Bem-Vindos
Espero que aproveitem a leitura.
Leiam em modo noturno os seus olhos agradecem.
Está obra não terá fotos, usem a vossa imaginação, sejam criativos, acredito em vocês😉❣
Boa leitura e não se esqueçam de curtir e comentar, é muito importante para nós autores📚😍
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Sicília, Itália
Vinte anos haviam se passado, vinte longos anos, a família Vitale permanecia no topo. Os negócios corriam bem, por poucas vezes acontecia algum problema, mais nada que tirasse de fato a paz da família.
Os garotos já eram homens formados, lindos e imbatíveis. Beto, Vicente e Ravi eram um trio e tanto, isso era ótimo já que Matteo pensava em se aposentar e talvez mais breve do que o esperado.
Por mais que não gostasse de admitir, ele amava viver perigosamente, estava no seu sangue, o homem dominava qualquer tipo de negócio e treinou os filhos para que se tornassem homens melhores do que ele, e se saiu muito bem.
Não seria uma decisão fácil, abdicar do que amava, mais havia algo, ou melhor, dizer, alguém que ele amava mais, e mesmo que não quisesse, Matteo achava que era o momento certo de aproveitar a esposa. Uma mulher de muito sucesso atualmente.
A galeria dela era bombástica, sempre inovando e buscando estar por dentro da atualidade, e isso funcionava muito bem, o sucesso deixava isso claro. Beatrice Vitale havia conquistado o seu espaço com muito esforço e da forma correta, por mais que o marido ainda fosse o chefe da máfia, ela sabia o valor do seu suor.
Ela estava no seu melhor momento e ainda assim renunciaria a tudo para estar com o seu marido.
Após os últimos acontecimentos envolvendo o Marco, o relacionamento deles mudou, ficou mais forte e sincero, nada de segredos, esse era o trato e seguia firme por todos esses anos. Eles estavam felizes, a chama entre eles nunca se apagava, era como se ainda fossem jovens.
Com o passar dos anos Leonardo, pai de Beatrice, casou-se com a Joana, Pietro por incrível que pareça também, ele casou-se com Loren, filha de um dos seus saldados, ele se encantou assim que a viu e em poucas semanas casaram-se.
Pietro não mudou nada, a criança interior dele estava mais presente do que nunca, já que finalmente ele estava esperando a chegada do seu primeiro filho, anos tentando e para a alegria de todos haviam conseguido, no auge dos seus cinquenta anos e ainda era um crianção.
A vida estava sendo boa com eles, e isso fez eles baixarem a guarda, um erro que eles nunca mais cometeriam novamente.
Anos esperando e agora era a hora, um inimigo aproximava-se, alguém que eles se quer sabiam da existência chegaria para tentar arruinar todo o seu império e deixar um rastro de destruição.
Um pequeno descuido, iria fazer a família Vitale reviver coisas que nunca mais deveriam se repetir, a fúria era inevitável e a nova briga por poder ia começar, mais agora com um trio que ninguém deveria desafiar.
Homens de carne e osso, mais com mentes perversas. Ninguém jamais deveria ter despertado a fúria dos Vitale.
Traição, segredos, amor, sedução, poder e vingança, não existe melhores palavras para descrever o que está por vim.
Se na tua caminhada não bateres de frente com diabo é porque estás caminhando na mesma direção que ele.
São João Maria Vianney
...Beto Vitale...
...Emma Pitale...
...Os Gêmeos Vitale- Vicente e Ravi...
...Amélia Santoro...
...Luiza (Lola)...
Dias atuais
Era uma bela e ensolarada manhã de quarta-feira, parecia só mais um dia normal, assim como todos os outros; Matteo enviou uma mensagem para os seus filhos e a sua adorável esposa, os esperaria no seu restaurante há uma hora da tarde, sem atraso.
As horas daquela manhã passaram rápido, como se mostrasse a urgência daquele encontro, Matteo já os aguardava, Vicente e Ravi foram os primeiros a chegar, Beatrice chegou logo em seguida, Matteo olhou para o relógio e ainda estava no tempo, pediram uma bebida e aguardaram.
Do lado de fora Beto desceu do seu Bugatti e jogou as chaves para o manobrista, que logo a pegou, ele fechou o botão do seu terno e retirou os óculos escuros enquanto caminhava.
Não havia uma só mulher que ele não chamasse atenção, apesar de ser o bastardo da família Vitale, Beto tinha uma presença tão poderosa quanto qualquer outro daquela família ou talvez maior.
Ele entrou no elevador e subiu até a área reservada, e logo avistou a família assim que as portas se abriram, todos já estavam lá, só faltava ele.
— Boa tarde família. — Disse Beto, indo até a sua mãe lhe dando um beijo na bochecha.
Ele puxou a cadeira e acomodou-se, o garçom sabia exatamente qual bebida ele ia pedir, já que sempre era a mesma que o seu pai, apesar de não ser filho de sangue, ele era mais parecido com o Matteo do que os outros filhos.
Beto agradeceu a bebida e voltou a atenção para o seu pai que parecia estar mais focado no seu telefone do que neles naquele momento.
— Então? Por que nos chamou aqui? Do que se trata esse encontro? — Perguntou Beto dando um pequeno gole na sua bebida.
— Não seja grosseiro, o nosso pai deve está com saudade. — Ravi disparou e "todos" da mesa riram.
Matteo respirou fundo, deu um gole na sua bebida, ainda com um sorriso, ele colocou o copo na mesa e olhou para os três filhos a sua frente.
— Decidi me aposentar. — Ele falou sem rodeios, direto e reto como sempre.
— O quê? Mais por quê? — Vicente perguntou
— A idade chega para todos, irmão. — Ravi falou sorrindo e arrancando gargalhada da família mais uma vez.
— É melhor calar essa boca. — Matteo disse balançando a cabeça negativamente, ainda sorrindo com a fala do filho.
— Brincadeira, mais por que isso agora pai? O senhor está super em forma ainda. — Perguntou Ravi
— Quero aproveitar um pouco a minha vida, pretendemos viajar, não há nenhuma ameaça há anos, só pequenos acontecimentos que vocês já provaram que podem resolver. — Respondeu Matteo segurando a mão da sua esposa.
— E para aonde vocês vão? — Perguntou Vicente.
— Estamos decidindo ainda aonde vai ser a nossa primeira parada. — Beatrice respondeu
— E você? Não vai falar nada? — Perguntou Matteo para Beto que estava um tanto calado.
— Não, á decisão é de vocês, não cabe a mim dar palpites, se vocês estiverem felizes, bom, eu também estou. — Respondeu Beto. — Só nos avisem onde estarão, não sumam. — Ele completou.
Beatrice deu um sorriso meigo para Beto, como se dissesse "obrigado" pelo seu apoio.
— Isso também quer dizer que passará a sua coroa para um de nós? — Vicente perguntou se dando conta do peso que isso seria.
— Não ouse passar para mim pai, sabe que eu tenho planos e isso não inclui ser o chefe. — Ravi disse sério
— Ainda com essa ideia Ravi? A família vem em primeiro lugar. — Vicente disse irritado.
— Não vou prescindir dos meus sonhos. Estou esperando uma resposta sua, pai, o senhor quer sair e viajar? Eu também quero. Eu sei que sou bom quando se trata da máfia, mais eu quero mesmo ir para Londres, estudar artes, eu sei que também sou bom nisso. — Ravi disse com o seu semblante sério.
Ravi havia herdado o amor pela arte da sua mãe, havia vários quadros dele na galeria de Beatrice, ele queria sair e explorar o mundo, mais apesar de todo o talento ele ficou e esperou o consentimento do pai, não queria ser um foragido da própria família, e ir para Londres parecia um sonho cada vez mais distante.
— Não viemos aqui para discutir esse assunto, não é o momento, nem o horário. — Respondeu Matteo
— Ok, nunca é! — Ravi disse encarando o pai.
— Ravi, agora não. — Beto disse e Ravi encostou as costas na cadeira, cruzando os braços.
— Eu entendo, me desculpe pai. — Ravi murmurou.
— Pai, queria nos comunicar a sua aposentadoria, ok! Tem mais alguma coisa? —Beto perguntou
— Sim, como o Vicente disse, vou passar o cargo para frente.
— E? Vamos diga alguma coisa. — Disse Vicente impaciente
— Conversei com o conselho, quis deixá-los cientes antes de vocês, já que sou eu quem decido e somente eu, mais ninguém e ponto. — Matteo dizia olhando para os filhos
— Vamos Matteo pare de rodeios. — Disse Beatrice
— Será você. Beto! — Disse Matteo olhando nos olhos do filho que não desviou o olhar do dele um só segundo.
— Isso já era óbvio. — Disse Vicente feliz. — Parabéns, irmão. — Completou ele, levantando-se e indo abraçar o irmão e Ravi fez o mesmo.
— Por que eu? Sabe que não aceitarão isso de bom grado, não sabe? — Questionou Beto
— Você nunca fugiu de uma luta, não vai fugir agora vai? — Matteo perguntou dando um gole na sua bebida.
— Hoje nós vamos comemorar, do jeito certo. — Vicente falava sorrindo.
— Me poupe dos detalhes, por favor! Vamos pedir, estou faminta. — Beatrice disse e Matteo chama o garçom no mesmo instante.
Eles comeram e conversavam felizes. As horas sempre passavam rápido quando eles se reuniam.
— Preciso ir. — Disse Beto, levantando-se.
— E nós vamos com você! — Vicente disse gesticulando para ele e Ravi.
— Mais já? Por quê? — Beatrice perguntava enquanto os filhos beijavam o seu rosto em despedida
— Mamãe, a senhora pediu para lhe poupar os detalhes. — Ravi disse sorrindo, ele era o mais divertido dos três irmãos.
— Ok, ok; É melhor irem mesmo, amo vocês e juízo. — Beatrice disse
— Também amamos. — Os três disseram como um coro.
Então saíram, deixando Matteo e Beatrice aproveitar a companhia um do outro, afinal, os três já tinham um destino; O manobrista trouxe o carro de Beto e eles entraram.
— Para onde? — Perguntou Beto, já sabendo o que eles falariam.
— Para a boate motorista. — Os dois disseram no mesmo instante, chegava a ser bizarro o tanto que eles eram parecidos.
Eles sorriram e Beto acelera pelas ruas da Sicília.
Eles chegaram na boate e o lugar estava a todo vapor, isso que ainda eram cinco da tarde.
— Eu moraria aqui se pudesse. — Vicente disse com um sorriso descarado no rosto.
— A boate é nossa, seu otário, não precisa morar aqui, é só você vim quando quiser e isso você já faz. — Disse Ravi dando um tapinha no ombro do irmão.
— Tenho umas coisas para resolver, vão indo lá, divirtam-se. — Disse Beto, já indo para escritório.
— Ei calma aí! — Ravi disse puxando o irmão pelo braço.
— Hoje não, vamos comemorar essa noite. — Completou Vicente
— Tenho algumas pendências para resolver, logo mais me junto a vocês, não vai demorar. — Beto disse e saiu para o seu escritório.
Ele entrou, fechou a porta e respirou fundo, não podia deixar transparecer o seu nervosismo, não podia decepcionar o seu pai de forma alguma, agora mais que nunca, Matteo jamais fez diferença entre eles. Beto era o seu filho e pronto e ele era grato por isso.
Beatrice e Matteo criaram Beto para se tornar um deles, fosse no comando ou não, no início, Beatrice não quis, qual mãe queria isso para os filhos, mais ela entendia o perigo que eles estariam correndo se não soubessem se defender, então não lhe restava outra escolha.
E de fato eles não tinham mesmo escolha, pois quando Beto completou dez anos, ele quem colocou os pais contra a parede, apesar da inocência na época que a sua irmã foi morta, com o passar do tempo ele sabia que precisava aprender se defender.
Mesmo que não recordasse de muito, ele guardava consigo uma foto da irmã, que achou entre as coisas dela, era a única coisa que lhe restou, a única lembrança.
Após aquele dia, Matteo começou a treiná-lo pessoalmente. Beto se esforçava para aprender tudo rapidamente e os comentários que o garoto ouvia sobre ele, mesmo que sem querer, o tornou mais esforçado e implacável, ele seria o melhor, e ele era.
Matteo era um pai orgulhoso, e Beto se tornar o novo chefe deixava isso claro, seria geralmente o primogênito a tomar o seu lugar e mesmo que Beto não tivesse o seu sangue, ele era o seu primogênito, seu primeiro filho.
Beto sentou-se e começou a dar uma olhada na papelada, carregamentos chegavam e saiam, não era nenhuma surpresa que Matteo o escolheria, já que Beto sempre ficou a frente de muitos negócios, ele era o melhor, os irmãos também eram bons, mas ainda faltava maturidade.
Uma batida na porta o fez tirar os olhos dos papéis a sua frente.
— Entre.
Um homem entrou e ficou em silêncio, parecia com medo de falar.
— Ainda não aprendi a ler mentes, o que você quer? — Beto perguntou voltando a atenção para os papéis
— Senhor, temos um problema. — Disse o homem com a voz trêmula.
— Desembuche de uma vez.
— Uma das garotas, acho que ela usou demais e esta desacordada.
— Mais de que droga você está falando? Onde está a Ester? É ela quem cuida disso, não eu. — Beto disse impaciente.
— Não há encontro em lugar nenhum. — O homem completou
— Onde está a garota? Me leve até lá. — Disse Beto impaciente levantando-se da cadeira.
Ele pegou algo na sua gaveta, e o homem o levou até onde a garota estava, havia outras lá em volta dela.
— Ela não está respirando! — Uma das meninas disse.
— Saiam da frente. — Beto disse e todas se afastaram.
Ele ajoelhou-se e checou o pulso, ela realmente não respirava, ele começou com a fazer massagem cardíaca e em alguns segundos, ela voltou a respirar, ele a colocou de lado e injetou naloxona, no mesmo instante Ester apareceu.
— Senhor, o que faz aqui? — Disse ela arrumando a postura.
Beto levantou-se e olhou para as meninas a sua frente.
— Se isso aqui acontecer novamente, mandarei os meus homens descartar o corpo de quem for em qualquer lixeira, se querem usar as merdas de vocês, usem fora daqui, fui claro? — Beto falou sério e nenhuma ousou olhar para ele.
— Sim senhor! — As garotas responderam de cabeça baixa.
Beto caminhou até Ester e ela ficou imóvel.
— Se quer continuar aqui, sugiro que faça o seu trabalho direito, se isso acontecer novamente você esta na rua. — Ele disse e saiu de lá.
Ester era a chefe das garotas, ela quem escolhia e designava elas para onde deveriam ir, a boate pagava bem, e as garotas não eram obrigadas a absolutamente nada, seja lá o que fizessem, era por vontade própria, Ester só precisava saber o que cada uma estava disposta a fazer e a colocava no lugar correto.
— Vamos a levantem desse chão. Vou ligar para o médico. — Disse Ester irritada, ela não ia perder o trabalho por causa de uma única garota.
Beto retornou para o seu escritório e guardou os papéis, chega de trabalho por hoje.
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