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Nas Garras do Mafioso

Sinopse

Este é um romance Dark contemporâneo, nada tradicional. Ele contém assuntos polêmicos, incluindo temas de consentimento questionável, agressão física e verbal, linguagem imprópria e conteúdo sexual gráfico. Esta é uma obra de ficção destinada a maiores de 18 anos. A autora não apoia e nem tolera esse tipo de comportamento. Recomendo que não leia se não se sente confortável com isso. Se você quer um príncipe encantado, essa leitura não é para você.

Verenna após ser usada como parte de um acordo entre dois clãs, foi treinada toda a vida para servir a um único homem, seu futuro marido. Aos treze anos descobre que foi prometida ao Don da Cosa Nostra. Tommaso vachiano.

Tommaso vachiano é um dos Dons mais temidos. Chefe sarcástico, sem meias palavras, ninguém consegue parar o homem. Ele sempre desejou firmar uma aliança com a In Ergänzung o maior clã da máfia suíça. E obtém isso através de um jogo sujo. Se aproveitando de um momento de fragilidade do Don da máfia Suíça, Andres, o convence a selar o casamento de Verenna, com ele. Dois clãs de poder... Pessoas influentes. Em um mundo onde o machismo reina, uma mulher de coração bondoso entra para a família italiana. O casamento sela a união de dois clãs, algo que tem tudo para se tornar um tormento na vida da doce e amável Verenna. Um homem atormentado por um passado obscuro, onde foi forjado na dor, no ódio, prestes a descobrir que na sua vida só precisa de uma luz no fim do túnel. Verenna será capaz de tocar o coração de Tommaso? Mas afinal, ele tem coração?

Verenna será o suficiente para salvar Tommaso de um mundo obscuro?

Chegou o tão pedido, vai ser uma leitura rápida, e gostosa de ler, espero muito que entrem de cabeça, deixem de lado certos princípios. E reforçando, essa história não tem príncipe encarando.

Prólogo

Tento segurar o sorriso em meus lábios, devo mostrar minha serenidade, assim como foi ensinado no internato. Sei que essa chamada repentina do meu irmão tem algo a ver com meu futuro, suas feições entregam o que está acontecendo. Meu futuro marido foi escolhido. Sabia que este dia chegaria e espero que meu irmão não tenha tomado nenhuma atitude imprudente. Minha última esperança está em Sofie, minha cunhada, ela é quem consegue colocar um pingo de juízo na cabeça de Andres, Don da In Ergänzung. Como já suspeitava, Sofie e Klaus confirmaram as minhas dúvidas.

Estou prometida a um homem que não conheço, mas sei da sua fama. Tommaso, Don da Cosa Nostra, máfia italiana ou siciliana, não sei como se nomeiam. Deixo a música eembalar os meusouvidos, meus dedos tocam as notas mais suaves do piano, quando sei que conversam sobre meu futuro. Ele está aqui, sua presença é quase palpável. Meu corpo está tenso desde o momento que ele passou pela porta. De longe o vi, mas não consegui prestar muita atenção nele.

— Verenna.

Escuto a voz grave do meu irmão mais velho me chamar. Fecho o piano, me levanto passando a mão em meu vestido, desço o degrau que divide uma parte da sala e me aproximo dos sofás. Estou curiosa e quero observar o homem, mas não posso. A voz da supervisora berra em meus ouvidos, dizendo que não posso olhar um homem em seus olhos. Vou em direção a Sofie que faz sinal para me aproximar, me sento ao seu lado e sinto sua mão ao redor do meu corpo.

— Então quer dizer que escondia uma preciosidade, hein, Zornickel?... A voz do homem exala poder, assim como a do meu irmão, a qual já estou acostumada.

— Quais são suas objeções? A união pode se concretizar quando ela completar dezoito anos?

Engulo em seco sentindo meu corpo ficar tenso. Os olhos de Tommaso não saem de mim, tento desviar o olhar, mas me sinto impotente diante de tamanha intensidade. É servido algum líquido aos homens que julgo ser whisky.

— Prefiro dezenove anos — minha cunhada diz altiva. — Ela ficará no internato até seus dezoito anos, dê um ano de liberdade a ela... Sofie tenta a todo custo facilitar minha situação.

— Agora sua esposa fala por você, Andres? — Tommaso zomba do meu irmão.

— Quando o assunto é minha irmã, dei a minha esposa o alvará da situação — Andres não deixa por menos, retrucando o homem.

— Dezenove anos — Tommaso diz pensativo enquanto sua mão coça o queixo. — Um ano depois do que imaginava, mas tudo bem. Ela está com quantos anos agora?

— Treze — respondo sem pensar.

— Ela fala, pensei que seria submissa o suficiente já que não falou nada diante do meu olhar.

Submissa? Uma palavra que está martelando na minha mente, escuto isso quase todo dia no internato. "Verenna, precisa desviar o olhar." "Verenna, não deixe seu marido irritado." "Verenna, precisa fazer todas as vontades do seu marido." "Verenna, você é uma Zornickel, irmã de um Don, precisa ser o exemplo para sua família." "Verenna, você é símbolo de fragilidade, uma mulher precisa ser doce." Essas frases ficam gritando na minha mente. Como ser tudo isso? Por que preciso me calar perante um homem? Me perco na conversa deles enquanto estou entre meus conflitos internos. Sempre me senti sozinha, desde criança cresci naquele internato e me obrigaram a crescer antes do previsto. Sei que meu irmão se importa comigo, mas é nítido o quanto ele se mantém distante. Não o julgo, nossa mãe morreu ao me dar à luz, a morte dela foi minha culpa. Andres me culpa. Os Zornickels já foi uma família quebrada que aos poucos está juntando seus cacos. E onde me encaixo nisso tudo? Acho que não sou uma peça deste quebra-cabeça. Arregalo os olhos ao ver Tommaso se levantar, o homem é mais alto do que pensava. Ele e Sofie estão em uma discussão acalorada e percebo que estão falando sobre virgindade. Mas que diabos é isso? Não chegamos nesse assunto na escola, preciso perguntar para minha professora ou pesquisar na internet sobre essa palavra.

— Okay, posso conversar com ela a sós?

Tommaso quer conversar comigo a sós? Por quê? Fico olhando para a mão estendida, fecho as minhas em punho e espero a autorização do meu irmão.

— Sem contato físico, caso contrário, pode se considerar um homem morto — Andres diz. Tommaso recolhe sua mão, guarda em seu bolso e agradeço mentalmente. Não quero contato com esse homem. Ele pode até ser bonito, ao menos não é velho igual ao homem que foi prometido à minha colega de escola, mas sei da sua crueldade. Os boatos sobre ele dentro das paredes do internato são os piores possíveis. Levanto do sofá, solto o ar dos meus pulmões e sigo ao lado do homem. Seu tamanho é quase o dobro do meu e seu cheiro invade meu nariz. Inalo sentindo o aroma de tabaco, natural entre os homens da máfia, mas o que me chama a atenção é seu perfume. Nunca senti este cheiro antes e é incrivelmente agradável, algo para ficar gravado na memória. Passamos pela porta e observo o gramado que está úmido devido a neve que está secando enquanto o rio que corta os fundos da casa faz seu barulho incessante.

— Aquele é o rio que sua cunhada usou para fugir do seu irmão? — Tommaso pergunta atraindo minha atenção.

— Sim. — Não falo muito sobre o assunto, pois entendo todos os motivos da minha cunhada para querer fugir de Andres. — Corajosa. Ela ter saído viva foi um milagre, essas águas devem ser congelantes. Assinto sem emitir qualquer palavra, não tenho assunto com ele. Ergo minha cabeça e o observo olhar em volta, como se estivesse procurando por algum homem do meu irmão. Tommaso para de andar e faço o mesmo, ficando diante dele.

— Não sou como seu irmão, saiba que esse casamento é pelo bem dos dois clãs. Preciso da In Ergänzung ao meu lado. Em hipótese alguma, pense que será como sua cunhada, Sofie, se algum dia me desafiar como ela faz, saiba que ficará um mês sem dormir de tanto que irá apanhar.

Arregalo os olhos e não falo nada. Quero fugir de perto dele, esse homem me causa medo apesar das suas lindas feições. Tommaso segura meu braço de um modo que ninguém possa perceber e sinto o frio gelado batendo em meu corpo, me fazendo ter vontade de berrar.

— Calada! Agora me escuta com atenção, não sou um príncipe e odeio que me desobedeçam. Se no dia do nosso casamento descobrir que se deitou com outro, prepare-se para sofrer o resto da sua vida, te jogarei aos porcos. — Tento puxar meu braço, pois seu aperto está me causando dor.

— Não tem como descobrir isso — digo com a voz falha. — Tão jovem e tão burra. Tem sim, gracinha. — Abaixa seu rosto ficando próximo ao meu. — Mantenha-se intacta, se souber que alguém encostou no que é meu, matarei o homem e você sofrerá... Seu hálito bate em meu rosto, endireito meu corpo, ele solta meu braço e aliso onde antes apertava. — Acho que falei tudo o que queria. Sua pele é tão branca que fico imaginando tudo que farei com você quando for maior de idade.

Tommaso tenta encostar seus dedos em meu rosto e me afasto do seu contato. Um soldado da In Ergänzung percebe meu gesto e vem imediatamente na minha direção. Como poderei me casar com esse monstro?

Capítulo Um

Cinco anos depois, um ano antes do casamento...

Me debruço no balcão pedindo outra dose de gin. Finalmente a liberdade que sempre desejei, mesmo sendo provisória. Estar sozinha na grande Las Vegas é tudo que sempre quis. Muitos cassinos, boates, pensei até na hipótese de me casar com algum desconhecido, apenas para provocar meu futuro marido. Isso até me lembrar que ele pode fazer mal ao pobre coitado. Estou tão dispersa girando o canudo no copo que nem percebo quando alguém se senta ao meu lado. Ergo o olhar observando o lindo homem, lindo até demais.

— Sozinha? Percebo que seu sotaque inglês é tão carregado quanto o meu.

— Sim, estou e você? — Dou meu melhor sorriso. — Estou com alguns amigos, perdidos por aí. — Olha em volta como se tivesse perdido os amigos. — Essas casas noturnas são grandes demais, não acha?

— Sim, são. — Coloco meus lábios no canudo e sugo o líquido.

— Qual é o seu nome?

— Verenna, só Verenna.... O lindo homem abre um sorriso em seu lábio, aproxima seu rosto do meu e dá um beijo na minha bochecha.

— Prazer, princesa, me chamo Khalil. Bom, como você mesmo disse, só Khalil — sussurra próximo ao meu ouvido me fazendo arrepiar. Será que ele será o primeiro homem que beijarei? Tão sexy e sedutor... Deixo escapar um suspiro.

— Me desculpa a indiscrição, mas de qual lugar você é? — pergunto, vendo-o apoiar a mão no balcão do bar, se levantando e se aproximando.

— Sou de um dos Emirados Árabes Unidos... Deixa sua perna roçar na minha, fazendo uma sensação gostosa se apossar de mim.

— Tipo um sheik? — pergunto embriagada.

— Sou um sheik, meu irmão é emir de Agu Dhami. — Segura meu queixo.

— Uau! — Deixo escapar um sorriso quando vejo que aproxima seus lábios dos meus. Ele vai me beijar... Ai, meu Deus, ele vai me beijar. Meu primeiro beijo será com um árabe. Por Deus, que loucura! Seus lábios tocam os meus e me deixo levar pelo misto de emoções. Abro a boca, deixando sua língua invadir a minha. Não sei o que fazer, apenas me deixo me levar. Um suspiro escapa por meus lábios quando sinto sua mão apertar minha nuca. Pendo meu rosto para trás, sentindo seus lábios descerem por meu pescoço.

— Sua pele parece seda, é lisa, cheirosa e gostosa… — Sua voz está rouca. Estou me deixando levar pela emoção, sem pensar nas consequências. Khalil segura minha mão e me faz levantar. Assim que estou de pé, percebo que ele é mais alto que eu, um fato que não é muito difícil de acontecer.

— Aonde vamos? — pergunto não querendo transparecer inocência.

— Podemos continuar no meu quarto? — Me puxa pela cintura.

— Não, não podemos. Sinto muito.

— Tem namorado? — Arqueia a sobrancelha.

— Não tecnicamente.

— Então isso é um meio sim?... Faço que sim querendo cavar um buraco e me esconder. Maldito, Tommaso!

— Ótimo, assim não terei problemas futuramente. — Abaixa seus lábios tocando os meus. Iniciamos um beijo lento, suave e gostoso, tanto que posso sentir minhas pernas bambas quando ele para.

— Não vê problema quanto a isso? — Franzo minha testa.

— Não… — Dá de ombros.

— Não podemos fazer sexo. — Sou direta sentindo minhas bochechas corarem.

— Tudo bem, podemos ir até a boate, dançar bastante e beijar muito. Adoro beijar. — Pisca um olho sedutor. Isso é ótimo! Vou poder trocar muitos beijos, aproveitar minha estadia em Las Vegas e ainda ter um homem gato ao meu lado. Será que consigo um desses em cada canto que for? Já que não posso perder minha virgindade, aproveitarei para beijar muitas bocas e curtir intensamente este ano. Isso até o grande dia da minha sentença, quando me casarei com o maldito Don da Cosa Nostra.

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