É engraçado como a vida da gente dá voltas como um looping, num minuto está bem, de repente tudo muda, e passa a ficar mau, e quando pensa que não poderia ficar pior vejo que sou surpreendida, e as coisas ficaram bem piores, e quando vem a ideia em desistir e surpreendida com uma reviravolta totalmente inusitada e um flash de luz surge e não é nem do fim de um túnel pois acredito que estava num lugar bem pior.
Contarei para vocês como minha vida muda drasticamente e me tornarei quem sou eu hoje.
Prólogo
O que sinto por ela começa a mudar o que antes foi sexual de repente muda e se torna algo mais profundo e mais forte. Estou sentindo de novo. E não sei se devo me permitir. Ela não pertence a mim. Ela é proibida mas é mais forte do que eu. E se ele a quiser vai ter que merecer e teremos que lutar, não a tirarei dele sem que ele saiba. Aquele moleque ingrato e egoísta não merece ela.
Mas...
Não sei se importo se ele ficará arrasado ou me chamaria de traidor e definitivo. A tomarei para mim.
Determinado nem entro no meu quarto e dou a meia volta em direção ao quarto dela.
Sem permissão abri sua porta ela estava de costas olhando pela sacada, seus cabelos ao vento balançando numa dança sensual em seus ombros nu.
Ela se vira e seu olhar desvia dos meus, ela sente o mesmo posso sentir.
“O que faz aqui?”
“Deixe-me tê-la, fazer minha!”
“Eu não quero colocar você em perigo”
“Eu sou o perigo. E a única coisa que me assusta e ficar sem você”
“Se ele descobrir…”
“Shi” me aproximo dela, repouso meu indicador sobre seus lábios macios.
“Se ele não aceitar ele que lute”
“Você não pode ele e seu…”
Lhe puxei pela nuca trazendo sua boca até a minha, com outra mão seguro forte sua cintura de encontro ao meu corpo.
Fecho os olhos quando sinto que ela se rendeu, consentindo o beijo se entregando. Minha mão na cintura sobe revelando o zíper que abro sem exitar, e a mão da nuca desce pelos seus ombros desfazendo a alça do seu vestido. A despindo, nosso beijo esquenta, nossas línguas se enrolam, nossos lábios se envolvem num ritmo de dança.
“annn!” Ela geme entre nossas bocas, suas mãos agora percorrem meu corpo em um desespero para tirar minha roupa. Me afasto um pouco desgrudando nossos lábios, seu vestido cai em seus pés no chão envolvendo suas sandálias de salto. Eu corro os dedos pelo seu braço ao redor da sua clavícula e desce até seu seio esquerdo, pausando brevemente para admirar seus mamilos lindos, únicos e meus, ela respira fundo, acaricio com meu polegar. Ela foca suas mãos nos botões da minha camisa.
Tiro meu blazer e inicio a retirada dos restos dos botões da camisa. Ela vem me ajudar e nossas bocas se encontram novamente…
“Cristal?” um berro e ouvido do outro lado da porta. Ela me empurra assustada.
Me viro em direção a porta esperando ele entrar ficando na frente dela a protegendo. A maçaneta gira.
“Não quero que morra por favor se esconda”
“Não sou covarde!” sinto suas mãos no meu ombro, seu choro abafado. Ela está com medo. Mas eu não estou, e hora de enfrentá-lo.
“Por favor!” Ela pede.
E a porta abre revelando a silhueta
Capítulo 1
Umas semanas antes
E engraçado como a vida muda num piscar de olhos.
Depois de tanto procurar um emprego na minha área e não conseguir, não tive escolha e para continuar pagando meus estudos e o pagamento do tratamento do meu irmão fui obrigada a aceitar trabalhar de garçonete numa boate de striptease. Hoje, exatamente quarta-feira à noite, às sete horas, seria meu primeiro dia. Eu cheguei pontualmente em frente ao endereço assustada, de dia não parecia tão assustador assim.
Meu celular vibra na bolsa, o pego tentando imaginar quem seja, afinal não tenho amigos, não me permite ter, situação complicada lá em casa. E abri o WhatsApp: era uma mensagem de meu padrasto
^^^‘obrigado por ajudar aqui em casa.^^^
^^^Você não há de se arrepender. Logo estaremos bem'^^^
Respirei fundo. Eu não deveria mesmo e em ajudar em casa. Ele que deveria sustentar minha mãe e ajudar meu irmão, que é filho dele, mas vivia gastando nos bares e nunca levava dinheiro para casa. E o que ele queria que eu fizesse deixasse minha mãe morrer de fome já que ele não a deixava trabalhar?
Agora como nunca tomei coragem ao lembrar pelo que estava passando e acelero o passo, estou determinada pensando em como afugentar homens nojentos quando viesse mais tarde com malícia por cima de mim.
Só preciso de mais dois anos para me formar e conseguir o estágio na melhor Empresa de energia eólica do Brasil a Air Exo Brasil, meus anos de dedicação vão ser recompensados.
Porém ouvir dizer que pai e filho pareciam não estar se dando bem. Nunca os vi nem mesmo em foto o senhor Bragança e reservado, não é difícil perceber que não aprovava, na verdade, resistia bastante a mídia.
Não o culpo, eu também não queria meu rosto estampado por aí. O homem conservador com fama de cruel era um tipo durão, com influência tanto nos bons quanto nos maus círculos, e era decisivo e implacável em suas ações.
O único filho então nada responsável pelo que as colunas de notícias dizem, foi morar fora no Brasil gastar o dinheiro do papai. Não sabemos quantos anos tem o senhor Bragança, mas até quanto será sua relutância em se manter no poder se não tiver quem a direcionar? Aí que eu entro, quero trabalhar árduo para quem sabe chegar lá e ajudá-lo, esse é meu sonho. Então é compreensível a decisão dele não aparecer nos holofotes.
A família Bragança, naturalmente, não será massacrada, deu trezentos bilhões de dote para ajudar algumas famílias a superar os tempos difíceis, incluindo a minha quando meu pai era vivo. Então muitas famílias o admira. Sim, já fui rica graças ao Bragança, mas graças ao meu padrasto perdemos tudo. Também me sinto culpada pelas condições, ou seja, três anos atrás, eu ainda era menor de idade e não pude fazer nada. Mas gostaria muito de retribuir a ajuda ao senhor Bragança por isso minha determinação.
— Boa noite Cristal! — O segurança ao me avistar me cumprimenta.
— Boa noite! — Entro pelas portas do fundo onde somente os funcionários são permitidos e já vejo Elza.
— Menina pensei que havia desistido.
Forcei um sorriso nada motivada, mas precisava tentar.
— Eu não poderia perder essa oportunidade.
— Se você diz — ela dá um sorriso confortante.
— Trouxe seus documentos para o contrato?
— Contrato?! Quando fiz a entrevista não me falaram de contrato.
— Não seja boba. Ninguém contrata hoje em dia sem contratos.
Respirei resignada. Não queria ficar presa a um contrato, caso a oportunidade certa surgisse.
— Entendo se não quiser a vaga.
Suspiro meio bufando conformada com minha falta de sorte, mas era o que tinha para hoje e não poderia me dar o luxo de recusar e deixar meu irmão sem os remédios.
Representantes de ambos levaram os documentos necessários e finalizamos tudo.
O dono era novo por volta de uns vinte três anos, um loiro com olhos castanhos, comparado ao que pensei, e bonitinho e pelo jeito e esnobe ainda pois se quer olhou nos meus olhos.
— Elza, me coloque a par do que está acontecendo e por que precisamos contratar mais uma Host?
Host ou Hostess:
É a anfitriã, a pessoa responsável por receber os clientes na entrada. Mas não só isso: além de recepcionar os clientes do bar, o host ou a hostess indica onde podem se acomodar, coordena as reservas e tira as dúvidas sobre o cardápio e pagamento.
Ou seja: é um cargo que atua diretamente com o atendimento ao público e exige muito carisma e simpatia. Sua principal função é acolher os clientes na chegada, dando as boas vindas e garantindo qualidade e conforto para o cliente.
— Senhor, e que a Marcela não anda se sentindo muito bem ultimamente… — Ele se vira em direção a Elza então pude vê-lo melhor, seu olhar parecia maléfico.
— Então quebre o contrato com ela.
— Mas senhor…
— Está querendo desobedecer minhas ordens.
Elza nega com a cabeça.
Elza foi quem me entrevistou. Como gerente de bar, a função dela é supervisionar a operação, coordenar a equipe e garantir que tudo corra bem — inclusive resolvendo possíveis insatisfações e conflitos com os clientes.
Além disso, o gerente também deve fazer o controle de estoque e financeiro do bar, entre outras funções administrativas como contratações, entretanto Elza não parece ter o poder de decisão.
— Tudo bem senhor!
— Está preparada? — ele estava perto de mim observando-me profissionalmente, portanto percebi que a pergunta foi feita a mim.
— Preciso estar!
— Interessante a sua resposta, mas deve ter habilidades de comunicação e resolução de problemas. Trabalhar sob pressão e deve estar preparada para tomar decisões estratégicas quando um dos clientes passar dos limites.
— Para ser garçonete?
— Não é simplesmente garçonete, e Host.
— Para mim, dá no mesmo. — respondi a dar de ombros.
— Aí! _ Ele segurou meu braço com força.
— Elza nos deixe sozinho preciso ter uma conversa com nossa nova funcionária. — Elza consentiu e se vira em direção a porta e quando abre parecia que uma dançarina vinha pra cá determinada.
Sérgio continua apertando meu braço.
— A partir de agora tome cuidado ao falar comigo. — Ele me diz ameaçador.
Capítulo dois
— Sergio você voltou! — uma mulher totalmente nua, somente com uns tapas sexy nos seios e em meio das pernas cheio de glitter e brilho pelo corpo entrou na sala. E ele solta meu braço.
— Foi para os Estados Unidos e nem se despediu.
— Quem pediu que entrasse?! Saia agora. — Ele sequer a olhou e a mandou sair rude.
Ela me olhou com raiva, como se eu fosse a culpada dele a tratar assim com aquela frieza.
Ele me apontou a cadeira e eu me sentei.
— Host….
— Cristal, por favor, tenho nome! — digo sem abaixar a guarda. Ele ergueu uma sobrancelha e se senta também logo que eu sento.
— E corajosa, por me desafiar!
— Acho que sou por querer trabalhar aqui.
— Você não é obrigada a trabalhar por que veio então se não quer?
— Porque eu preciso! - revirei os olhos. Ele dá um sorriso de canto. Ele procura por alguns papeis na mesa e encontra, parece ser meu currículo ele o lê o estudando.
— Isso aqui é muito bom e um desperdício.
— Como?
— Suas qualificações são ótimas, por que não procura um serviço em sua área?
— Se eu tivesse conseguido não estaria aqui.
— Menina — ele bateu na mesa com força. Eu me afastei, ele mudou a áurea, o seu tom era frio e sombrio — uma regra, se for trabalhar para mim, vai-me responder só quando for pedido. — balancei a cabeça concordando, não estava a fim de morrer. — Agora saia, Elza passará o que tem que fazer e à noite assinamos o contrato.
Me levantei rápido e fui atrás de Elza. Elza sorriu ironicamente, ao ver-me.
— Depois de como viu como ele é ainda teve coragem de ficar.
— Não tenho opção. — Menina sempre temos opções. Mas venha, vou entregar o seu uniforme.
Que mania todos tinham de me chamar de menina, se todos pareciam ter a mesma idade que eu. A segui e ela me mostrou o camarim das meninas, todas lindas afinal.
— Meninas essa é Cristal a nova garçonete. — Elza me apresentou.
— Host você quer dizer né! — Me virei em direção a voz e era a mulher que foi expulsa do escritório do chefe. — Seja bem vinda Cristal, não liga para ela, ela é azeda com todas. — ela estendeu-me a mão. — Prazer Rangel. — Com o sorriso sincero que senti dela eu também estendi a minha mão e a cumprimentei. As outras disseram boa noite simpáticas, mas ficaram ainda se aprontando, eram sete ao total.
— Aqui sua roupa! — Elza entregou meu uniforme. Quando eu verifiquei levei um susto, a roupa era minúscula
— Ah não sem chances!
— Que foi? Ela é muito requintada para você? — uma ruiva que estava no canto perto do espelho, comentou sem tirar os olhos de sua maquiagem.
— Elza! — tentei reaprender-la
— Se precisa trabalhar esse é o uniforme. Vejam por si
— Ok, onde fica o banheiro para que eu possa-me trocar?— resignada e inconformada fui em direção ao banheiro que Rangel me aponta, pensando em como me apresentaria aos clientes com essa roupa querendo-me afastar das mãos bobas, o meu pai estaria decepcionado. O clube noturno ou ‘boate’ Estatelar, nome estranho para casa noturna, já perceberam que dei três nomes?! Porque… Pois, bem não sei ao fato o quê é, se clube, casa noturna, ou ‘boate’, tinha uma decoração de estilo medieval, clássica e imponente, como se fosse uma era de cavaleiricius. Os seguranças aparecem a indicar que já haviam aberto ao público, as meninas apareciam no palco já com as suas atuações e eu e mais uma já estávamos a esperar os primeiros clientes e logo um surge. Os seus olhos caem sobre mim. E sinto um arrepio diferente no meu peito. Quem será?
Ele desvia sua atenção de mim e se direciona ao corredor indo para o escritório do Sérgio.
O clube estendia dês ao terceiro andar que era todo de suites, com piso de madeira acarpetado e quartos pouco iluminados e extraordinariamente silenciosos. No total eram dez garçonetes no primeiro e segundo andar, a gerente que é Elza, os oito barmans e vários seguranças, no terceiro andar era mais privado, somente para vips De luxo. Eu não sei bem o que rolava lá, fui recomendada só em acompanhar os clientes até a porta. Segui para o Pavilhão Vento Livre no terceiro andar, como Romero o segurança havia-me instruído levando os clientes que queriam ir para lá. E diferente das decorações do lugar, os clientes viam a rigor, mulheres e homens muito bem vestidos. Políticos e até alguns empresários que já observei na tv. Aqui não e para qualquer um.
Ao sair de lá do terceiro andar e descer para o primeiro vi aquele homem novamente, o primeiro cliente sair porém ele para perto da porta de saída, ele me olha e eu disfarço levando a bandeja de bebidas a uma mesa. Ele parecia muito irritado respirou fundo um dos guardas iam o direcionar a saída, mas ele simplesmente ignorou e foi embora, me deixando mais curiosa para desvendar quem ele é.
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