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Perto de Você

1° Capítulo

A rua era devastada, um eco de um passado que já não existia. Meu irmão andava à frente, os passos firmes, mas o olhar distante. Ao seu lado, meu tio mantinha uma postura protetora, sempre atento ao que nos cercava. Eu seguia logo atrás, absorvendo cada detalhe do cenário ao nosso redor.
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Bryan
Bryan
"Poderia ir mais rápido?"
Disse meu irmão, olhando para mim por cima do ombro, a impaciência evidente em sua voz.
Ayla
Ayla
"Estou cansada, esse é o melhor que posso."
Com a minha simples resposta, ele revirou os olhos e voltou a olhar para frente, mas percebi que sua preocupação ia além da nossa velocidade.
Ele estava angustiado com a situação em que encontrávamos, assim como eu.
Meu tio permanecia quieto, observando tudo ao nosso redor, como um guardião silencioso em meio ao caos. Na sua mão, a AK-47 parecia uma extensão de seu próprio ser, uma arma que simbolizava tanto proteção quanto a brutalidade do mundo em que estamos vivendo.
Continuamos andando, quando de repente um barulho, não era alto, apenas como se fossem passos ecoando sobre um lugar vazio. Meu tio rapidamente ergueu sua AK-47, mirando para o lugar de onde o som vinha. Era de uma loja, se é que ainda poderia ser chamada assim, já que a aparência estava tão deteriorada.
William
William
"Quem está aí?"
Perguntou meu tio, com a voz firme e grossa, olhando fixamente para a loja.
Como se a coisa que estivesse ali, fosse responder "Eu estou aqui", com a ironia da situação, havia me dado vontade de rir, mas apenas permaneci quieta. Mas para nossa surpresa não muito agradável, um zumbi saiu do local.
A visão daquela criatura era horrenda e nojenta; eu sabia que um dia já havia sido uma pessoa. Um misto de pena e medo se instalou em mim. Meu tio não perdeu tempo e, em vez de gastar as balas da arma, abaixou-a e pegou uma faca do seu porta-faca na perna.
Ele se aproximou do zumbi com determinação, e em um movimento rápido e preciso, deu uma facada na cabeça da criatura.
O corpo do zumbi caiu pesadamente no chão, agora sem vida.
A visão do zumbi caído no chão, com os olhos vazios e sem vida, trouxe uma mistura de alívio e tristeza. Sabíamos que, por trás daquela aparência grotesca, havia uma história de dor e perda, mas a luta pela sobrevivência não nos deixava espaço para a compaixão.
Com um olhar firme, meu tio se virou para mim, a determinação em seu rosto refletindo a realidade cruel em que estamos imersos. Era um lembrete de que, naquele mundo devastado, cada dia era uma batalha e cada escolha contava.
Logo, meu tio lançou um olhar breve para meu irmão, um gesto que carregava uma mistura de preocupação e encorajamento, mas logo desviou o olhar.
Ele se recompôs, guardando a faca de volta no porta-faca na perna com um movimento preciso. Um simples suspiro escapou de seus lábios, como se estivesse tentando dissipar a tensão que pairava no ar.
Então, ele seguiu em frente, e meu irmão rapidamente se posicionou ao seu lado novamente.
Eu me permiti lançar mais um olhar para o zumbi caído, uma lembrança do que poderia acontecer se fôssemos descuidados, mas logo desviei os olhos e voltei a caminhar, mantendo-me logo atrás deles.
Continuamos a seguir, por minutos e minutos, e a exaustão começou a se instalar em meu corpo.
O entardecer já se fazia presente, pintando o céu de um laranja vibrante, enquanto o sol desaparecia lentamente no horizonte.
A beleza daquela cena contrastava com a tensão que nos cercava, como se o mundo ainda tivesse um pouco de esperança em meio ao caos.
O cansaço pesado me envolvia, e cada passo parecia um esforço maior que o outro.
Logo, meu tio quebrou o silêncio com uma voz firme.
William
William
"Está ficando tarde, melhor encontrarmos um lugar para descansarmos esta noite."
Suas palavras trouxeram um alívio imediato, como se uma carga pesada tivesse sido retirada de nossos ombros.
Ele parecia determinado, olhando ao redor em busca de qualquer sinal de abrigo.
ao passar dos minutos, a noite começou a chegar, deixando a área mais escura aos poucos.
A noite avançava, e os sons ao nosso redor se intensificavam. O canto dos grilos preenchiam o ar, enquanto barulhos ecoavam dentro dos locais abandonados e vazios ao nosso redor.
Meu tio permanecia atento, sua determinação de encontrar um local seguro para passarmos a noite era evidente.
As ruas, embora aparentemente vazias, tinham algo de peculiar. Não era apenas a falta de carros; era como se presença de vidas pairasse no ar.
Os poucos veículos que encontramos estavam alinhados perto da calçada, como se houvesse um padrão ali.
A ideia de que poderia haver pessoas vivendo nas proximidades passou pela minha mente, talvez uma comunidade escondida, mas logo afastei essa possibilidade. Era mais fácil pensar que se tratava apenas de coincidências.
Então, o estalo de um graveto quebrou o silêncio atrás de nós. Viramos rapidamente, nossos olhares fixos na direção do som que vinha de dentro de um prédio em ruínas.

2° capítulo

O estalo de um graveto quebrou o silêncio atrás de nós. Viramos rapidamente, nossos olhares fixos na direção do som que vinha de dentro de um prédio em ruínas. Meu tio olhou para o local com atenção, mas não parecia dar muita importância ao que ouvira e logo voltou a caminhar com meu irmão.
Eu hesitei por um momento, sentindo um arrepio percorrer minha espinha. Havia uma sensação estranha no ar, como se estivéssemos sendo observados por algo ou alguém dentro daquele prédio abandonado. O impulso de investigar me puxava na direção do som, mas a razão me dizia para seguir em frente com eles.
Com um último olhar inquieto para o prédio, respirei fundo e retomei o caminho atrás deles. A escuridão estava se aproximando e precisávamos nos apressar antes que fosse tarde demais.
Seguia atrás do meu tio e do meu irmão, mas a curiosidade sobre os barulhos que ecoavam ao nosso redor me desviava a atenção. Com um gesto involuntário, levantei os olhos para os altos prédios destruidos, suas ruínas se erguendo como sombras contra o céu que escurecia lentamente.
Os olhares pareciam vir de lá, das alturas dos edifícios em ruínas. Sem mais nem menos, seguindo meu instinto, virei-me rapidamente para olhar por trás de mim, mas não havia nada além do caminho que haviamos percorrido e da escuridão que começava a tomar conta do ambiente.
Meu tio e meu irmão se viraram para mim, surpresos com meu gesto repentino.
Bryan
Bryan
– Oque foi?
Ayla
Ayla
– Nada.
Respondi, tentando disfarçar a inquietação, enquanto me virei para olhar eles.
Meu tio franziu a testa.
William
William
– Nada...?
Olhei novamente para trás e então voltei a olhar para eles.
Ayla
Ayla
— Eu só... não é nada, melhor irmos; está escurecendo cada vez mais.
Com minha resposta, meu irmão me encarou, claramente cético.
Bryan
Bryan
– Você viu alguma coisa?
Ele indagou, a preocupação transparecendo em sua voz.
Eu o olhei de volta, tentando soar convincente.
Ayla
Ayla
– O quê? N-não, não vi nada...
Gaguejei, sentindo a pressão aumentar.
Não sabia bem por que me sentia tão relutante em compartilhar aquela sensação que sentia. Não era exatamente medo; era mais como uma certeza de que não havia motivo para falar sobre aquela sensação estranha que me envolvia.
Para mim, tudo aquilo poderia ser apenas fruto da exaustão acumulada, a tensão daquelas horas vagando por aquelas ruinas.
William
William
– Sua irmã tem razão. Precisamos ir logo. Está anoitecendo e não é seguro ficarmos vagando por aqui à noite.
Disse meu tio, sua voz firme e resoluta, olhando diretamente para meu irmão, sua expressão séria e determinada.
Meu irmão apenas acenou com a cabeça, olhando primeiro para nosso tio e depois para mim. Sem dizer uma palavra, ele se virou e começou a andar, seguido por nosso tio. Eu os segui, mantendo o passo atrás.
Enquanto caminhávamos, o ambiente ao nosso redor começou a mudar. Um som familiar, começou a ecoar: grunhidos. Conheciamos bem aquele som, e, à medida que ele se intensificava, percebi que não era apenas um zumbi - eram muitos.
Ao chegarmos perto de uma esquina, meu tio parou repentinamente, e eu e meu irmão fizemos o mesmo.
O som dos grunhidos aumentava, e tudo indicava que se avançássemos mais uns passos, nós depararíamos com a horrenda visão de mortos-vivos.
Então, na esquina à nossa frente, avistamos um zumbi. Para nossa 'sorte', a criatura se virou em nossa direção. Mas logo atrás dela surgiram outros zumbis - uma verdadeira horda.
Meu tio não hesitou; segurou sua AK-47 com firmeza enquanto os zumbis se aproximavam lentamente. Era um espetáculo aterrador.
Senti a mão do meu irmão segurando meu braço, me posicionando atrás dele enquanto empunhava sua pistola, na outra mão. O coração disparado me dizia que as balas eram limitadas; atacar indiscriminadamente seria um ato inútil, não iria acabar com todos.
Mas antes que pudesse processar tudo isso, meu tio começou a disparar contra os zumbis, e meu irmão fez o mesmo.
Eu permaneci atrás dele, paralisada pelo medo e pela adrenalina que pulsava em minhas veias. Logo, os tiros cessaram; as balas acabaram.
Meu tio então puxou sua faca do porta-faca na perna. Ele estava prestes a enfrentar os zumbis de perto com uma lâmina afiada. Enquanto isso, meu irmão se afastou, soltando meu braço, e fez o mesmo; ambos se prepararam para o combate corpo a corpo contra as criaturas que se aproximavam.
Fiquei parada, paralisada pelo medo e pela incerteza. Queria ajudar de qualquer forma; peguei minha faca do porta-facas na minha cintura, com mãos trêmulas.
Mas antes de avançar ao lado deles, um som de mais grunhidos, surgiu logo atrás de nós: mais zumbis. Alguns saíam dos edifícios destruídos nas proximidades - atraídos pelos tiros.
O pânico tomou conta de mim ao ver aquele novo grupo de criaturas se aproximando; eram cerca de 10 ou mais.
O medo era opressivo e me deixava sem ar. Olhei para meu tio e meu irmão lutando contra os primeiros zumbis à nossa frente enquanto o novo grupo se aproximava por trás.
A pressão aumentava e eu sabia que precisava agir, mas as pernas pareciam coladas ao chão. O desespero me envolveu como uma sombra escura; eu precisava encontrar coragem para enfrentar aquele pesadelo.
Eu já estava acostumada a ver zumbis. Era uma das realidades do meu mundo, mas nunca tinha presenciado tantos ao mesmo tempo. Afinal, eu nasci em um mundo assim; deveria, ao menos, não ter medo e enfrentar a situação.
Mas, naquele momento, minhas pernas estavam paralisadas. A primeira onda de zumbis, que meu tio e meu irmão lutavam, parecia se multiplicar cada vez mais.
Na retaguarda se aproximava o outro bando, com cerca de 15 ou mais zumbis, agora.
Segurei a faca com firmeza e tomei coragem para correr em direção ao segundo grupo de zumbis que se aproximava por trás.
Fui em direção ao zumbi mais próximo.
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Com um golpe rápido, dei um chute na criatura, no meio do estômago, fazendo-a recuar alguns passos. Ela não caiu claro que não cairia; eu era fraca, mas algo dentro de mim gritava para não desistir.
Enquanto ela recuava, avancei e agarrei seu ombro com uma mão. Com a outra, cravei a faca bem no meio da cabeça podre.
Ele caiu no chão e um alívio momentâneo me percorreu. Mas logo percebi que isso não adiantava nada; bem atrás dele havia mais criaturas se aproximando.
Recuei alguns passos, observando a pequena horda de zumbis que se aproximava cada vez mais.
Meu irmão, enquanto lutava contra os mortos-vivos, olhou para trás e me viu.
Bryan
Bryan
– Ayla!!
Sua voz aguda ecoou, carregada de preocupação. Virei-me rapidamente para encará-lo. Mas antes que pudesse responder ou fazer qualquer coisa.
Tiros ecoaram pelo ar; vinham de um edifício não muito alto, no terraço. Olhei para cima e vi duas silhuetas indistintas contra o céu noturno- não dava para saber se eram homem ou mulher, já era noite e nossa única fonte de luz era a lua.
Meu tio e meu irmão também olharam para o alto quando ouviram os tiros.
Mas eu sabia que não podiamos perder o foco; ainda havia muitos zumbis à nossa volta.
meu irmão e meu tio, continuaram a matar os zumbis mais próximos que estavam deles.
Notei que mais duas pessoas apareceram na cena - desta vez não dos edifícios. Um deles segurava uma faca na mão enquanto o outro segurava um bastão com pontas afiadas. Eles correram para ajudar meu tio e meu irmão na luta contra os zumbis, enquanto os dois lá em cima continuavam disparando contra as criaturas.
Tudo aconteceu tão rapidamente que não tivemos tempo nem de se perguntar por que estavam ali ou quem eram.
Havia me destraido com aquilo, mas minha atenção foi rapidamente desviada quando percebi um zumbi se aproximando de mim. Um susto me percorreu o corpo e recuei imediatamente, dando alguns passos para trás.
Recuando do zumbi a minha frente, já sentia outro zumbi vindo por trás de mim. Então rapidamente tentei enfrentar o primeiro à minha frente, lutando para segurá-lo enquanto buscava uma oportunidade de cravar a faca na cabeça dele. Mas falhei.
Fiz o máximo esforço para empurrá-lo quando percebi um movimento no canto do olho: o outro zumbi se aproximava rapidamente e estava mais perto. Assim que consegui afastar o primeiro monstro de mim, recuei ainda mais, dos dois zumbis.
Mas rapidamente os dois caíram no chão, com dois tiros bem perfeitos na suas cabeças.
Eu olhei para cima novamente, querendo ver qual das duas pessoas lá em cima, atirou neles.
Mas eu não tive tempo de olhar direito, minha atenção foi tomada novamente, por outros zumbis se aproximando ainda mais.
Mais uma vez me recuei para trás, pois o pequeno grupo de zumbis se aproximava na minha direção.
Mas tropecei em algo inesperado e caí para trás com um impacto repentino e doloroso.

3° capítulo

Com o impacto brusco, minha cabeça colidiu com o chão. Um vazio tomou conta da minha mente, como se um branco temporário tivesse se instalado ali.
Minha visão ficou embaçada por um instante, e, através do embaçado, consegui distinguir a silhueta de um zumbi se aproximando lentamente.
Antes que eu pudesse processar o que estava acontecendo, a figura caiu repentinamente ao meu lado, inerte.
Um garoto apareceu rapidamente, estendendo a mão para me ajudar a levantar.
– você está bem?
Perguntou ele, sua voz misturando-se à adrenalina que ainda pulsava em minhas veias.
Não consegui pronunciar uma única palavra. A dor ainda latejava em minha cabeça enquanto o garoto me ajudava a me levantar.
– Vamos! Eles já estão vindo!
Exclamou ele, sua voz carregada de urgência.
A pergunta ecoou em minha mente: "Quem são 'eles'?" Mas não tive tempo para ponderar.
Ele me segurou com firmeza, garantindo que eu ficasse de pé enquanto os ecos dos tiros ainda ressoavam ao nosso redor.
Minhas olhos se fixaram na primeira horda de zumbis.
Meu tio e meu irmão ainda lutavam bravamente ao lado das duas pessoas cujos rostos eu ainda não conhecia.
Do alto do edifício, as duas figuras disparavam com precisão, derrubando os zumbis que ameaçavam se aproximar. A cada tiro certeiro, a pressão sobre nós parecia aliviar um pouco.
A segunda horda, que havia pouco zumbis, já estava completamente aniquilada. Uma das figuras no alto do edifício havia eliminado aquela pequena horda.
Agora, restavam apenas os mortos-vivos da primeira horda, que continuavam a avançar.
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De repente, um carro surgiu em alta velocidade, atropelando metade dos zumbis da primeira horda com um estrondo ensurdecedor. O homem ao volante virou-se para mim e para o garoto que me ajudava.
– Entrem!
Gritou ele, sua voz firme cortando a confusão ao nosso redor.
O garoto não hesitou. Com agilidade, ele me ajudou a entrar no carro, sua determinação evidente em cada movimento.
As duas pessoas que lutavam ao lado do meu tio e do meu irmão gritaram para que eles também se apressassem e entrassem no carro.
Em poucos segundos, vi meu tio e meu irmão se aproximando rapidamente e entrando no carro ao meu lado. Um turbilhão de emoções me assolou; a adrenalina ainda corria em minhas veias.
Por que estávamos aceitando a ajuda de estranhos? Essa pergunta pairou em minha mente como uma sombra inquietante.
O garoto que me ajudou se acomodou no banco ao lado do motorista, sua expressão tensa.
Logo atrás, outro carro apareceu, e as duas pessoas que haviam lutado ao lado do meu tio e do meu irmão rapidamente entraram nele.
Enquanto isso, os poucos zumbis que permaneceram começaram a rondar os carros.
No entanto, os motoristas pareciam hesitar; ambos os carros permaneciam parados, como se o tempo tivesse congelado em um momento de pura tensão.
Após alguns minutos que pareceram uma eternidade, duas figuras emergiram de um edifício. Eram as mesmas pessoas que estavam no alto do edifício, armadas.
Elas correram em direção ao outro carro e entraram rapidamente.
Assim que a porta do outro carro fechou, com a entrada das duas pessoas, ambos os carros finalmente deram partida ao mesmo tempo, o ronco dos motores ecoando na atmosfera carregada de perigo.
A dor na minha cabeça pulsava como um tambor, mas a necessidade de entender a situação superava qualquer desconforto. Com a mente confusa, não consegui conter a pergunta que fervilhava em meus pensamentos 'quem eram eles?'.
O carro em que estávamos seguia logo atrás do outro, e o clima tenso parecia quase palpável.
Meu tio, sempre pragmático, quebrou o silêncio com uma voz firme:
William
William
– Quem são vocês?
O homem ao volante virou-se um pouco, olhando pelo retrovisor com um sorriso tranquilo nos lábios.
– Somos as pessoas que salvaram vocês.
Respondeu ele, com uma confiança que inspirava um misto de alívio e curiosidade.
Jonathan
Jonathan
– ... sou Jonathan, e este é Daniel.
Ele gesticulou em direção ao garoto ao seu lado, o garoto que me ajudou.
Meu tio, com a expressão carregada de preocupação, indagou novamente:
William
William
– Mas por que vocês estão nos ajudando?
Jonathan, sem desviar o olhar da estrada e mantendo as mãos firmes no volante, respondeu com uma calma quase inquietante:
Jonathan
Jonathan
– Você ainda pergunta?... vocês precisavam de ajuda. Se não fosse por nós, estariam como aquelas coisas lá atrás... Aliás, de nada.
Antes que meu tio pensasse, em qualquer outra coisa para perguntar, Jonathan falou novamente:
Jonathan
Jonathan
– Chega de perguntas por agora. Vamos deixar isso para depois.
Eu percebi que havia muito mais em jogo do que nossas dúvidas. O caminho à frente era incerto, e precisávamos nos concentrar na segurança.
Meu tio assentiu, captando a seriedade do momento. A estrada se estendia diante de nós, e a expectativa pairava no ar.

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