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O Príncipe da Máfia

Enrico Rossi

Sou Enrico Rossi, herdeiro da cadeira de comando da Itália, meu pai Dante Rossi me criou para seguir seus passos, e assim farei, cresci em um lar, uma casa cheia de amor e respeito, e mesmo que fora dos portões eu já matasse a muitos anos, aqui sou o filho da Samira e irmão da Serena, minha irmanzinha mal fez 15 anos e já estão oferecendo casamentos ao meu pai, fico com ódio só de pensar, eu e Giovanni, Lavinia e Serena somos muito próximos, mesmo com elas sempre reclamando de não ter liberdade como nós, minha mãe como não é da máfia e nem a tia Luna tentam interceder por elas, mas não adianta muito, contamos também com Vincenzo, Luca e Pietro que são filhos de Fabrizio, Julian e Oliver, Paola e Cristine são um pouco mais liberais devido aos pais não ter ligação direta com a máfia.

Na faculdade vejo os caras se aproximarem das meninas e fico puto, sei lá, tanto Paola quanto Lavinia, não gosto da forma como se aproximam delas, Giovanni tem 17 e vem para a faculdade ano que vem, mas eu e Lavinia já estamos no último mês, na verdade, eu já teria terminado antes, mas resolvi deixar algumas matérias de lado, assim fico na mesma sala que ela, Paola cursa medicina, é inteligente pra caralho, ela tem meses a menos que nós só.

Lavinia é uma menina linda, eu fico bobo de como ela é perfeita, carrego dentro de mim um sentimento que me assusta, sentimento esse que só confidenciei a uma única pessoa, Leonardo Rossi, meu avô que faleceu a cinco anos, ele sabia que eu carregava isso comigo, falar nele é difícil, ele era muito amado por todos e extremamente amável com todos, lembro do dia que ele faleceu, a forma como Lavinia implorava que ele levantasse do caixão, o desespero que eu queria ter arrancado do seu coração, Serena tinha 10 anos e apesar de ser grandinha acredito que não entendia da mesma forma, as duas netas eram os xodós do vô e ele não escondia isso.

" 5 anos antes

Vô por favor, acorda vôôô — Lavínia chorava agarrada ao caixão, sabia que meu pai e meu tio não poderiam esboçar reações referente a ela, então eu mesmo a abracei e sai com ela dali.

Enrico por favor, me diz que é mentira, que ele vai acordar — ela falava chorando agarrada a mim, agarrada a esperança de ouvi-lo pela última vez.

Sinto muito mi amor, ele está ao lado do seu grande amor, lembra como ele nunca mais se envolveu romanticamente com ninguém? Lembra toda a falta que ele sentia da vó, agora está ao seu lado, estou aqui com você, chora mesmo o quanto der e coloca tudo para fora, cada lágrima sua, bota para fora — ela sentou ao meu lado e ainda chorando escorou a cabeça em meu colo, chorou ao ponto de sentir que minha calça estava úmida, chorou até ser vencida pela exaustão e ali apagou, continuei fazendo nela um carinho até que tio Fernando veio até nós.

Que bom que ela dormiu, tadinha da minha filha, me dê ela que a levarei para nosso carro, seguiremos para o funeral e depois para casa — Tio Fernando falou.

Posso ficar com ela no carro, caso ela acorde assustada, mas acho que partirá ainda mais o seu coração não poder dizer o adeus na última hora — falei e ele pareceu pensar e então nós a acordamos.

Filha? — chamou meu tio acariciando seus cabelos, pouco a pouco ela despertou.

Pai, estou bem — ela sentou se arrumando e assim que caiu a ficha de onde estava ela voltou a chorar.

Seguiremos agora para o funeral, sabe que eu queria estar ao lado de vocês né, mas não posso, não diante da organização, arriscar trazer mais inimigos que tentarão me atingir através de vocês, mas quero que você seja uma menina muito corajosa e ajude sua mãe, ela amava seu avô como o pai que ela não teve, faça isso para mim — ele falou apelando para o emocional e ela aceitou, seguimos juntos e fomos em direção ao funeral"

Foi difícil enterrar meu avô, mas a vida segue, durante os anos nos despedimos de pessoas, sim, isso faz parte da vida, e no nosso mundo é inevitável.

Segui os anos protegendo e amando Lavinia, torcendo para ser um sentimento passageiro, mas até hoje não mudou, meu pai falou que no meu aniversário de 20 anos semana que vem irão me oferecer casamentos, quem sabe isso sirva para que eu tire ela da cabeça.

Enrico, vamos na boate hoje? — perguntou Luca.

Vamos ver, parece que a minha mãe convenceu meu pai a deixar Serena e Lavinia ir hoje, se elas estiverem lá eu não tenho paz — reclamei e Giovanni chegou bem na hora.

Porque você não tem paz? — perguntou o enxerido.

Sua irmã e a minha na boate hoje, provavelmente Paola e Cristine também irão, Vincenzo, Pietro, enfim a tropa toda — falei.

A não, minhas primas não vão ir, meus tios não deixarão, Paola só pensa em estudar e Cris não curte muito, para a minha sorte, mas também não acho que seja lugar para as meninas, mas podemos ir em outro lugar, assim não vejo elas com ninguém — Falou Luca e neguei, eu não deixaria elas sozinhas na boate nunca, paramos de conversar e voltamos a lutar, Luca abriu um centro de luta com o pai, Julian derruba todo mundo que ele traz, não da para dizer que já passou dos 50 anos.

  Vou ir para casa e aviso você, mas com certeza estarei lá, agora se eu vou trabalhar, me divertir ou cuidar as meninas eu já não sei — falei e sai.

Lavinia

Sou a Lavinia, filha mais velha do Fernando e da Luna, minha mãe nos contou abertamente e muito apaixonada a forma como foi salva pelo meu pai, eles são meu exemplo de que o amor existe sim, e graças ao incentivo e a força que ganhamos deles nós conseguimos nos desenvolver diferentes das demais, meu pai não me criou para casar, não me criou para ser indefesa, eu não luto, não atiro, mas sei me defender, embora inúmeras vezes nem precise porque meu irmão e meu primo nos deixam loucas antes, Serena está com 15 anos e é a minha princesa, eu amo a minha prima e como moramos no mesmo complexo nós estamos sempre juntas.

Meu lar teve sempre amor e carinho, minha mãe foi paparicada ao extremo pelo meu pai, nosso vô também fez de tudo por nós, ele faleceu tem 5 anos e sofremos demais com sua partida, meu irmão é dois anos mais novo que eu, mas seu desenvolvimento foi como dos homens da família, muito treinamento e com isso ficou muito maior que eu, na faculdade sempre que alguém se aproxima ele e o Enrico afastam correndo, um dia o menino esbarrou em mim, foi sem querer, vi isso, eles quebraram o braço dele, tadinho, eu me lembro perfeitamente da cara de apavorado que ele fazia, Enrico sempre esteve ali, ele sempre foi meu melhor amigo, mesmo que minha diferença com Giovanni não fosse grande era ele quem estava comigo, quem me abraçou até que eu perdesse a noção do tempo enquanto meu avô era sepultado, aquele que me disse inúmeras vezes que tudo ia ficar bem, eu carrego dentro de mim uma sensação de que o amo, eu sei que é errado e não sei explicar, mas o desejo de estar perto dele e grande demais, me acho ridícula por isso, afinal de contas Enrico está sempre nas boates com alguém, ele ri que o Luca é mulherengo, mas ele não é diferente, eu sei que misturei as coisas, afinal ele com certeza me vê como uma prima menor e eu o vejo como algo que infelizmente nunca alcançarei.

Estou aqui na casa da tia Samira com a Serena, minha tia e minha mãe são nossas cúmplices quando queremos algo, elas não foram criadas na máfia, então tem regras que não concordam, elas sempre nos alertam dos perigos, minha mãe e minha tia quase morreram nas mãos de sádicos, inclusive a irmã da minha mãe tentou matar a tia Samira, é uma coisa louca, quem sabe a história dela entende.

Certo, digam claramente onde querem ir e porque não querem que o Enrico e o Giovanni saibam — perguntou a minha tia.

Eles não deixam a gente beber nada, nem se divertir, o Enrico briga até se dançar — Serena falou.

Você nem pode beber menina — falou minha mãe, Serena era assim espevitada, mas de ótimo coração, nós duas sabíamos muito bem sobre a questão da virgindade.

Tia, sabe o que é, conhecemos muito bem o Enrico e como ele é protetor, mas quero muito comemorar com as meninas minha nota do semestre, vou me formar com mérito e ele vai ficar incomodando por tudo, é só uma noite, a boate do Tio Julian é super segura e eles estão todos pensando que nós iremos para a do pai, quando, na verdade, vamos na do tio, tia marisa concordou em fechar o camarote, só preciso que vocês convençam o pai e o tio e todo mundo pense que vamos na nossa — falei abertamente.

Quer que mintamos para os nossos maridos? — perguntou tia Samira.

Não, eles devem saber, até porque a nossa segurança estaria em cheque, mas não tem perigo, provavelmente Pietro e Vincenzo estarão lá e com nossos soldados não tem risco — respondi.

Quem estará? — Minha mãe perguntou analisando os riscos.

Só da minha turma algumas meninas e meninos, nada romântico, algumas amigas e amigos de Serena também, mas só os selecionados, nós sabemos os riscos — falei.

Vou falar com seu pai e seu tio, tudo bem, não me oponho, desde que os filhos do Julian estejam lá, acho que não terão problemas, estamos em boa fase, fiquem comportadas até a tardinha, daremos um jeito nisso — falou tia Samira e comemoramos, não tem nada que elas queiram que eles não dão um jeito.

Quando as duas saíram colocamos biquínis e fomos para a piscina, estava olhando a Serena e fiquei impressionada.

Meu Deus prima, onde você está comendo, que corpão né — falei rindo, minha prima não parecia que tinha 15 anos, que espetáculo.

O que sobra para nós além de malhar e malhar? Você também, que isso né, não é à toa que todo mundo te come com os olhos — falou ela e por um minuto pensei que a única pessoa que eu queria que me comesse com os olhos não faz isso.

Passamos o resto do dia na piscina, rimos e mergulhamos de várias formas, nessa área geralmente não tinha nada de soldados, justamente porque passávamos muito tempo ali.

Minha mãe se aproximou e disse:

Meninas, se arrumem e se preparem, vocês vão até a boate hoje, digamos que Dante e Fernando não teriam sexo por um mês se negassem ou contassem algo para Giovanni e Enrico, vocês poderão se divertir com a turma, mas cautela meninas — comemoramos e logo saímos da piscina, passamos pelos meninos e ouvimos Enrico reclamar.

Correr de biquíni? Elas querem foder com a minha sanidade — ele disse reclamando para minha mãe e pegamos o roupão, e fomos para a minha casa juntas, tínhamos roupas para as duas ali.

Essa noite promete — falei e fomos para o banho.

comemoração

Enrico…

Quando chegamos da academia fomos até o jardim, era onde geralmente elas estavam, eu queria dar uma olhadinha com a desculpa de dar um beijo na minha mãe, mas acabei com uma grande dor de cabeça e uma excitação de outro mundo, Lavínia estava usando um biquíni azul pequeno e ousado, foi impossível não pensar em quantos soldados as viram assim.

Qual motivo de toda a alegria delas? — perguntei beijando minha mãe e minha tia.

Liberadas para festa hoje, e vocês? — respondeu ela.

Estamos bem mãe, vim tomar banho e me arrumar, vamos receber um grupo na boate, não era um bom dia para ter alguém da família lá, as meninas não atraem olhares amigáveis — reclamei.

Não se preocupe bebê, estará tudo sob controle, e é normal atraírem olhares, mas ninguém toca em uma Rossi, não se preocupe viu — respondeu e isso me deixou com uma pulga atrás da orelha, meu pai não deixaria elas irem sabendo da reunião lá, bem que nada passa batido ao olhar do meu pai, ele com certeza sabe disso, Giovanni foi para a casa dele e eu vim para a minha, deixei meu celular sobre a mesa e entrei no chuveiro, ele começou a tocar incansavelmente e resolvi me enrolar na toalha para atender:

Enrico: Alô.

Nicole: Oi! Gatinho, que horas você me pega hoje?

Enrico: Nicole hoje não dá, tenho reunião na minha boate.

Nicole: Entendi, não tem nada a ver com a festinha da sua irmã e prima né?

Enrico: Não, a festa delas é uma a minha função é outra, tenho que desligar, estou no banho.

Desliguei o telefone sem muita paciência e voltei para o meu banho, Nicole é uma mulher que fico às vezes, ela é professora da Lavínia, única turma que não participo, mas não tenho nada sério, ela tenta cobrar algumas coisas, mas eu não deixo que passe disso, não quero nada sério e ela sabe disso.

Horas depois estava pronto e precisei ir mais cedo para lá, hoje entrariam algumas meninas novas e tinha que por algumas coisas nos eixos, antes de sair com o carro avistei Serena e Lavínia, não resisti a vontade e parei ao seu lado.

Estão lindas meninas, querem carona? — perguntei.

Não precisa, nós iremos depois, vá logo embora — minha irmã respondeu, mas meus olhos estavam fitando os dela, era como se cada vez que eu a visse ficasse hipnotizado.

__ Certo, vão com cuidado e chegando subam direto para o camarote — falei e elas entraram rindo, ali eu sabia que realmente algo estava errado.

Lavínia…

Hoje eu comemoraria do jeito certo, talvez depois dessa eu nunca mais possa sair sozinha, mas hoje eu quero beber e me divertir, coloquei um vestido verde que favorecia muito o meu tom de pele, deixei meu cabelo solto e fiz um olho bem marcado, ele destacava meus olhos e eu gostava disso, na minha boca coloquei um nude e Serena investiu em um vermelho bem sexy, demais até para a sua idade, mas contaremos que será a única vez.

Quando Enrico e Giovanni saíram foi a vez de enfrentar as feras maiores, meu pai e meu tio.

Não acha exagerado demais isso bambina? — falou o tio Dante olhando sério para a filha.

Estamos lindas né pai? — perguntou disfarçando — não se preocupe que estaremos seguras — finalizou.

Sim estarão, pedi que Fabrizio e Oliver ficassem trabalhando hoje, me informarão qualquer coisa, só não me responsabilizo pelo momento que seu irmão souber, ele com certeza vai lá buscar vocês, mas espero que até lá se divirtam um pouco — respondeu ele ciente que era o único voto de confiança que nos daria, se Enrico aparecesse ele colocaria tudo a perder com aquele jeito mandão, que me deixa doida.

Filha se comporta — falou meu pai sério, ele lutou contra a sua proteção para me deixar ir e eu agradeceria por isso, uma única vez sem eles estarem juntos.

Chegamos na boate e fomos recebidas na porta pelo tio Julian:

Meninas? Que bom, vem vamos entrar, os colegas delas irão chegar e assim que derem os nomes da lista envie ao meu camarote entendeu? — falou ao soldado e subimos, ali embaixo já tinha uma galera e lá em cima um pouco mais tranquilo.

Fiquem a vontade, foi liberado que a senhorita bebesse e você não dona Serena, mas te libero se divertir bastante, estarei no meu escritório, mas meus soldados estão aqui, fiquem a vontade que aqui vocês estão entre família — ele falou e fechou a porta, logo começamos a curtir o som, Serena dividia discretamente um copo comigo, pouco a pouco foi chegando gente e fomos nos divertindo mais, os meninos chegaram e nos fomos conversar um pouco, ali estava o Taylor que não era meu primo, mas era bem gatinho, ele me puxou para uma dança mais lenta e aceitei, eu sabia da regra do sexo, mas não sabia nada de uns beijos, então hoje a noite seria longa mesmo.

Seu primo agressivo não está aqui? — perguntou ele no meu ouvido.

Não, nós enganamos ele hahaha — ri de maneira engraçada e passei a mão em seu pescoço, buscando mais por apoio físico do que aproximação, mas acho que ele entendeu errado, ele queria me beijar, ai meu Deus.

De repente subiu uma grande vontade vomitar e não consegui segurar a onda, vomitei em cima dele, tadinho.

Ai meu Deus, desculpa — logo minha prima, Cristine e Paola se aproximaram junto com os soldados.

Ele se afastou rápido e comecei a ver vários Enricos ao meu lado, eu não estava enxergando nada direito e um dos Enrico me pegou no colo.

A única coisa que me lembro de ter escutado antes de apagar foi:

"

Ela bebeu tanto assim?

Não, foi dois ou três copos, nenhum soldado aqui faria nada contra uma Rossi.

__ E o cara que tava com ela?

Foi embora "

Ficou tudo muito confuso e não vi mais nada, algum tempo depois acordei no escritório do tio Julian e a primeira pessoa que vi na minha frente foi ele.

Enrico.

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