadra G1 do campus, mas antes de entrar, eu escutei alguns estudantes conversando, na verdade eles pareciam agitados e bastante ofegantes. A última vez que escutei alguém conversando com esses sinais, foi logo após um assassinato.

É claro que seja lá o que for que esteja acontecendo, não seria da minha conta, mas eu sou o maldito professor dessas pestes, então eu precisava investigar. Então eu segui as vozes e os barulhos, também ouvi gemidos femininos. Eu poderia ter pensado um monte de bobagens e deixado para lá, mas não, eu continuo sendo a porra do professor.

Atrás do prédio G1, havia um enorme jardim com árvores, flores e todo tipo de planta, e foi em um lugar isolado que eu vi... Alex estava no chão sendo chutado por Jordan Spinner, Yuri Washington e Jhonny Santos.

- Seu maldito vi**o, filho da puta, por sua causa a gente foi punido, porra!!! - Disse Jordan.

Alex se manteve em silêncio com seu rosto no chão, sua boca estava sangrando e o lado esquerdo do seu rosto vermelho, certamente resultado de um soco no rosto. Eu estava prestes a interferir, mas eu vi nos olhos de Alex que ele estava olhando diretamente para mim, eu fiquei surpreso por ele ter me percebido, mas os seus olhos diziam para eu não me intrometer.

- Ei, Jordan, deixa ele cara! - Disse Yuri.

- É, ele já está caído, não vai mais levantar! - Disse Jhonny.

- Porra nenhuma!!! - Ele desferiu outro chute na barriga de Alex.

- Para cara, já chega, estamos indo longe demais! - Disse Yuri entrando na frente de Jordan.

Jordan ofegante e visivelmente alterado disse: - Qual foi, Yuri, vai defender ele? Em? A tá, já entendi, você tá comendo ele não é, tá comendo o vi**dinho?

De repente, Alex se levantou, ajeitou o seu lindo vestido florido, bateu a poeira de seu corpo e disse: - Não, nós não estamos transando, mas ele entendeu que isso que você está fazendo é perigoso, ele também sabe que pode custar a sua carreira como herói!

- Desgraçado! - Jordan estava prestes a desferir outro soco em Alex, mas dessa vez que o impediu foi Jhonny.

- Já chega Jordan, porra, ele tem razão, eu não vou me ferrar por causa de um filho da puta igual a você, é melhor parar agora ou eu é quem vou ser o seu oponente!!! - Disse Jhonny encarando Jordan cara a cara.

- Fodam-se todos vocês!!! - Jordan recua e sai andando.

Yuri e Jhonny olharam para Alex uma última vez e depois se retiraram.

Assim que todos se retiraram, eu caminhei até Alex, apanhei seu chapéu que estava caído no chão, e após tirar a poeira o entreguei em suas mãos.

- Você me deixou intrigado! - Disse olhando nos olhos de Alex.

Alex ajeitou seu lindo cabelo comprido, com um sorriso no rosto, e após pegar o chapéu da minha mão, disse: - Olha só, eu deixei o meu professor intrigado comigo, será que alguém com um QI de 152 pode mesmo ficar intrigado por alguém como eu?

Após um tique nervoso na minha mão esquerda, eu respondi: - Você poderia ter se machucado sério, ou até ter sido assassinada por aqueles idiotas, porque recusou a minha ajuda?

Alex limpou o sangue que escorria de seu lábio macio e levemente inchado devido a pancada e disse: - Porque isso não é o que você faria, você não é um herói, não é professor?

- Você está tentando me provocar, senhorita Alex?

Alex ajeitou seu chapéu de jardinagem na cabeça e após um doce sorriso, ele disse: - Quem sabe, professor?

Após um suspiro, eu disse: - Alex, acabamos de nos conhecer, e eu sei que você fez 18 anos na semana passada, mas acho que você está tentando atravessar um campo minado!

Alex deu um passo na minha direção, me olhou nos olhos e disse: - Então me guie através desse campo, professor. Me mostre o que tem do outro lado?