Conhecendo a Autora
Sou Lúcia Helena, 39 anos, casada, mãe de menina, a minha maior inspiração. Sempre fui apaixonada por leitura e pela escrita desde muito nova quando escrevia versos e poemas.
“Comecei a escrever romance por paixão, daí em diante não parei mais e amo o que faço e seguirei assim até o fim da vida se Deus me permitir”
A minha frase na vida é “posso ir até onde eu quiser ir, é só colocar amor naquilo que faço”.
Sejam bem-vindos a mais uma obra, nessa plataforma, espero que gostem e viagem na história de amor de Augusto e Andressa, boa leitura a todos. Bom dia, boa tarde, boa noite.
Conhecendo a nova obra…
Zona rural da cidade de Novo Lindo onde a agricultura e agropecuária domina a economia local. Cenário para a história de amor improvável de Andressa e Augusto que terão que enfrentar as dificuldades da vida em meio a diferença social, intrigas. Uma cidade onde o poder e o dinheiro falam mais alto e os menos favorecidos fortalecem cada vez mais o senhores poderosos de posses, bens e fortunas extravagantes.
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Apresentando os personagens principais
Augusto Menezes, 38 anos, fazendeiro de renome como muitos da cidade de Novo Lindo. Homen de personalidade forte, seguro e rigoroso, mas que guarda uma tristeza profunda desde a morte de sua esposa Clarice e de sua filha Rebeca em um grave acidente. O jovem fazendeiro divide as responsabilidades da fazenda Ouro branco com o seu pai Alaor a quem lhe depositou total confiança já que é o filho mais velho de três irmãos.
Augusto é decidido, social, imprevisível, mas por dentro é amargurado e solitário, com o coração fechado e ferido pelo destino trágico.
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Andressa Peixoto 26 anos ex feirante e bóia fria, foi mãe da Sofia aos 19 anos onde teve que enfrentar a rejeição da família de antigos costumes. Uma mulher decidida, forte e determinada que mesmo muito jovem conheceu as dificuldades da vida ao perder o marido que foi assassinado covardemente.
Ao se unir ao movimento MST "movimento sem terra" Andressa viu a sua vida torna-se ainda mais difícil quando descobriu a sua segunda gravidez dias depois de perder o seu marido, mas isso só a tornou mais forte e decidida para defender o que mais ama.
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Em uma bela manhã a caminho de Novo Lindo,
Me chamo Andressa Peixoto, tenho 26 anos e sou mais uma de milhares de pessoas que lutam pela terra e por dignidade. me ingressei no MST após a morte do meu marido assassinado que me gerou revolta e tristeza ainda mais sendo mãe de uma linda menina e à espera de outro que nem sei se chegará a nascer.
Andressa - Estamos acampados aqui há três dias e nenhum movimento de peões o proprietário das terras.
Lino - Engano seu minha querida, ontem à noite mesmo dois ou três capataz estavam rodeando a localidade.
Mirna - Como você se sente menina?
Andressa - Não dormi essa noite Mirna as dores estão cada vez mais fortes, eu sinto que essa criança quer nascer antes do tempo.
Mirna - Não pense assim Andressa acredito que seja só o cansaço, esses últimos dias para a gente não foram fáceis, mas vai ficar tudo bem.
Andressa - Eu só queria parar no lugar Mirna eu só queria um pedacinho de terra para construir uma casinha e ficar com meus filhos é pedir muito?
Lino - Nós vamos conseguir Andressa, essas terras aqui estão desocupadas há anos, sei que o dono dela nem se importa até porque tem uma fazenda enorme e já é bem rico, acho que ele não vai ligar se a gente ficar por aqui.
Andressa - Será como todas as outras que invadimos, eu estou cansada disso tudo, mas eu não tenho ninguém e muito menos para onde ir, o que eu posso fazer.
Mirna - Te falei que enquanto eu tiver a gente você não está sozinha menina eu sinto muito a ver você passar por isso com essa barrigão e a sua criança, mas para a gente também não é fácil, a minha luta por dignidade virou a minha meta e enquanto eu não consegui a minha vida será essa infelizmente.
Lino - Como lider eu sempre fui claro que não obrigo ninguém a permanecer conosco, enquanto eu estiver vida estarei aqui para lutar pela terra, lutar pela reforma agrária, lutar por uma sociedade mais justa e mais fraterna.
Andressa - Será que vai valer a pena tudo isso gente?
Mirna - Tem que valer minha filha, o objetivo do MST é realizar a reformar agrária, praticar a produção de alimentos ecológicos e melhorar as condições de vida no campo.
Lino - Todos nós que estamos aqui lutamos pelo mesmo ideal, fui cortador de cana durante toda a minha vida e ver o quanto os donos dos engenhos e terras fartas desdenhava da gente, eu só quero lutar pelo que é meu Andressa só isso.
Andressa - Eu vou descansar um pouco gente, tô com meus pés formigando e aproveito para vê se a Sofia já acordou com licença.
- Saio dali e vou até o meu cantinho de madeira e lona plástica porque a minha vida é essa desde que meu marido foi assassinado, eu tive que deixar de ser boia fria para ingressar no grupo do MST.
Continua...
Bem-vindos a mais uma obra minha, espero que gostem, podem curtir comentar da pitaco, boa leitura a todos.
Informações esclarecedora
O Movimento Sem Terra está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país. No total, são cerca de 450 mil famílias que conquistaram a terra por meio da luta e organização dos trabalhadores rurais.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento social, de massas, autônomo, que procura articular e organizar os trabalhadores rurais e a sociedade para conquistar a Reforma Agrária e um Projeto Popular para o Brasil.
Mesmo depois de assentadas, estas famílias permanecem organizadas no MST, pois a conquista da terra é apenas o primeiro passo para a realização da Reforma Agrária.
Mas um dia nada normal na fazenda Ouro branco que preocupa Augusto
Sou Augusto Menezes, tenho 38 anos sou o mais velho dos filhos dos Menezes, família tradicional e extremamente conhecida e influente na zona rural da cidade de Novo Lindo. Por ser o filho mais velho administro a fazenda junto com o meu pai que já não tem tanto ritmo como antes e isso me torna um homem responsável, importante e rico. Há três anos perdi a minha esposa Clarice e filha Rebeca em um acidente, desde então estou fechado para o amor porque jamais amarei alguém como amei a minha Clarice.
Augusto - Você só pode estar de brincadeira Lúcio, as terras da minha família não.
Lúcio - Infelizmente é verdade Augusto, o MST está acampado nas suas terras há três dias, o Fred e Edmilson estiveram na propriedade vigiando e me confirmaram.
Alaor - Nas minhas terras, eles só podem estar de brincadeira é isso? São uns desocupados e bandidos.
Augusto - Vai com calma pai as coisas não funcionam assim.
Lúcio - O Edmilson falou que há muitas mulheres, crianças, idosos e até gostastes acampados lá.
Augusto - Chame o Fred, o Edmilson e três peões Lúcio, nós vamos até lá agora.
Lúcio - Como quiser Augusto, acho que devemos ir preparados?
Augusto - Mas é claro Lúcio, nós não sabemos o que nos espera.
- O meu capataz concorda e sai de casa para convocar os outros para irmos lá já que iremos precisar deles, quando meu pai me questiona.
Alaor - Eu não posso deixar você ir sozinho até lá Augusto, pode ser perigoso.
Augusto - Só se eu tivesse maluco em deixar o senhor ir comigo pai, não se preocupe que nós resolveremos isso, agora eu preciso ir.
- Falo com o meu pai que é sempre muito preocupado com os filhos e isso de certa maneira é bom porque o torna um paizão. Saio de casa e chegando a área externa encontro os meus peões prontos para irmos até a propriedade invadida pelo MST que vez ou outra invadem as terras de alguns fazendeiros daqui e dessa vez sobrou para as minhas.
Augusto - Fred você tem ideia de quantos são?
Fred - Cerca de oito há nove famílias patrão entre mulheres, crianças, idosos e três ou quatro gestantes.
Augusto - Tudo isso Fred?
Fred - Infelizmente patrão, o líder deles responde pelo nome de Lino e parece que não é tão fácil de convencer.
Lúcio - Precisamos chegar lá com calma Augusto, principalmente por ter mulheres, idosos, crianças e gestantes.
Augusto - Nós iremos com calma Lúcio, o que eu não posso é deixar eles nas minhas terras.
- O Lúcio apenas me olha sério porque sabe que vou expulsar-los das minhas terras porque assim como eu fazendeiros da região sofrem as mesmas invasões de terras e não podemos permitir. Chegamos nas pernas invadidas e avistamos o acampamento do movimento que me parece bem extenso.
Fred - Então patrão foi como eu falei, eles já estão acampados há três dias, são diversas famílias e muitas crianças. O líder deles é aquele ali senhor e ao lado dele é a esposa, eles comandam o movimento.
Lúcio - Devemos falar com eles preparados Augusto?
Augusto - Ainda não Lúcio, vamos com calma, você vem comigo, se por acaso precisarmos vocês se aproximam.
- Os meus homens apenas concordam junto com a Lúcio me aproximo do acampamento e logo o homem que o Fred falou que pode ser o líder pergunta.
Lino - Quem são vocês?
Augusto - Eu sou o dono dessa propriedade e você estão acampando em uma propriedade privada.
Lino - Essa propriedade está desocupada há anos.
Augusto - Engano seu, essa propriedade pertence a minha família e eu tenho como provar, dou 24 horas para desocuparem as minhas terras.
- Falo isso no exato momento em que se aproximam uma mulher segurando a mão de uma criança e logo percebo que está grávida e parece que não está muito bem.
Mirna - Senhor temos muitas mulheres, idosos e crianças aqui, inclusive mulheres grávidas, essa aqui está prestes a dá a luz.
Augusto - Isso não é problema meu, eu quero a minha propriedade desocupada em 24 horas ou eu vou ter que recorrer aos meios legais já que essa propriedade é minha.
Andressa - Mirna eu acho que, aí...
Mirna - O que aconteceu minha filha?
Lúcio - Augusto essa mulher está em trabalho de parto.
Mirna - Não pode ser.
Andressa - Alguém me ajuda pelo amor Deus aiiiii.
Sofia - Está doendo mamãe?
Mirna - Calma minha filha, vamos para a minha...
Augusto - Essa mulher precisa ir para um hospital.
Lúcio - O hospital fica há uma horas de carro Augusto.
Andressa - Aí meu Deus que dor.
Mirna - A bolsa dela rompeu Lino, preciso fazer o parto dela.
Augusto - Você só pode está ficando maluca, essa mulher precisa de um hospital.
Mirna - Eu sou parteira senhor.
Andressa - Pelo amor de Deus me ajuda Mirna aiiiii.
Sofia - Ajuda a minha mamãe tia.
Augusto - Lúcio você fica aí e tire eles das minhas terras, Fred você vem comigo agora.
- Sem perder tempo pego mulher nos braços e caminho até o meu carro, ela precisa de um hospital não pode parir uma criança aqui, a filha dela agarrado na minha cintura entra no carro também e rapidamente o Fred dá partida dirigindo a caminho do hospital local. Não sei o que deu na minha cabeça para fazer isso, mas eu não sou desumano suficiente para deixar essa mulher dar a luz aqui num acampamento de sem terra...
Continua...
Caros leitores vocês que me acompanham há algum tempo sabe que gosto de abordar diversos temas nas minhas obras e nessa especificamente vou abordar sobre o movimento MST.
Espero que entendam que não tem acesso ou conhecimento de nenhum integrante desse tipo movimento, tudo que relatarei nessa obra serão resultados de pesquisas e de algumas coisas do meu entendimento.
Espero que a obra fique ao agrado de vocês porque quem me conhece sabe o quanto me dedico a cada livro escrito a cada capítulo postado e se algo não sair como planejado eu peço que me perdoem e me entendam.
Um momento, inesperado, desesperador e nunca vivido antes por Augusto
Não é a primeira vez que as terras da minha família é ocupada por sem terras e todos as vezes conseguimos tirá-los sem violência porque isso só ordeno aos meus homens quando necessário. Me assustei quando vi a quantidade de mulheres e crianças no acampamento do movimento MST e mesmo me surpreendendo com o que vejo não posso deixá-los nas minhas propriedades. Sou um homem consciente e exigente, mas não sou desumano para deixar aquela mulher dá a luz naquele local e assim que a peguei nos braços a levei para o meu carro.
Augusto - Fred dirige para o hospital por favor.
Andressa - Me ajuda senhor, pelo amor de Deus aí.
Augusto - Depressa Fred.
Fred - Calma senhor eu já estou dirigindo, só não posso correr.
Sofia - Tá doendo mamãe?
Andressa - Aí meu Deus, não está na hora, o meu bebê não pode nascer agora ai.
- Tiro a calcinha que está incomodando e abro as pernas já que não sou mãe de primeira viagem, o homem olha para mim e somente me contorço de dor.
Augusto - O que eu faço agora, acelera Fred.
Andressa - O meu bebê não pode nascer agora senhor, ainda não está na hora, ai meu Deus eu não estou aguentando mais aiiiiiiiiii.
Augusto - Fica calma pelo amor de Deus, o que eu faço senhor... Fred para esse carro agora.
- O meu funcionário para o carro assustado olhando para mim logo em seguida.
Augusto - Ele vai nascer Fred, sai daí e me ajuda pelo amor de Deus.
Andressa - Aiiiiiiiiiii, meu Deus me ajuda por favor aiiiiiii.
Sofia - Mamãe, mamãe "uaaaaaaaa"
Augusto - Não chora menina, Fred meu ajuda aqui por favor.
Fred - Eu nunca fiz um parto senhor.
Augusto - Eu também não, mas a criança está nascendo já.
- A mulher grita de dor enquanto se acomoda no banco do carro abrindo ainda mais as pernas e mesmo nunca ter feito um parto vi o da minha filha e sei que o bebê está nascendo porque avisto a cabecinha dele.
Andressa - Aiiiiiiii, ufu ufu aiiiiiiii.
Sofia - Uaaaaaaaaa. "choro"
Augusto - O bebê está nascendo, o que eu faço Fred?
Fred - Faça o parto senhor.
Andressa - Aaaaaaaaa, ufu, ufu aaaaaaaaa.
Augusto - Está nascendo.
Andressa - Aaaaaaaaaaaa.
Augusto - Vai nascer, vai nascer, aí meu Deus.
- O bebê simplesmente nasce as minhas mãos e logo pego o menino que nasceu aos berros aos meus olhos. Vi a minha Rebeca nascer, mas não dessa maneira e olhando para a menina que para de chorar ao vê o bebê o coloco encima da mãe que vai as lágrimas ao pegar o filho.
Augusto - É um menino.
Andressa - Ai meu Deus meu bebê, senhor eu...
Augusto - Vai ficar tudo bem, para o hospital Fred depressa.
- Fred ainda em choque pelo que acabou de presenciar volta a dá partida no carro dirigindo a caminho do hospital e eu somente olho para a mulher com o recém nascido nos braços. Tiro a jaqueta que estou vestido e coloco por cima dos dois enquanto o Fred diminui o ar condicionado do carro.
Andressa - Obrigada senhor.
Augusto - Não me agradeça, vou ligar para o meu capataz e pedi que avise ao seu marido para que vá até o hospital.
Andressa - Eu não tenho marido senhor, não tenho ninguém, só os meus filhos.
Augusto - Como foi parar no acampamento dos sem terra, com essa menina e grávida?
Andressa - O meu marido foi assassinado, eu era bóia fria e como fiquei sem ninguém tive que me juntar ao movimento.
- Respondo enquanto acalento o meu bebê que está quieto nos meus braços e acomodo a minha cabeça no carro porque estou cansada do parto, a minha pequena admira o irmão pegando nos dedinhos dele enquanto olho o homem pegar o celular.
📱Augusto - Como está aí Lúcio?
📲 Lúcio - Ainda estamos negociando a desapropriação das terras.
📱Augusto - Lúcio preciso que comunique a líder do movimento que a mulher já deu a luz.
📲 Lúcio - Já chegou ao hospital Augusto?
📱Augusto - Ainda não Lúcio, avise que quero eles longe das minhas terras o mais rápido possível.
📲 Lúcio - Estamos negociando Augusto, vou comunicar a esposa do líder agora mesmo.
📱Augusto - Obrigado Lúcio, só use a violência se for necessário.
- Encerro a ligação olhando para a mulher e os filhos que estão quietos. Não havia percebido que a mulher é extremamente linda, mas de aparência sofrida e cansada devido a vida. Chegamos ao hospital e o Fred rapidamente chama uma maca para colocar a mulher e o bebê e logo abro a porta para que os maqueiros o faça.
Augusto - Não deu tempo de chegar e ela deu a luz na estrada.
Maqueiro - O senhor precisa ir até a recepção fazer a ficha dela senhor, vamos levá-la para dentro agora.
Augusto - Mas eu não...
- Não consigo terminar de falar quando os maqueiros a levam com o recém nascido na maca e assim que percebo a menina tenta ir com a mãe, mas é impedida por um dos maqueiros então seguro a sua mão.
Sofia - Pra onde levaram a minha mãe tio?
Augusto - Ela e o bebê serão examinados pelo médico agora, você ficará aqui comigo tá bom, vai ficar tudo bem. A menina somente me olha e segura na minha perna.

- Eu permaneço na entrada do hospital porque não tenho documento nenhum da mulher comigo já que sairmos do acampamento as pressas.
Fred - O que pensa em fazer patrão?
Augusto - Eu não tenho ideia Fred, você viu quando ela falou que não tem ninguém.
Sofia - Tio eu tô com fome.
Augusto - Como é o seu nome meu bem?
Sofia - É Sofia.
Augusto - Sofia o Fred irá comprar alguma coisa para você tudo bem?
- A menina sorrir balançando a cabeça positivamente e o Fred vai comprar um lanche para ela quando avisto o carro que veio com os meus peões e logo se aproxima.
Admilson - A esposa do líder mandou as coisas da mulher, os documentos dela e da menina estão aí, isso é tudo que elas tem...
Augusto - Só isso Edmilson?
- Elas duas não tem praticamente nada...
Continua...
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