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Uma Aliança Com Lúcifer (Revisado)

Lúcifer Phoenix

Lúcifer

Estou aqui no meu escritório trabalhando intensamente como sempre até que os meus pais entram sem bater ou pedir licença, como sempre.

— O que me dá a honra da presença dos fundadores da MornnigStar Training?

            

— Não podemos visitar nosso filho que não tira folga ? — meu pai, Carllile, fala.

— Você está brincando comigo, Lúcifer? Você mandou o Leon no encontro com a Amber de novo. Estou furiosa com você, por que não pode dar uma chance para as mulheres que arrumo para você? — minha mãe, Melinda, está furiosa.

— Porque não quero um relacionamento agora, mãe, está insistindo em algo que não quero! Eu já tenho muito com o que me preocupar e a senhora vem me empurrar goela abaixo mulheres fúteis, vazias e que só sabem falar o quanto gastaram no salão para o encontro comigo... Estou no escritório agora e não tenho tempo para seus chiliques, em casa conversamos.

— Ele tem razão, querida, vamos para casa e em casa vocês dois conversam melhor. Aqui não é o lugar para isso. — meu sempre sensato pai fala.

— A conversa não acabou, Lúcifer. Em casa conversaremos. Vamos querido, hoje quero almoçar naquele restaurante Tailandês que passamos naquele dia.

A minha mãe não é uma pessoa má, mas ela escolhe mulheres para mim que não me agradam em questão de personalidade.

Eu odeio o meu nome, foi escolhido pela minha avó por parte de mãe que adora significados de nomes e olha quem ganhou o nome mais falado no mundo desde o início dos tempos por nascer dois minutos antes: sim, eu.

O meu irmão não quis saber do negócio da família, hoje Leon é um dos mais cogitados diretores de cinema em Hollywood. Ele sempre tira um tempo para mim, a nossa ligação é inegavelmente forte.

Leon sempre sente quando estou mal e vem sem se importar se está ocupado ou não, ele costuma dizer que temos um coração só dividido por dois às vezes acredito.

Meu irmão sofreu um acidente num haras quando tinha vinte e três anos e isso acabou o deixando estéril. Esse é o motivo da minha mãe insistir na minha vida conjugal.

Quando nascemos ela teve uma forte hemorragia e tiveram que remover o seu útero, ela não pode mais ter filhos e não quis adotar porque se dedicou na nossa criação.

Eu já tive minhas experiências com relacionamento e nenhum deles durou pelo simples fato delas só quererem o status de senhora Phoenix e a mordomia que vem com o nome e isso mexeu muito com a minha autoestima, me sinto inseguro e pouco motivado quando alguém demonstra algum tipo de interesse em mim. Alguém bate na porta e eu digo para entrar, Leon entra sorrindo para mim.

— Acredito que eles tenham passado por aqui, não é? — eu balanço a cabeça que sim — Bom, irmão, eu creio que não tenham dito o motivo. Vou contar então. Levei aquela sereia para um hotel depois do jantar, ela adorou a nossa noite quente e nem se importou em usar preservativo. Resumindo, mandei ver nela até amanhecer e até gostei pois ela foi no meu ritmo a noite toda. Me deu um bom cansaço, quando amanheceu fomos para o chuveiro e continuamos lá nossa brincadeira gostosa e ela me veio com aquela conversa que estava no seu período fértil e que estávamos fazendo sexo a horas, que eu fui com tudo nela e blá blá blá...

— Fico feliz que se deu bem pelo menos, o jantar não foi de tudo ruim, já que se divertiram.

— Não terminei, agora vem o auge da noite... Quando falei que não tinha problema porque eu era estéril a mulher virou no jiraya e saiu do banheiro me chamando de canalha, mentiroso e outros nomes. Então percebi que era apenas mais uma tentando te dar o golpe da barriga. Você se livrou de mais uma, fico pensando: será que vamos conseguir arrumar alguém que não esteja querendo só usar o que temos? Será que vamos encontrar alguém que nos ame sinceramente pelo que somos e não pelo que temos?

— Eu não sei, irmão, acredito que isso é meio que impossível para nós.

— Preciso ir, às gravações hoje vão ir até amanhã de manhã tenho muito trabalho de hoje para amanhã.

— Tá bom vai lá, mais tarde eu te ligo ou mando mensagem para contar como foi em casa.

Ele sai e eu volto para o computador, estou terminando de revisar um relatório de um novo contrato com uma cantora trans, já conversei com ela e só pelo som da sua linda voz vejo que é talentosa então, porque não investir nela.

Chegou a hora de ir para casa e não estou nem um pouco afim, então passo no bar de sempre e me sento na parte onde fica o balcão mesmo, hoje não quero uma mesa... Jack vem até mim e pergunta:

— Dia difícil de novo? — enquanto ele fala já prepara uma bela dose dupla de whisky para mim que pego logo e viro tudo na minha boca — Está dirigindo?

— Estou sim! Mas vou tomar só mais uma e estou perto de casa de qualquer jeito mesmo.

Conversamos mais um pouco e eu acabo tomando mais uma dose, quando chego em casa minha mãe já está na sala me esperando.

— Oi mãe... — vou até ela e dou um abraço.

— Você bebeu de novo, Lúcifer? Por que fez isso? Mas que droga. Carllile, vem aqui, agora.

— Não é para tanto, mãe, nem estou bêbado. Vamos ao que interessa, não quero que me arrume mais encontros as cegas. Já que quer tanto me ver com alguém deixe que eu mesmo escolha a mulher que quero para mim, me de apenas alguns dias, ok?

— Ok! Você terá alguns dias e espero que não esteja me passando a perna, Lúcifer. Agora vamos, eu pedi para fazerem o seu prato favorito.

— Vou tomar um banho e já volto para jantar.

Já no meu quarto fico sem saber o que fazer porque não sei de onde vou tirar uma doida que aceite atuar comigo por uns meses para que minha mãe me deixe em paz.

Debaixo do chuveiro deixo a água levar embora todo o estresse do dia, depois que sai do banheiro fui para o meu closet coloquei uma roupa confortável, desci e jantei.

Quando voltei para o meu quarto mandei uma mensagem para Leon contando tudo e ele me deseja boa sorte já que não pode me indicar ninguém confiável para o trabalho, no meio que ele trabalha tem muitas pessoas que me chantageariam por muito tempo. Então, tenho que pensar melhor no assunto e escolher com cuidado a pessoa que vai fazer isso para mim ou poderá ser meu fim.

Moana Blanco

Moana

Sou Moana Blanco e trabalho no Banzai Sushi, um restaurante metade japonês e metade chinês. Lá tem o senhor Akira e a senhora Annchi, ambos são bons chefes, eu faço as entregas e também atendo o telefone.

Faço de tudo um pouco no restaurante e claro que temos mais pessoas trabalhando no restaurante, mas não falam comigo. Eles são parentes dos donos e só falam nos seus próprios idiomas entre si, me ignoram totalmente. Só que não me importo, não dependo deles para viver e por mim é até melhor não falarem comigo mesmo.

Eu cuido da minha mãe e do meu avô, eles tem a mesma doença e nem são da mesma família. Meu avô é pai do meu pai, meu pai fugiu quando eu nasci e meu avô cheio de vergonha decidiu assumir o lugar do filho ajudando a minha mãe em tudo.

A minha avó também ajudou ao lado do meu avô, porém quando eu tinha doze anos ela faleceu após levar um susto num assalto.

Minha mãe e meu avô se ajudaram muito durante o luto e oito meses depois minha mãe descobriu que estava com câncer no pulmão. Ela até iniciou o tratamento e o câncer sumiu voltando quatro meses atrás.

Ele voltou de forma violenta e uma semana depois meu avô descobriu que também estava, agora os dois estão no hospital. As contas e despesas pago com meu salário e as gorjetas que são muito boas, não posso perdê-los, os dois são minha base e preciso deles.

Eu conheci um cara quando tinha dezessete anos. Aaron foi legal comigo e tinha vinte e um já. O amei tanto que me entreguei e acabei engravidando. Minha mãe e meu avô me apoiaram muito e fiquei feliz.

Aaron então decidiu que eu deveria ir morar com ele no apartamento dele, que não era muito longe da casa da minha mãe e eu fui. O primeiro tapa a gente nunca esquece, fui atender a porta porque nós tínhamos pedido pizza e o entregador fez uma piada gentil por ver minha barriga que já estava começando a aparecer eu apenas sorri.

Aaron fechou a porta e me deu um tapa tão forte que cai sentada no sofá atrás de mim com meus cabelos negros e cacheados virados junto com meu rosto. Eu perguntei porque ele fez aquilo e, ao mesmo tempo ele ajoelhou-se e pediu perdão, disse que o ciúme havia cegado ele.

E assim foi até eu completar seis meses de gestação que foi quando ele me deu a verdadeira surra. Parei no hospital em trabalho de parto prematuro, a médica vendo as minhas manchas roxas pelo rosto e corpo chamou a polícia que prendeu ele na sala de espera do hospital.

Aaron não resistiu a prisão meu filho, "Dom", nasceu mais faleceu no dia seguinte e eu me acabei de tanto chorar e o Aaron acabou respondendo pelo homicídio do próprio filho, eu nunca mais soube dele... Depois disso parei de confiar nos homens por completo.

Aaron

Hoje o senhor Akira me liberou mais cedo, pois vou ao hospital levar umas frutas para minha mãe e meu avô... Chegando no hospital vejo que a minha mãe está sozinha no quarto e a cama do meu avô está vazia.

— Mãe, cadê meu avô?

— Seu avô teve muita dificuldade de respirar essa noite e então levaram ele para fazer novos exames! Filha, precisa entender que o que temos pode nos levar a qualquer momento e isso é inevitável. Precisa conhecer alguém que te apoie e cuide de você quando não estivermos aqui.

— Mãe, pare. Eu não preciso de ninguém só de vocês. O senhor Akira pagou pela cirurgia de vocês dois para remover parte do câncer e só precisam de tempo para se recuperar. Eu trouxe melão docinho como a senhora gosta.

Quando eu venho para a visita eles sempre me dão duas horas e meia para ficar e já se passaram duas horas, ainda não vi meu avô. Não quero ir sem vê-lo antes.

Quando estou pensando em ir até meu avô a enfermeira abre a porta empurrando a maca em que ele está com os olhos fechados... Colocam ele na cama e ela explica que vai levar uns minutos até ele acordar e que só poderei ficar mais dez minutos depois disso, eu agradeço e fico olhando para ele.

— Filha, você está aqui esse tempo todo e não te vi comer o seu chocolate, está ficando pálida. Sabe que tem glicemia baixa e não pode ficar sem ingerir doces por muito tempo. — minha mãe fala preocupada comigo.

A verdade é que já estou sentindo tonturas já tem uma hora, mas a preocupação com meu avô me fez esquecer de comer meu chocolate que carrego comigo para uma emergência.

Olhando para o meu avô e ansiosa para que ele acorde pego um pedaço do chocolate e como devagar, só que não passa a tontura e eu tenho que me sentar. Minha mãe chama a enfermeira e ela já vem trazendo uma bolsa de soro com glicose.

Já sou conhecida aqui, depois que acaba o soro volto a me sentir melhor e meu vô acorda, dou mamão para ele e depois de conversar um pouco sou obrigada a deixá-los no hospital.

Volto para casa, a casa é o único bem que temos no nosso nome, até pensei em hipotecar a casa quando eles ficaram no hospital para pagar as despesas, mas com a ajuda do senhor Akira não precisei chegar a esse ponto.

Chego em casa e vou direto tomar um banho, depois fui esquentar a lasanha que fiz ontem e acabei não comendo, pois, estava com muito sono e cansada.

Me sento de frente para a tv e coloco no programa: "Vivendo com o inimigo", eu adoro assitir isso, mal me dou conta que já comi a lasanha e pego meu biscoito que está ao lado do sofá na mesinha e como.

Eu dou graças a Deus por ter um ótimo metabolismo e não engordar porque estou sempre beliscando por causa da glicemia baixa. Pego uma coberta e continuo no sofá assistindo o programa.

Essa casa ficou estranhamente silenciosa depois que eles foram para o hospital, me sinto sozinha, angustiada e ansiosa para amanhecer para ir trabalhar e depois passar minhas duas horas e meia com minha mãe e meu vô.

Uma Entrega Nada Discreta

Lúcifer

Minha mãe me deu uma trégua e eu ainda não encontrei a mulher certa para o trabalho, isso está me deixando bem irritado ou talvez seja a fome que está me deixando de mal humor, afinal só se passou dois dias desde que falei com a minha mãe.

Vou pedir minha comida logo, meu humor fica negro quando estou com fome, pedi meu almoço no Banzai Sushi e depois voltei para o computador. Estou aqui olhando o perfil das minhas funcionárias para ver se consigo convencer uma delas a me ajudar, mas como não tenho nenhum tipo de contato com elas fica cada vez mais difícil escolher alguém.

...****************...

Na casa de Moana as coisas estão corridas.

 Moana

Eu acordei em cima da hora de ir trabalhar, porque fiquei assistindo tv até amanhecer o dia e isso me fez acordar muito tarde. Já está quase na hora do almoço.

Tomo um banho rápido não vai dar tempo de comer nada, acho melhor pegar meu chocolate e colocar no bolso e a minha pequena injeção de glicemia no bolso também.

O dia vai ser agitado, pego a moto do restaurante e vou a toda na rua. Quando chego lá tem uma entrega para dois me esperando prontinha pego o endereço e vou. Volto para o restaurante e faço mais cinco entregas até que aparece uma que me chama a atenção porque o senhor Akira caprichou nessa entrega tem até sobremesa e tudo para dois.

— Moana, essa entrega tem que estar impecável. A pessoa que pediu ligou para o meu número particular porque ele é um cliente importante, tenha cuidado, o nome dele é Lúcifer.

Caio na risada e o senhor Akira me olha incrédulo...

— Ok, senhor Akira, já que é para dois acho que vou encontrar a Lilith também?

Ele me olha sério e vejo que não está brincando, então me recomponho e pego o endereço da entrega... Droga é no lado chique de Los Angeles e eu odeio entregar lá porque só tem riquinho metido a besta... Aff.

...****************...

No escritório, Lúcifer espera seu almoço olhando fixamente para a tela do computador.

Lúcifer

Já chega. Não dá mais para continuar olhando para essa tela com a fome que estou. Recebo uma mensagem de que a comida chegou e eu sigo para a porta para receber a entrega.

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Moana

Estou no enorme edifício da MornnigStar Training e chega a ser irônico para não dizer cômico... Eu corro até o elevador e quando entro nele uma mulher vem atrás de mim, dizendo que não posso entrar assim.

Eu digo para que estou ali e ela liga lá para cima acho que é para o chefe. A mulher se desculpa e diz o andar para onde devo ir, quando volto para o elevador começo a sentir uma fraqueza e tontura, é quando lembro que ainda não comi, mas acho que dá para fazer essa entrega e parar para comer depois.

Chego no último andar e saio, aqui não tem secretária apenas uma sala com sofá e mesa de centro bem decorada, mais a frente tem uma porta dupla de vidro fosco. Conforme eu caminho tudo parece estar em câmera lenta pra mim, me esforço e chego na porta. A tontura piora, tiro parte da entrega da bolsa para entregar ao cliente e quando empurro a porta tudo escurece a minha frente.

...****************...

Lúcifer

Uma jovem mulher vestida com um suéter fino preto, uma calça jeans bem escura e um tênis preto entra com uma mochila de entregas e parte do meu almoço em sua mão.

Ela é morena, tem cabelos cacheados lindos, olhos castanhos claros e consigo ver suas pupilas dilatarem muito rápido cobrindo a cor perfeita dos seus olhos. Ela tem um corpo proporcional a sua altura que não deve passar de 1,60, sou rápido e a seguro antes que caia no chão e bata a cabeça, mas meu almoço vai direto para o chão... Isso não é bom.

Coloco ela no sofá, mas não sei o que fazer até que vejo em sua pulseira escrito: se eu desmaiar olhe no meu bolso esquerdo. Eu não queria fazer isso, mas a garota está ficando branca.

No seu bolso encontrei um chocolate e uma seringa com algo dentro e um pequeno bilhete: se meus lábios estiverem brancos aplique a injeção, se não estiverem coloque apenas um pedaço do chocolate na minha boca e mantenha minha cabeça levantada para não engasgar. Obrigada por me ajudar.

Olho para os lábios dela e estão brancos na dúvida de onde aplicar a injeção aplico em seu braço e fico ali observando aos poucos a cor voltar para o rosto da mulher linda a minha frente.

— Obrigada por me ajudar, senhor Lúcifer. — ela fala assim que desperta.

— Você me deve um almoço e estou com muita fome. — falo irritado já que ela parece visivelmente melhor — O que aconteceu? Por que desmaiou?

— Eu não me alimentei hoje e minha glicemia é baixa, então meu sistema deu pane foi isso... O seu almoço caiu no chão e como vejo que o senhor está sozinho pode comer a parte que comprou para o seu convidado, não? A propósito, eu me chamo Moana.

— Você já sabe meu nome... Eu pedi para dois porque gosto de comer bem e isso não vai encher meu estômago, deveria trazer outra entrega para mim. Mas deixa para lá, vou comer o que ficou a salvo na sua mochila.

Moana me olha sem graça e depois de me entregar a comida me dá a máquina para passar o cartão e se espanta quando vê que paguei o valor normal do pedido.

— Você pagou por algo que não comeu, isso não é justo, eu que tenho que pagar pelo que caiu no chão.

— Não precisa... Você já pode ir.

Ela sai, mas sua fragrância continua grudada nas minhas mãos e na minha sala, até que gosto do perfume dela. Como o que ficou e depois volto para a tela do computador e me pego pensando na garota da entrega.

Moana parece humilde e honesta seria a mulher perfeita para o que eu preciso... Uma ligação me tira dos meus devaneios e volto a minha realidade.

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