Los Angeles.
Pov's Justin Forbes.
19:45 PM.
— Feliz aniversário, meu amor!
Foi a primeira coisa que ouvi quando Natália pulou em cima da cama, desejando-me parabéns.
Eu odiava o quanto ela era grudenta e até a sua voz me dava nos nervos.
— Que droga, Naty! —resmunguei, puto.
— O que foi, Justin?!
— Não tá vendo?— seu corpo era pesado e tava quase me sufocando com o seu peso.
— Tá me chamando de gorda?— murmurou, com o semblante chateado.
— Tá quase uma baleia!—a empurrei pro lado, só brincando, ela logo fez uma cara de reprovação se afastando.
— Poxa, Justin!— a encarei de soslaio, pois sua voz soava entristecida.
Seus olhos realçastes expressava desconforto, havia também um bico entre seus lábios. Percebi a loira cruzar os braços e suas bochechas ficarem mais cheias. Ela suspirou fundo, antes de se levantar do colchão.
— Calma aí—a interrompi de ir, segurando-a.
— Me solte, Justin!— repreendeu, dando-me um tapa no meu braço.
— Vai se fazer de difícil agora, mulher?— revirei os olhos, soando sedutor.
— Eu vou dar de mamar a bebê.— ela falou, sem paciência, tentando sobressair do contato das minhas mãos.
— Hoje é o meu aniversário de 21 anos, seu homem é que merece uma atenção especial...—continuei puxando-a, até que Naty por um descuido caiu novamente na cama. A fiz ficar numa posição submissa, prendendo os seus braços.
Ela gargalhou do comentário.
— Meu homem?— debochou, com um tom de sarcasmo. — Você é um fraco, Justin! Há semanas não está dando conta de mim, eu tô aqui...— provocou-me, fazendo eu descer os meus olhos para suas lindas curvas.
Mordi o lábio inferior quase querendo fuder, mas não sentia vontade de transar com ela.
— Não posso.— hesitei.— Mulheres como você é pra casar, Natália... As outras é pro sexo.
— Então você me traí é, cafajeste?
Era raro ouvir um palavrão saindo da boca da minha garota.
— Uhum.— balancei a cabeça, risonho.
— Idiota!— ela lançou um travesseiro em mim, com a feição emburrada.
Ri da cara enciumada que Naty fez, voltando para dá um selinho em seus lábios.
— Tô brincando, coração!
— Não quero saber, Justin.—fechou a cara.
— Vai ficar puta por conta de uma brincadeira?
— Uma brincadeira que pode ter um fundo de verdade.— deu de ombros.
— E daí se for?— a desafiei e foi quase como um balde de água fria.
— No dia que eu suspeitar que você está saindo com outra mulher enquanto estou aqui dentro de casa cuidando da nossa filha, eu juro pela minha fé em Deus, que nunca mais olho na sua cara.— ameaçou séria.
— Tá bom, amor, já entendi o recado.— sooei irônico. — O que foi? —sorri de canto, fingindo não entender o porquê do seu olhar desconfiado.
(....)
A minha futura noiva carregava o bolo enquanto cantava a musiquinha. Ela tava menos brava e até sorria, aquilo era o topo que Natália tinha chegado para testar a minha paciência.
"Happy birthday to you
Happy birthday to you
Happy birthday dear Justin
Happy birthday to you"
— Apaga as velinhas, Justin!— gargalhou, parada em minha frente.
No momento eu tava segurando a bebê e não podia jogar a porra do bolo no chão, mas vontade não faltava.
Natália sabia o quanto eu odiava suas palhaçadas.
— Faz você.— respondi seco.
— Que isso, meu amor? Que mal agradecido!—ela usou todo o sarcasmo, para me provocar— Mas mesmo assim vai ganhar o seu presente.
Ela ria alto direcionado-se para pegar a caixa embrulhada em cima da mesa de centro, mas a parei...
— Não brinca comigo.— rangi os dentes, a fitando com raiva.
— Você está me machucando.— proferiu, observando a maneira de como eu apertava o seu braço.
— Desculpe.— sai do momento de devaneio, a soltando— Estou de cabeça quente.
— Não tô nem aí! Da próxima vez, você não encosta em mim.—ameaçou, com os olhos indignados. — Espero que você goste.— mudou de humor, ao segurar o presente.
Até a bebê sorriu sapeca.
— Valeu.— agradeci, indiferente.
— Abre logo.— pediu animada.
Natália estava ansiosa para eu rasgar a embalagem decorativa e assim fiz:
—É uma Bíblia?— franzi a testa, confuso.
— Sim! O que achou amor?!— seus olhos azuis brilhavam. Havia um sorriso de curiosidade estampado no rosto dela.
— Odiei.— devolvi de volta a porcaria do livro, quase jogando nos seus seios. — Tá maluca Natália em comprar uma porra dessas pra mim?
— Eu achei que você ia gostar, Justin.
— Tú achou errado, caralho! Quantas vezes eu já te disse que não virarei um pastor quando casarmos?!— gritei.
— Sinto muito.— lamentou, deixando as primeiras lágrimas caírem.
Eu só tava com ela por conta da grana dos seus pais. Ela era uma garota toda desleixada e parecia uma caipira da roça. Até o modo de se vestir, fazia eu sentir vergonha dela em público.
Pov's Justin.
Na manhã seguinte...
Na entrada da casa, encarei o anel que minha garota ficaria feliz em ganhar. Acho que sou muito otário de ter saído do trabalho e ido direto num shopping comprar.
Espero que minha noiva fique pelo menos agradecida e pare de me perturbar. Seria um sonho não ouvir as reclamações da Naty durante uma semana. Comprei até uns presentes para a bebê, ela ficará orgulhosa de saber que estou virando um pai de família.
De mansinho, adentrei.
Escutava a minha noiva lendo a Bíblia e o som da sua voz doce vinha do quarto...
— Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. João 11:25
À vontade que tinha era de tirar a bebê do meio da pregação chata e soltar os cachorros para cima da Natália. Só que abaixei a bola quando a vi sorrindo e brincando com a nossa filha.
Estava começando a me acostumar em ter essa caipira dando sermão e agindo como minha mulher.
— Oh meu Deus, você estava aí Justin!— sorriu fingindo que nada aconteceu, enquanto levantava a bebê para cima.— Vem amor.
Recuei em brigar, porque preferia apreciar o seu lindo sorriso. Odiava amar essa garota sonsa, ela não tinha maldade. Como ficaríamos juntos? Queria uma pessoa parecida comigo, até mesmo a sua irmã conseguia ter mais ambição.
— Viu Hailey?— questionei, dando um beijo na sua testa.
— Ela me ligou hoje, amor, não sei o que está acontecendo. Minha irmã sempre briga com o papai querendo à herança.
Se levantou e eu sentei no lugar dela na cama, para observar a bebê.
— Você deveria reivindicar também.— murmurei dando a ideia e o olhar indignado que recebi....
— Já conversamos sobre isso, Justin. O dinheiro é dos meus pais e não é meu. Não quero ser como o filho pródigo que tenta tirar tudo do pai e depois volta implorando o perdão. Tem uma parábola bíblica que fala sobre isso; que não devemos sufocar os outros por ganância e nem cometer atos ilícitos que possam nos prejudicar. Tudo que se planta, colhe, amor. E eu só quero colher bons frutos.
Definitivamente nunca iria convencer Natália.
Revirei os olhos, porque era caso perdido.
(...)
— Marcar a data do casamento?— ela colocou a mão na boca, emocionada.
— Não é isso que você quer, Natália? Tô preparado para ficar preso a você.— ressaltei, desanimado.
— Ah meu Deus, Justin! É tudo que mais quero na vida é ser sua esposa.— jogou-se nos meus braços, feliz e eufórica, beijando o meu rosto enquanto vibrava com o anel.— Te amo tanto meu amor, obrigada por me fazer tão feliz!— suas íris transbordavam de alegria.
Eu era louco em brincar com os sentimentos de alguém como Natália, mas não podia controlar o ódio que sentia de ter me apaixonado por alguém do estilo dela.
Ela era tão feia.
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Deixem a opinião de vocês sobre a história, o que estão achando? O jeito que Justin menospreza a Naty...
Na mesma noite...
Pov's Justin.
— Pare de achar que sou ingênua, Justin, eu sinto o quanto você está afastado.Você mal me toca durante a noite.
— É falta de rola?
Eu não me importava nem um pouco se aquilo a machucaria. Eu sabia o quanto a minha noiva gostava de ser dramática quando queria.
— Não seja estúpido comigo!—ela estava tão indignada ao ponto, que começou a gritar
— Naty, eu só tô cansado pô.— procurei soar calmo, parando de frente a ela que estava cabisbaixa no sofá.—Eu não sou de ferro, saio cedo pra trabalhar.
— Não tô nem aí, Justin. Eu só quero ser amada, beijada, tocada, ter noites especiais com você. A meses não fazemos nada— na medida que reclamava, deslizava a mão pelo corpo.— Mas você não faz nada.
— Arruma outro macho então porra, se está tão desesperada assim.— me estressei, puto de raiva.
— Tá vendo como você é grosseiro, você nunca aceita ouvir a verdade, Justin. E sempre abre a boca para falar merda!
— Qual é a sua, Natália? Eu pago um teto pra gente morar, compro comida, fraldas para aquela criança...
— Nossa filha.— me corrigiu, ignorante.
— Tanto faz.— bufei.
— Eu deixei de lado o meu sonho, a minha fé e olha como você trata o nosso relacionamento... E a nossa bebê — me olhava indignada.—Justin, por que está fazendo tudo isso comigo?
Revirei os olhos.
A vontade que eu tinha era de sentar ao lado dela e falar: " meu bem, se não está dando certo, eu me viro para pagar a pensão e você some da minha vida". Sobretudo, eu gostava um pouco da Naty. Ela era chata, mas também tinha muito dinheiro. Eu precisava suporta-lá para conseguir a metade da herança de seus pais.
— Tô pensando em ir a igreja amanhã, quer ir?
Era a única coisa que calava a boca da minha noiva. Embora não houvesse nenhum interesse da minha parte, mas era necessário para não dormir brigado com ela.
Naty rapidamente ficou balançada com o convite, eu sabia pegar no seu ponto fraco.
— Pra qual, amor?— ela havia até abaixado o tom.
— Vamos pra qualquer uma.—dei de ombros.— Tá feliz?— indaguei seco.
— Uhum...Muito!—suas íris estavam até brilhando.
Ela abriu um pequeno sorriso e se conteve.
— Agora pare de encher o saco.— estendi a mão, chamando-a; queria sentir o seu cheiro doce. —Tô te chamando.— lhe vi abrir um sorriso meigo, antes de pular do sofá e cair nos meus abraços
— Você é o melhor, Justin!— sempre que ela ficava feliz ou orgulhosa, a minha garota repetia essa frase.
— Tá carente mesmo.— ri pelo nariz, constando.
—Ei, pare! Eu sou mulher e tenho as minhas necessidades.— balançou a cabeça, com o olhar inocente e envergonhado.
— Você ainda é uma pré-adolescente, babe.— cutuquei a ponta do seu nariz, enquanto palpava os dedos por sua pele sedosa.
— Me respeita, tenho 17 anos, já sou adulta.— eu gostava de vê-la zangada, principalmente quando a própria fazia um bico frustrado — Não fique rindo de mim, Justin! Não comece.—ela fazia uma cara irritada, beliscando o meu braço. Eu não conseguia parar de achar engraçado.
No fundo, eu amava aquela garota.
Colei os nossos lábios e a beijei com luxúria. Seus dedos agilmente foram de encontro ao meu cabelo, puxando alguns fios.
Mudei nossas posições, distribuindo alguns chupões em seu pescoço, onde com certeza ficaria a marca. Em meios aos amassos que dávamos, Natália gemia igual cadeia no cio, ansiando que eu a tocasse mais fundo, mas eu não sentia o menor desejo de transar com ela.
Minha noiva era muito sem sal e se comportava igual uma virgem. Não havia química, era uma coisa estranha... faltava tesão.
Me afastei, percebendo a burrada que estava prestes a cometer.
— Vai dormir!— retirei-me imediatamente de cima do seu corpo que estava queimando de antecipação.— Anda, porra, vai dormir!— gritei nerboso e a mesma me encarou incrédula.
— Eu não te entendo, Justin.— essas foram suas últimas palavras, antes de adentrar em nosso quarto e trancar a porta.
Dei um soco na parede, revoltado.
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