Como Desvendar um Assassinato
O início
Emma Hayes
Eu me chamo Emma Hayes, melhor amiga de Jully Lewis, e tenho provas de que ela não cometeu suicídio.
Disse firme, com toda a certeza do que dizia, e para sua surpresa o detetive não a chamou de louca como os outros ou esfregou na sua cara as evidências de suicídio.
Marcellus Mendes
Certo, mas se ela não cometeu suicídio, quem a matou?
Emma Hayes
Jully sempre contou tudo para mim e graças a isso eu consegui ligar os pontos.
Um mês antes do seu aniversário, Jully notou que os seus pais estavam diferentes, eles estavam extremamente empolgados com a chegada do seu aniversário, ela logo estranhou isso, pois eles nunca ficaram tão animados com um aniversário seu dessa maneira. Com a empolgação deles, eles estavam abertos para ela, estavam mais presentes. Jully então decidiu contar-lhes que ela gostava de uma pessoa, o nosso colega de classe Damian Hoper, quando ela contou para eles, bom eles não reagiram muito bem eles ficaram muito irritados com isso e a proibiram de chegar perto dele, até mesmo ameaçaram expulsar ela de casa. A Jully ficou extremamente triste, afinal ela gostava muito dele a um tempo, Damian era um rapaz muito doce, educado e vinha de família boa não tinha motivo para eles o odiarem o mesmo.
Jully ficou muito irritada pela reação dos dois, por esse motivo ela acabou transformando a raiva em coragem.
Emma Hayes
Dois dias depois, Jully foi falar com ele, eles passaram a se falar diariamente até trocaram número.
Emma Hayes
E três dias depois tivemos o primeiro assassinato. Também tenho certeza de que foram eles que mataram o Damian, mas não tenho provas.
A Jully ficou arrasada, ela já não falava mais, apenas chorava e os pais dela? Estavam radiantes, não tinham palavras para expressar a sua alegria. Jully percebeu isso e achou muito estranho, "Afinal uma pessoa acabara de morrer como eles poderiam estar tão felizes assim? ", então decidida a saber o porquê dessa felicidade toda, ela contou-me que na noite de aniversário de casamento dos dois eles iriam jantar fora, enquanto eles estavam no seu jantar romântico a Jully encontrou a chave do quarto proibido.
Marcellus Mendes
Quarto proibido? que quarto era esse?
Emma Hayes
É o quarto que dês do primeiro dia em que a Jully foi morar com eles, sempre lhe foi dito para não entrar nesse quarto ela nunca tinha entrado lá até esse dia, ela entrou e dês de então ela nunca mais foi a mesma.
A Jully ficou estranha, não falava mais comigo, ela se afastou de tudo e todos nem mesmo trocava uma só palavra comigo, ela passou a me ignorar completamente.
Depois de quatro dias eu consegui falar com ela ou pelo menos tentar.
Dor
Naquele dia chuvoso eu consegui falar com ela.
Eu a segurei firme pelo braço e a levei em direção a um beco que tinha perto dali.
Emma Hayes
O que aconteceu com você? Porque está assim? O que tinha naquele quarto?
Ela começou a chorar descontroladamente e junto das suas lágrimas gotas de chuva caíram do céu e em meio a isso ela gaguejava numa tentativa falha de contar-me algo.
A puxei para um abraço e esperei pacientemente que ela falasse.
Jully Lewis
E-ele estava lá...
Emma Hayes
Certo certo, mas de quem você está falando?
Rodrigo Lewis
Jully ...o que você está fazendo com a minha filha? Saia daqui não vê que já a machucou o suficiente?
Emma Hayes
Eu a machuquei? Quando? Eu nunca fiz e nem faria isso!
Ele chamou-a e ela foi sem titubear, aparentemente, mas eu vi nos seus olhos que estava com receio ou talvez medo.
Naquela noite eu não dormi, a minha mente não parava de pensar nas suas palavras "E-ele estava lá… ", A sua voz abatida e amedrontada não parava de ecoar na minha cabeça depois de muito tempo eu apaguei e dormi com aquilo na cabeça.
Com isso o meu cérebro entrou no processo de sono REM.
Jully pega a chave do quarto proibido na gaveta ao lado da cama dos dois e logo começou a se direcionar para uma porta preta a cada passo que ela dava de aproximação um cheiro forte de podre invadia as suas narinas quando ela chegou em frente a porta o cheiro era quase insuportável.
Logo ela destrancou a porta e quando abriu o lugar se encontrava totalmente escuro, imediatamente ela acendeu a lâmpada e deparou-se com o chão alagado por sangue no local havia facas, armas, tesouras dentre outras coisas no local e também tinha uma prateleira nela havia muitos potes. Consegui imaginar o que tinha nesses potes? Dentro deles tinha olhos humanos.
Ela aproximou-se devagar com certa dificuldade para poder ler o nome que tinha em um dos potes que continha um par de olhos verdes-claro, o nome que estava virado para trás então ela virou o pote devagar até o que estava escrito poder ser visto com clareza e lá estava escrito "DAMIAN HOPER".
Ellen Hayes
O que foi Emma? Aconteceu algo?
Olhei para minha mãe assustada sem entender o que aconteceu.
Emma Hayes
Não foi nad- aí
Ellen Hayes
O que houve? não está se sentindo bem?
Emma Hayes
A minha cabeça dói, tive um pesadelo horrível.
Ellen Hayes
Acha que pode ir para escola?
Emma Hayes
Acredito que não vou poder ir, eu vou ficar em casa tudo bem?
Ellen Hayes
Claro, vamos tomar café.
Me arrumei ainda pensando no sonho, tomei o meu café da manhã depois de um tempo, decidi que iria à casa dela. Quando cheguei, bati na porta e para minha surpresa quem me atendeu foi ela a minha melhor amiga até aquele momento.
Emma Hayes
Oi, está tudo bem? Como você está?
Perguntei-lhe muito preocupada com a mesma.
Jully Lewis
Não, enquanto você tentar falar comigo nunca vai estar tudo bem.
Abri os olhos surpresa com o que ela me disse.
Emma Hayes
O quê? Porque o que aconteceu?
Jully Lewis
Vou te falar apenas uma vez e espero que você entenda. Nunca mais fale comigo! eu não pretendo continuar sendo sua amiga, não quero mais a sua amizade, quero você bem longe de mim, Entendeu?
Quase sem voz eu respondi.
Nesse dia eu senti a dor de perder uma amizade, Depois desse dia eu só a vi de perto uma única vez.
Verdade
Três semanas passaram-se desde daquele dia.
A Jully nunca mais foi vista, não ia para a escola, não saia de casa por nada, as pessoas claro estranharam uma moça tão ativa que sempre estava passeando de repente não sair mais.
Emma Hayes
Acho que eu era a única pessoa que sabia mais ou menos como ela estava.
Marcellus Mendes
Ok, mas como você sabia disso, se ela não sai de casa?
Emma Hayes
Porque após dois dias sem ela sair eu passei a vigiar a casa, durante esse tempo de vez enquanto ela aparecia na janela por dois minutos e depois sumia novamente. Quando deixava de vigiar a casa para voltar para a minha, eu saia com muita angústia como se ao me afastar, ela fosse morrer.
No dia seguinte, enquanto estava na escola, eu fui chamada na diretoria.
Coordenadora
Emma Hayes por favor dirija-se à sala do diretor.
A coordenadora me chamou e logo estranhei, afinal eu nunca havia sido chamada na sala do diretor quando cheguei, recebi a pior notícia que poderia ter me dado.
Emma Hayes
Bom dia diretor.
Diretor
Tenho uma notícia para lhe dar.
Emma Hayes
Do que se trata? Aconteceu algo com os meus pais?
Diretor
Não, não, os seus pais estão bem.
Emma Hayes
Que bom então do que se trata?
Diretor
Não sei como dizer isso de uma forma mais calma, então vou direto ao ponto.
Diretor
Próximo a sua casa foi encontrado um corpo.
O diretor me explicou a situação direito e logo depois me liberou.
Peguei as minhas coisas e fui para minha casa encontrar meus pais que me esperavam em frente a nossa casa. Antes mesmo de chegar pude observar o alvoroço e por algum motivo meu coração paupitava, o que me trazia uma sensação quase que de medo, era um sentimento que não conseguia decifrar.
O corpo estava deitado no chão, amarrado no terceiro andar tinha uma corda, me aproximei um pouco mais e pude ver que o pescoço do corpo estava roxo nos pulsos, tinha cortes um pouco profundos, até então eu não pude ver o rosto do corpo que estava ali e quando vi não demorou muito até às lágrimas começarem a sair descontroladamente.
A pessoa morta ali na minha frente era minha amiga.
Eu e os meus pais mudamos para outro bairro com uma distância considerável da antiga casa. Talvez você esteja pensando"A mais se é longe como você conseguiu descobrir alguma coisa?" Bem toda a noite às oito da noite quando os meus pais iam se deitar eu saia pela janela e ia para a casa da Jully, e foi assim que eu descobri a verdade.
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